ATOrd 0011993-89.2023.5.15.0099 1grau

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região
Ação Trabalhista - Rito Ordinário

0011993-89.2023.5.15.0099
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Tramitação Preferencial
- Idoso
Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 30/11/2023

Valor da causa: R$ 62.020,01
Partes:
AUTOR: MARISA DALMEDICO
ADVOGADO: BRUNO HENRIQUE GUERRA
RÉU: HOTEL NOVA ODESSA LTDA - ME
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2
EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTO(a) JUÍZ(a) FEDERAL DA ___

VARA DO TRABALHO DE AMERICANA/SP.
MARISA DALMÉDICO, brasileira, nascida em 25/11/1956, filha de Angelo

Dalmédico e Clarice Carneiro Dalmédico, portadora da Cédula de Identidade RG
nº 11.424.191-0, inscrita no CPF sob o nº 067.665.158-56, residente e
domiciliada à Rua Duque de Caxias, 840, Centro, Nova Odessa/SP CEP: 13.380-
007, por meio de seu procurador, que esta subscreve, propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de:
HOTEL NOVA ODESSA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ sob nº 07.599.465/0001-50, situada à Av. Dr. Eddy Crissiuma, 340, Jd.
Bela Vista, Nova Odessa/SP – CEP:13.380-001.
DA JUSTIÇA GRATUITA
Declara o reclamante no anexo, que é pessoa pobre na acepção jurídica do

termo, não estando em condições de demandar, sem sacrifício do sustento
próprio, motivo pelo qual, pede que a Justiça do Trabalho lhe conceda os
benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, de forma AMPLA e IRRESTRITA nos
termos do artigo 98, §1º, incisos I à X, do CPC/2015.
DA AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS JUNTADOS A PEÇA EXORDIAL
Declara o advogado do reclamante neste ato, na forma do artigo 830 da CLT,

AUTÊNTICOS os documentos em cópias anexados.
Rua Duque de Caxias, 664 - Sala 1 - Centro, Nova Odessa/SP

(19) 3466-3369 (19) 98181-0771 brunoguerra@adv.oabsp.org.br
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - d401c74
Fls.: 3
DO JUIZO 100% DIGITAL E OPÇAO POR AUDIENCIA TELEPRESENCIAL
Informa o reclamante que OPTA PELO JUÍZO 100%

DIGITAL, nos termos do artigo 4º, parágrafo 1º da Resolução Administrativa
5/2021 do TRT 15ª Região e Resolução 345/2020 alterada pela Resolução
378/2021 do CNJ, para o que seu e-mail de contato e respectivo número de
telefone celular, são respectivamente brunoguerra@adv.oabsp.org.br e 19
98181-0771;
Nesse sentido, a Reclamante ainda informa pela opção de

audiência tele presencial, o artigo 236 do Código de Processo Civil assim
determina:
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem

judicial.
§3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de

videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão
de sons e imagens em tempo real.
A referida previsão legal foi bem acolhida pela doutrina: "O

art. 236, ao estabelecer que os atos processuais serão cumpridos por ordem
judicial, aperfeiçoa o art. 200 do CPC de 1973 ao permitir que a comunicação
dos atos processuais seja realizada por meio de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real (§ 3º),
sem prejuízo da expedição das cartas indicadas nos dispositivos seguintes.".
(Bueno, Cassio Scarpinella Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio
Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 185).
Dessa forma, requer que as audiências do presente

processo sejam designadas como tele presenciais em respeito ao princípio da
celeridade e eficiência processual.

