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Período Institucional
Para o trabalho e o exercício filosófico latino-americano durante o chamado
Período Institucional, continuaram fortes os esforços de consolidação da
emancipação e de organização sociocultural pós-emancipação política. Tal
trabalho foi bastante presente na segunda metade do século XIX e nos
primórdios do século XX.
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Principais correntes
Ecletismo: Uma primeira corrente muito forte do Período Institucional, que
se tornou a matriz filosófica do Império do Brasil [Abrão, 2004], foi o
Ecletismo. Ela opera um sincretismo de correntes filosóficas diversas,
procurando captar o que há de “melhor” em cada uma, para formar uma
base reflexiva só. Foi presente no período do helenismo [séculos IV a I a.C.]
com vistas à promoção da ataraxia [imperturbabilidade da alma] e,
modernamente, pelo francês Victor Cousin [1792-1867], em um momento
de intensos embates revolucionários vividos na Europa. Marcado por certo
espiritualismo e sentimento nacionalista, o ecletismo foi, em meados do
século XX, muito fortemente criticado como um movimento pacifista em
tempos em que precisamos ter coragem de assumir posições mais
combatentes. Ideologicamente, parecia conveniente ao Império, com tantos
conflitos internos para gerir. Roberto Gomes [2008], inclusive, na sua
Critica da Razão Tupiniquim, acena reflexões sobre a presença de ideais
ecléticos ainda hoje no pensamento brasileiro.
Período Contemporâneo
A luta pela independência cultural e intelectual continua... A luta é
constante, sobretudo, por conta da tentativa de estabelecimento de
filosofias “oficiais” em nossa história recente. Nesse período destacam-se ao
menos cinco movimentações epistemológicas importantes.
Considerações finais
Pelo que se refletiu até aqui, o pensamento histórico-filosófico latino-
americano e brasileiro, tal como tem se desenvolvido nos últimos 150 anos
aproximadamente, é marcado por um intenso embate reflexivo, com uma
multiplicidade de vertentes que, ainda que tome de empréstimo algumas
categorias conceituais de vertentes estrangeiras, não tem produzido uma
mera repetição acrítica delas. Ao contrário, o que entra cada vez mais em
jogo é a necessidade de se pensar com seriedade e autonomia nosso
próprio solo cultural a partir dele mesmo.
Referências
Elvis R. Messias tem mestrado em Educação e atualmente desenvolve
pesquisas de doutoramento em Ciências da Religião. É professor de
Fundamentos Filosóficos, Sociológicos e Antropológicos da Educação na
UEMG-Campanha e de História da Filosofia da América-Latina e do Brasil no
Instituto Filosófico São José, Diocese da Campanha.
[elvismessias.prof@gmail.com]
ENSINO DE HISTÓRIA E
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