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CDU 616.314-073
Ressonância magnética
EMIKO SAITO ARITA
ARTHUR RODRIGUEZ GONZALES CORTES
CÉSAR ÂNGELO LASCALA
a b
Histórico
• 1946: Estabelecimento das primeiras bases de espectroscopia
por RM
• 1971: Observação do potencial da RM na identificação de tecidos,
por haver diferenças sistemáticas nas propriedades de relaxação
de tecidos normais, necrosados e tumorais
• 1973: Divulgação do primeiro método de geração de imagem
bidimensional utilizando RM
• 1984: Realização do primeiro exame de ATM por meio de RM
100 Freitas
Componentes de sistema
de RM
Magneto principal
• Bobinas (antenas)
• de homogeneidade
• de gradiente
• de radiofrequência (FR)
1. transmissoras
2. receptoras
• Sistema de resfriamento
• Sistema computacional e processadores de imagens
Força magnética
O magneto é o componente principal que produz o campo magnético
Força com a qual um magneto atrai
(Figs. 8.2 e 8.3). É usado para produzir um campo magnético muito
ou repele um metal.
forte e uniforme para induzir magnetização tissular mensurável. Os
Campo magnético (B) magnetos podem ser:
a b
c
Figura 8.2 – Diferentes tipos de bobinas receptoras de superfície.
Transmissor
de frequência Interface
de rádio de controle
Magneto
Campo
magnético
Módulo de
conversores
Módulo receptor Unidade de
digital
exibição
Figura 8.3 – Componentes de imagens
do aparelho de RM.
Imaginologia 101
Princípios
A RM é um método baseado na alteração da movimentação dos
prótons presentes nos núcleos dos átomos (principalmente os de
hidrogênio, que são abundantes nos tecidos). Normalmente, os
prótons realizam o movimento de precessão, ou seja, movimentam-se
ao redor do núcleo de maneira similar a um pião.
• localização;
• tempos de relaxamento T1 e T2;
• potencialização por contraste;
• familiaridade com o aspecto das anormalidades e separação
de tecidos.
Meios de contraste
Na RM, podem-se empregar substâncias de contraste com
suscetibilidade magnética, as quais interferem no nível dos tempos de
relaxação e melhoram a visibilidade de determinados tecidos.
Ausência de sinal
Hipointenso
Hipossinal
Hiperintenso
Figura 8.5 – Intensidade de sinal Hipersinal
de RM.
Imaginologia 103
Hipossinal Hipersinal
Líquido
Hipointenso Hiperintenso
Sólido Iso/Hipossinal Iso/Hipossinal
Hipersinal Iso/Hipersinal
Adiposo
Hiperintenso
Hipersinal Iso/Hipo/Hipersinal
Sanguíneo
Hiperintenso
Hipossinal Hipossinal
Ar
Hipointenso Hipointenso
Tecido ósseo metálico Ausência de sinal Ausência de sinal
Imagens de Espectroscopia
A espectroscopia por RM emprega os métodos de imagem
tradicionais da RM com a capacidade de análise química dos tecidos,
tornando-se um método não invasivo para o estudo de processos
bioquímicos cerebrais, musculares e hepáticos. As principais
aplicações clínicas da espectroscopia cerebral são:
• tumores;
• acidentes vasculares cerebrais;
• epilepsia;
• demências;
• esclerose múltipla;
• asfixia neonatal;
• infecções pelo HIV.
Aplicações na
Odontologia
As principais aplicações de diagnóstico com RM descritas na literatura
atual são o estudo de tumores benignos e malignos, a análise da ATM
e o auxílio no diagnóstico de cirurgias orais.
Diagnóstico de tumores
A RM vem sendo largamente empregada nas pesquisas atuais sobre o
diagnóstico de tumores orais e maxilofaciais. Por meio da imagem, é
possível obter a diferenciação de tecidos adjacentes, fator importante
para o estudo do limite entre tecidos normais e patológicos em
reconstruções multiplanares (Figs. 8.7 a 8.9).
a b c
Figura 8.9 – Imagens ponderadas em T2: planos axial (A); coronal (B); sagital (C).
Pesquisas atuais sobre RM têm apontado esta técnica como o método • Detecção de lesões malignas: RM
• Avaliação de envolvimento
mais preciso e recomendado para o diagnóstico de tumores malignos
ósseo: TC
de glândulas salivares menores, osteossarcoma e metástases de • Avaliação de recidivas: RM
tumores. Além disso, a maioria desses trabalhos enfatiza o papel da RM • Diagnóstico de tumores malignos
no planejamento cirúrgico para eventuais ressecções desses tumores, de glândulas salivares menores,
indicando a importante relação entre o diagnóstico por tais imagens e o osteossarcoma e metástases de
tratamento indicado para cada caso clínico (Figs. 8.11 e 8.12). tumores: RM
a b c
Figura 8.12 – Sequência de imagens de RM em plano axial de lesão tumoral do seio maxilar lado esquerdo.
Diagnóstico da articulação
temporomandibular (ATM)
Desde 1987, a RM tem sido o exame indicado para o diagnóstico por
imagens da ATM. Foi observado que a diferenciação e a localização de
estruturas anatômicas da ATM, como o processo condilar da
mandíbula, a fossa da mandíbula, o disco articular e o tubérculo
articular do osso temporal, assim como estruturas peridiscais,
puderam ser descritas em detalhes por meio das imagens de RM.
a b c
Figura 8.15 – Imagens em RM no plano sagital ponderadas em T1 com deslocamento anterior do disco;
T2 com efusão articular e aspecto no plano coronal.
Artefatos na imagem
Lembrete Os aparelhos de campos de força elevados podem ocasionar
formação de artefatos, causados por:
Os artefatos podem gerar falsas
áreas escuras ou hipossinais. • sequência de pulsos em substâncias paramagnéticas e
Assim, dificultam o diagnóstico,
podendo levar a erros de
diamagnéticas;
interpretação. A perda de resolução • movimentação do paciente durante a aquisição da imagem;
costuma ser maior em T2 • seleção inadequada dos parâmetros de aquisição de imagem;
(Fig. 8.16). • interação entre certos materiais e o campo magnético.
• pinos intrarradiculares;
• bandas ortodônticas;
• próteses removíveis e fixas;
• arcos e barras palatinas;
• barras linguais.
Contraindicações