Fls.: 4
1. DOS FATOS
A reclamante foi contratada em 16/08/2018 como faxineira,

cumpria jornada em regime 6x1, das 08h00min às 17h30min, sem dia fixo para
folgas que, normalmente eram concedidas em dias de semana.
Como faxineira também desempenhava funções típicas de

camareira do hotel e por essa razão acredita ter laborado à agentes insalubres,
sem, entretanto, ter recebido o respectivo adicional.
Nunca pôde usufruir integralmente do intervalo para refeição

e descanso, laborava aos feriados, porém, não recebia hora extra.
Realizava a anotação do controle de ponto de forma manual.
Durante todo o pacto laboral houveram irregularidades na

concessão e pagamento de suas férias
Foi dispensada em 13/04/2022, entretanto, não recebeu

corretamente suas verbas rescisórias, recebeu como última remuneração o valor
de R$: 1.305,88 (mil trezentos e cinco reais e noventa e oito centavos).
2. DO DIREITO
2.1. DAS ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Conforme anteriormente relatado, na função desempenhada

como faxineira/camareira de hotel, as atividades da reclamante consistiam em
realizar a limpeza em geral das dependências do hotel, inclusive das suítes que,
após desocupadas pelos clientes, eram higienizados e tinham as roupas de
cama e banho trocadas, também limpava os banheiros e retirava o lixo dos
banheiros das áreas comum e suítes, várias vezes ao dia.

Fls.: 5
Acredita ter laborado exposta a agentes insalubres, entretanto,

a reclamada não informou corretamente as condições do ambiente em que
laborou, afinal, não recebeu qualquer orientação sobre as condições de risco
que ficara submetida, conforme determina a Portaria 3.214/78 do MTE na NR-9
Riscos Ambientais, como segue:
9.5.2. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira

apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se
nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar
tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser

acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto os procedimentos
que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais
limitações de proteção que ofereçam (nossos grifos).
A reclamada É OBRIGADA a efetuar levantamento das

condições ambientais, É OBRIGADA a elaborar diversos documentos referentes
a tais condições e controles e DEVE informar e disponibilizar tais documentos
aos empregados, o que não ocorreu.
No caso da NR-9 da Portaria 3.214/78, o PPRA deve ser

elaborado e deve ficar no estabelecimento e estar à disposição dos
trabalhadores, bem como aos demais interessados, já que segundo o Decreto-
Lei número 5.452, de 1º de Maio de 1943, artigo 630 inciso 4º os documentos
que dizem respeito à fiscalização do trabalho (que é o caso do PPRA) devem
permanecer nos locais de trabalho a disposição da fiscalização.
Portanto requer que a reclamada apresente aos autos todos os

documentos determinados pela Portaria 3.214/78 que se pede adiante, no item
2.1.1..
Outrossim, não ocorrendo à apresentação dos documentos e

laudos obrigatórios, que será requerido, que seja deferido de plano, o adicional
ora requerido ou, caso assim entenda Vossa Excelência, seja designada perícia,

Fls.: 6
inclusive para análise de tais documentos, cujos custos devam ser integralmente
suportados pela reclamada.
Ainda, a reclamante informa que não recebeu EPI’s adequados,

e jamais teve treinamento sobre utilização de EPIs conforme preconiza o
disposto na alínea “d” do item 6.6.1 da NR-6 da Portaria 3.214/78, sendo tal
determinação essencial das condições para que um EPI possa ser
considerado instrumento neutralizador da insalubridade, conforme dispõe:
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador.
Deve-se observar que a NR-15 da Portaria 3.214/78 determina

no item 15.4.1 que a eliminação ou neutralização da insalubridade deverá
ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente
de trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
Cumpre salientar que não havia no ambiente de trabalho da

reclamante, a adoção de medidas para conservar este em condições salubres e
que a reclamada não cumpria o disposto no item 6.6.1 da NR-6, bem como não
cumpria o determinado na alínea “b” do item 9.3.5.5 da NR-9 da Portaria
3.214/78, que estabelece treinamento quanto aos EPI’s.

