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MANUAL DO INSTRUTOR

DE CET - SBA

CET
COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO
MANUAL DO INSTRUTOR
DE CET - SBA

SBA
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Rio de Janeiro
2020
MANUAL DO INSTRUTOR DE CET - SBA
Copyright© 2020, Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Diretoria - Gestão 2019


Erick Freitas Curi - Diretor Presidente
Rogean Rodrigues Nunes - Diretor Vice-Presidente
Gualter Lisboa Ramalho - Diretor Secretário Geral
Augusto Key Karazawa Takaschima - Diretor Financeiro
Heber de Moraes Penna - Diretor do Departamento de Defesa Profissional
Marcos Antonio Costa de Albuquerque - Diretor do Departamento Administrativo
Maria Angela Tardelli - Diretora do Departamento Científico
Ana Cristina Pinho Mendes Pereira - Vice-Diretora do Departamento Científico
Diretoria - Gestão 2020
Rogean Rodrigues Nunes - Diretor Presidente
Augusto Key Karazawa Takaschima - Diretor Vice-Presidente
Gualter Lisboa Ramalho - Diretor Secretário Geral
Vicente Faraon Fonseca - Diretor Financeiro
Luis Antonio dos Santos Diego - Diretor do Departamento de Defesa Profissional
Antônio Carlos Aguiar Brandão - Diretor do Departamento Administrativo
Maria Angela Tardelli - Diretora do Departamento Científico
Marcos Antonio Costa de Albuquerque - Vice-Diretor do Departamento Científico
Comissão de Ensino e Treinamento 2019
José Fernando Bastos Folgosi - Presidente
Paulo Sérgio Mateus Marcelino Serzedo - Secretário
Daniel Vieira de Queiroz - Membro
José Carlos Rodrigues Nascimento - Membro
Leopoldo Palheta Gonzalez - Membro
Luiz Fernando dos Reis Falcão - Membro
Patricia Wajnberg Gamermann - Membro
Rodrigo Leal Alves - Membro
Roberto Henrique Benedetti - Membro
Comissão de Ensino e Treinamento 2020
Paulo Sérgio Mateus Marcelino Serzedo - Presidente
Daniel Vieira de Queiroz - Secretário
José Carlos Rodrigues Nascimento - Membro
Leandro Fellet Miranda Chaves - Membro
Luiz Fernando dos Reis Falcão - Membro
Marcelo Luis Abramides Torres - Membro
Patricia Wajnberg Gamermann - Membro
Roberto Henrique Benedetti - Membro
Rodrigo Leal Alves - Membro
Capa e diagramação
Marcelo de Azevedo Marinho
Supervisão
Maria de Las Mercedes Gregoria Martin de Azevedo
Revisão Bibliográfica
Teresa Maria Maia Libório

O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).


Produzido pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
Material de distribuição exclusiva aos médicos anestesiologistas.

Produzido em Junho/2020

Sociedade Brasileira de Anestesiologia


Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
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SUMÁRIO
Apresentação.................................................................................................................. 06
Capítulo 01
Comissão de Ensino e Treinamento (CET).................................................................................. 07
Daniel Vieira de Queiroz e Luiz Fernando dos Reis Falcão

Capítulo 02
Deveres e Direitos dos Instrutores de CET................................................................................. 11
Paulo Sérgio Mateus Marcelino Serzedo e Sara Lúcia Ferreira Cavalcante

Capítulo 03
Estratégias de Ensino......................................................................................................... 13
José Fernando Bastos Folgosi e Leopoldo Palheta Gonzalez

Capítulo 04
Estratégias de Avaliação do Médico em Especialização (ME)............................................................ 23
Rodrigo Leal Alves e José Carlos Rodrigues Nascimento

Capítulo 05
Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso em Anestesiologia..................................................... 31
Patricia Wajnberg Gamermann e Roberto Henrique Benedetti

Capítulo 06
Programa Teórico para Médicos em Especialização....................................................................... 39
Comissão de Ensino e Treinamento

Capítulo 07
Matriz de Competências: Anestesiologia................................................................................... 53
Rosana Leite de Melo e Ricardo Almeida de Azevedo

Capítulo 08
Regimento da CET............................................................................................................. 57

Capítulo 09
Normas para concessão de credencial de responsável, instrutor corresponsável, instrutor e instrutor
associado de Centro de Ensino e Treinamento ............................................................................ 61

Capítulo 10
Regulamento dos CET......................................................................................................... 65

Capítulo 11
Formulários dos Centros de Ensino e Treinamento........................................................................ 77

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APRESENTAÇÃO

ACURÁCIA E PRECISÃO
Apesar de todo o trabalho e da perspectiva ligada ao desenvolvimento de ações efetivas para melhorias nos
centros de ensino e treinamento, nossas decisões e respostas às dúvidas sempre se relacionavam à pesquisa,
basicamente, aos regimentos e regulamentos da Comissão de Ensino e Treinamento/SBA (CET/SBA). Assim, essa
comissão de excelência, objetivando trazer mais acurácia e precisão a suas ações, elaborou mais uma primorosa
obra que, certamente, resultará em deliberações cada vez mais assertivas. Este manual norteará não somente a
CET/SBA, mas todos os que estão envolvidos na dignificante arte do ensino, principalmente instrutores e instru-
tores associados.
Como dizia o pensador Lázaro de Souza Gomes: “A beleza da vida não reside na ausência de problemas, mas
sim na acurácia em resolvê-los.”. Gostaria de enfatizar que não existe frase que expresse melhor o que repre-
senta esta publicação e as ações desenvolvidas para alinhamentos necessários que se impõem a cada momento.
Consideramos, portanto, esta obra mais um elo de fortalecimento singular entre a Diretoria da SBA, a CET/SBA e
os centros de ensino e treinamento.

A SBA somos todos nós!

Rogean Rodrigues Nunes


Diretor Presidente da SBA

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01

Comissão de Ensino e Treinamento (CET)


Daniel Vieira de Queiroz
Luiz Fernando dos Reis Falcão

No ano de 1948, foi fundada a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), em reunião realiza-
da no auditório do Hospital Federal dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro. Na época, apesar
de haver médicos que se dedicavam à especialidade, a grande maioria das anestesias era realizada
por outros profissionais, alguns, inclusive, sem nenhuma ligação com a medicina. Não havia centros
exclusivos para a formação de médicos em anestesiologia. Sendo assim, era urgente a criação de
uma sociedade que organizasse o trabalho dos médicos anestesiologistas, com discussão de novida-
des da área e possíveis melhorias na atuação dos profissionais. Apesar de não haver uma estrutura
organizacional, desde sua fundação, a SBA vem se dedicando à formação de novos anestesiologistas,
razão pela qual sempre buscou meios de regulamentar, fiscalizar e fomentar o desenvolvimento de
novos especialistas, com a qualidade certificada pela própria sociedade. Como será evidenciado
nos parágrafos seguintes, a SBA foi pioneira na elaboração dos programas de especialização médica
no Brasil.
Após a fundação da SBA, ocorreram, periodicamente, reuniões e assembleias, e, em 1952, foi
aprovado um novo estatuto que transformava a SBA – até então uma sociedade eminentemente ca-
rioca – em uma congregação verdadeiramente brasileira, com a possibilidade de filiação das demais
sociedades estaduais.
Em 1953, existiam oito serviços de anestesiologia, distribuídos em cinco estados, que ofereciam
estágio para a formação de anestesiologistas, com duração de um ano. Porém, não havia uniformi-
dade no processo de formação, tampouco regulamentação oficial para sua existência, nem pelos
órgãos governamentais, nem pela SBA. Por exemplo, dois desses serviços ofereciam treinamento
somente prático; os outros, teórico e prático; cinco dos serviços ofereciam, ao menos parcialmen-
te, opção de moradia e alimentação (ou seja, “residência” no hospital de treinamento).
Nesse mesmo ano, a Diretoria da SBA nomeou uma comissão de quatro médicos para estudar a
regulamentação do título de especialista em anestesiologia (TEA). Assim, os centros existentes e os
que ainda seriam inaugurados passariam a seguir determinados requisitos considerados essenciais
para o treinamento em anestesiologia. Nasciam, portanto, os Centros de Ensino e Treinamento
(CET) da SBA. Uma evidência do grau de pioneirismo de nossa sociedade é que, somente 24 anos
depois, em 1977, o Governo Federal criou a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), ofi-
cializando, assim, os programas de formação de especialistas como uma pós-graduação, em regime
de dedicação exclusiva, em que foi fixada, na época, a duração mínima de dois anos.
Em 1954, durante o 1º Congresso Brasileiro de Anestesiologia (CBA), realizado em São Paulo,
foi aprovado o primeiro regulamento do TEA. Nele foi prevista a concessão inicial de título ao

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candidato que comprovasse exercício “ininterrupto, integral e exclusivo” da anestesiologia nos dez
anos anteriores. Nesse momento, 15 médicos conseguiram conquistar a especialização. Também
foi aprovado que, no ano seguinte, o TEA seria concedido após prova anual. Tal reunião foi bem
polêmica, tendo sido necessária a realização de assembleias gerais extraordinárias para debater
o tema. Tal debate culminou com a revogação do regulamento do TEA, em 1955, durante o 2º
CBA (realizado em Salvador), e a constituição de uma nova comissão para elaborar as diretrizes
para a concessão do título. Esse novo regulamento foi aprovado apenas no ano seguinte, em 1956,
durante a Assembleia de Representantes do 3º CBA (no Rio de Janeiro). Elegeu-se, então, no CBA
seguinte, em Porto Alegre, o primeiro concurso que outorgaria o TEA aos candidatos com base no
exame de uma comissão (dedicada exclusivamente a esse título), composta por cinco membros.
Nesse 4º CBA, de 1957, 26 candidatos receberam o TEA, incluindo a primeira mulher a possuir esse
título (Leonor Horta de Figueiredo). Também nesse CBA foi elaborado o primeiro regulamento dos
centros de ensino e treinamento, no qual constaria, entre outras determinações, a exigência de
que, para cada dois anestesiologistas em treinamento, deveria haver um qualificado; a estipulação
do tempo mínimo de um ano de treinamento; a participação de, no mínimo, 300 atos anestésicos;
a necessidade de uma comissão de três membros ativos para examinar os proponentes a um novo
CET, entre tantas outras definições.
Compreendem-se como centro de ensino e treinamento da SBA os serviços, as seções, os de-
partamentos e as disciplinas que têm como propósito o ensino pós-graduado em anestesiologia. O
primeiro CET a ser credenciado pela SBA foi o da disciplina de anestesiologia, dor e terapia inten-
siva da Escola Paulista de Medicina (EPM) – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1953.
Em 1962, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a SBA estabeleceram um convênio, no qual
reconheciam o TEA como o único título de especialização em anestesiologia válido no país. Nesse
mesmo ano, foram divulgados, no boletim Anestesia (publicação oficial da SBA), os nomes dos três
membros da Comissão de Ensino e Treinamento da SBA (Peter Spiegel e Bento Gonçalves, do Rio
de Janeiro, e Salvador Cromberg, de São Paulo). Desde então, o número de centros formadores de
anestesiologistas certificados pela SBA foi crescendo lentamente. Em 1965, ocorreu a primeira reu-
nião entre a Diretoria da SBA e os responsáveis por centros de ensino e treinamento, que, naquele
momento, eram nove em diferentes estados.
Nos anos seguintes, inúmeras alterações, inclusões e exclusões ocorreram nos regulamentos dos
CETs e nas assembleias de representantes anuais nos CBAs. Por exemplo, em 1977, o período para
completar a formação em anestesiologia passou de um para dois anos e, em 2002, passou a ser
de três anos. A composição da Comissão de Ensino e Treinamento, que, inicialmente, era de três
membros, passou, em 1988, para seis membros. Posteriormente, em 2017, a comissão passou a ser
constituída por nove membros.
Atualmente, os requisitos gerais de atuação dos CETs da SBA incluem possuir material clínico e
equipamento – conforme as normas técnicas da SBA – em quantidade e diversidade suficientes para
capacitar os médicos em especialização (MEs), à observação dos diferentes aspectos da prática
da anestesiologia, nos diversos ramos. Além disso, envolvem proporcionar o mínimo de 440 atos
anestésicos e 900 horas anuais de treinamento prático em anestesiologia para cada ME, abrangen-
do, obrigatoriamente, procedimentos anestésicos para cirurgia geral, obstetrícia e pediatria (para
crianças de 0 a 12 anos) e também para, no mínimo, três das seguintes especialidades cirúrgicas:
proctologia; cirurgia vascular periférica; ortopedia e traumatologia; ginecologia; otorrinolaringolo-
gia; oftalmologia; urologia; exames diagnósticos; cirurgia toracopulmonar e neurocirurgia.

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O Que É Comissão de Ensino e Treinamento e Qual Seu Objetivo?
A Comissão de Ensino e Treinamento (CET) é uma comissão permanente da SBA composta por
nove membros eleitos em assembleia de representantes, com mandato de três anos, obrigato-
riamente pertencentes a um CET/SBA com, pelo menos, quatro regionais representadas por tal
comissão. A cada ano, há a renovação de dois membros – um é eleito, internamente, presidente e
outro é escolhido como membro secretário. São realizadas reuniões anuais nos congressos regio-
nais oficiais da SBA – a saber: JONNA, JOSULBRA, JASB e JABC – entre os membros da comissão
e os responsáveis pelo CET (com a participação do presidente da comissão e de, pelo menos,
mais um membro). Há também uma reunião anual de toda a comissão de CET com seus respon-
sáveis no CBA do ano vigente. Tais reuniões – previstas em regimento da SBA – têm como função
a discussão de assuntos práticos referentes aos CETs, como um fórum democrático para debater
sugestões e melhorias. Porém, não há alterações de regulamentos em tais reuniões, pois o fórum
adequado para mudanças regimentais é a assembleia dos representantes ou a assembleia geral,
dependendo do tema em si.

Panorama atual dos CETs


Na história dos CETs foram descredenciados 16 centros de ensino e treinamento. Atualmente,
existem 123 centros credenciados no país (Figuras 1 e 2 e Tabela 1), com um total de 2.252 mé-
dicos em especialização (ME). Entre os CETs, 51,3% têm até 15 MEs; 27,7% têm entre 16 e 24 MEs;
12,6%, entre 26 e 36 MEs; 7,6%, entre 36 e 50 MEs; e 0,8% tem mais de 50 MEs (Figura 3).

Figura 1 – Distribuição dos CETs de acordo com o período de credenciamento na SBA

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Figura 2 – Distribuição dos CETs (à esquerda) e do número de MEs (à direita) por região do Brasil

Tabela 1 – Distribuição dos CETs e MEs por estado do Brasil

Estados CETs MEs % MEs


AL 1 3 0,1%
AM 1 29 1,3%
BA 6 105 4,7%
CE 4 68 3,0%
DF 4 82 3,6%
ES 2 21 0,9%
GO 4 63 2,8%
MA 1 4 0,2%
MG 15 269 11,9%
MS 1 25 1,1%
MT 3 22 1,0%
PA 1 21 0,9%
PB 2 29 1,3%
PE 5 114 5,1%
PR 5 65 2,9%
RJ 20 325 14,4%
RS 7 111 4,9%
SC 7 116 5,2%
SE 1 12 0,5%
SP 33 768 34,1%

Figura 3 – Distribuição dos CETs por número de MEs; ano-base 2018

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02

Deveres e Direitos dos Instrutores de CET


Paulo Sérgio Mateus Marcelino Serzedo
Sara Lúcia Ferreira Cavalcante

A especialização médica em anestesiologia é coordenada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA),


por meio de uma comissão permanente de ensino e treinamento subordinada ao Departamento Científico da
sociedade, e é considerada um dos melhores programas de pós-graduação lato sensu para formar o anestesio-
logista. Um elemento crucial nesse complexo processo, sem dúvida, é o médico instrutor, pois sem ele não há
condições de ter especialização médica de qualidade. Durante o processo de aprendizado, deve o médico em
especialização aprender de maneira crescente a tomar decisões sozinho, contudo, faz-se necessário sempre a
supervisão de um instrutor.
O processo reveste-se de tal importância que o médico instrutor deve possuir um conjunto de atributos na
área do conhecimento, ter habilidades e atitudes que o credenciem a ser um educador eficiente e de excelência.
É indiscutível que o instrutor precisa conhecer e aplicar os princípios pedagógicos no trato com os médicos
em especialização, além de estar atualizado sobre os avanços da neurociência e da psicologia. A prática da edu-
cação como objeto de estudo deve propiciar o desenvolvimento do especializando e é fundamental, ainda, que,
para que tenhamos êxito, o instrutor se mantenha atualizado para ministrar conteúdos em sua disciplina e em
procedimentos práticos.
O instrutor de um centro formador de anestesiologistas deve reconhecer que o objetivo de todo o processo
de ensino é o aprendizado efetivo da especialidade, portanto, deve defender, de maneira firme, a educação dos
especializandos sempre segundo o código de ética aplicado ao ensino da anestesiologia. Para tanto, ele necessita
demonstrar paixão pela docência, bem como estabelecer e valorizar um ambiente de aprendizado seguro, em
que o estímulo, a curiosidade e a busca do conhecimento possam ser cultivados. O instrutor, portanto, precisa
ser acessível aos médicos em especialização e não pode temer dizer “não sei” e “vamos buscar juntos esse co-
nhecimento”. É fundamental a demonstração de afeto em todas as suas interações.
O instrutor precisa saber comunicar-se eficientemente, transformando o aprendizado em algo significativo,
e deve demonstrar sua liderança no ambiente de ensino e ter habilidades para atuar em pequenos e grandes
grupos. É imprescindível que ele consiga atrair e manter a atenção dos médicos em especialização e que
pergunte, ouça e responda efetivamente. O feedback adequado é fundamental na relação do instrutor com o
futuro anestesiologista.
Pensamento crítico, capacidade de adaptação e flexibilidade são condições primordiais que um bom instru-
tor deve possuir – tais qualidades são a chave do estímulo para o desenvolvimento da resiliência, virtude que
todo anestesiologista precisa ter. Deve ser demonstrado ao médico em formação a necessidade de seu contínuo
aperfeiçoamento – o processo de valorização do estudo precisa estar presente ao longo da vida do futuro anes-
tesiologista, e os bons exemplos são a mais valiosa estratégia.
Aprender a ensinar com o auxílio das novas tecnologias é indispensável a todo instrutor. E essa nova reali-
dade precisa ser incorporada pelo aluno – o especializando tem que ser convencido de que, para que exista um
aprofundamento do conhecimento, ele deve realmente aprender a aprender, para que, no fim do processo, uma
avaliação somativa possa validar o processo de especialização médica em anestesiologia.

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É dever do instrutor supervisionar seus médicos em especialização e informá-los sobre seus limites de atua-
ção, já que será o responsável pelos atos de seus futuros anestesiologistas em todos os níveis, legais e éticos.
Assim sendo, fica claro o elevado grau de exigência para o cumprimento da função de instrutor, o que inclui
responder juridicamente pelos atos do residente dentro do hospital-escola. Em seus direitos, devem estar refe-
renciados local adequado de trabalho, disponibilidade de equipamento e suporte da instituição, além de remune-
ração compatível com a carga horária de trabalho. A realidade, contudo, em muitos locais, é que não existe ainda
o reconhecimento da profissão de instrutor, que deveria ter direito pleno à justa remuneração e à possibilidade
de atualização de conhecimento. A legitimidade da profissão de instrutor é urgente, a fim de que, com bons
instrutores, possamos ter médicos em especialização cada vez melhores.

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03

Estratégias de Ensino
José Fernando Bastos Folgosi
Leopoldo Palheta Gonzalez

“O bom professor deve conhecer bem as técnicas de ensino e aplicá-las às suas es-
tratégias educacionais, conhecer os princípios de educação de adultos, ser comprometido,
criativo e entusiasmado!”
(Ronald Harden, 2012)
“A educação é transformadora para os dois, aquele que aprende e aquele que ensina.
Aquele que forma, ao formar, se reforma.”
(Paulo Freire, 1997)

As estratégias de ensino podem ser definidas como a arte de aplicar ou explorar os meios e as condições fa-
voráveis e disponíveis para atingir objetivos específicos. Todo conteúdo possui, em sua lógica interna, uma forma
que lhe é própria e que precisa ser captada e apropriada para sua efetiva compreensão. Para tal, utilizam-se os
processos mentais ou as operações do pensamento.
O trabalho docente não deve ser apenas um transmissor de conteúdo, mas, sim, um facilitador do processo
de aprendizagem. Em outras palavras, antes de transmitir o assunto – por exemplo, aulas expositivas que se
limitam apenas a reproduzir conteúdos facilmente encontrados em livros ou nas mídias digitais –, é mais efetivo
focar nossas técnicas no processo de elaboração do conteúdo1. Por esse motivo, antes da escolha das estratégias,
é importante levar em consideração o conhecimento do aluno, seu modo de ser, de agir, de estar, além de sua
dinâmica pessoal e, com base nesse substrato, definir adequadamente os objetivos a serem alcançados.
O conceito de andragogia, introduzido por Malcolm Knowles, definido como a ciência que estuda os métodos
adequados para auxílio ao aprendizado de adultos, postula cinco princípios que devem ser observados no plane-
jamento de qualquer estratégia voltada pra essa população2:
1. Adultos são independentes e autodidatas.
2. Adultos trazem em sua bagagem pessoal uma rica experiência que sempre é utilizada como recurso em
seu aprendizado.
3. Adultos tendem a valorizar mais o aprendizado que se integre à sua prática diária.
4. Adultos aprendem melhor quando o ensino se encontra embasado na resolução de problemas práticos em
comparação com fundamentações conceituais e teóricas.
5. Sua motivação é despertada, na maior parte das vezes, por conteúdos interiores do que por exteriores.

Todas as estratégias visam atingir objetivos predeterminados, portanto, há de se ter clareza sobre aonde se
pretende chegar naquele momento com o processo de ensino e aprendizagem. Assim, são essenciais a elaboração
de um plano de ensino e o estabelecimento de um contrato didático, em que os objetivos devem estar claros e
previamente estabelecidos para ambas as partes e que estejam registrados no programa de aprendizagem cor-
respondente ao módulo, fase ou curso.