Fls.: 7
2.2.1. DOS DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS - PORTARIA

3.214/78 DO MTE.
Conforme determina a Portaria 3.214/78 do Ministério do

Trabalho, são documentos de elaboração obrigatória das empresas os
programas relacionados aos meios ambientes do trabalho (LTCAT, PPRA,
PCMSO, PPP, exames admissional, periódicos e demissional). Portanto,
normatizados pela referida Portaria, e, de acordo com o artigo 157 da CLT,
compete aos empregadores cumprir as normas expedidas pela Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho ou demais órgãos do MTE, no sentido de que
o empregador é obrigado a manter laudos técnicos acerca do ambiente de
trabalho, principalmente LTCAT, PPRA e PCMSO.
Diante do explanado, desde já, requer que a reclamada

apresente aos autos os seguintes documentos, sob pena de ser aplicada a regra
prevista no artigo 400 do CPC 2015 c/c artigo 769 da CLT:
I. LTCAT – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho

(O parágrafo 3º do Art. 58 d Lei 8213/91 com o texto dado pela Lei 9528/97 diz
que: A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos
agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou
que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com
o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei,
que foi republicada na MP 1596-14 de 10.11.97 e convertida na Lei 9528 de
10.12.97).
II. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, na

forma da exigência da Norma Regulamentadora - NR n.º 9, referente ao período
em que a reclamante trabalhou na reclamada;
III. Programas de treinamento da reclamante sobre utilização de

EPI’s (alínea “b” da NR-9.3.5.5) e das condições ambientais em que laborou (NR-
9.5.2.);

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IV. Exames Médicos: admissional, periódicos, de retorno ao

trabalho e demissional realizados, todos com referência ao ambiente em que
laborou a reclamante (NR-7);
V. Ficha de controle de fornecimento de Equipamentos de

Proteção Individual – EPI’s e treinamentos sobre utilização (NR-6), referente a
todo o período trabalhado;
VI. PCMSO - Programa de Controle de Médico de Saúde

Ocupacional NR-7, referente ao período em que a reclamante trabalhou na
reclamada.
Conforme exposto, entende-se que a reclamante exercia suas

atividades em condições de insalubridade, exposta principalmente a agentes
biológicos, sem receber EPI’s adequados e treinamentos exigidos por lei.
Pleiteia-se, portanto, a condenação da reclamada ao pagamento

de adicional de insalubridade em grau máximo, com referência no salário mínimo
atualizado, com os devidos reflexos em horas extras, DSRs, 13º salários, férias
acrescidas de 1/3, FGTS (8%), aviso prévio e multa do artigo 477, no valor de
R$ 40.286,82 (quarenta mil duzentos e oitenta e seis reais e oitenta e dois
centavos), conforme abaixo apurado:
Valor do Salário Mínimo R$ 1.320,00

Valor Adicional de Insalubridade Mensal 40% R$ 528,00
Meses Trabalhados 48
Valor do Adicional no período R$ 25.344,00
Reflexos 55,76% R$ 14.942,82
Total>> R$ 40.286,82
2.2. INADIMPLEMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
De acordo com o TRCT a reclamada deveria ter pago a

reclamante o valor rescisório de R$: 2.702,20 (dois mil setecentos e dois reais e
vinte centavos).

Fls.: 9
Entretanto, apesar de reconhecer o valor como devido a

reclamada não efetuou o pagamento das verbas rescisórias lançadas no TRCT.
Pleiteia-se, portanto, seja a reclamada condenada a pagar

as verbas rescisórias inadimplidas, no valor de R$: 2.702,20 (dois mil setecentos
e dois reais e vinte centavos).
2.3. DA MULTA DO ARTIGO 477
De acordo com o já mencionado, a reclamada deixou de

adimplir integralmente as verbas rescisórias da reclamante, principalmente, no
que tange ao período sem registro.
Nos termos do artigo 477, da CLT, aquele que deixar de

pagar as verbas rescisórias dentro de dez dias, após o último dia trabalhado,
será condenado ao pagamento de multa no valor de um salário.
Pleiteia-se, portanto, seja a reclamada condenada ao

pagamento da multa prevista no artigo 477, da CLT, para cada um dos contratos
inadimplidos, no valor estimado de R$: 1.305,88 (mil trezentos e cinco reais e
oitenta e oito centavos).
2.4. MULTA ARTIGO 467, CLT
Considerando que até a presente data, a reclamada apenas

entregou o TRCT e não adimpliu as verbas rescisórias da reclamante, é
indiscutível a existência de verbas incontroversas.
Pleiteia-se, portanto, a aplicação da multa do artigo 467 da

CLT, caso a reclamada não comprove o pagamento dos valores incontroversos
até a ocasião da primeira audiência.

Fls.: 10
2.5. DA CONCESSÃO IRREGULAR DAS FÉRIAS
A reclamante prestou serviços para a reclamada de

16/08/2018 à 13/04/2022, entretanto, durante todo o contrato de trabalho, por
determinação da empregadora, nunca pôde descansar integralmente dos 30
dias férias, previstos em lei.
Afirma que normalmente descansava por apenas 10 dias e

restante do período era comprado pela reclamada.
Desta feita pretende a condenação da reclamada, ao

pagamento das férias vencidas em dobro, referente aos períodos de 2018/2019,
2019/2020, 2020/2021, conforme estabelece o art. 137 da CLT, todas com
adicional de 1/3 constitucional, conforme art. 7ª, XVII da CF, com os reflexos das
horas extras, com fulcro na Súmula 376, II do TST, no valor estimado de R$:
5.223.52 (cinco mil duzentos e vinte e três reais e cinquenta e dois centavos).
Valor Base: R$1.305,88

Per. Aquisitivo Período Concessivo Férias + 1/3
16/08/2018 a 15/08/2019 até 14/08/2020 1 inteiro R$ 1.741,17
16/08/2019 a 15/08/2020 até 14/08/2021 1 inteiro R$ 1.741,17
16/08/2020 a 15/08/2021 até 14/08/2022 1 inteiro R$ 1.741,17
16/08/2021 a 13/04/2022 0,00
Total>> R$ 5.223,52
2.6. DO LABOR AOS FERIADOS
Durante o pacto laboral a reclamante laborou normalmente

nos feriados que não coincidiram com seu DSR, cumprindo a respectiva jornada
integralmente.
Apesar do labor extraordinário, informa a parte reclamante

que não recebia a devida contraprestação.
Durante a contratualidade houveram os seguintes feriados:

Fls.: 11
1 Sexta-Feira Santa 7-abr

2 Dia de Tiradentes 21-abr
3 Dia do Trabalho 1-mai
4 Corpus Christi 16-jun
5 Independência 7-set
6 Feriado Municipal - Nossa Sra. Das Dores 15-set
7 Nossa Senhora Aparecida 12-out
8 Finados 2-nov
9 Proclamação da República 15-nov
Considerando-se, que em cada um dos feriados dos

feriados acima, a reclamante cumpriu jornada integralmente, ou seja, das 08h00
às 17h30, conclui-se que ela faz jus ao recebimento de horas extras pelo labor
nos referidos feriados, a serem pagas em dobro nos termos da Súmula 146, do
TST.
Pleiteia-se, seja a reclamada condenada a pagar horas

extras em dobro (100%) pelo labor aos feriados durante a contratualidade, que
pela habitualidade, integram a remuneração por reflexos nas férias + 1/3
constitucional, décimos terceiros salários, descansos semanais remunerados e
feriados, aviso prévio, FGTS acrescido da multa de 40%, insalubridade e/ou
periculosidade, no valor estimado de R$: 5.678,67(cinco mil seiscentos e setenta
e oito reais e sessenta e sete centavos), conforme abaixo:
(A) Salário Base R$1.305,88

Divisor 220
Salário Hora R$5,94
Salário Hora + 100% R$11,87
(B) Quantidade Horas Extras/Dia 8,5

Quantidade Feriados no Período 36
HORAS A INDENIZAR PACTO LABORAL 306
(A) x (B) Subtotal R$ 3.632,72
Reflexos (56,32%) R$ 2.045,95
TOTAL DEVIDO >> R$ 5.678,67
2.7. DO INTERVALO INTRAJORNADA – TODO O PERÍODO
Na vigência do contrato de trabalho, a reclamante gozava de

no máximo 30 minutos de intervalo intrajornada.