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É preciso também estabelecer um clima de aprendizado favorável, no qual os alunos se sintam confortáveis e
seguros para se expressarem, em que sejam estimulados a definir os próprios objetivos e se envolvam na elabo-
ração da proposta curricular, de modo que se sintam motivados a buscar os próprios recursos no desenvolvimento
de suas estratégias3.
Entre os docentes é comum uma rotina de trabalho saturada, com modelos de apresentação de conteúdo em
aulas expositivas ou palestras, que têm sido uma estratégia funcional para a transmissão de informação. Tal ro-
tina reforça a abordagem passiva do aluno em relação à transmissão de conteúdo pronto, acabado, determinado
e centrado no professor como o principal agente promotor do aprendizado e articulado por meio de um diálogo
hierárquico, em que o professor domina totalmente o assunto e os alunos apenas o absorvem pela memorização
(modelo jesuítico – 1595)9,10,11.
É provável que este tenha sido o modelo de aprendizado que a maioria de nós vivenciou no processo educa-
cional como aluno, contudo, é importante destacar que tal modelo, embora tenha seus méritos já consagrados,
carece de recursos que motivem o aluno a buscar por si só as respostas aos diversos tipos de problema, sem,
apesar disso, se acomodar a buscá-las prontas e absorvê-las como absolutas e imutáveis.
Com a evolução e a facilidade do acesso ao saber em tempo real aliados e a quebra de paradigmas e de visão
de mundo das novas gerações, faz-se necessário uma nova abordagem desse processo. Sair do habitual envolve
sair da zona de conforto e enfrentar vários desafios para atuar de forma diferente. Lidar com dúvidas, críticas,
resultados incertos, perguntas inesperadas, às vezes complexas, e não raramente respostas incompletas é, atual-
mente, o novo desafio5.
Sendo assim, a busca de um modelo ativo de aprendizado deve estar centrada no aluno como o principal
agente motivacional e ser focada na resolução de problemas, deixando ao professor o papel de tutor no proces-
so7,8. Por esse motivo, é necessária uma nova concepção de dinâmica de aula, o que inclui a organização espacial,
a quebra de alguns paradigmas e, quem sabe, a otimização da antiga disciplina estabelecida.
Como sugestão, apresentamos, a seguir, 12 estratégias, com destaque para sua identificação e conceituação,
as operações de pensamento predominantes, a descrição da dinâmica da atividade, seus desafios e uma proposta
de acompanhamento e avaliação6.

Estratégia de Ensino 1: Aula Expositiva Dialogada

O que é?
É a exposição do conteúdo com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser con-
siderado e pode ser tomado como ponto de partida. O professor leva os alunos a questionarem, interpretarem
e discutirem o objeto de estudo, com base no reconhecimento e confronto com a realidade. Deve favorecer a
análise crítica, resultando na produção de novos conhecimentos. Propõe a superação da passividade e imobilida-
de intelectual dos alunos.

O que mobiliza?
Estratégias didáticas como essa mobilizam, nos alunos, a coleta e a organização de dados, a interpretação de
conteúdos, o raciocínio crítico, a comparação e a capacidade de síntese.

Como funciona?
O docente contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas mentais do aluno para operar com as
informações que este traz (conhecimento prévio), articulando estas com as que serão apresentadas. A exposi-
ção, que deve ser bem preparada, requer a participação dos alunos, por meio da solicitação de exemplos e da
busca de conexões entre a experiência vivencial dos participantes, o objeto estudado e o todo da disciplina. É
importante ouvir o estudante, buscando identificar sua realidade e seu conhecimento prévio, que pode mediar a
compreensão crítica do assunto e problematizar essa participação.
O forte dessa estratégia é o diálogo, com espaço para questionamentos, críticas e solução de dúvidas. É im-
prescindível que o grupo discuta e reflita sobre o que está sendo tratado, a fim de que uma síntese integradora
seja elaborada por todos.

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Como avaliar os resultados?
A avaliação pode ser feita pela observação da participação dos estudantes, por meio de perguntas, respostas
e do acompanhamento da compreensão e da análise dos conceitos apresentados e construídos. Além disso, é
possível usar diferentes formas de obtenção da síntese pretendida na aula: escrita, oral, pela entrega de pergun-
tas, esquemas, portfólio, sínteses variadas, complementação de dados no mapa conceitual e outras atividades
adicionais, a serem efetivadas em continuidade pelos estudantes.

Desafios
Uma consideração a ser ressaltada nesse tipo de estratégia é que solicitar a participação ativa do aluno
demanda paciência e muito planejamento, pois, assim como estamos acostumados a dar aulas meramente expo-
sitivas, os alunos não estão habituados a ter que participar das aulas. É possível que a ambientação do aluno a
essa nova estratégia – mais participativa – possa levar algum tempo.

Estratégia de Ensino 2: Phillips 66

O que é?
Essa estratégia é uma atividade em grupo na qual são feitas análises e realizadas discussões sobre temas/
problemas do contexto dos alunos. Pode também ser útil para a obtenção de informações rápidas sobre assuntos
pertinentes, problemas, sugestões e perguntas.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam, nos alunos, habilidades de interpretação, análise, levantamento de hipóte-
ses, organização de dados e explicação.

Como funciona?
Os alunos são divididos em grupos de seis membros que, durante seis minutos, discutem um assunto/tema/
problema na busca da proposição de uma solução provisória. Pode ser feita uma síntese com a solução acordada
pelo grupo, que deverá ser explicitada aos demais durante mais seis minutos. O professor dá aos alunos suporte
para a discussão, por meio de um texto de apoio sobre a questão discutida, e estabelece a forma pela qual os
resultados serão explicados.

Como avaliar os resultados?


A avaliação dessa estratégia pode ser feita sempre em relação aos objetivos pretendidos, destacando-se: o en-
volvimento dos membros do grupo, sua participação conforme os papéis estabelecidos, a pertinência das questões/
sínteses elaboradas em relação ao que foi proposto e, principalmente, a autoavaliação dos participantes. Vale res-
saltar que o grupo precisa de uma devolutiva sobre o que foi discutido, incluindo alguma correção, caso necessário.

Desafios
Assim como o desenvolvimento, avanços, desafios e dificuldades enfrentadas variam conforme a maturidade
e a autonomia dos alunos e devem ser vistos processualmente. Trabalho em grupo é outra coisa ao qual talvez os
alunos não estejam habituados e precisam ser guiados para dar resultado.

Estratégia de Ensino 3: Tempestade de Ideias (Brainstorming)

O que é?
Essa estratégia é usada para estimular novas ideias, de forma espontânea e natural, deixando funcionar a
imaginação. Tudo o que for levantado é considerado e, se necessário, pode ser solicitada uma explicação poste-
rior do aluno para que você, como professor, consiga direcionar ao assunto o foco da discussão.

O que mobiliza?
Estratégias como essa estimulam a imaginação e a criatividade do aluno e a busca de suposições e habilida-
des de classificação.

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Como funciona?
Ao serem questionados sobre uma problemática, os alunos expressam palavras ou frases curtas relativas às
ideias sugeridas pela questão proposta. É recomendado registrar e organizar a relação de ideias espontâneas
para que, no próximo momento, seja feita a seleção dessas propostas, que serão discutidas conforme critério a
ser estabelecido pelo tutor-professor, com foco no que se pretende trabalhar.

Como avaliar os resultados?


Essa estratégia pode ser verificada pela observação das habilidades dos estudantes na apresentação de ideias
quanto à capacidade criativa, ao poder de concisão e pertinência, bem como seu desempenho na descoberta de
soluções apropriadas ao problema proposto.

Desafios
Por uma questão de tempo, é necessário dar prioridade às ideias que foquem a discussão do que se pretende
fazer. Por isso é importante estabelecer critérios e, apesar disso, ouvir todos.

Estratégia de Ensino 4: Mapa Conceitual

O que é?
É a elaboração de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma perspectiva bidimensional, procu-
rando mostrar as ligações hierárquicas entre os pontos de vista pertinentes à estrutura do conteúdo.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam, no aluno, habilidades de interpretação, classificação, organização das in-
formações, resumo e raciocínio lógico.

Como funciona?
O professor poderá selecionar um conjunto de textos ou dados e informações sobre um tema ou objeto de
estudo e propor que o aluno identifique os conceitos-chave da matéria ou do assunto estudado. Facultam-se aos
alunos a seleção dos conceitos por ordem de importância; a inclusão de outros temas, como ideias mais específi-
cas; o estabelecimento da relação entre o que foi formulado, por meio de tópicos e da identificação com uma ou
mais palavras que explicitem essa relação; o reconhecimento de ideias e palavras que devem ter um significado
ou expressar uma preposição; o estabelecimento de relações horizontais e cruzadas. É legal chamar a atenção
dos alunos para as várias formas de traçar o mapa conceitual.
Outra maneira de utilizar essa estratégia é construindo o mapa coletivamente, com a possibilidade de o aluno
justificar a localização de certos conceitos e verbalizar seu entendimento. A construção coletiva é uma boa opção
para ensinar aos alunos como fazer um mapa conceitual.

Como avaliar os resultados?


A avaliação dessa estratégia pode ser feita pelo acompanhamento da construção do mapa conceitual, com base
na definição coletiva dos critérios de avaliação. Você pode usar os seguintes métodos de avaliação: conceitos claros,
relação justificada, riqueza de ideias, criatividade na organização e representatividade do conteúdo trabalhado.

Estratégia de Ensino 5: Estudo Dirigido

O que é?
É um estudo sob a tutela e orientação do professor, que tem o objetivo de sanar dificuldades específicas. É
preciso ter claros o objetivo e, sobretudo, o roteiro para atingir os resultados desejados.

O que mobiliza?
Mobiliza, nos alunos, habilidades como identificação e organização de dados, levantamento de hipóteses,
explicação, argumentação e generalização.

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Como funciona?
Pode ser uma atividade individual ou em grupo. O docente apresenta o roteiro de estudos com a situação-
-problema para resolução e com questões que vão ser resolvidas com base no material estudado. É possível
debater o assunto abordado para que os estudantes possam expor seu conhecimento e posicionamento ante o
conteúdo abordado.

Como avaliar os resultados?


Nesse tipo de estratégia, a avaliação é realizada com base no desenvolvimento da construção do saber do
aluno, por meio da execução das atividades propostas no roteiro, das questões que este formula ao professor,
das revisões que lhes são solicitadas e de seu desempenho e interação com o grupo. Uma avaliação diagnóstica
na qual se acompanha todo o processo é o mais indicado para abordagens em grupo e atividades longas.

Desafios
O principal desafio enfrentado nesse modelo é a manutenção de um objetivo focado no alvo inicialmente
proposto, pois, de outra forma, tal estratégia torna-se uma tempestade de ideias (brainstorming) e não alcança
o que se propôs. Por esse motivo, são necessárias atenção e concentração especial por parte do tutor-professor
no processo.

Estratégia de Ensino 6: Aprendizado com Base na Resolução de Problemas (Problem Based


Learning – PBL)

O que é?
É a proposição de um problema que exige pensamento reflexivo, crítico e criativo para ser resolvido, com
base em dados fornecidos. Demanda a aplicação de conhecimento científico e de argumentos que fomentem
sua explicação.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam, no aluno, habilidades como observação; levantamento de hipóteses; coleta
e organização de dados; interpretação; explicação e argumentação.

Como funciona?
É apresentado ao aluno um problema sem solução óbvia, para o qual ele tem que buscar solução. O docente
precisa orientar os estudantes nas etapas de construção da explicação do problema e na exposição de hipóteses,
resultados e explicações, para que possa haver o debate de ideias distintas (se necessário), sempre conduzindo
ao objetivo pretendido.

Como avaliar os resultados?


Por meio da observação das habilidades dos estudantes na apresentação de ideias, bem como seu desempe-
nho na explicação do problema proposto.

Desafios
Nessa, como em outras estratégias, é preciso priorizar a questão do tempo e do foco. Hipóteses e expli-
cações que não vão ao encontro da solução do problema proposto devem ser, imediatamente, descartadas
e abandonadas.

Estratégia de Ensino 7: Estudo de Caso

O que é?
É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real desafiadora para os envolvidos, mas que necessita ser
investigada. Pode ser de um ambiente cotidiano do aluno. No roteiro do trabalho fornecido pelo docente deverão
estar descritos os aspectos e as categorias que compõem o todo da situação e as questões mais importantes que
devem ser analisadas.

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O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam, nos alunos, habilidades de análise; interpretação; pensamento crítico; le-
vantamento de hipóteses; explicação; resumo.

Como funciona?
O docente expõe o fato a ser estudado (distribui e lê o problema com os estudantes), que pode ser um caso
para cada grupo ou o mesmo para todos os grupos. O grupo analisa a situação expondo seus pontos de vista e os
aspectos do problema que vão ser enfocados (decisão coletiva). O docente retoma, então, os pontos principais,
analisando coletivamente as soluções propostas. O grupo discute as soluções, elegendo as melhores conclusões.
O papel do docente é selecionar o material de estudo, apresentar um roteiro de trabalho, orientar os grupos
no decorrer do trabalho e mediar a argumentação apresentada pelos alunos, que deverão justificar suas propo-
sições mediante o conhecimento científico de que dispõem.

Como avaliar os resultados?


Estratégias como essa podem ser avaliadas por fichas, com critérios a serem considerados: aplicação do
conhecimento (argumentação explícita do conhecimento produzido com base nos conteúdos); relação entre o
argumento do aluno e o problema proposto; riqueza na argumentação (profundidade e variedade de informações)
e capacidade de síntese.

Estratégia de Ensino 8: Júri Simulado

O que é?
É a simulação de um júri ao qual, com base em um problema, são apresentados argumentos de defesa e
de acusação. Tal estratégia leva o grupo a analisar e avaliar um fato proposto com objetividade e realismo, e a
dinamização do grupo ajuda a estudar profundamente um tema real.

O que mobiliza?
Estratégias como essa mobilizam, nos alunos, as habilidades de interpretação; comparação; análise; levanta-
mento de hipótese; argumentação e explicação.

Como funciona?
Parte de um problema concreto e objetivo estudado e conhecido pelos participantes. Um aluno fará o papel de
juiz e outro, de escrivão. Os demais componentes da classe serão divididos em quatro grupos: promotoria (de um a
quatro alunos); defesa (com igual número); conselho de sentença (com sete alunos); e o plenário (com os demais).
A promotoria e a defesa devem ter alguns dias para a preparação dos trabalhos, sob orientação do docente.
Cada parte terá 15 minutos para apresentar seus argumentos. O juiz manterá a ordem dos trabalhos e formulará
os quesitos ao conselho de sentença, que, depois de ouvir os argumentos das partes, apresenta sua decisão final.
O escrivão tem a função de fazer o relatório dos trabalhos. O plenário fica encarregado de observar e avaliar o
desempenho da promotoria e da defesa.

Como avaliar os resultados?


Estratégias como essa podem ser analisadas pela análise formativa ou por fichas de avaliação, considerando
o processo de formulação do debate, a apresentação concisa, clara e lógica das ideias, a profundidade dos argu-
mentos e o embasamento do conhecimento científico.

Estratégia de Ensino 9: Fórum

O que é?
É um tipo de reunião em que todos os membros do grupo têm a oportunidade de participar da discussão de
um tema ou do problema determinado pelo docente. Pode ser utilizado após um filme, um livro, a leitura de um
artigo científico, problema ou fato – histórico ou atual –, notícia de jornal, uma excursão etc. Todos os membros
apresentam pontos de vista sobre o assunto abordado.

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O que mobiliza?
Estratégias didáticas como essa mobilizam, nos alunos, habilidades como observação; levantamento de hipó-
teses; coleta e organização de dados; interpretação; explicação; argumentação e capacidade de síntese.

Como funciona?
O docente explica os objetivos do fórum, delimita o tempo total e o tempo parcial de cada participante e
define suas funções. O coordenador organiza a participação dos presentes, dirige o grupo e seleciona as contri-
buições dadas para a síntese final (recomenda-se que esse papel seja feito pelo docente, dependendo do público
em que essa estratégia for utilizada). O grupo de síntese faz as anotações que vão compor o trabalho final. Cada
membro do grupo se identifica ao falar e dá sua contribuição, fazendo considerações e levantando questionamen-
tos. No fim, um membro do grupo de síntese relata o resumo elaborado coletivamente.

Como avaliar os resultados?


Estratégias como essa podem ser verificadas por meio da autoavaliação dos alunos e de critérios preestabele-
cidos: a participação dos alunos como debatedores e público; a habilidade de atenção e concentração; a síntese
de ideias apresentadas; os argumentos expostos e a produção escrita final.

Estratégia de Ensino 10: Ensino com Pesquisa

O que é?
É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa. Trabalha com a concepção de conhe-
cimento e ciência, em que a dúvida e a crítica, assim como a construção coletiva do conhecimento, são ele-
mentos fundamentais.

O que mobiliza?
Observação; interpretação; classificação; resumo; análise; levantamento de hipóteses; decisão; comparação;
planejamento; coleta e organização de dados.

Como funciona?
Desafia o estudante como investigador, ou seja, diante de uma situação a ser examinada, o aluno cumpre
etapas como em uma pesquisa científica. O docente norteia os estudantes durante o desenvolvimento da pesqui-
sa, que tem como fases:
a) construção do projeto - delimitação do problema a ser estudado; em quais conhecimentos se baseiam a
introdução e qual a hipótese de trabalho;
b) metodologia - como os dados serão coletados (ou se serão fornecidos pelo docente); definição de como
analisar os dados; teste de hipóteses e análise dos dados;
c) resultados - interpretação e apresentação dos resultados; discussão, com argumentação da explicação do problema;
d) considerações finais - o que se concluiu; explicação para o problema investigado.

Como avaliar os resultados?


Estratégias didáticas como essa podem ser avaliadas com o acompanhamento do cronograma, com observa-
ção e correção de cada uma das etapas da pesquisa.
As pesquisas podem ser apresentadas para debate e, assim, a avaliação, além de levar em conta o processo
de produção, pode considerar também o produto final, o trabalho escrito e a argumentação oral das ideias de-
fendidas pelos alunos.

Estratégia de Ensino 11: Clube de Revista (Journal Club)

O que é?
O Clube de Revista é uma forma de estudo em grupo em que os indivíduos se encontram para discutir artigos
da literatura médica.

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O que mobiliza?
Eleição de artigos; análise crítica de resultados; validação de evidências e estabelecimento de abordagens.

Como funciona?
O formato do Clube de Revista deve requerer planejamento prévio, um local agradável para ser realizado
e um tempo predeterminado. Os artigos podem ser fornecidos previamente, porém, pode-se estimular o aluno
a buscá-los como forma de aprimorar suas habilidades de pesquisa bibliográfica. O segundo passo consiste na
análise crítica estruturada do conhecimento bioestatístico, na interpretação e, principalmente, na validação das
evidências encontradas, visando, finalmente, à aplicação de sua prática clínica.
O papel do professor-tutor consiste em fornecer o roteiro de estudos com a situação-problema para resolu-
ção, administrar os questionamentos com base no material estudado, confrontar as soluções propostas com as
evidências disponíveis e, com sua experiência acadêmica, propor a condução do paciente. É possível também dis-
cutir os problemas abordados para que os alunos possam expor seus conhecimentos e posicionamentos prévios.

Como avaliar os resultados?


Nesse tipo de estratégia, deve-se buscar o levantamento de todas as evidências obtidas em artigos e de sua
aplicação na prática clínica.

Desafios
O principal desafio dessa estratégia reside no aspecto motivacional do tema escolhido. Por esse motivo,
sugere-se que este guarde íntima relação com o saber prévio do aluno, assim como com o momento atual de seu
processo de aprendizado, do contrário, poderá se tornar apenas a abstração de uma suposta realidade, que não
gera construção do saber final proposto na pirâmide de Miller (mostra como faz) (Figura 1).

Figura 1 – Na educação médica, a Pirâmide de Miller é usada como uma ferramenta para o desenvolvimento de métodos de constru-
ção do conhecimento e de avaliação, bem como para a elaboração de objetivos de aprendizado. Ela é composta por quatro níveis,
da base para o ápice: Sabe, Sabe Como, Mostra Como, Faz. Os dois primeiros estão no âmbito do conhecimento cognitivo, teórico;
os dois superiores estão no nível do comportamento, de técnicas e habilidades, no nível prático.

Estratégia de Ensino 12: Simulação

O que é?
A simulação é uma ferramenta de apoio voltada, sobretudo, para o desenvolvimento de habilidades práticas
repetidamente executadas, que têm a finalidade de conferir uma postura segura e ética diante de um futuro
evento real e devem anteceder as práticas de habilidades com os pacientes ou até mesmo substituí-las nos casos
em que a criação de determinados ambientes não é eticamente aceitável.

O que mobiliza?
Esse modelo mobiliza, basicamente, a estruturação dos chamados laboratórios de habilidades, que são os
locais para que seja criado um ambiente de simulação de situações reais.

20
Como funciona?
O ensino com base em simulação deve ser realizado com grupos pequenos que dependem, sobretudo, da
atividade que se pretende ensinar. A ideia é que esse método ocorra em estações, na quais os alunos sejam
acompanhados por um professor e, possivelmente, um monitor.
As estações são equipadas com material e equipamento necessários para o treinamento das habilidades pro-
postas, que podem ser macas; mesas cirúrgicas; negatoscópios; ventiladores mecânicos; material para aborda-
gem de vias aéreas e material para acesso venoso central e periférico, assim como manequins para treinamento
(de vias áreas, reanimação cardiopulmonar e suturas, por exemplo). Idealmente, deve ter um dispositivo de
filmagem, por meio do qual o aluno possa se avaliar e corrigir posturas inadequadas.

Como avaliar os resultados?


Nesse modelo, é fundamental que haja a elaboração de um roteiro de aprendizado prévio, em que estejam
previstas, além dos problemas propostos, as competências e habilidades que se deseja ensinar.
A avaliação dos resultados parte da quantificação dos objetivos propostos que foram alcançados. Pode ser
feita por metodologias próprias como exame clínico objetivo e estruturado (OSCE), avaliação 360 graus e outras
descritas em capítulo específico neste manual. De preferência, o conteúdo filmado deve ser fornecido ao aluno
para que ele possa aperfeiçoar sua conduta.

Desafios
O principal desafio dessa estratégia é a estruturação do laboratório de habilidades no tempo demandado
para seu preparo prévio, que deve ser feito com base em reuniões com a equipe docente, nas quais serão discu-
tidos os roteiros e objetivos a serem propostos. Além disso, é essencial a realização de um feedback adequado
capaz de motivar o aluno a rever suas condutas e, possivelmente, modificá-las caso julgue necessário4.

Referências
1. van der Vleuten CPM, Driessen EW. What would happen to education if we take education evidence seriously? Perspect Med Educ,
2014; 3:222-32.
2. Knowles MS. Andragogy in action: applying modern principles of adult learning. San Francisco: Jossey-Bass, 1984.
3. Kaufman D. Applying educational theory in practice. BMJ, 2003; 326:213.
4. Moreira MAC (Org.). Diretrizes em métodos de ensino e avaliação do processo de ensino-aprendizagem do curso de medicina da UFG.
Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2010. Atualizado em 19/11/14. Disponível em: <https://www.medicina.ufg.br/p/1728-diretri-
zes-em-metodologias>. Acesso em março 2019.
5. Beherens M. Paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2009.
6. Bordenave JD, Pereira AM. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 2002.
7. Boruchovitch E, Bzuneck JA, Guimarães SER (Org.). Motivação para aprender: aplicações no contexto educativo. Petrópolis:
Vozes, 2010.
8. Bzuneck JA. Como motivar os alunos: sugestões práticas. In: Boruchovitch E, Bzuneck JA, Guimarães SER (Org). Motivação para apren-
der: aplicações no contexto educativo. Petrópolis: Vozes, 2010, cap. 1, pp. 13-42.
9. Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
10. Pereira JED. Formação de professores: pesquisas, representações e poder. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
11. Tacca MCVR. Aprendizagem e trabalho pedagógico. 2 ed. Campinas, SP: Alínea, 2008.