Fls.: 12
De acordo com o art. 71 da CLT, quando a jornada de

trabalho for superior a seis horas, o intervalo intrajornada deverá ter a duração
mínima de uma e máxima de duas horas.
Em que pese o art. 611-A, III, da CLT, autorizar a negociação

coletiva para redução do intervalo intrajornada para no mínimo 30 minutos, esta
não é a hipótese dos autos.
Pela violação do texto legal (art. 71, caput, CLT), a parte

autora faz jus ao período suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho, ante o teor do art. 71, § 4º, CLT.
Pleiteia-se, portanto, seja a reclamada condenada a

indenizar o período de intervalo intrajornada suprimido durante todo o pacto
laboral, devidamente acrescido de 50% sobre o valor da remuneração da hora
normal, no valor estimado de R$: 6.923,54 (seis mil novecentos e vinte e três
reais e cinquenta e quatro centavos).
Salário Base R$1.305,88

Divisor 220
Salário Hora R$5,94
(A) Salário Hora + 50% Indenizanção R$8,90
Quantidade Horas/Dia Indenizar 0,5
Quantidade Dias trabahados/Semana 6
Quantidade Semana/Mês 4,32
Quantidade Meses Pacto Laboral 60
(B) HORAS A INDENIZAR PACTO LABORAL 777,6
(A)x(B) VALOR A INDENIZAR R$6.923,54
3. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, pleiteia:
3.1. Seja a reclamada condenada ao pagamento do

adicional de insalubridade em grau máximo, com referência no salário mínimo
atualizado, com os devidos reflexos em horas extras, DSRs, 13º salários, férias
acrescidas de 1/3, FGTS (8%), aviso prévio e multa do artigo 477, no valor

Fls.: 13
estimado de R$ R$ 40.286,82 (quarenta mil duzentos e oitenta e seis reais e

oitenta e dois centavos);
3.2. Em caso de reconhecimento de atividade labor

insalubre seja a reclamada condenada a entregar o PPP atualizado, sob pena
de multa diária;
3.3. Seja a reclamada condenada a pagar as verbas

rescisórias, por ela indicada no TRCT, e inadimplidas, no valor de R$: 2.702,20
(dois mil setecentos e dois reais e vinte centavos);
3.4. Pelo inadimplemento das verbas rescisórias dentro do

prazo legal, seja a reclamada condenada ao pagamento da multa prevista no
artigo 477, da CLT, no valor estimado de R$: 1.305,88 (mil trezentos e cinco
reais e oitenta e oito centavos);
3.5. A aplicação da multa do artigo 467 da CLT, caso a

reclamada não comprove o pagamento dos valores incontroversos até a ocasião
da primeira audiência;
3.6. A condenação da reclamada, ao pagamento das férias

dobro, referente aos períodos de 2018/2019, 2019/2020, 2020/2021, conforme
estabelece o art. 137 da CLT, todas com adicional de 1/3 constitucional,
conforme art. 7ª, XVII da CF, com os reflexos das horas extras, com fulcro na
Súmula 376, II do TST, no valor estimado de R$: 5.223.52 (cinco mil duzentos e
vinte e três reais e cinquenta e dois centavos);
3.7. Seja a reclamada condenada a pagar horas extras em

dobro (100%) pelo labor aos feriados durante a contratualidade, que pela
habitualidade, integram a remuneração por reflexos nas férias + 1/3
constitucional, décimos terceiros salários, descansos semanais remunerados e
feriados, aviso prévio, FGTS acrescido da multa de 40%, insalubridade e/ou
periculosidade, no valor estimado de R$: 5.678,67(cinco mil seiscentos e setenta
e oito reais e sessenta e sete centavos);