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04

Estratégias de Avaliação do Médico em Especialização (ME)


Rodrigo Leal Alves
José Carlos Rodrigues Nascimento

A avaliação do conhecimento, das competências e das habilidades adquiridas ao longo do período de ensino e
treinamento é uma das tarefas mais difíceis e desafiadoras para aqueles que se propõem a formar indivíduos. Em
uma pós-graduação para especialização lato sensu destinada à formação de profissionais de saúde, essa tarefa é
indispensável não só para a certificação do programa de ensino e de seus egressos perante os órgãos regulatórios,
mas como para a proteção dos pacientes.
Médicos especialistas frequentemente se deparam com situações que colocam a vida ou o bem-estar de
outras pessoas em risco. A anestesiologia, em particular, é uma especialidade na qual a capacidade de resolu-
ção rápida de desafios e de respostas imediatas a diversas demandas é comumente testada na prática diária. A
educação e o treinamento na especialidade evoluíram de forma significativa nas últimas décadas. Mudanças no
cenário clínico-cirúrgico somadas à evolução da tecnologia e do conhecimento modificaram a noção do que torna
um profissional habilitado e competente. O conceito de que a experiência clínica é, por si só, suficiente para
formar bons profissionais não é mais suficiente1 e, naturalmente, os instrumentos de avaliação precisaram passar
por modificações e evoluções ao longo desse período.

Classificação dos Objetivos Educacionais


Em 1956, Benjamin Bloom e colaboradores publicaram um modelo hierarquizado em níveis diferentes de
complexidade para a classificação do aprendizado3. Esse modelo é constituído por três grandes pilares, com
objetivos dispostos em escalas mensuráveis, a serem alcançadas nos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor no
processo de aprendizagem3. O modelo, chamado de Taxonomia de Bloom, passou por algumas modificações ao
longo do tempo, mas permanece como um norte na avaliação da curva de aprendizado em diversas esferas de
ensino e é utilizado pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) na elaboração das questões de avaliação da
competência cognitiva em suas provas.
O objetivo educacional pode ser exemplificado, de forma sumária, por meio de questões relacionadas com
cada um dos domínios da Taxonomia de Bloom. Uma pergunta capaz de avaliar o domínio cognitivo do médico
em especialização pode ser formulada de diversas maneiras e vai, essencialmente, analisar o que o aluno sabe
em um tópico específico do conhecimento necessário para sua formação. Assim, questões que respondem a
uma pergunta sobre determinado assunto, como “O aluno é capaz de reconhecer os elementos associados à via
aérea difícil em um paciente?”, são exemplos de avaliação de aprendizado cognitivo e grau de conhecimento.
A observação das condutas desse aluno diante de um paciente com via aérea difícil vai considerar seu domínio
psicomotor e seus atos ante o problema proposto, sua capacidade de resolução e emprego de meios efetivos para
isso. Tal avaliação deve responder à pergunta “O aluno é capaz de lidar com um paciente com via aérea difícil?”.
Já a importância que esse aluno dá ao cenário, “O aluno se importa com o paciente em questão?”, é o cerne
do domínio afetivo e está relacionado com seus valores, atitudes e interesses.
No domínio cognitivo, a Taxonomia de Bloom consiste em seis grandes categorias hierarquizadas de forma
crescente3,4. As categorias além do conhecimento podem ser entendidas e avaliadas não só como competência,

23
mas como habilidade. Essas categorias hierarquicamente superiores necessitam do conhecimento como pré-con-
dição para colocá-las em prática.
As provas da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) visam à avaliação das três primeiras categorias
(conhecimento, compreensão e aplicação) nos diferentes tópicos do conteúdo programático da especialização.
A construção de questões para examinar as hierarquias mais altas da cognição (análise, síntese e avaliação), no
modelo de prova escrita adotada pela sociedade, é de alta complexidade e é, habitualmente, empregada nas
avaliações orais e simulações.

1- Conhecimento ou memorização
• Envolve a lembrança e a memorização de termos, fatos, noções, ideias, métodos, forma e estrutura.
Sua avaliação habitualmente se dá por meio de perguntas diretas como “Qual é o neurotransmissor
pós-ganglionar do sistema nervoso simpático?”.

2- Compreensão ou entendimento
• Envolve a demonstração do entendimento do fato ou da ideia, por meio de organização, compara-
ção, tradução, interpretação e descrição. O conhecimento é uma pré-condição para o entendimento.
Por exemplo, “Qual é o efeito esperado na frequência cardíaca com a administração de um agente
adrenérgico com agonismo α1 seletivo?”. Para essa questão, o aluno deve ter conhecimento prévio da
fisiologia da transmissão simpática e do barorreflexo para chegar à reposta correta.

3- Aplicação
• Envolve o emprego das abstrações decorrentes do conhecimento e da compreensão de situações con-
cretas e específicas. Uma questão sobre qual é a melhor conduta diante de um quadro descritivo de
choque pode servir como exemplo para essa categoria de domínio cognitivo. Nessa indagação, o aluno
não só precisaria saber os conceitos básicos, como necessitaria entender o problema na situação des-
crita para aplicar uma solução racional.

4- Análise
• Envolve a separação de ideias complexas em suas partes constituintes e o entendimento da organiza-
ção e da relação entre elas. Inclui a distinção entre hipótese e fato e a relação de variáveis relevantes,
ou não, para esses elementos.

5- Síntese
• Envolve a construção mental de uma noção mais complexa e integrada com sentido prático, com base
em ideias e conceitos de múltiplas fontes.

6- Avaliação
• Envolve o julgamento de ideias e métodos com base em evidências e critérios substanciados por ob-
servações e racionalizações.

No domínio psicomotor, o texto original de Bloom e colaboradores não definiu categorias específicas. Outros
autores sugeriram uma classificação baseada em seis níveis4,5,6:

Percepção
• A utilização de pistas sensoriais para guiar as ações.

Resposta Conduzida
• Compreende estar preparado para realizar uma ação e ter o conhecimento dos passos necessários para
completá-la. Representa um estágio inicial do aprendizado que requer a prática e envolve imitação e
sequências de “tentativa e erro”.
Automatismo
• É a realização de uma ação correta em busca de um objetivo predeterminado. A resposta ao desafio
se dá de maneira assertiva, proficiente e habitual.

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Resposta Complexa
• É o domínio da habilidade necessária para executar atos motores complexos de forma rápida, coorde-
nada, sem hesitação e com o mínimo de energia ou desgaste.

Adaptação
• É a capacidade de realizar uma resposta complexa com modificações necessárias para cenários espe-
cíficos ou não habituais.

Originação/Organização
• É a capacidade de criar novas tarefas e novos objetivos, com a incorporação daqueles já previamen-
te aprendidos.

No domínio afetivo, as categorias são4:

Recepção
• Percepção, demonstração de atenção e disposição para participar da tarefa ou do processo de
aprendizado.

Resposta
• Demonstração de interesse em objetos, fenômenos ou atividades. Disposição para responder. Partici-
pação ativa.

Valorização
• Aceitação, apreciação e compromisso com valores, objetivos e fenômenos.

Organização
• É a comparação de diferentes valores com resolução de conflitos decorrentes dessa distinção.

Internalização de Valores
• Adoção, a longo prazo, de valores consistentes e previsíveis.

Conceitos
Uma distinção entre competência e habilidade é, habitualmente, utilizada por órgãos educacionais para dife-
renciar a abrangência da avaliação proposta.
Competência é entendida como “a capacidade de mobilização de recursos cognitivos, socioafetivos ou psi-
comotores estruturados em rede, com vistas a estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos
e pessoas para resolver, encaminhar e enfrentar situações complexas”2. A competência pode ser avaliada, ainda
que de forma incompleta, por testes e questionários aplicados aos indivíduos (domínio cognitivo e socioafetivo)
a serem testados e/ou a seus pares (domínio socioafetivo), preceptores (domínios socioafetivo e psicomotor),
demais profissionais de convivência (domínio socioafetivo), pacientes e seus familiares (domínio socioafetivo).
A habilidade decorre da competência e está atrelada ao ato. Dito de outra maneira, é a capacidade de o
indivíduo tornar a competência uma ação real de resolução do desafio. A avaliação da habilidade, portanto, re-
quer o ato, e sua avaliação depende da observação da ação direcionada para a resolução do problema, seja no
plano real ou em simulações, e das atitudes diárias do médico em especialização no que tange a sua capacidade
de efetuar procedimentos, se relacionar com pares, preceptores e demais profissionais e pacientes e enfrentar
desafios e dilemas ético-profissionais.
O sistema de avaliação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, com provas trimestrais e uma prova na-
cional, avalia, portanto, a competência no domínio cognitivo dos médicos em especialização. A avaliação dos
demais aspectos relacionados com os três domínios é de responsabilidade dos centros de ensino e treinamento
credenciados à sociedade.

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Avaliação do Domínio Cognitivo

Matriz
A avaliação do domínio cognitivo se inicia com a confecção de uma matriz de referências para a construção
dos itens. Tal matriz é construída com base no conteúdo programático proposto pela Sociedade Brasileira de
Anestesiologia e estruturada conforme as expectativas de competências e habilidades esperadas para um médico
em especialização2. Como o número de questões nas provas é limitado, uma seleção dos tópicos do conteúdo
programático a serem abordados é o passo inicial na confecção da matriz. Para isso, um sistema de classifica-
ção por escores baseado em uma pontuação de criticalidade (grau de relevância da competência ou habilidade
para um médico em especialização) de cada tópico é obtido com a opinião dos membros da comissão de ensino
e treinamento. Itens com baixa pontuação são excluídos e aqueles com maior divergência de criticalidade são
submetidos a novas rodadas de pontuação até a definição do conjunto essencial do conteúdo da prova.
Uma vez definido o conteúdo da prova, cada tópico a ser incluído é então avaliado quanto ao nível cognitivo
(conhecimento, compreensão ou aplicação) e quanto ao grau de dificuldade a ser empregado na construção do
item. O grau de dificuldade é baseado em modelos de aquisição de competências e habilidades no processo de
aprendizagem (novato, iniciante avançado, competente, proficiente e especialista). Para a confecção das provas
destinadas aos residentes, os graus mais básicos de dificuldade são empregados.
É importante ressaltar que a matriz não corresponde ao currículo básico de formação do médico em espe-
cialização2, que é muito mais amplo e abrangente.

Item
O item é a unidade básica de um instrumento de avaliação, seja prova, seja questionário2. Em testes educa-
cionais, o termo “questão” é frequentemente utilizado como sinônimo de “item”, embora o primeiro represente
a validação, após revisão e pré-testagem do segundo.
Itens podem ser de dois tipos: de resposta livre, ou subjetivo, e de resposta orientada, ou objetivo. Ambos
podem ser utilizados isoladamente ou em conjunto para medir um mesmo aspecto do desempenho acadêmico.
Qualquer que seja o instrumento de avaliação, no entanto, vantagens e desvantagens serão inerentes. As prin-
cipais vantagens dos itens objetivos são a ampla cobertura do conteúdo programático, a facilidade, a rapidez e
a objetividade da correção. São menos vulneráveis a erros de julgamento na atribuição de escores e são par-
ticularmente indicados nos casos de avaliação de um grande número de indivíduos2. A Sociedade Brasileira de
Anestesiologia utiliza, preferencialmente, esse modelo para a avaliação dos médicos em especialização. Itens
subjetivos são utilizados na segunda chamada da prova nacional.
Um item ideal é aquele capaz de fazer o participante do teste mobilizar seus recursos cognitivos num
contexto reflexivo que o instiga a tomar decisões. Tal item deve ser capaz de diferenciar os participantes que
efetivamente dominam a matéria testada daqueles que apresentam um domínio incompleto ou insuficiente. Essa
diferenciação é chamada de índice discriminativo do item e pode ser obtida com base na diferença de acerto
entre o grupo com a maior pontuação (27% dos participantes com as maiores pontuações) e o grupo com a me-
nor pontuação (27% dos participantes com a menor pontuação). Quanto maior essa diferença, maior o poder de
discriminação do item (aqueles com valores acima de 0,4 são considerados bons, enquanto aqueles com valores
inferiores a 0,1 são considerados deficientes).
O grau de dificuldade do item, ou índice de dificuldade, corresponde ao percentual de acerto deste na popu-
lação testada. Valores acima de 0,9 são indicativos de um item muito fácil; entre 0,7 e 0,9, fácil; entre 0,3 e 0,7,
mediano; entre 0,1 e 0,3, difícil e abaixo de 0,1, muito difícil.
Essa avaliação de itens, com base na métrica de dificuldade e discriminação, é empregada na Análise Clássi-
ca de Testes, usada pela sociedade e efetuada após cada prova nacional. Idealmente, cada item deveria passar
por um pré-teste de validação para a formulação de uma questão com grau de dificuldade conhecido e boa
discriminação. Para isso, seria necessária a aplicação da prova em uma população de controle representativa da
população a ser testada. Dada a impossibilidade de realização de um pré-teste de itens sem comprometimento da
confidencialidade da prova, a validação prévia de um item novo não é viável. No modelo corrente, a aplicação de
uma prova com itens validados, com qualidade técnico-pedagógica e psicométrica comprovada, só seria possível
com um banco com quantidade expressiva de questões previamente testadas.

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Formulação do item
Na elaboração do item, um dos principais pontos a serem evitados são estratégias de formulação que indu-
zam ao erro “pegadinha”. Tais estratégias criam situações que focam a solução do problema na atenção, e não,
necessariamente, no domínio cognitivo da matéria2.
O item com resposta orientada divide-se em três partes: o texto-base, o enunciado e as alternativas. A
estrutura da pergunta a ser respondida deve configurar uma proposição que contemple uma única competência
ou habilidade da matriz. A coerência e a coesão de suas partes são indispensáveis no item para que uma única
situação-problema seja articulada2.
O texto-base motiva ou compõe a situação-problema a ser formulada no item2. Ele deve conter as informa-
ções necessárias para a resolução do item, sem acessórios desnecessários que demandem tempo de leitura ou
confiram ambiguidade à interpretação. A exigência de informações de pouco valor clínico que envolvem a memo-
rização deve ser evitada.
O enunciado é constituído, habitualmente, por uma oração que instrui, de forma clara e objetiva, a tarefa
a ser realizada pelo participante2. Essa instrução poderá ser expressa como pergunta ou frase a ser completada
pela alternativa correta2.
As alternativas são todas as possibilidades de resposta para a situação-problema do texto-base e enunciado.
Dividem-se em gabarito e distratores. O gabarito é aquela alternativa que, indubitavelmente, representa a res-
posta correta2. Os distratores são as alternativas incorretas, mas plausíveis dentro do contexto trazido pelo item.
Devem retratar dificuldades potencialmente reais do participante diante da competência ou habilidade, mas não
devem induzir ao erro por desatenção. Distratores que correspondem a erros grosseiros ou alternativas absurdas
também não devem ser empregados2.
Para cada item construído, uma justificativa deve ser formulada. Nesta, a indicação do gabarito deve estar
bem explicada, assim como os distratores excluídos, o que permite a verificação da plausibilidade. Cada uma das
alternativas deve ser explicada, assim como a resolução da situação-problema deve estar explicitada e compatí-
vel com o gabarito.
As normas utilizadas para a formulação de itens são as mesmas empregadas pelo Ministério da Educação2:
1- Selecionar um tópico da matriz.
2- Construir uma situação-problema coerente com a realidade da especialidade.
3- Utilizar informações provenientes da bibliografia empregada.
4- Evitar pontos polêmicos ou em discordância nos livros da bibliografia.
5- Evitar estratégias que induzam ao erro por desatenção.
6- Construir o texto-base de forma sucinta, porém completa nas informações necessárias.
7- Elaborar o enunciado:
a. de maneira impessoal;
b. sem termos negativos como: “falso”, “exceto”, “incorreto”, “não” e “errado”;
c. sem termos absolutos como: “sempre”, “nunca”, “todo”, “completamente”, “somente”;
d. sem sentenças como: “Pode-se afirmar que”, “É correto afirmar ou dizer que”, “A questão verdadeira é”.
8- Construir as alternativas:
a. com paralelismo sintático e semântico, coerente com o enunciado;
b. independentemente umas das outras, nem semanticamente próximas, nem excludentes;
c. dispostas de maneira crescente (da mais curta para a mais longa);
d. sem repetição de palavras do enunciado;
e. de maneira concisa;
f. sem termos absolutos como: “sempre”, “nunca”, “todo”, “completamente”, “somente”;
g. sem opções: “todas as anteriores” ou “nenhuma das anteriores”;
h. com o gabarito exposto de forma clara, mas sem atração adicional em relação aos distratores;
i. sem distratores absurdos, fora de contexto ou com erros grosseiros.

27
9- Levar em conta o tempo disponível para a resolução da questão.
10- Construir uma justificativa com argumentação consistente que explique o erro ou o acerto.

Avaliação do Domínio Afetivo


O domínio afetivo corresponde a reações de ordem afetiva, objetivos que enfatizam o sentimento de empa-
tia, emoção ou grau de aceitação ou rejeição. Tais objetivos são expressos como atitudes, valores, percepções,
crenças, emoções e interesses. Em uma definição mais ampla, é o comportamento que envolve uma variável
emocional bem nítida e inclui os aspectos de gradação de valores e sensibilização4,8. Outros autores, baseados
no domínio afetivo de Bloom, o definem como os aspectos que incluem emoções e sentimentos como atitudes,
avaliação, interesses e formas de ajustamento9.

Avaliação do Domínio Psicomotor


Abrange as habilidades de realização de tarefas que combinam cognição e ações musculares, incluindo movi-
mentos restritos ou amplos. O domínio psicomotor se refere, portanto, à combinação entre processos cognitivos
e habilidades físicas. Assim como, também, a habilidades relacionadas, como manipular objetos ou ferramentas.
Exemplo: dirigir e praticar esportes, entre outros4,5,6.

Objetivos de Aprendizagem na Avaliação: Conceituais, Procedimentais e Atitudinais


Os quatro pilares da educação sugeridos podem ser enfatizados como aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver junto e aprender a ser. Tendo as habilidades conceituais, procedimentais e atitudinais inseridas
nesses pilares, como: aprender a conhecer – objetivos conceituais; aprender a fazer – objetivos procedimentais;
aprender a viver e ser – objetivos atitudinais10,11.

Habilidades conceituais: aprender a conhecer


Todos os conteúdos precisam de uma base teórica, denominada conceitos. No entanto, há variados conceitos,
como intelectuais, científicos, filosóficos e calculistas. Os conceitos fazem com que as pessoas desenvolvam o
raciocínio, o intelecto, a memória, finalizando na construção do conhecimento; é por meio do conceito que o
indivíduo adquire a compreensão do mundo em seu entorno e se capacita para as atividades do dia a dia10,11.

Habilidades procedimentais: aprender a fazer


As habilidades procedimentais se dão quando as pessoas colocam em prática o conhecimento adquirido com
as habilidades conceituais, que abrangem ações ordenadas como ler, observar, relacionar calcular e inferir, pro-
porcionando a concretização de um objetivo10,11.

Habilidades atitudinais: aprendendo a ser


Habilidades atitudinais ocorrem quando as pessoas agem conforme os valores determinados, tendo as etapas
de avaliação e síntese como componentes, sendo, portanto, participativo. Utiliza os conceitos aprendidos para
elaborar as atividades10,11,12.
Normalmente, as habilidades atitudinais estão relacionadas com valores, posturas e condutas tomadas diante
de uma situação. A conduta fundamentada em seus valores acontece quando as pessoas emitem um juízo basea-
do em seus princípios, a respeito de um comportamento, tendo a responsabilidade e a solidariedade como ações
que fundamentam esse item. Preocupam-se com as normas de conduta, posturas, posições diante de determina-
das situações e valores10,11.

28
Referências
1. Pardo Jr. M, Schell RM. Teaching anesthesia. In: Miller RD (Ed.). Miller´s anesthesia. 8th ed. Philadelphia: Elsevier, 2015. p. 210-31.
2. Ministério da Educação. Diretoria de Avaliação da Educação Básica. Guia de elaboração e revisão de itens. Brasília, 2010.
3. In: Bloom BS (Ed.). Taxonomy of educational objectives: the classification of educational goals. Handbook I: cognitive domain. New
York: Longman, 1956.
4. Anderson LW, Krathwohl DR, Airasian PW. A taxonomy for learning, teaching, and assessing: a revision of Bloom’s taxonomy of educa-
tional objectives. New York: Pearson Education, 2000.
5. Simpson EJ. The classification of educational objectives in the psychomotor domain Washington, DC: Gryphon House, 1972
6. Harrow A. A taxonomy of psychomotor domain: a guide for developing behavioral objectives. New York: David McKay, 1972.
7. Ferraz APCM, Belhot RV. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de
objetivos instrucionais. Gest Prod, São Carlos, 2010; 17:421-31.
8. Fernandes SS. O ensino militar nas décadas de 70 a 90. Rev Cult. Rio de Janeiro, 2008; 7:14-9.
9. Gronlund N. A formulação de objetivos comportamentais para as aulas. Rio de Janeiro: Rio, 1975.
10. Delors J. Os quatro pilares da educação. In: DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 2ed. São Paulo: Cortez Brasília, DF:
MEC/UNESCO, 2003. p.89-102. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf >. Acesso em:
14 mar 2019.
11. Bernini DSD, Garcia S, Costa Neto PLO. Objetivos procedimentais, atitudinais e conceituais na avaliação da aprendizagem. In: Congres-
so Brasileiro de Informática na Educação, 2012, Rio de Janeiro. Anais dos workshops...
12. Santos JN, Rodrigues ALV, Silva AFG et al. Percepção de agentes comunitários de saúde sobre riscos para a saúde fonoaudiológica e
percepção de agentes comunitários de saúde em relação a riscos para transtornos de audição e comunicação. Rev Soc Bras Fonoau-
diol, 2012; 17:333-9.

29
05

Elaboração de Trabalho de Conclusão de


Curso em Anestesiologia
Patricia Wajnberg Gamermann
Roberto Henrique Benedetti

Introdução
O preparo e a apresentação do trabalho de conclusão de curso (TCC) durante a especialização em anestesio-
logia está previsto no regulamento dos centros de ensino e treinamento elaborado pela Sociedade Brasileira de
Anestesiologia (SBA). Nesse material, o capítulo IX dispõe da Avaliação dos Médicos em Especialização e prevê
que: “o preparo e a apresentação de trabalho de revisão ou de pesquisa (clínica ou experimental) devem ser rea-
lizados durante o terceiro ano de especialização”. Esse trabalho deve ser apresentado, em reunião, ao centro de
ensino e treinamento (CET) e ser aprovado pelo responsável do candidato, para que o médico em especialização
receba a Declaração de Conclusão do Curso de Especialização em Anestesiologia.
Este capítulo visa uniformizar as informações e orientar o residente e seu preceptor na elaboração de seu
trabalho de conclusão de curso, bem como facilitar a orientação e a análise por parte dos orientadores e das
bancas examinadoras.

Como Elaborar uma Pesquisa Clínica


A pesquisa clínica, também chamada de experimental, apresenta os seguintes tópicos, a serem apresentados
ao leitor: título; resumo estruturado; palavras-chave; introdução; justificativa; objetivo; método; resultados;
discussão e conclusão.

Título
O título do artigo deve ser curto, claro e conciso para facilitar sua classificação. Deve demonstrar que o tra-
balho é relevante, importante e inovador. O tipo de delineamento pode ser colocado no título.

Resumo estruturado
A redação do resumo de um artigo para publicação é uma etapa muito importante na comunicação dos re-
sultados de uma pesquisa. Frequentemente, os autores de artigos científicos conferem a esse elemento muito
pouco tempo ou atenção. O resumo é um breve sumário do trabalho. Ele não é uma introdução do que se segue,
mas, sim, uma descrição completa e concisa dos componentes-chave do método do estudo e dos achados impor-
tantes da pesquisa. Normalmente, o resumo é o primeiro encontro do leitor com uma pesquisa ou relato, sendo,
algumas vezes, o único elemento recuperado e/ou revisado nas bases de dados científicos. Esse elemento provê
a primeira impressão, muitas vezes a mais importante, identificando o valor potencial ou a relevância do enfoque
da pesquisa e dos resultados. Se o resumo for bem escrito, atrairá leitores para obter uma cópia do manuscrito
completo, que será incorporado aos que já foram encontrados, e seu trabalho será citado. Se for mal escrito, a
pesquisa poderá ser ignorada ou até mesmo esquecida.
O resumo deve vir no início do manuscrito, logo após o título, e deverá abranger as seguintes informações:
contexto; propósito; metodologia; resultados e conclusão. Outra abordagem proposta para escrever um resumo

31
é responder às seguintes questões: por que o estudo foi realizado? Como o estudo foi conduzido? Quais foram os
resultados obtidos? O que os resultados do estudo significam?
O tamanho típico de um resumo costuma ser limitado a 250 palavras.

Palavras-chave
Os autores precisam escolher palavras e frases que comuniquem os conceitos centrais de sua pesquisa.
Esses conceitos devem estar totalmente relacionados com o estudo, o problema da pesquisa e/ou os métodos
usados. A seleção cuidadosa das palavras-chave facilitará a recuperação de pesquisas relevantes, conforme
essas palavras são utilizadas na indexação e busca de estudos nas bases de dados científicos. Vale consultar bi-
bliotecários, médicos, bases de dados científicos e revistas antes de selecionar as palavras-chave para utilizar
a nomenclatura apropriada.

Introdução
Essa seção fornece uma apresentação para o problema da pesquisa e/ou do estudo. Ela identifica o foco ou a
questão central considerada no trabalho: “Por que esse estudo foi realizado?”. Essa questão precisa ser respon-
dida em poucas frases, dizendo brevemente do artigo trata. A introdução deve apresentar o que já foi estudado
por outros autores (revisão bibliográfica sistematizada), correlacionando as ideias já expostas com a necessidade
de novos estudos, como o que está sendo proposto. Embora a introdução seja a primeira seção do artigo, reco-
menda-se que seja a última a ser redigida.

Justificativa
A justificativa define o problema da pesquisa, ou seja, oferece uma formulação concisa do tema que o TCC
aborda e discute porque pesquisar determinado assunto é útil para responder à questão da pesquisa.

Objetivos
Essa seção focaliza especificamente as questões de pesquisa, as hipóteses ou os objetivos do estudo. O pro-
pósito pode ser escrito como uma declaração, que reflete as questões da pesquisa ou hipóteses, estabelecendo
objetivos específicos. Pode haver objetivos primários e secundários.

Material e Métodos (Metodologia)


A descrição dos métodos deve ser o mais detalhada possível, numa sequência cronológica, para que a expe-
riência possa ser repetida com os mesmos resultados obtidos. Deve incluir o referencial teórico; o tipo de pes-
quisa; as variáveis; os instrumentos utilizados; a técnica de coleta; a tabulação e a análise de dados, de acordo
com a especificidade do tema. A seção que aborda os métodos identifica, para o leitor, a natureza dos dados
analisados no estudo e responde à questão “como foi conduzido o estudo?”. É importante descrever como os
pacientes do estudo foram selecionados, randomizados e excluídos, bem como relacionar as técnicas empregadas
e os métodos estatísticos escolhidos para testar as hipóteses.

Descrição dos pontos a serem abordados no método


Como o estudo foi desenhado
• Descrição breve
• Descrever a população, randomização (blocos, estratificação), cegamento (como foi mantido), exclusão
• Identificação das partes sequenciais do estudo
• Diagramação do estudo
Como o estudo foi conduzido
• Descrição de como os participantes foram recrutados e escolhidos
• Detalhamento de todo o material utilizado
• Dosagens exatas de fármacos e distribuição de grupos
• Tipos de tratamento administrados
Como os dados foram analisados
• Definição do valor da variável p
• Estimativa do poder do estudo
• Descrição dos testes usados para a análise

32
Resultados
Essa parte responde à questão: o que foi encontrado? É a apresentação dos dados e resultados obtidos após
a utilização da metodologia, de forma objetiva, clara e sucinta. Podem ser utilizados tabelas, gráficos, quadros
e outras ilustrações para facilitar a exposição dos resultados, que devem ser expostos em ordem cronológica.
Primeiro, devem-se caracterizar os participantes e comparar os grupos. Dados sobre os pacientes, como idade,
sexo e duração do seguimento, devem ser descritos. A seguir as repostas de seus principais questionamentos
são apresentadas. As tabelas e ilustrações devem ter um bom impacto visual. Os leitores devem ser capazes de
interpretar as tabelas e figuras sem se reportar ao texto, por isso o título, a legenda e as notas devem ser cuida-
dosamente pensados. Não se deve duplicar dados em tabelas e figuras.

Discussão
Resulta da a interpretação e análise crítica dos resultados obtidos em relação à metodologia utilizada. O lei-
tor acabou de ler seus resultados detalhadamente, por isso, é importante lembrar os achados principais no início
da discussão, que devem ser claros e não ambíguos e podem ser usados no resumo. Análises adicionais ou novas
dos resultados não devem ser feitas na discussão. Caso se note que algum resultado está faltando, ele deve ser
reescrito. A essa altura, informações novas não devem ser adicionadas à discussão. É muito improvável que os
métodos usados sejam perfeitos, assim, uma breve crítica pode ser feita sobre o trabalho. O tamanho da amostra
e o poder do estudo devem ser citados se não foram adequadamente calculados. Em contrapartida, devem-se
enfatizar as vantagens dos métodos, se eles foram apropriadamente escolhidos para o estudo
Em outro parágrafo, se faz a comparação dos resultados do estudo com os resultados de outros autores.
Apenas os mais relevantes costumam ser citados, tanto os confirmatórios como os contraditórios. É importante
ser imparcial nesse momento, porque, com frequência, existem boas razões para explicar as diferenças entre
os resultados.
Se os resultados do estudo podem mudar a prática clínica, então, isso deve ser discutido. A maioria dos in-
vestigadores não propicia grandes descobertas, razão pela qual não se deve exagerar a importância do trabalho
em questão. É mais provável que ele seja uma pequena contribuição para uma área restrita do conhecimento,
mas é importante deixar claro o quanto o trabalho contribui para o entendimento do assunto.
Após discussão em relação aos achados anteriores e suas implicações científicas, podem-se sugerir novos
trabalhos na área, dar ideias para novas pesquisas. O que o trabalho adicionou ao conhecimento atual sobre o
assunto estudado? De quais maneiras esses achados podem ser importantes? Os achados podem ter ocorrido ao
acaso ou são estatisticamente significativos?

Conclusão
É a parte final do trabalho, em que são apresentadas as conclusões correspondentes aos objetivos e hipóte-
ses. Deverá ser concisa, exata e convincente. O autor deverá expor um novo conhecimento ou a reformulação de
um conhecimento já existente. A conclusão é a descrição do que foi apresentado nas seções do trabalho (intro-
dução, material e método, resultados e discussão). A seção que reporta à conclusão responde às questões “o que
significam os resultados?”; “por que o trabalho é importante?”. Essa parte necessita de uma reflexão sobre o uso
potencial, a relevância ou as implicações dos resultados relatados e qual a ideia de desenvolvimento do trabalho.

Referências bibliográficas
Os dois principais formatos de referência são Vancouver e Harvard. No formato Vancouver, as referências são
numeradas consecutivamente da maneira em que aparecem no texto e são identificadas por números arábicos
entre colchetes. O sistema Harvard é o termo genérico para designar os estilos que definem as citações no texto,
como autor e data (ex.: Smith, 1999). Trata-se do método mais imediato para identificar o trabalho de um autor.

Anexos
Nessa seção, inserem-se todos os documentos utilizados para a realização da pesquisa, como o termo de
consentimento, questionários e formulários para preenchimento dos dados.

33
Sumário do trabalho de conclusão de curso de anestesiologia (TCC)
1. Introdução.................................................................................................. página
2. Revisão da literatura ...................................................................................... página
3. Justificativa................................................................................................. página
4. Objetivos .................................................................................................. página
4.1. Objetivo principal.................................................................................... página
4.2. Objetivos secundários................................................................................ página
5. Material e métodos....................................................................................... página
6. Resultados................................................................................................. página
7. Discussão................................................................................................... página
8. Conclusão.................................................................................................. página
9. Referências bibliográficas................................................................................. página
10. Anexos.................................................................................................... página

Como Elaborar um Relato de Caso


O formato de estudo do tipo relato de caso corresponde a estudos não baseados em métodos científicos (re-
latos de caso, descrição de séries, implementação de ações voltadas à saúde) e conta com as seguintes seções:
introdução, relato de caso, discussão e referências. O relato de caso é um dos tipos mais comuns de apresentação
em congressos ou publicação em revistas. Embora não seja considerado uma fonte científica de alto nível de
evidência (nível VII)1, é uma importante fonte de informação que pode fornecer subsídios fundamentais para o
melhor tratamento dos pacientes em determinadas situações.
A comunicação de um caso é pertinente quando a entidade diagnosticada é rara, o tratamento é pioneiro ou
tem alguma inovação ou o resultado é inusitado. Do ponto de vista ético, de acordo com algumas comissões de
ética, aparentemente, não há necessidade de aprovação prévia para relato de casos, mas havendo a oportunida-
de, recomenda-se obter o consentimento do paciente. Conflitos de interesse devem ser declarados.
Para que o relato de caso cumpra esse papel informativo importante, é preciso que tenha conteúdo e se-
quência apropriados. A estrutura básica do relato de caso inclui título; resumo; uma introdução com objetivo;
a descrição do caso, técnica ou situação; uma discussão com revisão da literatura; conclusão e bibliografia. A
introdução deve ser igualmente concisa e conter informação disponível sobre o assunto, o contexto, o mérito e
o objetivo do relato, de modo a atrair a atenção do leitor. É recomendável que se faça uma revisão extensa da
literatura sobre o assunto, mas não é obrigatório que o artigo contemple tudo o que foi levantado, apenas o que
for mais relevante e abrangente. Normalmente, devem-se incluir, nessa pesquisa, pelo menos as bases do Medli-
ne, Embase, Lilacs e Scielo. Referências de artigos de revisão, de revisões sistemáticas e de metanálises devem,
igualmente, ser exploradas para uma revisão abrangente.
Na descrição do caso, a sequência deve ser cronológica, organizada, com detalhes suficientes para que o
leitor estabeleça sua interpretação, eliminando dados supérfluos, pormenores como datas de exames, dados
confusos ou não confirmados. Tratando-se de vários casos, estes devem ser sequencialmente relatados. Qualquer
indicação para a identificação do paciente deve ser suprimida. O relato deve conter dados demográficos (idade,
peso, sexo, cor, ocupação), história clínica, exame físico e exames complementares alterados, em frases e pará-
grafos concatenados e completos, sem informações truncadas ou soltas.
Também devem constar as medicações com nome genérico, a dosagem e o período de uso desde a última
dose tomada. Os possíveis efeitos adversos e as interações dos fármacos também devem ser reportados. Quando
se trata de técnica cirúrgica, esta deve ser descrita com pormenores suficientes para ser reproduzida pelo leitor.
A discussão deve enfatizar a prioridade e a singularidade do relato, a acurácia do diagnóstico e sua validade
em comparação com os dados da literatura e os subsídios para se levantarem novas perspectivas, aplicações ou
conhecimentos com ele. O autor deve descrever sucintamente os dados da literatura e comparar e avaliar con-
trastes e nuances com o caso relatado.

34
Finalmente, os principais aspectos do caso devem ser resumidos, bem como sua singularidade ou raridade
deve ser justificada, recomendações devem ser sugeridas e as conclusões, apontadas. Nas conclusões, o autor
deve ser cuidadoso, uma vez que se trata de um ou poucos casos relatados, sem poder estatístico para estabe-
lecer uma evidência científica forte.

Como Elaborar uma Revisão de Literatura


Revisões científicas sintetizam os resultados de diversos estudos sobre determinado tema. A revisão sistemá-
tica (RS) é o nível mais alto de uma evidência científica, sendo ainda mais forte se for uma metanálise. A revisão
sistemática é, portanto, um sumário de evidências provenientes de estudos primários conduzidos para responder
a uma questão específica da pesquisa. Utiliza um processo de revisão de literatura abrangente, imparcial e re-
produtível, que localiza, avalia e sintetiza o conjunto de evidências dos estudos científicos para obter uma visão
geral e confiável da estimativa do efeito da intervenção.
A velocidade de produção do conhecimento científico, juntamente com o número de centros de pesquisa
capacitados, tem aumentado nas últimas décadas, o que é um reflexo da evolução tecnológica e de investimentos
públicos e privados. Uma realidade que, embora favoreça o desenvolvimento das ciências em geral, também se
torna um problema para estudantes e pesquisadores, pois há, muitas vezes, dificuldade em filtrar e agrupar o que
seja mais relevante em razão da grande quantidade de artigos, metanálises e descrições de caso.
As revisões sistemáticas são uma forma de apresentar dados de modo mais amplo e detalhado, na medida em
que, por meio de um método de busca predeterminado, consegue agrupar diferentes publicações e suas conclu-
sões, com a identificação de variáveis de confusão e a análise de resultados e diferentes métodos, podendo ou
não fazer uso da estatística para combinar ou excluir resultados e, finalmente, obter uma conclusão com maior
propriedade. Isso é alcançado pois a revisão sistemática, na hierarquia da evidência científica, encontra-se como
o passo seguinte dos estudos de maior impacto como coorte e ensaios clínicos aleatórios, unificando, segundo
metodologia própria, diferentes análises sobre determinado tema, reforçando, assim, ou colocando em dúvida,
eventuais resultados num processo de refinamento de dados.
Para a formulação de uma revisão sistemática, contudo, é necessário partir de algumas premissas que nor-
tearão sua elaboração:
• definição da questão a ser respondida (deve ser decidida com cuidado, pois determinará a abrangência da
busca e dos resultados);
• estratégia de busca (permite selecionar as fontes de pesquisa e os mecanismos para tal);
• seleção dos estudos (inclusão ou exclusão dos trabalhos de base);
• avaliação da qualidade dos estudos;
• extração dos dados;
• combinação dos dados de diferentes fontes;
• conclusão.

Definição da questão a ser respondida


Deve ser clara, com determinação da população, intervenção e desfecho a ser estudado. Proporcionará a
linha mestra para a construção do artigo e da conclusão. Uma pergunta muito ampla e imprecisa poderá levar à
formação de conclusões carentes de embasamento e com muitas variáveis de confusão.

Estratégia de busca
Um plano de trabalho claro e objetivo implica predeterminar que mecanismo de busca será adotado, o que
facilita e poupa tempo na hora da obtenção de dados. Bancos de dados eletrônicos, anais de congressos, contato
direto com pesquisadores e instituições são exemplos.

Seleção de estudos
É necessário elaborar critérios de inclusão e exclusão de informações. Isso ocorre por causa de diferentes
modelos de estudo tomados como base, trabalhos em diferentes idiomas, datas de publicação variáveis e dados
duplicados entre diferentes estudos.

35
Avaliação da qualidade dos estudos
Necessário para a certeza da conclusão, confiabilidade e implementação das informações apresentadas no
final. Utilizam-se, para isso, escores e outras ferramentas de análise de qualidade. Algumas características:
• os participantes são aleatórios e similares aos encontrados na prática clínica;
• há continuidade adequada, por tempo apropriado, para a análise dos desfechos?
• os envolvidos (participantes, coletores de dados) ou o maior número possível dos envolvidos na pesquisa
não devem ter conhecimento dos resultados obtidos.

Extração de dados
De preferência é realizada por duas pessoas, para minimizar erros e evitar interpretações subjetivas
dos dados.

Combinação das informações


Com a ajuda de softwares para a compilação de dados de diferentes estudos, podemos determinar se há ou
não heterogeneidade que inviabilize a análise completa. Se houver, podemos excluir determinados dados e obter
resultados mais fidedignos.

Conclusão
Devem-se evidenciar autores, ano de publicação, metodologias, número de participantes (N), grupos de compara-
ção, protocolos de resultados, variáveis dependentes e resultados. Quanto mais detalhado e passível de reprodução,
melhor a qualidade do trabalho. Importante também é apresentar informações a respeito de confiabilidade entre os
examinadores na avaliação da qualidade, assim como os critérios usados para resolver eventuais discordâncias.

Avaliação dos Trabalhos de Conclusão


É muito importante que haja uma orientação clara para realizar a avaliação dos trabalhos. Algumas per-
guntas precisam ser facilmente respondidas durante sua leitura, como se os trabalhos experimentais foram
aprovados pelo comitê de ética. É recomendado que os CETs possuam suas normas de avaliação (Tabela 1). Em
caso de ultrapassado o período de avaliação do TCC pelo próprio CET e ele for enviado à Comissão de Ensino
e Treinamento da SBA, este será avaliado conforme os critérios da Tabela 2. Para aprovação, é necessário
pontuação mínima de 50 pontos.
Tabela 1 – Modelo de avaliação dos trabalhos de conclusão do curso em anestesiologia do CET do SAMPE/2019
Avaliação dos Trabalhos de Conclusão da Residência Médica
Título do trabalho:______________________________________________________________________________________
Autores:_______________________________________________________________________________________________
1) O trabalho (se experimental) tem aprovação do comitê de ética?
2) Os objetivos e as hipóteses do trabalho são adequados e estão claros?
3) O delineamento está claro e adequado?
4) A redação do trabalho está adequada?
5) A análise dos dados é pertinente?
6) Os vieses foram reconhecidos pelos autores?
7) O trabalho tem consentimento informado?
8) A discussão e a conclusão são adequadas?
9) Este é o melhor trabalho apresentado? ( ) Sim ( ) Não
10) Nota geral do trabalho:_____________
11) O trabalho deve ser reapresentado com modificações? ( ) Sim ( ) Não
Comentários:___________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
Avaliador:_____________________________________________________________________________
Assinatura:____________________________________________________________________________

36
Tabela 2 – Critérios e pontuação utilizados pelo CET SBA para a avaliação dos TCCs. Os critérios “tipo de tra-
balho” e “mérito” são pontuados apenas uma vez. Os critérios “avaliação metodológica” e “redação e estrutura”
poderão ser pontuados mais de um item.
% PONTOS
Tipo de Trabalho 30
Ensaio clínico randomizado 100% 30
Revisão sistemática 75% 22,5
Estudos observacionais, caso-controle e coortes 75% 22,5
Série de casos e/ou revisão narrativa 50% 15
Relato de caso 33% 9,9
Mérito 30
Alta relevância ou inovação para a especialidade 100% 30
Relevante ou interessante para a especialidade 66% 19,8
Pouco relevante ou não inovador para a especialidade 33% 9,9
Não relevante para a especialidade 0% 0
Avaliação Metodológica 20
A metodologia empregada está correta 50% 10
A conclusão é sustentada pelos achados do trabalho 50% 10
Redação e Estrutura 20
Clara e concisa, sem erros de português 50% 10
Discussão completa e adequada do mérito proposto 50% 10
Confusa e/ou com erros de português 0% 0
TOTAL 100

Orientação para Publicação na Revista Brasileira de Anestesiologia


A Revista Brasileira de Anestesiologia (RBA) aceita, para publicação, artigos científicos, revisões, informações
clínicas que incluem relatos de casos clínicos e apresentação de novas técnicas, métodos e equipamentos, cartas
ao editor (críticas construtivas a matérias publicadas) e demais artigos de interesse na área.
Artigos enviados para a RBA precisam ser exclusivos (sem publicação em outros periódicos) e escritos em
língua portuguesa ou inglesa. Entre os pré-requisitos e documentos obrigatórios para a submissão estão:
Manuscript: o texto deve ser enviado em formato DOC (Word) e não deve indicar os autores nem o local onde
foi realizado.
Artigos científicos devem apresentar os seguintes capítulos: introdução, método, resultados, discussão, resumo
e referências.
• Resumo estruturado (máximo de 300 palavras):
• artigos científicos - justificativa e objetivos, método, resultados e conclusão;
• informações clínicas - justificativa e objetivos, relato de caso e conclusão;
• artigos de revisão - justificativa e objetivos, conteúdo e conclusão.
• Unitermos segundo Greene NM - Key Words in Anesthesiology, 3rd ed, New York: Elsevier ou mais recente.
• Referências: apenas referências consultadas (numeradas conforme a entrada no texto). Evitar a citação do nome
do autor em destaque. Priorizar as referências dos últimos cinco anos.
Title page: página com os dados completos do artigo, nome e titulação de seus autores.
• Título do artigo: deve ser curto, claro e conciso, podendo ter um subtítulo.
• Autores: nome completo, seus títulos e filiações a sociedades ou instituições.
• Agradecimento: pode conter os nomes de outros colaboradores (não obrigatório).
• Local de realização do estudo.
Cover letter: carta de apresentação do artigo ao editor.
Author agreement: declaração de ineditismo e não submissão e/ou publicação duplicada, ou seja, exclusividade de
publicação para a RBA, assinada por todos os autores.
Formulário de cessão de direitos autorais à Sociedade Brasileira de Anestesiologia e à Elsevier Editora Ltda., dispo-
nível no site https://www.evise.com/evise/jrnl/bjan, na seção “Upload Files”.