Fls.: 14
3.10. Seja a reclamada condenada a indenizar o período de

intervalo intrajornada suprimido durante todo o pacto laboral, devidamente
acrescido de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal, no valor
estimado de R$: 6.923,54 (seis mil novecentos e vinte e três reais e cinquenta e
quatro centavos).
4. DOS REQUERIMENTOS
4.1. Que a reclamada seja intimada a comparecer à

audiência que for designada e, querendo, conteste o feito, sob pena de confissão
e revelia quanto à matéria de fato;
4.2. Que sejam concedidos os benefícios da assistência

judiciária gratuita a reclamante, com fulcro na Lei 1060/50 e artigo 98, incisos I a
X do CPC;
4.3. A PROCEDÊNCIA DA PRESENTE RECLAMAÇÃO,

com a condenação da reclamada nos pleitos acima explicitados, acrescidos de
atualização de juros e demais cominações legais, além das custas processuais
e honorários advocatícios em 15%;
4.4. Que sejam exibidos na contestação pela Reclamada,

garantindo ao reclamante a inversão do ônus prova, todos os documentos
referentes ao período laboral do reclamante, tais como; demonstrativo de
pagamento de salário, registro de ponto, sob pena de aplicação do disposto nos
artigos 396 e seguintes do CPC 2015.
4.5. Que a reclamada seja compelida a trazer aos autos os

documentos de elaboração obrigatória, conforme determina a Portaria 3.214/78
do Ministério do Trabalho, sob pena, de ser aplicada a regra prevista no artigo
400 do CPC 2015 c/c artigo 769 da CLT, sendo estes: I. LTCAT; II. PPRA -
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR n.º 9; III. PCMSO - Programa
de Controle de Médico de Saúde Ocupacional - NR-7; IV. ASOS – ATESTADOS

Fls.: 15
DE SAÚDE OCUPACIONAL - NR-7; V. OS – Ordens de Serviço - item 1.7 da

NR-1 para a apuração de Periculosidade e/ou insalubridade;
4.6. Em atenção ao princípio da boa-fé, que sejam

descontados os valores eventualmente pagos ao reclamante e aqui pleiteado,
desde que sejam a mesmo título e devidamente comprovados pela reclamada;
Protesta a reclamante por todos os meios de provas em

direito admitidos, a inquirição das testemunhas, juntadas ulteriores de
documentos e outros que se fizerem necessários, especialmente o depoimento
pessoal da reclamada, sob pena de confissão conforme dispõe a Súmula nº 74,
TST.
Dá-se a causa o valor de R$: 62.020,01 (sessenta e dois mil

vinte reais e um centavo).
Termos em que, pede deferimento.
Nova Odessa, 30 de novembro de 2023.
Bruno Henrique Guerra

OAB/SP 355.684

https://pje.trt15.jus.br/pjekz/validacao/23113011052983700000217216380?instancia=1
Número do documento: 23113011052983700000217216380
Fls.: 16
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - 12982d5
Fls.: 17
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - 1bd7d94
Fls.: 18
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Fls.: 19
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - d30bd52
19/05/2023, 18:28 about:blank Fls.: 20
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA

07.599.465/0001-50
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO 08/09/2005
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
HOTEL NOVA ODESSA LTDA
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) PORTE

HOTEL NOVA ODESSA ME
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL

55.10-8-01 - Hotéis
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS

55.90-6-03 - Pensões (alojamento)
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA

206-2 - Sociedade Empresária Limitada
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO

AV DR. EDDY DE F. CRISSIUMA 340 ********
CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF

13.380-001 JARDIM BELA VISTA NOVA ODESSA SP
ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE

jorgetto@ecjorgetto.com.br (19) 3476-1523/ (19) 3466-3372
ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)

*****
SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL

ATIVA 08/09/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL
SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL

******** ********
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.863, de 27 de dezembro de 2018.
Emitido no dia 19/05/2023 às 18:27:33 (data e hora de Brasília). Página: 1/1
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Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - 20d608f
Fls.: 21
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - f22c25e
Fls.: 22
Fls.: 23
Fls.: 24
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - fe7fa23
Fls.: 25
Assinado eletronicamente por: BRUNO HENRIQUE GUERRA - Juntado em: 30/11/2023 11:30:25 - fe7fa23
Fls.: 26
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
2ª VARA DO TRABALHO DE AMERICANA
ATOrd 0011993-89.2023.5.15.0099
DESPACHO
Compulsando os autos, percebe-se que há pedido de realização
de perícia técnica.
Deste modo, designo a presente AUDIÊNCIA INICIAL PRESENCIAL

para o dia 08/07/2024 08:55 h, devendo a parte autora comparecer sob pena de
arquivamento, e a ré sob pena de revelia.
A ré deverá apresentar contestação, procuração e atos

constitutivos nos termos da Lei.
Nessa audiência, não serão ouvidas testemunhas e caso

necessária a instrução oral, será marcada outra data, oportunamente.
Caberá aos senhores advogados ou à parte diretamente, caso

não contrate advogado, fazer a comunicação direta aos respectivos clientes acerca da
data e horário da audiência.
AMERICANA/SP, 30 de novembro de 2023
MARCELO LUIS DE SOUZA FERREIRA

Juiz do Trabalho Substituto
Assinado eletronicamente por: MARCELO LUIS DE SOUZA FERREIRA - Juntado em: 30/11/2023 13:53:02 - 19adc88
Número do processo: 0011993-89.2023.5.15.0099
Fls.: 27
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0011993-89.2023.5.15.0099
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 19adc88 proferido nos autos.
DESPACHO





Assinado eletronicamente por: MARCELO LUIS DE SOUZA FERREIRA - Juntado em: 30/11/2023 13:54:02 - b26d7c9
Fls.: 28
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO: ATOrd 0011993-89.2023.5.15.0099
NOTIFICAÇÃO
HOTEL NOVA ODESSA LTDA - ME

AVENIDA DOUTOR EDDY DE FREITAS CRISSIUMA, 340, JARDIM BELA VISTA, NOVA
ODESSA/SP - CEP: 13385-020
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 19adc88

proferido nos autos.
DESPACHO





Assinado eletronicamente por: NILZA MISAEL FERREIRA - Juntado em: 04/12/2023 12:31:07 - 3c35151
Fls.: 29
A petição inicial poderá ser acessada pelo link:
https://pje.trt15.jus.br/pjekz/validacao
/23113011052983700000217216380?instancia=1
NAO APAGAR NENHUM CARACTERE DESTA LINHA. ESTE

DOCUMENTO SERA ENVIADO VIA ECARTA (TIPO COM_AR).
Assinado eletronicamente por: NILZA MISAEL FERREIRA - Juntado em: 04/12/2023 12:31:07 - 3c35151
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
d401c74 30/11/2023 11:30 Petição Inicial Petição Inicial
Carteira de
12982d5 30/11/2023 11:30 1 - RG Identidade/Registro
Geral (RG)
1bd7d94 30/11/2023 11:30 2 - Procuração Procuração
Carteira de Trabalho e
d30bd52 30/11/2023 11:30 3 - CTPS Previdência Social
(CTPS)
Cadastro Nacional de
20d608f 30/11/2023 11:30 4 - CNPJ Pessoa Jurídica
(CNPJ)
Declaração de
f22c25e 30/11/2023 11:30 5 - Declaração de Hipossuficiência Hipossuficiência
20078d5 30/11/2023 11:30 6 - Contrato de Trabalho Contrato de Trabalho
Termo de Rescisão de
fe7fa23 30/11/2023 11:30 7 - TRCT Contrato de Trabalho
(TRCT)
19adc88 30/11/2023 13:53 Despacho Despacho
b26d7c9 30/11/2023 13:54 Intimação Intimação
3c35151 04/12/2023 12:31 HOTEL NOVA ODESSA LTDA - ME Intimação

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Ação Trabalhista - Rito Ordinário

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 30/11/2023

EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTO(a) JUÍZ(a) FEDERAL DA ___

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Valor do Salário Mínimo R$ 1.320,00

2.2. INADIMPLEMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

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Entretanto, apesar de reconhecer o valor como devido a

Pleiteia-se, portanto, seja a reclamada condenada a pagar

2.3. DA MULTA DO ARTIGO 477

De acordo com o já mencionado, a reclamada deixou de

Nos termos do artigo 477, da CLT, aquele que deixar de

Pleiteia-se, portanto, seja a reclamada condenada ao

2.4. MULTA ARTIGO 467, CLT

Considerando que até a presente data, a reclamada apenas