37
Cessão de direitos autorais de cada um dos autores, em PDF.
Artigos de pesquisa clínica e experimental em humanos exigem a aprovação da comissão de ética, conforme a
Declaração de Helsinque de 1975, revista em 2000.
Estudos prospectivos em humanos exigem a obtenção do Termo de Consentimento Livre e esclarecido e essa in-
formação deve constar da publicação. Além disso, não devem ser publicadas informações que identifiquem o indivíduo.
Conflito de interesses: existe quando um autor (ou a instituição do autor), revisor ou editor tem relações de finan-
ciamento ou pessoais que influenciem, de forma negativa (viés), suas ações; devem ser descritas na publicação. Além
disso, se houver origem dos fundos para assistência na elaboração do texto, estes devem ser informados.
A realização de pesquisas em animais exige a indicação de que se seguiram as normas de cuidados institucionais ou
nacionais e o uso de animais de laboratório.
Estudos que recrutem, prospectivamente, sujeitos de pesquisa para intervenções relacionadas com a saúde para ava-
liar efeitos sobre desfechos clínicos exigem o registro de ensaios clínicos, disponível no site www.who.int/ictrp/en/.
Ilustrações: devem ser enumeradas de acordo com a ordem de entrada no texto, indicando o local preferido para
a entrada da ilustração; figuras: enumeradas em algarismos arábicos; quadros e tabelas: enumerados em algarismos
romanos; fotos devem ser enviadas em preto e branco, ter resolução mínima de 300 dpi e salvas em formato JPG; as
ilustrações não devem conter títulos e legendas nem estar inseridas no corpo do texto (submetê-las separadamente,
em arquivo individual, identificadas com o tipo e a numeração da ilustração); títulos e legendas das ilustrações: devem
ser devidamente numerados e estar no arquivo de texto.
Autorização da editora ou do autor do artigo de origem: é obrigatório se houver cópias ou reprodução de
outras publicações.

Uma vez enviado, pelo site, ao editor-chefe através do link http://ees.elsevier.com/bjan, o manuscrito é en-
caminhado a dois membros do corpo editorial, em formulário próprio, e ao coeditor, responsável por verificar a
exatidão das referências bibliográficas. Depois disso, a matéria retorna ao editor-chefe, que vai decidir por sua apro-
vação ou não, encaminhando, para o autor, o resultado da análise, com possíveis sugestões ou correções no texto.
Há um limite predefinido do número de palavras e de referências, conforme o tipo de manuscrito enviado
para publicação, como descrito a seguir:
Artigo científico 3.000 palavras 25 referências
Artigo de revisão 5.000 palavras 50 referências
Carta ao editor 500 palavras 2 referências
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Devem-se evitar abreviaturas, exceto as reconhecidas pelo Sistema Internacional de Pesos e Medidas ou
aquelas consagradas nas publicações médicas. Se forem numerosas, deve-se incluir o glossário em nota à parte.
Além disso, não se recomenda a utilização de nomes comerciais de fármacos. Se a utilização for imperativa, o
nome do produto deverá vir após o nome genérico, entre parênteses, em minúscula, seguido do ® sobrescrito.
Não há taxa para submissão e avaliação de artigos. A identificação de possível plágio ocorre por meio do
sistema iThenticate.
As normas para submissão de forma mais detalhada podem ser encontradas no link www.scielo.br/revistas/
rba/pinstruc.htm.

Referências
1. Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento. 2016. Disponível em: <https://www.sbahq.
org/resources/pdf/arquivos/estatuto/sba/2016/REGULAMENTO-DOS-CET.pdf>. Acessado em: 6 mar 2019.
2. UFRGS. Faculdade de Medicina. Programa de pós-graduação em Ciências Médicas: Normas para apresentação de projeto de pesquisa.
<http://www.ufrgs.br/ppgcm/informacoes/normas-1>. Acessado em: 6 mar 2019.
3. Revista Brasileira de Anestesiologia. Forma e preparação de manuscritos. Disponível em: <http://www.scielo.br/revistas/rba/pinstruc.
htm#02>. Acessado em: 6 mar 2019.
4. Félix EA, Stefani LC, Gamermann PW. Manual de orientação para médicos residentes em anestesiologia do Centro de Ensino e Treina-
mento do Serviço de Anestesiologia e Medicina Perioperatória do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - SAMPE. 2019.
5. Yoshida WB. Redação de um relato de caso. J Vasc Bras, 2007; 6:112-3.
6. Revista Brasileira de Anestesiologia. Instruções aos autores. Disponível em: <www.scielo.br/revistas/rba/pinstruc.htm>. Acessado em:
16 mar 2019.

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06

Programa Teórico para Médicos


em Especialização
https://www.sbahq.org/programa-me/

PRIMEIRO ANO DE ESPECIALIZAÇÃO - ME1 – PONTOS 1 A 19


Objetivos do treinamento no primeiro ano – as metas a serem alcançadas devem ser minuciosamente espe-
cificadas aos médicos em especialização (MEs), pelo responsável do CET, no início dos trabalhos.

Ponto 1 – Ética Médica e Bioética. Responsabilidade Profissional do Anestesiologista


1.1. Ética Médica
1.1.1. Código de Ética Médica
1.2. Responsabilidade Profissional do Anestesiologista
1.2.1. Responsabilidade Ética, Civil e Penal
1.2.1.1. Resoluções do CFM, de Conselhos Regionais e do CONEPE
1.2.1.2. Caracterização do Erro Médico
1.3. Bioética e Anestesia
1.3.1. Relação Médico-Paciente
1.3.2. Pesquisa
1.3.3. Documentação
1.3.4. Perícia
1.4. Vigilância Sanitária

Ponto 2 – Organização da SBA, Cooperativismo e SUS


2.1. Organização da SBA
2.2. Cooperativismo
2.3. SUS

Ponto 3 – Risco Profissional do Anestesiologista


3.1. Ruídos
3.2. Radiação
3.3. Acidentes Elétricos
3.4. Infecções
3.5. Poluição Anestésica
3.6. Agressões Psicológicas. Síndrome da Exaustão (Burnout)

39
3.7. Dependência Química e Abuso de Drogas
3.8. Profilaxia e Tratamento

Ponto 4 – Avaliação e Preparo Pré-anestésico


4.1. Consultório de Avaliação Pré-anestésica
4.2. Risco Anestésico-cirúrgico
4.2.1. O Paciente
4.2.2. Os Fármacos
4.2.3. A Anestesia
4.2.4. A Cirurgia
4.3. Exames Complementares
4.4. Jejum
4.5. Medicação Pré-anestésica
4.6. Planejamento Anestésico

Ponto 5 – Vias Aéreas


5.1. Anatomia
5.2. Avaliação
5.3. Algoritmos
5.4. Anestesia da Via Aérea
5.5. Técnicas para Abordagem da Via Aérea
5.5.1. Posicionamento
5.5.2. Intubação Traqueal: Oral e Nasal
5.5.3. Intubação Retrógrada
5.5.4. Intubação às Cegas
5.5.5. Fibroscopia
5.5.6. Acesso Cirúrgico
5.6. Equipamentos
5.6.1. Laringoscópios e Lâminas
5.6.2. Cânulas e Sondas Trocadoras
5.6.3. Dispositivos Supraglóticos
5.6.4. Estiletes Luminosos
5.7. Particularidades das Vias Aéreas: Pediatria, Gestante e Trauma

Ponto 6 – Posicionamento
6.1. Posições
6.2. Fisiopatologia
6.3. Complicações

Ponto 7 – Equipamentos
7.1. Princípios de Funcionamento e Checagem
7.2. Monitores de Pressão
7.3. Eletrocardioscópio
7.4. Monitor de Função Neuromuscular

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7.5. Analisadores de Gases
7.6. Oxímetro de Pulso
7.7. Capnógrafo
7.8. Termômetros
7.9. Bombas de Infusão
7.10. Monitores de Profundidade Anestésica
7.11. Aparelho de Anestesia

Ponto 8 – Sistema Nervoso Central e Autônomo


8.1. Anatomia
8.2. Fisiologia
8.3. Farmacologia

Ponto 9 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Cardiocirculatório


9.1. Bioeletrogênese Cardíaca
9.2. Cronotropismo, Batmotropismo, Dromotropismo e Inotropismo
9.3. Fases do Ciclo Cardíaco
9.4. Débito Cardíaco
9.5. Controle do Sistema Cardiovascular
9.6. Circulação Coronariana
9.7. Consumo de Oxigênio pelo Miocárdio
9.8. Fármacos Inotrópicos e Vasopressores
9.9. Fármacos Anti-hipertensivos
9.10. Vasodilatadores
9.11. Inibidores do Sistema Renina-angiotensina-aldosterona
9.12. Alfa e Betabloqueadores
9.13. Antiarrítmicos
9.14. Outros Agentes com Ação Terapêutica sobre o Sistema Cardiovascular

Ponto 10 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Respiratório


10.1. Funções Respiratórias e Não Respiratórias do Pulmão
10.2. Mecânica Respiratória
10.2.1. Curvas de Pressão/Volumes Intratorácicos
10.2.2. Complacência Pulmonar Estática e Dinâmica
10.2.3. Fluxos e Resistência nas Vias Aéreas
10.3. Ventilação Pulmonar
10.3.1. Volume e Capacidade Pulmonares
10.3.2. Trocas Gasosas
10.4. Trabalho Respiratório
10.5. Difusão Pulmonar
10.6. Circulação Pulmonar
10.6.1. Hemodinâmica Pulmonar: Pressão, Fluxo e Resistência
10.6.2. Regulação da Circulação Pulmonar
10.7. Relação Ventilação-perfusão

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10.7.1. Zonas Respiratórias
10.7.2. Shunt e Espaço Morto Fisiológico
10.8. Transporte de Gases: O2 e CO2
10.9. Controle Central e Reflexo da Respiração
10.10. Farmacocinética, Farmacodinâmica, Indicações, Contraindicações, Toxicidade e Interação com a Anestesia
10.10.1. Broncodilatadores
10.10.2. Oxigênio
10.10.3. Óxido Nítrico
10.10.4. Prostaglandinas
10.10.5. Outros Agentes com Ação Terapêutica sobre o Sistema Respiratório

Ponto 11 – Farmacologia Geral


11.1. Princípios Gerais da Farmacocinética
11.2. Princípios Gerais da Farmacodinâmica
11.3. Interações Medicamentosas

Ponto 12 – Farmacologia dos Anestésicos Venosos


12.1. Classificação dos Agentes Venosos
12.2. Mecanismos de Ação, Farmacocinética e Farmacodinâmica
12.2.1. Agentes Opioides
12.2.2. Agentes Não Opioides

Ponto 13 – Farmacologia dos Anestésicos Inalatórios


13.1. Agentes Inalatórios: Gases e Líquidos Voláteis
13.2. Farmacocinética e Farmacodinâmica dos Anestésicos Inalatórios
13.3. Solubilidade. Coeficiente de Partição
13.4. Concentração Alveolar Mínima (CAM): Conceito e Fatores que Interferem. DA 50 e DA 90
13.5. Biotransformação. Toxicidade
13.6. Importância da Ventilação, da Circulação e das Alterações da Relação Ventilação/Perfusão na Absorção
e Eliminação dos Anestésicos Inalatórios
13.6.1. Efeitos da Concentração e Efeito do Segundo Gás
13.6.2. Influência do Sistema de Inalação
13.7. Distribuição dos Anestésicos Inalatórios: Influência do Fluxo Sanguíneo Tecidual e dos Coeficientes de
Solubilidade Sangue/Gás e Tecido/Sangue
13.7.1. Fatores que Interferem na Eliminação dos Anestésicos Inalatórios pelos Pulmões

Ponto 14 – Farmacologia dos Anestésicos Locais


14.1. Conceito e Estrutura Química. Classificação. Propriedades Físicas e Químicas. Mecanismo de Ação. Es-
tabilidade. Fatores que Alteram a Concentração Anestésica Mínima
14.2. Anatomofisiologia da Fibra Nervosa. Bloqueio Nervoso Diferencial
14.3. Absorção, Distribuição e Ligação Proteica. Biotransformação. Eliminação
14.4. Efeitos Sistêmicos. Interação com Outras Drogas. Passagem Placentária
14.5. Toxicidade dos Anestésicos Locais. Prevenção e Tratamento
14.6. Uso de Adjuvantes

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Ponto 15 – Transmissão e Bloqueio Neuromuscular
15.1. Fibra Muscular. Anatomofisiologia e Patologia
15.2. Junção Mioneural. Anatomofisiologia e Patologia
15.3. Fasciculação, Fadiga, Facilitação Pós-tetânica, Contração e Contratura
15.4. Tipos de Bloqueio: Conceito, Mecanismos e Características
15.5. Fatores que Alteram a Duração ou o Grau de Bloqueio Neuromuscular
15.6. Monitorização da Função Neuromuscular
15.7. Bloqueadores Neuromusculares
15.7.1. Tipos, Estrutura Química, Propriedades Físico-químicas, Ação Farmacológica, Absorção, Distri-
buição e Eliminação
15.7.2. Metabolismo
15.7.3. Uso Clínico
15.7.4. Interação com Outras Drogas
15.8. Reversão do Bloqueio Neuromuscular
15.9. Doenças e Problemas que Afetam a Transmissão Neuromuscular

Ponto 16 – Parada Cardíaca e Reanimação


16.1. Conceito de Parada Cardiorrespiratória
16.2. Causas e Diagnóstico Diferencial
16.3. Suporte Básico à Vida
16.4. Suporte Avançado à Vida: Equipamentos, Fármacos, Massagem Cardíaca, Desfibrilação, Marca-pas-
sos Artificiais
16.5. Organização Pré-hospitalar e Hospitalar (Comunicação, Sistema de Prevenção, Treinamento de Pessoal,
Material de Reanimação)
16.6. Transporte e Cuidados Pós-reanimação
16.7. Conceito e Diagnóstico de Morte Clínica e Cerebral. Aspectos Médico-legais
16.8. Reanimação do Recém-nascido e da Criança
16.9. Reanimação em Situações Especiais: Obstetrícia, Afogamento e Eletrocussão
16.10. Reanimação do Paciente Anestesiado

Ponto 17 – Bloqueios Subaracnóideo e Peridural


17.1. Anatomia da Coluna Vertebral, da Medula Espinhal, das Meninges, das Raízes Nervosas e da Cadeia
Ganglionar Simpática
17.2. Líquido Cefalorraquidiano: Formação, Circulação, Absorção, Composição, Densidade, Função, Volume
e Pressão
17.3. Alterações da Fisiologia Decorrentes do Bloqueio no Neuroeixo
17.4. Anestesia Subaracnóidea
17.4.1. Anestésicos Locais Utilizados: Seleção, Dose, Volume, Concentração, Densidade da Solução
e Baricidade
17.4.2. Drogas Adjuvantes
17.4.3. Técnicas de Punção Lombar. Tipos de Agulha
17.4.4. Distribuição da Solução Anestésica e Mecanismo de Anestesia
17.4.5. Indicações, Contraindicações e Complicações (Prevenção e Tratamento)
17.5. Anestesia Peridural

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17.5.1. Anestésicos Locais: Seleção, Dose, Concentração e Volume
17.5.2. Drogas Adjuvantes
17.5.3. Técnicas de Acesso e Identificação do Espaço Peridural Torácico, Lombar e Sacral. Uso do Cateter
17.5.4. Difusão do Agente Anestésico Local e Mecanismos de Ação
17.5.5. Indicações, Contraindicações e Complicações (Prevenção e Tratamento)
17.6. Anestesia Combinada Raqui-peridural. Indicações e Complicações

Ponto 18 – Complicações da Anestesia


18.1. Complicações
18.1.1. Cardiovasculares
18.1.2. Respiratórias
18.1.3. Renais
18.1.4. Digestivas
18.1.5. Neurológicas
18.1.6. Relacionadas com Equipamentos
18.2. Reações do Tipo Alérgico
18.3. Hipertermia Maligna
18.4. Outras Complicações

Ponto 19 – Recuperação Pós-anestésica


19.1. Organização da Unidade de Recuperação Pós-anestésica
19.2. Regressão da Anestesia: Parâmetros de Avaliação e Monitorização dos Sinais Vitais
19.3. Condições e Critérios para a Remoção do Paciente da Sala de Cirurgia para a Sala de Recuperação
19.4. Complicações no Período Pós-anestésico Imediato
19.5. Critérios de Alta da Sala de Recuperação

SEGUNDO ANO DE ESPECIALIZAÇÃO - ME2 – PONTOS 20 A 36


Objetivos do treinamento no segundo ano – as metas a serem alcançadas devem ser minuciosamente especi-
ficadas aos médicos em especialização (MEs), pelo responsável do CET, no início dos trabalhos.

Ponto 20 – Metodologia Científica


20.1. Planejamento da Pesquisa
20.2. Protocolo de Pesquisa
20.3. Pesquisa no Homem e no Animal
20.3.1. Normas Legais (Código de Helsinque, Legislação Federal)
20.3.1.1. Consentimento Livre e Esclarecido
20.4. Fontes de Financiamento
20.5. Tipos de Publicação. Indexação
20.6. Estatística Aplicada à Medicina
20.6.1. Testes Paramétricos e Não Paramétricos. Indicações e Interpretação
20.6.2. Erro Estatístico Tipo I e Tipo II
20.6.3. Tamanho do Efeito. Estimativa e Interpretação
20.6.4. Representações Gráficas

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Ponto 21 – Monitorização
21.1. Uso Clínico da Monitorização
21.1.1. Cardiovascular
21.1.2. Respiratória
21.1.3. Da Temperatura Corporal
21.1.4. Do Sistema Nervoso Central e Periférico

Ponto 22 – Sistemas de Administração de Anestesia Inalatória


22.1. Física dos Gases: Conceitos e Propriedades
22.1.1. Cinética, Coeficiente de Solubilidade
22.1.2. Leis dos Gases
22.2. Gases Comprimidos. Armazenamento. Usinas Concentradoras
22.3. Fluxos Laminar e Turbilhonar
22.3.1. Princípio de Venturi
22.3.2. Número de Reynolds e Lei de Poiseuille. Aplicações Práticas
22.4. Fluxômetros: Tipos e Funcionamento
22.5. Conceito de Vapor e Pressão de Vapor
22.5.1. Física da Vaporização
22.5.2. Cálculos da Concentração de Vapor
22.6. Vaporizadores: Tipos e Princípios de Funcionamento. Papel da Temperatura Ambiente
22.7. Sistemas de Inalação com e sem Absorção de Dióxido de Carbono. Sistemas Valvulares e Avalvulares.
Sistemas de Altos e Baixos Fluxos
22.8. Absorvedores de Dióxido de Carbono: Composição, Tamanho e Características do Grânulo
22.8.1. Indicadores e Reações Químicas
22.8.2. Capacidade e Características do Recipiente
22.8.3. Cuidados no Manuseio e na Troca do Absorvedor de CO2

Ponto 23 – Anestesia Inalatória


23.1. Mecanismos de Ação da Anestesia Inalatória: Teorias
23.2. Avaliação Clínica dos Níveis de Anestesia
23.3. Técnicas de Administração
23.4. Indicações e Contraindicações
23.5. Complicações: Diagnóstico, Prevenção e Tratamento

Ponto 24 – Anestesia Venosa


24.1. Indicações e Contraindicações
24.2. Técnicas de Administração
24.2.1. Anestesia Venosa Balanceada
24.2.2. Anestesia Venosa Total
24.2.3. Anestesia Alvo-controlada
24.3. Complicações

Ponto 25 – Bloqueios Periféricos


25.1. Anatomia, Técnicas, Indicações, Contraindicações e Complicações dos Bloqueios Somáticos

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25.1.1. Cabeça
25.1.2. Pescoço
25.1.3. Tronco
25.1.4. Membros Inferiores
25.1.5. Membros Superiores
25.2. Anestesia Venosa Regional (Bloqueio de Bier)
25.3. Técnicas para a Localização de Nervos Periféricos

Ponto 26 – Equilíbrio Hidroeletrolítico e Acidobásico


26.1. Distribuição da Água Corporal e dos Eletrólitos
26.2. Conceito de Osmolaridade e Pressão Osmótica
26.3. Metabolismo da Água, do Sódio e do Potássio
26.3.1. Regulação do Volume Intravascular e Extravascular
26.3.2. Hormônio Antidiurético e Aldosterona
26.4. Disfunções Hídricas e Eletrolíticas
26.4.1. Fisiopatologia e Aspectos Clínicos
26.5. Conceito de Ácido e Base. O pH. Equação de Henderson-Hasselbach
26.5.1. Sistemas Tampão: Conceito e Fisiologia dos Tampões Orgânicos
26.5.2. Acidose e Alcalose: Metabólica e Respiratória. Homeostasia
26.6. Regulação Renal e Pulmonar do Equilíbrio Acidobásico
26.6.1. Gasimetria. Nomogramas
26.6.2. Tratamento dos Desequilíbrios Acidobásicos
26.7. Metabolismo Energético
26.7.1. Transformações Energéticas: Carboidratos, Proteínas e Gorduras. Equilíbrio Energético. Avalia-
ção do Metabolismo

Ponto 27 – Reposição Volêmica e Transfusão


27.1. Hemoterapia
27.1.1. Reposição de Sangue Total e Frações. Indicações, Cuidados e Complicações
27.1.2. Grupos e Compatibilidade Sanguínea
27.1.3. Doenças Transmissíveis pelo Sangue
27.1.4. Sangue Estocado: Tipos e Alterações
27.2. Expansores Plasmáticos e Carreadores de Oxigênio
27.3. Soluções Cristaloides
27.4. Alternativas à Transfusão Heteróloga

Ponto 28 – Hemostasia e Anticoagulação


28.1. Mecanismo de Coagulação Sanguínea
28.2. Provas Laboratoriais e sua Interpretação
28.3. Hemostáticos, Anticoagulantes e seus Antagonistas. Farmacologia. Complicações do Uso. Interações
com Outros Fármacos
28.4. Anemias. Hemofilia. Hipoprotrombinemia. Trombocitopenia
28.5. Coagulopatias Dilucionais. Fibrinólise e Coagulação Intravascular Disseminada
28.6. Conduta Terapêutica e Implicações na Anestesia

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Ponto 29 – Fisiologia e Farmacologia do Sistema Urinário
29.1. Anatomia e Fisiologia
29.1.1. Filtração Glomerular
29.1.2. Reabsorção e Secreção Tubular
29.1.3. Depuração Plasmática
29.1.4. Mecanismos de Concentração e Diluição, Excreção de Líquidos e outras Substâncias
29.2. Circulação Renal
29.3. Sistema Renina-angiotensina-aldosterona
29.4. Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência Renal Aguda
29.5. Diálise: Implicações Anestésicas
29.6. Diuréticos: Farmacologia
29.7. Proteção Renal

Ponto 30 – Anestesia em Urologia


30.1. Ação de Agentes e Técnicas Anestésicas para o Rim
30.2. Anestesia para o Paciente com Insuficiência Renal Crônica
30.3. Anestesia para Procedimentos Cirúrgicos Urológicos
30.4. Anestesia para Procedimentos Endoscópicos, Laparoscópicos e Robóticos
30.5. Anestesia para Litotripsia Extracorpórea e Nefrolitotripsia Percutânea

Ponto 31 – Anestesia em Obstetrícia


31.1. Adaptações Fisiológicas da Gravidez e Implicações na Anestesia
31.2. Circulação Uteroplacentária: Fluxo Sanguíneo Uterino, Função Placentária, Troca de Gases, Transferên-
cia Placentária dos Agentes Anestésicos e Efeitos dos Agentes Anestésicos no Fluxo Sanguíneo Uterino
31.3. Fisiologia da Dor do Trabalho de Parto
31.4. Analgesia para o Parto Normal
31.4.1. Técnicas, Indicações, Contraindicações e Complicações
31.4.2. Efeitos de Técnicas e Agentes Anestésicos na Evolução do Trabalho de Parto
31.5. Anestesia para Cesariana
31.5.1. Técnicas, Cuidados e Complicações
31.6. Anestesia na Gestação de Alto Risco
31.6.1. Doenças Específicas da Gestação
31.6.2. Doenças Associadas
31.7. Anestesia nas Urgências Obstétricas
31.8. Anestesia para Intercorrências Não Obstétricas durante a Gravidez
31.9. Uterotônicos e Vasopressores
31.10. Anestesia para Cirurgias Fetais

Ponto 32 – Anestesia em Ortopedia


32.1. Técnicas, Cuidados, Indicações e Complicações
32.1.1. Cirurgia de Quadril, Joelho e Ombro: Fraturas, Artroplastias e Artroscopias
32.1.2. Cirurgia de Coluna
32.1.3. Outras Cirurgias de Membros. Grandes Próteses

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Ponto 33 – Anestesia para Cirurgia Abdominal
33.1. Técnicas e Agentes Anestésicos: Ação sobre o Funcionamento do Sistema Digestivo
33.2. Anestesia para a Correção dos Defeitos da Parede Abdominal
33.3. Anestesia em Pacientes com Malformações Digestivas Congênitas ou Adquiridas
33.4. Anestesia em Pacientes Portadores de Doenças Sistêmicas com Repercussão Digestiva ou Abdominal,
Distúrbios da Absorção e/ou do Metabolismo
33.5. Anestesias para Cirurgias Abdominais Complexas
33.6. Cirurgia Bariátrica
33.6.1. Fisiopatologia da Obesidade
33.6.2. Técnicas, Indicações, Contraindicações e Complicações
33.7. Anestesia para Procedimentos Videolaparoscópicos

Ponto 34 – Anestesia para Otorrinolaringologia


34.1. Cirurgia do Nariz e da Faringe
34.2. Cirurgia do Ouvido
34.3. Cirurgia da Laringe
34.3.1. Trauma de Laringe
34.3.2. Laringectomia Total
34.3.3. Cirurgia com Laser

Ponto 35 – Anestesia para Oftalmologia


35.1. Anatomia e Fisiologia do Olho
35.2. Fatores que Modificam a Pressão Intraocular (PIO)
35.3. Reflexo Oculocardíaco: Fisiopatologia, Fatores Predisponentes, Complicações, Prevenção e Tratamento
35.4. Técnicas Anestésicas. Indicações, Contraindicações e Complicações
35.5. Anestesia no Paciente com Lesão Penetrante do Globo Ocular

Ponto 36 – Anestesia Ambulatorial


36.1. Conceito e Organização da Unidade Ambulatorial. Normas Legais
36.2. Critérios de Seleção
36.3. Técnicas Anestésicas
36.4. Causas de Retardo da Alta e Reinternação
36.5. Critérios da Alta

TERCEIRO ANO DE ESPECIALIZAÇÃO - ME3 – PONTOS 37 a 54


Objetivos do treinamento no terceiro ano – as metas a serem alcançadas devem ser minuciosamente especi-
ficadas aos médicos em especialização (MEs), pelo responsável do CET, no início dos trabalhos.

Ponto 37 – Anestesia e Sistema Endócrino


37.1. Estresse Anestésico-cirúrgico na Função do Eixo Hipotálamo-hipofisário e na Hipófise Corticoadrenal
37.2. Anestesia e Farmacoterapia Esteroide Prolongada: Mecanismos de Ação, Complicações e Contraindicações
37.3. Anestesia em Portador de Feocromocitoma e Outras Doenças da Suprarrenal
37.4. Anestesia no Hipertireoidismo e Hipotireoidismo

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37.4.1. Complicações da Tireoidectomia
37.4.2. Crise Tireotóxica
37.5. Anestesia no Hiperparatireoidismo e Hipoparatireoidismo
37.6. Anestesia no Diabético e no Portador de Insulinoma
37.7. Insulina: Indicações, Contraindicações e Complicações

Ponto 38 – Anestesia em Urgências e no Trauma


38.1. Avaliação e Preparo do Paciente para a Cirurgia de Urgência. Prevenção de Regurgitação e Aspiração do
Conteúdo Gástrico. Vias Aéreas
38.2. Fisiopatologia do Politraumatizado
38.3. Agentes e Técnicas Anestésicas. Indicações, Complicações
38.4. Anestesia de Urgência no Paciente com Doenças Associadas
38.5. Anestesia de Urgência no Paciente Crítico
38.6. Anestesia de Urgência no Dependente Químico. Interação com Agentes Anestésicos

Ponto 39 – Anestesia para Cirurgia Plástica


39.1. Anestesia para Cirurgia Plástica
39.1.1. Cirurgia Estética e Reparadora
39.1.1.1. Técnicas, Contraindicações e Complicações
39.1.1.2. Posicionamento na Mesa Cirúrgica
39.1.2. Anestesia para o Queimado

Ponto 40 – Anestesia Bucomaxilofacial e para Odontologia


40.1. Trauma de Face
40.2. Cirurgia Ortognática
40.3. Procedimentos Odontológicos

Ponto 41 – Anestesia para Cirurgia Torácica


41.1. Preparo do Paciente: Gasometria, Espirometria, Relação V/Q
41.2. Posicionamento: Alterações Hemodinâmicas e Ventilatórias
41.3. Fisiologia do Tórax Aberto
41.4. Anestesia Monopulmonar
41.4.1. Tubos Endobrônquicos e Bloqueio Brônquico
41.5. Anestesia para Procedimentos Cirúrgicos nos Pulmões, nos Brônquios e na Traqueia
41.6. Complicações Pós-operatórias. Prevenção e Tratamento
41.7. Anestesia para Mediastinoscopia e Toracoscopia

Ponto 42 – Anestesia e Sistema Cardiovascular


42.1. Anestesia no Cardiopata para Cirurgia Não Cardíaca
42.2. Anestesia para Cirurgia Cardíaca
42.2.1. Cardiopatias Congênitas
42.2.2. Revascularização do Miocárdio
42.2.3. Cirurgias Valvares
42.2.4. Aneurismectomia
42.2.5. Traumatismo Cardíaco

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42.3. Circulação Extracorpórea
42.4. Suporte Mecânico à Circulação
42.5. Marca-passo e Cardioversão
42.6. Anestesia no Laboratório de Hemodinâmica
42.7. Anestesia para Cirurgia Vascular
42.8. Proteção miocárdica

Ponto 43 – Anestesia para Neurocirurgia


43.1. Fisiologia Intracraniana. Edema Cerebral. Controle da Pressão Intracraniana
43.2. Farmacologia dos Principais Fármacos Utilizados na Anestesia do SNC
43.3. Monitorização, Posicionamento, Técnicas Anestésicas e Complicações
43.4. Anestesia para Procedimentos Supratentoriais e Infratentoriais
43.5. Anestesia para Cirurgia Estereotáxica
43.6. Anestesia para Neurocirurgia Pediátrica
43.7. Anestesia para Procedimentos no Laboratório de Hemodinâmica
43.8. Anestesia para Cirurgia da Hipófise
43.9. Anestesia para Procedimentos Neurofuncionais
43.10. Proteção Cerebral

Ponto 44 – Hipotermia e Hipotensão Arterial Induzida


44.1. Hipotermia
44.1.1. Fisiologia da Termorregulação. Alterações Fisiopatológicas da Hipotermia Induzida e Acidental
44.1.2. Hipotermia Induzida. Princípios e Técnicas. Controle do Paciente. Indicações, Contraindicações
e Complicações
44.2. Hipotensão Arterial
44.2.1. Alterações Fisiopatológicas da Hipotensão Arterial Induzida e Acidental
44.2.2. Hipotensão Arterial Induzida. Princípios e Técnicas. Controle do Paciente. Indicações, Contrain-
dicações e Complicações

Ponto 45 – Choque
45.1. Conceito
45.2. Classificação
45.3. Fisiopatologia
45.4. Monitorização
45.5. Tratamento
45.6. Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
45.7. Síndrome da Falência de Múltiplos Órgãos
45.7.1. Mecanismos
45.7.2. Tratamento

Ponto 46 – Anestesia em Geriatria


46.1. Fisiologia do Envelhecimento
46.2. Avaliação e Preparo Pré-operatório do Paciente Idoso
46.3. Farmacologia dos Agentes Anestésicos no Paciente Idoso
46.4. Disfunção Cognitiva Pós-operatória

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Ponto 47 – Anestesia em Pediatria
47.1. Peculiaridades Anatômicas e Fisiológicas do Recém-nascido e da Criança
47.2. Fisiopatologia Fetal e Neonatal. Equilíbrio Acidobásico e Hidroeletrolítico Fetal e Neonatal
47.3. Reanimação Neonatal
47.4. Avaliação e Preparo Pré-anestésico
47.5. Monitorização e Ventilação
47.6. Anestesia Geral e Regional. Técnicas e Farmacologia
47.7. Hidratação e Reposição
47.8. Anestesia para as Principais Malformações e Doenças da Criança e do Neonato
47.9. Analgesia Pós-operatória

Ponto 48 – Anestesia para Transplantes


48.1. Cuidados com Doadores de Órgãos
48.2. Farmacologia dos Imunossupressores
48.3. Transplante de Rim
48.4. Transplante de Fígado
48.5. Transplante de Coração
48.6. Transplante de Pulmão
48.7. Particularidades do Paciente Pediátrico
48.8. Aspectos Legais no Transplante de Órgãos
48.9. Anestesia no Paciente Transplantado

Ponto 49 – Anestesia para Procedimentos Fora do Centro Cirúrgico


49.1. Avaliação
49.2. Recuperação
49.3. Equipamentos
49.4. Monitorização
49.5. Segurança Profissional
49.6. Transporte
49.7. Meios de Contraste

Ponto 50 – Dor Aguda e Inflamação


50.1. Fisiopatologia
50.2. Avaliação
50.3. Métodos de Tratamento
50.3.1. Drogas
50.3.2. Técnicas
50.3.3. Analgesia Multimodal
50.4. Serviço de Tratamento da Dor Aguda

Ponto 51 – Dor Crônica


51.1. Fisiopatologia
51.2. Classificação das Síndromes Dolorosas
51.3. Avaliação

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51.4. Métodos de Tratamento
51.4.1. Analgésicos Sistêmicos
51.4.2. Drogas Adjuvantes
51.4.3. Bloqueios Anestésicos
51.4.4. Bloqueios Neurolíticos
51.5. A Clínica de Dor

Ponto 52 – Suporte Ventilatório


52.1. Técnicas. Indicações, Repercussões e Complicações
52.2. Ventiladores

Ponto 53 – Qualidade e Segurança em Anestesia


53.1. Taxonomia
53.2. Indicadores de Qualidade: Construção, Análise e Interpretações
53.3. Práticas Hospitalares Baseadas em Evidências
53.4. Sistemas de Gerenciamento de Qualidade
53.5. Acreditação Hospitalar

Ponto 54 – Gerenciamento do Centro Cirúrgico


54.1. Gerenciamento da Eficiência
54.1.1. Gerenciamento da Utilização de Salas Cirúrgicas
54.1.2. Gerenciamento do Serviço de Anestesia
54.1.3. Gerenciamento dos Sistemas de Informação
54.1.4. Gerenciamento de Custos
54.1.5. Gerenciamento de Conflitos
54.1.6. Cuidados e Esterilização de Material

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07

Matriz de Competências: Anestesiologia


Rosana Leite de Melo - Secretária Executiva
Ricardo Almeida de Azevedo - Presidente da SBA

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO


Publicado em: 11/04/2019 | Edição: 70 | Seção: 1 | Página: 203
Órgão: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Superior

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Dispõe sobre a matriz de competências dos Programas


de Residência Médica em Anestesiologia no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que lhe conferem a Lei nº 6.932 de
07 de julho de 1981, o Decreto nº 7.562, de 15 de setembro de 2011 e Decreto 8.516, de 10 de setembro de 2015.
CONSIDERANDO a atribuição da CNRM definir a matriz de competências para a formação de especialistas na área
de residência médica;
CONSIDERANDO a Lei no 6.932/81, que estabelece a jornada semanal dos Programas de Residência Médica, incluídas
as atividades de plantão e teórico-práticas
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CP nº 3 de 18 de dezembro de 2002 que define competência profissional como a
“capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o
desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico”;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na sessão plenária ordinária de 21 de junho de 2017, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica de Anestesiologia, anexa, que passa
a fazer parte desta Resolução.
Art. 2o. A partir de 1ºde março de 2020, os Programas de Residência Médica em Anestesiologia terão a obrigatorie-
dade da aplicação da matriz de Competências.
Art. 3º Revogar o item 03 dos Requisitos Mínimos dos Programas de Residência Médica da Resolução CNRM 2 de 17
de maio de 2006.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor em sua publicação.

MAURO LUIZ RABELO


Presidente da Comissão

53
ANEXO

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS: ANESTESIOLOGIA


OBJETIVOS GERAIS
Formar e habilitar médicos na área da Anestesiologia a adquirir as competências necessárias a realizar anes-
tesia aos diversos procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Realizar avaliação pré-anestésica do paciente que será submetido a anestesia e/ou analgesia, utilizando
o domínio dos conteúdos das informações gerais, exame clínico do paciente e interpretação dos exames
complementares.
2. Indicar exames à realização do procedimento anestésico-cirúrgico.
3. Contribuir no preparo pré-operatório dos pacientes com a finalidade de diminuir o risco operatório.
4. Estratificar o risco anestésico-cirúrgico e decidir sobre a possibilidade de realização da anestesia.
5. Dominar as técnicas anestésicas e suas variantes específicas.
6. Dominar e aplicar os conhecimentos da anatomia, fisiologia e farmacologia dos diversos órgãos e sistemas.
7. Realizar a anestesia com segurança em todas as suas etapas.
8. Identificar e tratar as complicações clínicas durante o intra e pós-operatório.
9. Produzir um artigo científico.
10. Executar tarefas crescentes em complexidade durante as anestesias, incorporando novas habilidades psi-
comotoras progressivamente no treinamento.

COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO

PRIMEIRO ANO - R1
Proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da anestesiologia. Desenvolver competên-
cias com habilidades técnicas para realização de intubação orotraqueal, venóclise periférica e central, anestesia
do neuroeixo entre outras, sob supervisão. Avaliar as condições clínicas do paciente antes do ato anestésico e
decidir pela melhor estratégia a ser adotada.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO PRIMEIRO ANO


1. Reunir na avaliação pré-anestésica informações acuradas e essenciais do paciente e suas queixas, bem
como o exame físico completo, geral e específico.
2. Reconhecer e interpretar a avaliação da via aérea difícil e manuseá-la com segurança, obedecendo aos
protocolos referendados.
3. Interpretar a anatomia vascular. Realizar venóclises: periférica e central.
4. Avaliar e realizar anestesias com abordagem no neuroeixo.
5. Instalar e interpretar a monitorização básica, bem como realizar o necessário para manutenção do equi-
líbrio clínico do paciente.
6. Analisar e utilizar materiais, equipamentos e fármacos da prática da anestesia.
7. Analisar e realizar as diferentes técnicas de anestesia geral.
8. Usar marcapasso externo, assim como desfibrilador de pás externas para tratar arritmias indesejáveis
durante a cirurgia. Realizar reanimação cardiorrespiratória.
9. Identificar e tratar as causas de sangramento e de outras complicações anestésicas intra e pós-operatório
(sala de recuperação pós anestésicos).
10. Dominar o tratamento das arritmias cardíacas mais prevalentes no intraoperatório e no pós-operatório imediato.

54
11. Analisar as causas de infecção cirúrgica e preveni-las.
12. Diagnosticar, avaliar e tratar os diversos tipos de choque.
13. Identificar, avaliar e tratar insuficiência respiratória.
14. Analisar as diversas formas de ventilação.
15. Avaliar e realizar a intubação e extubação traqueal.
16. Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, respeitando valores culturais,
crenças e religião dos pacientes.
17. Aplicar os conceitos fundamentais da ética médica.
18. Aplicar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica;
19. Avaliar e realizar a intubação e extubação traqueal.

SEGUNDO ANO - R2
Realizar a avaliação pré-anestésica e planejamento anestésico a cirurgias de médio e grande porte. Adquirir
maior desenvolvimento dos procedimentos invasivos como punção arterial e acesso venoso central guiado por
ultrassonografia ou não. Neste ano os conhecimentos sobre avaliação e tratamento da dor aguda serão mais ex-
plorados com abordagem, também, da analgesia controlada pelo paciente por vias sistêmica e epidural. Receberá
maior enfoque para tratamento intensivo de pacientes cirúrgicos no ambiente da terapia intensiva e na sala de
recuperação pós-anestésica. A habilidade na manipulação da via aérea deverá abranger preparo da via aérea
com anestesia regional e tópica e uso de dispositivos ópticos (videolaringoscópio, fibroscopia básica), além do
completo domínio da manipulação de dispositivos supra-glóticos. Nas atividades práticas o residente do segundo
ano deve priorizar cirurgias de médio ou grande porte.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO SEGUNDO ANO


1. Avaliar e planejar a anestesia para cirurgia de médio e pequeno porte.
2. Dominar as diversas técnicas de anestesia geral e bloqueio de neuroeixo.
3. Demonstrar segurança na condução da anestesia mantendo-se atento aos detalhes e obedecendo aos
princípios da boa prática.
4. Dominar a montagem das bombas de infusão e as linhas de perfusão.
5. Avaliar e dominar as técnicas de tratamento da dor aguda.
6. Analisar, diagnosticar e tratar as complicações anestésicas intraoperatórias e pós-operatórias na sala de
recuperação pós-anestésica.
7. Dominar o uso do desfibrilador de pás para tratar arritmias e/ou parada cardíaca durante a cirurgia.
8. Dominar o manuseio do aparelho de anestesia microprocessado.
9. Dominar o manuseio dos monitores básicos e avançados.
10. Avaliar a via aérea difícil e dominar o algoritmo de controle.
11. Conduzir anestesias para re-intervenção por sangramento no pós-operatório, com e sem comprometimen-
to hemodinâmico.
12. Conduzir adequadamente o paciente para terapia intensiva.
13. Avaliar e realizar bloqueios anestésicos e acessos vasculares guiados por ultrassonografia.

TERCEIRO ANO - R3
Ter visão global do paciente a ser submetido a procedimentos cirúrgicos, desde seu preparo, visando otimi-
zação prévia, até manejo intensivo pós-operatório, estratificando riscos dos diferentes órgãos e sistemas (risco
pulmonar; risco renal, delirium, cardíaco e neurológico). Ter domínio no manejo das vias aéreas, reposição volê-
mica e transfusão de hemocomponentes, bem como adequada correção de coagulopatias. Realizar anestesia para
cirurgias de grande porte como cirurgia cardíaca, transplantes em geral, principalmente o receptor do transplan-
te hepático e anestesias para cirurgias pediátrica e obstétricas, bem como para procedimentos diagnósticos e
terapêuticos fora do centro cirúrgico, incluindo os de alta complexidade, tais como a radiologia vascular. Realizar

55
acesso vascular central e bloqueios periféricos guiados pela ultrassonografia. Ter adequado comportamento tanto
assistencial, no cuidado do paciente como na relação com colegas e assistentes.
Desenvolver compromisso com sua formação, tanto teórica, quanto prática e científica, com a entrega no
período adequado do trabalho de conclusão de curso.

COMPETÊNCIAS AO TÉRMINO DO TERCEIRO ANO


1. Dominar a avaliação pré-anestésica, com orientações ao paciente e elaboração do relatório final
do atendimento.
2. Comunicar-se efetivamente com médicos, outros profissionais de saúde e serviços de saúde relacionados,
notadamente com o cirurgião durante ato operatório quanto às variações dos parâmetros fisiológicos ca-
pazes de interferir desfavoravelmente no resultado imediato da anestesia ou da cirurgia.
3. Avaliar e dominar os diversos tipos de técnicas anestésicas.
4. Dominar a indicação da técnica anestésica e conduzi-la operacionalizando de forma racional com os re-
cursos disponíveis.
5. Dominar o uso de todos os aparelhos e monitores utilizados na anestesia.
6. Dominar a escolha de fármacos anestésicos, os adjuvantes e outros de uso na anestesia.
7. Julgar o uso dos instrumentos de manipulação da via aérea.
8. Escolher a melhor analgesia intra e pós-operatória.
9. Julgar e otimizar a hemodinâmica pré-operatória do paciente com cristaloides, coloides ou transfusão sanguí-
nea/autotransfusão, observando as medidas dos parâmetros fisiológicos e o comportamento cardiovascular.
10. Avaliar arritmias pelo ECG, instituindo o tratamento.
11. Avaliar as vantagens e desvantagens de cada técnica anestésica utilizada.
12. Decidir, durante a anestesia, a necessidade de aplicar variantes técnicas aceitas cientificamente, no in-
tuito de resolver dificuldades inesperadas.
13. Avaliar, planejar e executar os passos de um determinado procedimento de forma sequencial e organizada.
14. Comunicar-se de forma clara e objetiva com cada componente da equipe para obtenção de melhores desfechos.
15. Avaliar e tratar as complicações mais frequentes da anestesia.
16. Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio, aplicando liderança para
minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;
17. Produzir um artigo científico.

ROSANA LEITE DE MELO


Secretária Executiva

RICARDO ALMEIDA DE AZEVEDO


Presidente da SBA

Fonte:
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.
h t t p://w w w.i n .g o v. b r/w e b/g u e s t /m a t e r i a /-/a s s e t _ p u b li s h e r/K u j r w 0 T Z C 2 M b/c o n t e n t /i d/ 710 9 0 7 71/
do1-2019-04-11-resolucao-n-11-de-8-de-abril-de-2019-71090737

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08

Regimento da Comissão de Ensino e Treinamento

CAPÍTULO I - DA COMISSÃO
Art. 1º - A Comissão de Ensino e Treinamento (CET) é uma Comissão Permanente da SBA consoante o artigo
55 do Estatuto.
Art. 2º - A CET integra o Departamento Científico e está a ele subordinada.

CAPÍTULO II - DAS FINALIDADES


Art. 3º - A CET terá como finalidades:
I - Tratar de assuntos implícitos em sua denominação em âmbito da SBA.
II - Receber e estudar as questões pertinentes ao ensino da Anestesiologia, que sejam encaminhadas à SBA,
como consulta ou solicitação normativa.
III - Promover, através de supervisão e planejamento, uniformização de programas para ensino da especialidade.
IV – Elaborar, aplicar e corrigir a prova anual para Médicos em Especialização.

CAPÍTULO III - DA COMPOSIÇÃO


Art. 4º - A CET será constituída por nove Membros Ativos da SBA, portadores do TSA, eleitos pela AR, com
mandato de três anos, elegendo-se 1/3 (um terço) a cada ano;
§ 1º - Pelo menos quatro Regionais deverão estar representadas;
§ 2º - Uma Regional poderá ter no máximo 03 (três) membros na CET;
§ 3º - Os membros da CET deverão pertencer a um Centro de Ensino e Treinamento.

CAPÍTULO IV - DAS ATRIBUIÇÕES


Art. 5º - São atribuições da CET:
I - Reunir, sob sua égide, todos os Responsáveis por Serviços, Seções, Departamentos e Disciplinas, com
propósitos de ensino pós-graduado da Anestesiologia, sob credencial oficial da SBA, seus Centros de Ensino e
Treinamento, em suas implicações estatutárias, regulamentares e regimentais.
II - Receber por via eletrônica, analisar e recomendar de acordo com uma tabela objetiva de qualificação, à
Diretoria da SBA, os pedidos de credenciamento de Centros de Ensino e Treinamento.
III - Receber por via eletrônica e analisar os relatórios anuais dos Centros de Ensino e Treinamento, julgando-
-os de acordo com o Regulamento dos mesmos.
IV - Examinar convênios com entidades nacionais e estrangeiras, no campo educacional.
V - Avaliar as credenciais e selecionar candidatos a Bolsas de Estudo, enviando seu parecer à Diretoria da SBA.
VI - Julgar os prêmios:
a) Dr. Alfredo Augusto Vieira Portela – conferido à maior nota de ME1 na prova nacional aplicada pela SBA
no ano anterior à premiação;

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b) Dr. Affonso Fortis – conferido à maior nota de ME2 na prova nacional aplicada pela SBA no ano anterior
à premiação;
c) Dr. José Luiz Gomes do Amaral – conferido à maior nota de ME3 na prova nacional aplicada pela SBA no
ano anterior à premiação;
d) Dr. Massami Katayama – conferido ao Centro de Ensino referente à análise dos Relatórios Anuais do ano
da premiação, tendo como ano base o ano letivo anterior;
e) Dr. Walter Silva Machado – Conferido ao Centro de Ensino e Treinamento que obtiver a maior projeção
anual, através da nota obtida pela análise dos Relatórios Anuais do ano da premiação, tendo como ano base
o ano letivo anterior, não podendo ser considerado para efeito desta premiação o CET que não tenha preen-
chido o Relatório Anual no prazo regulamentar e que não tenha um mínimo de três anos consecutivos de
credenciamento pela SBA.
VII - Indicar, facultativamente, membro(s) da SBA habilitado(s) para concorrer(em) ao(s) cargo(s) a vagar(em)
nesta Comissão, na eleição a ser realizada na Assembleia de Representantes.

CAPÍTULO V - DA DIREÇÃO
Art. 6º - O comparecimento dos Responsáveis por CET a estas reuniões de que trata o artigo 10 deste Regi-
mento, far-se-á sem ônus para a SBA.
Art. 7º - Os membros eleitos elegerão o Presidente da CET e o respectivo Secretário.
Parágrafo único - Cabe ao Presidente em exercício da CET comunicar ao Diretor Secretário Geral da SBA o
nome do seu sucessor e do Secretário dentro de 20 dias a partir da Sessão de Ordem do Dia da AR.
Art. 8º - Compete ao Presidente da CET:
I - Presidir as reuniões da Comissão e enviar relatórios trimestrais ao Diretor do Departamento Científico.
II - Enviar anualmente relatório dos trabalhos da Comissão ao Diretor do Departamento Científico, até 60
(sessenta) dias antes da Sessão de Instalação da AR, para publicação no Boletim Agenda da AR.
Art. 9º - Compete ao Secretário:
I - Secretariar as reuniões da CET, redigir as Atas e os relatórios a serem apresentados aos demais membros
da Comissão e ao Diretor do Departamento Científico.
II - Auxiliar o Presidente em suas tarefas e substituí-lo em suas ausências ou impedimentos.

CAPÍTULO VI - DAS ATIVIDADES


Art. 10º - São atividades da CET:
I - Providenciar por si, ou por delegação a membros portadores do TSA, de acordo com as normas, visitas de
inspeção a Centros de Ensino e Treinamento.
Parágrafo único - A Comissão, constatando, através de vistoria, irregularidades em Centro de Ensino e Trei-
namento, deverá atender ao Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento.
II - Elaborar, aplicar e corrigir a prova nacional obrigatória dos médicos em especialização em anestesiologia
dos Centros de Ensino e Treinamento da SBA.
III - A Comissão representada por, no mínimo, um de seus membros, reunir-se-á anualmente com os Respon-
sáveis em âmbito regional, nas seguintes ocasiões:
a) JONNA, com os Responsáveis por CET das Regiões Norte e Nordeste;
b) JOSULBRA, com os Responsáveis por CET da região Sul;
c) JASB, com os Responsáveis por CET da Região Sudeste e;
d) JABC, com os Responsáveis por CET da Região Centro-Oeste.

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CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11 - Este Regimento poderá ser reformado, no seu todo ou em parte, pela Assembleia de Representan-
tes, mediante proposta:
I - Da CET.
II - Da Diretoria da Sociedade.
III - De, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos Representantes da AR.
§ 1º - As propostas deverão ser estudadas pela CERR, que emitirá parecer para a AR, no que se refere à
compatibilidade com o Estatuto e outros dispositivos legais.
§ 2º - Quando a iniciativa da reforma for da Diretoria ou da AR, a proposta deverá ser acompanhada de
parecer técnico da CET.
§ 3º - Quando a iniciativa da reforma for da CET, a proposta deverá ser encaminhada à Diretoria, para delibe-
ração, com o mínimo de cento e vinte dias de antecedência à data marcada para a Sessão de Instalação da AR
Art. 12 - Os assuntos omissos neste Regimento serão resolvidos pela CET, cabendo recurso à Diretoria.

59
09

Normas para concessão de credencial de responsável,


instrutor corresponsável, instrutor e instrutor associado de
Centro de Ensino e Treinamento

Art. 1° - Atender às exigências específicas para ser reconhecido como membro do Corpo de Instrutores de
CET/SBA, constantes do Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento.
Art. 2° - Comprovar sua regularização junto ao Conselho Regional de Medicina da Unidade da Federação
onde exerce suas atividades profissionais.
Art. 3° - Para a obtenção de credencial, deverá ser apresentado Curriculum Vitae, segundo modelo forneci-
do pela SBA, juntamente com a comprovação das atividades relatadas.
I - Identificação:
• Nome
• Data e local de nascimento
• Data e local de formatura em Medicina
• Inscrição no C.R.M.
• Identidade
• C.P.F.
• Título de Eleitor.
II - Especialização em Anestesiologia ou Estágios em Anestesiologia ou Áreas Afins - até dois pontos.
• Será computado 0,5 ponto para cada seis meses.
III - Certificado de Atuação na Área de Dor e/ou Medicina Paliativa, Título de Especialista (MEC/AMB) em
Áreas afins – até dois pontos.
• Será computado 1,0 ponto para cada título.
IV - Certificação em Cursos de Treinamento Intensivo em Protocolos Específicos em Anestesiologia ou Áreas
afins, com duração mínima de 8 horas – até um ponto.
• Será computado 0,25 ponto para cada título de cursos de 8 h.
• Será computado 0,50 ponto para cada título de cursos acima de 8 h.
V - Participação como instrutor de Cursos de Treinamento Intensivo em Protocolos Específicos em Aneste-
siologia ou Áreas afins, com duração mínima de 8 horas – até um ponto.
• Será computado 0,5 ponto para cada título de cursos de treinamento intensivos de 8 h.
• Será computado 0,75 ponto para cada título de cursos de treinamento intensivos acima de 8 h.
VI - Publicações em Periódicos ou Livros Científicos - até dois pontos. Será computado:
• 0,1 ponto para cada resumo de trabalho em publicação nacional
• 0,2 ponto para cada resumo de trabalho em publicação internacional

61
• 0,2 ponto para cada artigo ou capítulo de livro em publicação nacional
• 0,4 ponto para cada artigo ou capítulo de livro em publicação internacional, incluindo o Brazilian
Journal os Anesthesiology.
• 0,4 ponto para cada tradução ou revisão de artigo, capítulo ou livro
• 0,6 ponto para editor de livro e periódicos científicos.
VII - Frequência a Congressos, Jornadas e Simpósios relativos a área de Anestesiologia - até um ponto. Será
computado:
• 0,1 ponto para cada evento nacional, exceto o Congresso Brasileiro de Anestesiologia
• 0,2 ponto para cada evento internacional e Congresso Brasileiro de Anestesiologia.
VIII - Participação como palestrante, coordenador, moderador e afins em Mesas-Redondas, Colóquios, Sim-
pósios, Debates, Comentários, Cursos, Palestras e aulas, ou como instrutor de Cursos Teórico-Práticos
com duração inferior a 8 horas – até dois pontos. Será computado:
• 0,1 ponto para cada participação como palestrante nas atividades desenvolvidas no próprio CET ou
CET integrado – até 0,5 ponto.
• 0,1 ponto para cada participação como coordenador, moderador e afins, em evento nacional, exceto
o Congresso Brasileiro de Anestesiologia
• 0,2 ponto para cada participação como coordenador, moderador e afins em evento internacional e
Congresso Brasileiro de Anestesiologia.
• 0,2 ponto para cada participação como palestrante, em evento nacional.
• 0,3 ponto para cada participação como palestrante, em Congresso Brasileiro de Anestesiologia.
• 0,4 ponto para cada participação como palestrante em evento internacional.
IX - Membro de Banca Examinadora em áreas da saúde, incluindo os silentes dos concursos da SBA – até um
ponto.
• Para cada participação em Banca Examinadora será computado 0,25 ponto para o examinador e 0,20
para o silente.
X – Participação na elaboração de Temas Livres - até um ponto. Será computado:
• 0,2 ponto para cada apresentação nacional, exceto o Congresso Brasileiro de Anestesiologia.
• 0,4 ponto para cada apresentação internacional e Congresso Brasileiro de Anestesiologia.
XI - Membro de Sociedades Médicas filiadas à Associação Médica Brasileira, com participação nas Diretorias
ou Comissões - até um ponto.
• Será computado 0,25 ponto para cada participação.
XII - Honrarias nas Áreas Médicas relacionadas com a Anestesiologia - até meio ponto.
• Será computado 0,1 ponto para cada honraria.
XIII - Títulos de MBA (Master of Business Administration), Título European Diploma In Anaesthesiology and
Intensive Care (EDAIC), Mestre, Doutor, Pós-Doutor e Livre Docente – até cinco pontos. Será computado,
uma única vez, independente da data de sua obtenção, da seguinte forma:
• MBA Um ponto
• EDAIC Um ponto
• Mestre Dois pontos
• Doutor Três pontos
• Pós-doutorado e Livre Docente Quatro pontos
XIV - Títulos Universitários - até cinco pontos. Será computado, uma única vez, independentemente da data
de sua obtenção, da seguinte forma:
• Professor Titular Cinco pontos
• Professor Adjunto/Associado Quatro pontos
• Professor Assistente Três pontos
• Professor Auxiliar Dois pontos

62
XV - Atividade Acadêmica em Medicina, Médico-Administrativa, Chefia de Unidade, Serviço, Departamento
ou Equivalente - até um ponto.
• Será computado 0,25 ponto por cada ano de atividade.
XVI - Orientador de Trabalhos Científicos - até meio ponto.
• Será computado 0,1 ponto para cada trabalho.
XVII - Orientador de Dissertação de Mestrado ou Tese de Doutorado Científicos - até dois pontos.
• Será computado 0,25 ponto para cada dissertação de Mestrado.
• Será computado 0,5 ponto para cada Tese de Doutorado.
Art. 4° - Para obtenção e revalidação de credencial de membro do Corpo de Instrutores de CET/SBA, deverá
ser obedecida a seguinte pontuação:
I – Para Obtenção:
• Responsável nº mínimo de pontos Seis
• Instrutor Corresponsável nº mínimo de pontos Seis
• Instrutor nº mínimo de pontos Três
• Instrutor associado nº mínimo de pontos Dois
II – Para Revalidação:
• Responsável Comprovar acréscimo de dois pontos a cada cinco anos;
• Instrutor Corresponsável Comprovar acréscimo de dois pontos a cada cinco anos;
• Instrutor Comprovar acréscimo de um ponto a cada cinco anos;
• Instrutor associado Comprovar acréscimo de meio ponto a cada cinco anos.
III - Para obtenção da 1ª credencial, serão considerados os certificados de até, no máximo, 05 (cinco)
anos anteriores ao pedido, excetuando-se os de mestrado, doutorado, livre docência e dos cursos de
pós-graduação lato sensu, que não prescreverão.
IV – A mudança de credencial de Instrutor para Instrutor Corresponsável ocorrerá mediante a comprovação
de alteração de seis pontos na pontuação no Curriculum Vitae, conforme itens I e II. Para tanto poderão
ser computados os Títulos listados no inciso III deste artigo.

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10

Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento

CAPÍTULO I - DOS CENTROS DE ENSINO E TREINAMENTO


Art. 1° - Será reconhecido como Centro de Ensino e Treinamento (CET) da SBA os Serviços, Seções, Departa-
mentos e Disciplinas credenciados de acordo com as normas deste Regulamento, com o propósito de ensino
pós-graduado em Anestesiologia.
§ 1° - o grupo de portadores do TSA interessados no credenciamento, deverá organizar toda a documentação
necessária de acordo com as Normas e Regulamento dos CET/SBA, solicitando que a Direção da Instituição e/
ou Hospital, proposto como Hospital Sede, proceda o pedido de credenciamento do CET.
§ 2° - no processo de credenciamento encaminhado à SBA, deverá constar Termo de Compromisso assinado
pela direção da Instituição e/ou Hospital proposto como Hospital Sede, comprometendo-se pela criação e
manutenção do referido CET.
Art. 2º - Será concedida credencial ao Serviço, Seção, Departamento e Disciplina que:
I - Estiver adequadamente organizado, tanto em suas condições técnicas quanto em seu quadro pessoal, de
maneira a oferecer ensino de melhor padrão.
a) Demonstrando-se o interesse de um grupo de associados portadores do TSA em credenciar um CET/SBA,
deverá ser solicitado à secretaria da SBA o envio de documento contendo orientações para abertura de pro-
cesso de credenciamento.
b) Juntamente com a documentação apresentada para abertura de processo de credenciamento de CET/SBA,
deverá ser encaminhada carta de concordância da abertura do processo, assinada pelo Diretor Técnico ou
Diretor Geral da Instituição principal que abrigará o CET.
II - Possuir material clínico e equipamento, obedecendo às normas da SBA, em quantidade e diversidade su-
ficientes para capacitar os Médicos em Especialização (ME) à observação dos diferentes aspectos da prática
da Anestesiologia, nos diferentes ramos.
III - Oferecer as condições dos itens anteriores em um ou mais hospitais, de acordo com as normas estabele-
cidas, na mesma área metropolitana.
IV - Tiver em seu corpo clínico anestesiologistas estatutariamente regularizados com a SBA e Regional, porta-
dores do TSA e de credencial válida de Responsável, Instrutor Corresponsável ou Instrutor, em número nunca
inferior a três, que devem participar ativamente do ensino teórico e prático e não fazer parte do corpo de
Instrutores de outro CET.
V – Proporcionar o mínimo de 440 atos anestésicos e novecentas horas anuais de treinamento prático em anes-
tesia para cada ME, abrangendo, obrigatoriamente, procedimentos anestésicos para Cirurgia Geral, Obstetrícia,
para crianças de 0 a 12 anos e para urgência e emergência, e também, para no mínimo três das seguintes
especialidades cirúrgicas: Proctologia, Cirurgia Vascular Periférica, Ortopedia e Traumatologia, Ginecologia,
Otorrinolaringologia, Oftalmologia, Urologia, Exames Diagnósticos, Cirurgia Toracopulmonar e Neurocirurgia.
a) O controle do cumprimento das exigências mencionadas no caput V será realizado pelo preenchimento
obrigatório, pelos MEs dos formulários constantes do Sistema de Gerenciamento de Atividades Práticas –
SBA (“logbook”).
b) O preenchimento do logbook deverá ser feito obrigatoriamente todos os meses, totalizando 11 meses para
cada ano de especialização (considerando 1 mês de férias por ano de especialização), independentemente se
o número de 440 atos anestésicos e novecentas horas anuais de treinamento prático já tenham sido atingidos;

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c) O responsável pelo CET deve confirmar o preenchimento adequado do logbook, sendo a veracidade dos
dados responsabilidade pessoal e intransferível do ME.
d) O preenchimento dos dados constantes do logbook deverá ser realizado até o último dia do mês subse-
quente à data da realização do procedimento, ficando o sistema após esta data bloqueado.
e) O prazo final para preenchimento do logbook, será coincidente com a data registrada na SBA para término
do período de especialização de cada ME.
f) A Declaração de Conclusão da Especialização, passagem para categoria de membro Ativo e requerimento
do TEA, só serão possíveis àqueles que cumprirem todos os itens anteriores.
VI - Tiver cada anestesia realizada acompanhada de uma ficha ou registro em prontuário eletrônico do hospital.

CAPÍTULO II - DOS HOSPITAIS QUE CONSTITUEM OS CET


Art. 3º - Os CET podem ser constituídos por um ou mais hospitais com objetivo de realizar os atos anestésicos
previstos no inciso V, do artigo 2° deste Regulamento.
Art. 4º - Será considerado hospital-sede ou principal aquele que apresentar total ou parcialmente as seguin-
tes características:
I - Realizar grande número de anestesias para cirurgias geral e especializadas.
II - Oferecer facilidade do ensino.
III - Representar o local de maior permanência do Responsável, dos Instrutores e dos Médicos em especialização.
Art. 5º - Os demais hospitais, embora tendo condições necessárias para o ensino e treinamento, serão consi-
derados afiliados, e deverão ter em seu quadro, médico com credencial de Instrutor ou Instrutor Correspon-
sável, que se responsabilize pela orientação e supervisão do ME.
Parágrafo único - O(s) hospital(is) afiliado(s) tem(êm) por finalidade complementar a formação do ME, que
deverá se dar, prioritariamente, no Hospital Sede.

CAPÍTULO III - DO PROGRAMA DE ENSINO


Art. 6º - É exigido um período mínimo de treinamento de três anos (trinta e seis meses) em regime de dedi-
cação exclusiva, sendo concedido um mês de férias em cada ano de especialização.
Art. 7º - É permitido aos CETs realizarem intercâmbio durante o segundo e/ou terceiro ano do programa
do curso, em período não superior a dois meses por ano. As atividades realizadas neste período devem ser
registradas no logbook, seguindo as orientações do caput V do art. 2º deste regulamento.
Art. 8º - O programa, que deverá ao início do curso ser fixado em local de fácil acesso, abrangerá ensino
teórico, clínico e prático, que leve a atingir objetivos gerais e comportamentais.
§ 1° - 80 a 90% da carga horária será desenvolvida sob a forma de treinamento em serviço e 10 a 20% desti-
nada às atividades teórico-complementares.
§ 2° - O ensino teórico deverá ser ministrado em forma de aulas, seminários e reuniões semanais, entre
outras modalidades de ensino, sendo os programas distintos para ME de primeiro, segundo e terceiro anos.
§ 3° - Reuniões semanais para discussão de casos clínicos e revisão de literatura são atividades obrigatórias
para os programas dos três níveis.
Art. 9º - Objetivos gerais e comportamentais: fazer avaliação pré-anestésica do paciente e classificar seu
estado físico; usar técnicas psicológicas apropriadas e indicar e prescrever a medicação pré-anestésica ade-
quada; indicar e realizar os vários tipos de anestesia geral; indicar e realizar os vários tipos de bloqueios
anestésicos; selecionar agentes anestésicos inalatórios, venosos, locais e drogas adjuvantes, inclusive as
utilizadas no atendimento às emergências clínicas, nos procedimentos diagnósticos e terapêuticos; executar
as diferentes técnicas anestésicas, assim como conhecer os efeitos farmacocinéticos e farmacodinâmicos dos
agentes anestésicos e drogas adjuvantes; diagnosticar e tratar corretamente parada cárdio-respiratória; fazer
profilaxia e tratar a dor pós-operatória com o emprego de técnicas específicas; implementar medidas que vi-
sem a otimização dos resultados anestésico-cirúrgicos (analgesia preemptiva, profilaxia de náuseas e vômitos
etc.), ministrar anestesias para todos os tipos de procedimentos cirúrgicos, diagnósticos, propedêuticos e te-

66
rapêuticos em pacientes de diferentes riscos anestésico-cirúrgicos e de diferentes faixas etárias; diagnosticar
e tratar as eventuais intercorrências e complicações per-operatórias; diagnosticar e tratar os diversos tipos
de instabilidades hemodinâmicas; diagnosticar e tratar desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico; indicar
e realizar bloqueios diagnósticos e terapêuticos; instalar e utilizar monitores de pulso, frequência cardíaca,
eletrocardiograma, respiração, pressão arterial invasiva e não invasiva, pressão venosa central, tempera-
tura e diurese, monitorização do sistema nervoso central e utilização de estimulador de nervo periférico e
monitorização do bloqueio neuromuscular; realizar procedimentos de uso rotineiro em monitorização inva-
siva; planejar e executar projetos de pesquisa clínica ou experimental em anestesiologia; instalar e calibrar
ventiladores pulmonares; indicar e executar corretamente as modalidades de ventilação artificial; indicar e
executar com segurança os procedimentos de uso rotineiro em terapia intensiva, tais como o uso de agentes
vasoativos, inotrópicos e cronotrópicos; realizar anestesias para procedimentos diagnósticos e terapêuticos
fora do centro cirúrgico; aplicar técnicas de auto-transfusão e hemodiluição; fazer procedimentos invasivos
para monitorização per-operatória; planejar a estruturação, implantação e operacionalidade do atendimento
do consultório de pré-anestesia, e inclusive o do atendimento hospitalar.
Art. 10 – Programa Geral:
I - Pré e pós-operatório: mínimo de 10% da carga horária anual, para avaliação pré-anestésica (consultório de
avaliação pré-operatória e visita pré-anestésica), visita pós-anestésica, tratamento da dor pós-operatória e
síndromes dolorosas agudas e crônicas;
II - Unidade de terapia intensiva e anestesia para urgência e emergência: mínimo de 15% da carga horária anual;
III - Centro cirúrgico, serviços diagnósticos e terapêuticos: mínimo de 45% da carga horária anual;
IV - centro obstétrico: mínimo de 10% da carga horária anual;
V - Estágios optativos: cardiologia, pneumologia, neurologia, laboratório de patologia clínica, laboratório de
fisiologia, laboratório de farmacologia, cirurgia experimental e hemoterapia, ou outros a critério da Instituição.

CAPÍTULO IV - DO NÚMERO DE VAGAS DO CET


Art. 11 - O número máximo de médicos em especialização em cada CET será de quatro para cada médico
instrutor, devendo o cálculo para o número total de vagas contemplar a projeção de vagas dos três anos
de treinamento.
§ 1º - O médico instrutor associado não será considerado para este fim.
§ 2º - O aumento do número de médicos em especialização em cada CET será autorizado mediante anuência
da Diretoria da SBA em consonância com a análise técnica da Comissão de Ensino e Treinamento.
Art. 12 - O número de médicos em especialização em cada CET poderá ser reduzido consoante os artigos 18,
36, 40, 41 e 44 deste Regulamento.

CAPÍTULO V - DO RESPONSÁVEL PELO CET


Art. 13 - São pré-requisitos indispensáveis à outorga de credenciamento de Centro de Ensino e Treinamento
que seu Responsável seja Membro Ativo da Regional e da SBA, portador do Título Superior em Anestesiologia
há mais de dois anos, e que apresente um Curriculum Vitae que se coadune com as funções a que se propõe
exercer, devendo, obrigatoriamente, pertencer ao corpo clínico do Hospital sede.
Parágrafo único – Toda e qualquer outorga de credencial de Responsável por CET, definitiva ou temporária,
deverá ser homologada pela Diretoria da SBA, após recomendação da Comissão de Ensino e Treinamento.
Art. 14 - O Curriculum Vitae do candidato a responsável por CET será avaliado através das Normas para
Concessão de Credencial de membros de CET/SBA, elaboradas pela Comissão de Ensino e Treinamento e
aprovadas pela AR.
Art. 15 - Aos Responsáveis por CET serão outorgados certificados com validade de cinco anos, a partir da
data de emissão.
§ 1° - Os Certificados serão revalidados a cada cinco anos, segundo as normas referidas no artigo 14
deste Regulamento.

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§ 2° - Por ocasião da revalidação desta credencial, no mínimo 2/3 do corpo de Instrutores portadores do TSA
deverá referendar a permanência do atual Responsável ou indicar um novo Responsável, mediante apresen-
tação de documento subscrito.
§ 3° - Para revalidação da credencial, só serão computados títulos universitários, atividades científicas, ati-
vidades didáticas, atividades médicoadministrativas, cargos associativos, desempenhados nos últimos cinco
anos, posterior à última avaliação, excetuando-se as atividades realizadas no próprio CET.
§ 4° - Os currículos devem ser enviados à SBA até 1º de outubro de cada ano.
§ 5°- A falta de revalidação da credencial descredencia, automaticamente, o Responsável, sendo necessária
sua imediata substituição.
Art. 16 - Após credenciamento como CET da SBA, seus Responsáveis se obrigam a:
I – Propor junto à Regional e à SBA cada ME como Membro Aspirante, de acordo com as normas estabelecidas,
até 90 (noventa) dias após o início do Curso de Especialização.
§ 1° - A data limite para a aceitação das propostas será 01 de outubro de cada ano.
§ 2° - A(s) proposta(s) para membro(s) aspirante(s) enviada(s) à SBA, fora do prazo regulamentar, após 90
(noventa) dias do início do Curso de Especialização, ainda que antes de 01 de outubro, deverá(ão) ser acom-
panhada(s) da perda de pontuação no relatório anual de 1 (um) ponto para cada proposta enviada em atraso.
II - Comparecer ou enviar representante munido de documento de representação assinado pelo Responsável
do CET em questão, devendo este representante estar devidamente credenciado pela SBA (como membro do
mesmo CET) à reunião dos Responsáveis por CET com a Comissão de Ensino e Treinamento; em atenção aos
artigos 3º e 4º do Regimento da Comissão de Ensino e Treinamento.
III - Endereçar à SBA as correspondências a serem encaminhadas à Comissão de Ensino e Treinamento.
IV – Finalizar o Relatório do CET sob sua responsabilidade até o dia 01 de março.
V - Comunicar à Comissão de Ensino e Treinamento, imediatamente, através de ofício, a reprovação de Mé-
dico(s) em Especialização.
VI – No caso de solicitação de desligamento de membro do corpo de Instrutores do CET, o responsável deverá
justificar sua solicitação em documento enviado à diretoria da SBA, contendo a ciência do desligado.
Art. 17 - No prazo máximo de 30 (trinta) dias após o término do período de especialização de cada médico,
o Responsável comunicará à SBA em formulário elaborado pela Comissão de Ensino e Treinamento a con-
firmação de sua aprovação com o cumprimento do disposto no artigo 33 deste Regulamento, mencionando
a liberação ou não da emissão da Declaração de Conclusão do Curso de Especialização em Anestesiologia
contendo o endosso de dois membros do corpo de instrutores do referido CET.
Art. 18 - O não cumprimento do artigo 17 implicará na, redução proporcional do número de vagas para ME1
para o próximo período letivo.
Parágrafo único - O número de vagas de ME1 será definido pelo número de ME1 admitidos para treinamento
no ano em que não foi cumprida a exigência prevista no artigo 17, independentemente da disponibilidade de
vagas proporcional ao número de Instrutores no ano da nova admissão.
Art. 19 - A transferência de um Responsável para outro Serviço, Seção, Departamento ou Disciplina não im-
plica na transferência do credenciamento para o novo Serviço, Seção, Departamento ou Disciplina.
Art. 20 - Em caso de impedimento do Responsável, documento subscrito por dois terços dos portadores de
TSA com credencial de Instrutor ou Instrutor Corresponsável do respectivo CET, indicará dentre os instrutores
corresponsáveis, um que deverá obrigatoriamente pertencer ao corpo clínico do Hospital sede, como substi-
tuto temporário, até o término do período letivo em curso, findo o qual, o processamento de credencial do
responsável definitivo obrigatoriamente será exigido, nos termos do artigo 13 desse Regulamento.
§ 1º - Se o impedimento for menor do que cinco anos a Comissão de Ensino e Treinamento referendará o re-
credenciamento do Responsável anterior, desde que seja apresentado documento de concordância subscrito
por dois terços dos Instrutores do CET.
§ 2º - Considera-se impedimento do Responsável: a desistência voluntária do cargo, ou o não cumprimento
dos art. 13, 14, 15, 16, 17 e 21 deste Regulamento e/ou a não concordância de sua permanência no cargo,
endossada por no mínimo dois terços.

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CAPÍTULO VI - DOS INSTRUTORES DO CET
Art. 21 - Os Instrutores serão os membros do CET, portadores de credencial emitida pela SBA, mediante
comprovação da situação de membro do corpo clínico do hospital sede ou afiliado, com participação ativa e
comprovada em atividades práticas e/ou teóricas, perfazendo pelo menos 48 (quarenta e oito) horas mensais
e que se enquadram nas normas referidas no artigo 14 deste Regulamento.
§ 1º – As credenciais outorgadas pela SBA classificam-se nas seguintes categorias: Instrutor Responsável, Ins-
trutor Corresponsável, Instrutor e Instrutor Associado.
§ 2º – O Instrutor Associado será o membro do corpo de Instrutores dos CETs, não portadores do Título Su-
perior em Anestesiologia.
Art. 22 - Comprovando número de pontos igual ou superior ao exigido para o Responsável será considerado
Instrutor Corresponsável, podendo eventualmente substituí-lo.
Art. 23 – As credenciais de membros do corpo de Instrutores dos CET/SBA serão outorgadas por certificados
emitidos pela SBA, após recomendação da Comissão de Ensino e Treinamento.
Art. 24 - Os certificados terão validade de (05) cinco anos a partir da data da emissão e serão revalidados
após análise dos documentos comprobatórios das atividades realizadas neste período e recomendação da
Comissão de Ensino e Treinamento.
Art. 25 - Para revalidação das credenciais, os membros do corpo de Instrutores dos CET/SBA deverão atender
às Normas específicas vigentes, e seus currículos devem ser enviados à SBA até 1o de outubro de cada ano.

CAPÍTULO VII - DO DESCREDENCIAMENTO DO RESPONSÁVEL E INSTRUTORES DO CET


Art. 26 - A Comissão de Ensino e Treinamento deverá recomendar à Diretoria a cassação da credencial de
membros do corpo de Instrutores dos CET/SBA, sempre que o portador da referida credencial incorra em
atos ou ações que estejam em desacordo com o artigo 2º, inciso III do Estatuto e/ou com o Regulamento dos
Centros de Ensino e Treinamento.
Parágrafo único - A cassação de credencial de acordo com o artigo 26 impede, automaticamente, a perma-
nência no corpo clínico de qualquer CET da SBA.

CAPÍTULO VIII - DOS MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO


Art. 27 – A condição de Membro Aspirante será mantida apenas durante o período de especialização, após
cumprirem as seguintes exigências:
I - Propor junto à Regional e SBA, cada ME como Membro Aspirante, de acordo com as normas estabelecidas,
até 90 (noventa) dias após o início do Curso de Especialização. O documento final de cadastramento de novos
membros Aspirantes deverá ser assinado pelo Responsável do CET em questão e pelo Médico em Especializa-
ção e encaminhado para a SBA.
II - Comprovar filiação e quitação da anuidade do ano em curso, na SBA e Regional onde está realizando treinamento.
III - Comprovar sua regularização junto ao Conselho Regional de Medicina da Unidade da Federação onde está
realizando a especialização.
IV - No segundo e terceiro ano do curso de especialização, após o vencimento da anuidade - 30/abril, os
membros Aspirantes terão como data limite para quitação da anuidade o dia 01 de outubro de cada ano,
conforme normas vigentes.
a) O ME2 ou ME3 que não quitar a anuidade até o prazo constante no inciso IV, será considerado pela SBA
como desligado do Centro de Ensino e Treinamento, não estando apto a realizar a prova nacional para mé-
dicos em especialização.
Art. 28 - Ficam autorizadas as transferências de médicos em especialização de um CET para outro, em
razão de:
I - Solicitação do próprio ME a partir do segundo ano de Especialização e será concedida uma única vez, nas
seguintes situações:

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a) Quando tratar-se de servidor público civil ou militar de qualquer poder da União, dos Estados ou dos Mu-
nicípios deslocados no interesse da Administração, podendo abranger cônjuge ou companheiro removido;
b) Por motivo de saúde pessoal ou do cônjuge, companheiro, genitor ou dependente que viva às suas expen-
sas, condicionada à comprovação por atestado médico, constando o diagnóstico pela Classificação Interna-
cional de Doenças (CID).
II - Descredenciamento da instituição pela CET ou cancelamento do programa pela instituição ministradora
cabe à Comissão de CET a escolha de outro CET que contenha vaga disponível, podendo o tempo já cumprido
ser considerado.
Art. 29 - São exigidas as seguintes condutas pelo ME durante todo o período da especialização, sob pena de
ser desligado do CET no qual estiver realizando a especialização:
I - Apresentar-se com pontualidade para as atividades práticas e teóricas a fim de cumprir 60 (sessenta) horas
semanais da especialização, de acordo com o cronograma da instituição em que estiver realizando as suas
atividades como ME;
II - Manter o decoro nos ambientes de trabalho, pautando suas condutas de acordo com os preceitos inscul-
pidos no Código de Ética Médica;
III - Praticar os atos anestésicos segundo as normativas vigentes do Conselho Federal de Medicina e os proto-
colos da instituição na qual esteja realizando a especialização.
IV - Não apresentar evidência de transtornos psicológicos ou psiquiátricos que comprometam a segurança do
paciente e/ou do próprio ME;
a) o responsável pelo CET poderá solicitar as avaliações/exames pertinentes que se fizerem necessários, de-
vendo o ME ser afastado temporariamente até que o mesmo possa comprovar a sua completa recuperação,
por meio de laudos emitidos por médicos especialistas.
V - Não utilizar com fins recreativos qualquer tipo de droga psicoativa, lícita ou ilícita, no ambiente hospita-
lar, nem estar sob o seu efeito durante as atividades do CET.
a) A qualquer momento, durante o período de especialização, poderão ser solicitados exames toxicológicos e/
ou avaliações psicológicas dos ME’s de forma aleatória ou direcionada em casos de suspeição de drogadição.
b) Ficando comprovado o uso recreativo de drogas psicoativas, o ME será afastado temporariamente para
tratamento médico, até que o mesmo possa comprovar a sua completa recuperação, por meio de laudos
emitidos por médicos especialistas indicados pela SBA.
c) Em caso de comprovada reincidência de drogadição, o ME será desligado definitivamente do CET, impedido
de readmissão nos quadros da SBA. O fato deverá ser comunicado ao Conselho Regional de Medicina.
Art. 30 - O ME que solicitar desligamento ou for desligado de um CET poderá continuar o curso com opção
para outro CET, mediante concordância da Comissão de Ensino e Treinamento, e podendo o tempo já cum-
prido ser considerado.
Art. 31 - Chegando ao conhecimento da Comissão de Ensino e Treinamento a prática de conduta, pelo ME,
contrária ao previsto no Art. 29 deste Regulamento, deve ser instaurado procedimento administrativo que
observará as seguintes exigências:
I - Todos os atos ou ações que estejam em desacordo com este Regulamento deverão ser documentados;
II - Deverá ser garantido ao ME o conhecimento, prévio à defesa, de toda a documentação comprobatória
da(s) infração(ões), mediante a coleta de assinatura de ciência do mesmo;
III - Deverá ser garantida oportunidade de ampla defesa ao ME, a qual será apresentada por escrito, no
prazo fixado pelo responsável pelo CET, que terá início na data em que o ME tiver tomado ciência do pro-
cedimento administrativo;
IV - Será garantido ao ME a apresentação de provas, desde que todas estejam reduzidas a termo (a prova teste-
munhal deverá se dar por meio de declarações com identificação completa da testemunha e firma reconhecida).
V - Caberá ao responsável pelo CET instruir e julgar o procedimento administrativo, sendo que somente após
a conclusão do mesmo, e comprovada a necessidade de afastamento definitivo do ME, será solicitado à SBA,
pelo Responsável, o desligamento do referido ME, mediante apresentação de cópia do procedimento admi-
nistrativo, acompanhado de toda documentação pertinente;

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VI - A análise desta solicitação de desligamento será realizada pela Comissão de Ensino e Treinamento, que emi-
tirá parecer técnico opinativo sobre o desligamento, o qual será direcionado à diretoria, para deliberação final.
Art. 32 - É vedado ao ME, praticar anestesia sem a supervisão direta de um anestesiologista, no Hospital
Sede, afiliado(s) de um CET ou qualquer outra unidade assistencial em saúde.
Parágrafo único: O descumprimento deste artigo ensejará a instauração de procedimento administrativo,
nos moldes previstos no Art. 31.
Art. 33 - Serão resguardados os seguintes direitos aos ME:
I - Direito ao afastamento para tratamento de saúde;
a) deverá haver comunicação ao responsável pelo CET, bem como comprovação do motivo do afastamento
por meio de documentos, atestado médico e/ou outros, os quais deverão ser mantidos arquivados para con-
sulta durante todo o período da especialização.
b) implicará na prorrogação do período de especialização pela mesma quantidade de dias em que permane-
ceu afastado, para que sejam completados os 36 (trinta e seis) meses de especialização.
II - Direito de afastamento pelo período de licença maternidade com reposição do número de dias afastada;
Parágrafo único – A comunicação imediata dos afastamentos e interrupções do curso de especialização à SBA
é atribuição do Responsável pelo CET, sob pena de responsabilizar-se pessoalmente por eventuais prejuízos
causados ao ME.

CAPÍTULO IX - DA AVALIAÇÃO DOS MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO


Art. 34 - A avaliação da obtenção dos objetivos definidos será feita por:
I - Provas trimestrais de caráter obrigatório que abranjam a matéria abordada no decorrer do período.
§ 1°- A prova anual elaborada pela Comissão de Ensino e Treinamento da SBA é obrigatória.
§ 2° - Somente poderá realizar a prova anual o ME que estiver devidamente regularizado com suas obrigações
estatutárias e regulamentares, até o dia 1º de outubro de cada ano.
§ 3° - O ME que não se submeter à prova anual elaborada pela Comissão de Ensino e Treinamento da SBA,
sem justificativa aceita por esta Comissão, será reprovado.
§ 4° - o ME que não se submeter à prova anual, por motivo de força maior, poderá através do Responsável
pelo CET que está cursando, solicitar a realização de prova substitutiva, com envio à SBA de documentação
original pertinente;
§ 5° - a CET analisará os documentos, e, se deferido, enviará à Diretoria da SBA para homologação;
§ 6° - não serão consideradas justificativas relacionadas a estágios no exterior, datas comemorativas ou co-
modidades pessoais;
§ 7° - a solicitação da prova substitutiva deverá ser realizada até 10 (dez) dias após a data de aplicação da
prova nacional para médicos em especialização.
§ 8° - após homologação do pedido, a prova substitutiva deverá ser aplicada durante o mês de janeiro do ano
subsequente à prova nacional, na cidade do Rio de Janeiro, e o comparecimento do médico em especializa-
ção não terá ônus para a SBA.
II - Contato diário com o ME, observando-se:
a) Hábitos de trabalho, pontualidade, organização, cortesia, aparência pessoal e cuidados com o instrumental
de trabalho, relacionamento com auxiliares, colegas, docentes e pacientes.
b) Habilidades psicomotoras demonstradas durante as atividades no desenrolar da especialização.
c) Interesse pelos conhecimentos adquiridos, demonstrado através de novas atitudes assumidas, de sua atua-
ção ou desempenho.
III - Preparo e apresentação de trabalho de revisão ou de pesquisa (clínica ou experimental) durante o perío-
do de especialização, na qualidade de autor ou coautor do trabalho;
IV - Ensaios clínicos/experimentais, revisões sistemáticas e metanálises podem contemplar até 3 autores e os
demais tipos de trabalhos apenas um autor.

71
V - Os trabalhos de conclusão obedecerão aos critérios abaixo descritos, sendo necessário atingir a pontua-
ção mínima de 50 pontos para sua aprovação.
Critérios de avaliação do trabalho de conclusão:
1) TIPO DE TRABALHO (30 pontos)
a. Ensaio clínico randomizado (100%)
b. Revisão sistemática (80%)
c. Metanálise (70%)
d. Estudos observacionais, caso-controle e coortes (60%)
e. Série de casos e/ou revisão narrativa (50%)
f. Relato de caso (30%)
2) MÉRITO (30 pontos)
a. Alta relevância ou inovação para a especialidade (100%)
b. Relevante ou interessante para a especialidade (70%)
c. Pouco relevante ou não inovador para a especialidade (40%)
d. Não relevante para a especialidade (0%)
3) AVALIAÇÃO METODOLÓGICA (20 pontos) para os trabalhos do tipo: ensaio clínico, revisão sistemática,
estudos observacionais, caso-controle e coortes.
a. A metodologia empregada está correta (50%)
b. A conclusão é sustentada pelos resultados do trabalho (50%)
4) REDAÇÃO E ESTRUTURA (20 pontos)
a. Clara e concisa, sem erros de português (50%)
b. Discussão completa e adequada do mérito proposto (50%).
Art. 35 - A avaliação da obtenção dos objetivos definidos será feita por:
I - Provas trimestrais de caráter obrigatório com conteúdo da matéria abordada no decorrer do período.
II - Prova anual elaborada pela Comissão de Ensino e Treinamento da SBA, de caráter obrigatório.
III – Em cada ano do Curso de Especialização o ME deverá obter média mínima para aprovação igual a 6,0
(seis). A nota final de cada ano letivo será assim calculada: a média aritmética das notas das 04 (quatro) ava-
liações trimestrais realizadas pelo CET (incluindo as provas teóricas e as avaliações comportamentais) será
somada à nota obtida pelo ME na prova anual elaborada pela Comissão de Ensino e Treinamento da SBA. O
resultado desta soma será dividido por dois.
§ 1° - Somente poderá realizar a prova anual o ME que estiver devidamente regularizado com suas obrigações
estatutárias e regulamentares, até o dia 1º de outubro de cada ano.
§ 2° - O ME que não se submeter à prova anual elaborada pela Comissão de Ensino e Treinamento da SBA,
sem justificativa aceita por esta Comissão, será reprovado.
§ 3° - Quando a licença maternidade coincidir com a data da Prova Nacional, a ME terá a opção de realizá-la,
mantendo-se a prova com questões objetivas, em data, local e horário a serem definidos pela SBA.
§ 4º - O ME que não se submeter à prova anual por motivo de força maior, poderá, por meio do Responsável
pelo CET que está cursando, solicitar a realização de prova substitutiva, na data estabelecida pela SBA, após
envio de documentação original pertinente;
§ 5° - A CET analisará os documentos, e, se comprovado o impedimento, deferirá o pedido e enviará à Dire-
toria da SBA para homologação.
Art. 36 - Ao final do Curso de Especialização, após a comunicação oficial do Responsável pelo CET de origem
à Secretaria da SBA, de que o ME entregou e apresentou o trabalho de conclusão em reunião clínica no CET,
tendo sido aprovado, o ME receberá da SBA uma Declaração de Conclusão do Curso de Especialização em
Anestesiologia. Esta o tornará apto a requerer o Título de Especialista em Anestesiologia, emitido pela SBA,
conjuntamente com a Associação Médica Brasileira.

72
§ 1° - A mudança de categoria de membro aspirante para membro Ativo será homologada após a emissão da
Declaração de Conclusão do Curso de Especialização em Anestesiologia. A manutenção nesta categoria se
dará após a efetivação do pagamento da anuidade do ano em curso, consoante o artigo 9º, parágrafo único
do Regulamento da Admissão de Sócios.
§ 2º - O ME que for aprovado, porém não apresentar em reunião clínica no CET e entregar o trabalho de
conclusão ao responsável pelo CET até o término do período de especialização, não estará apto a receber a
Declaração de Conclusão do Curso de Especialização em Anestesiologia.
a) O trabalho de conclusão entregue ao responsável pelo CET após o término do período de especialização
deverá ser encaminhado à Secretaria da SBA que o submeterá, através do Diretor do Departamento Científi-
co, à aprovação da Comissão de Ensino e Treinamento para que seja emitida a Declaração de Conclusão do
Curso de Especialização em Anestesiologia.
b) o prazo máximo para o envio do TCC à Secretaria da SBA será até 01 de março de cada ano, cabendo à
CET analisar e deliberar até o final do ano vigente.
§ 3º - Se reprovado, o ME deverá repetir integralmente o período ao qual correspondeu a avaliação (1º, 2º ou
3º ano), tendo opção para transferir-se para outro CET, de acordo com o artigo 31 deste regulamento.
§ 4º - O ME somente poderá ser reprovado uma vez em cada período (1º, 2º ou 3º ano) do Curso de Especialização.
§ 5º - Se o ME repetir o curso referente ao período em que foi reprovado (1º, 2º ou 3º ano) em outro CET,
prevalecerá o que está estabelecido no § 4º.
§ 6º - Havendo reprovação do ME, o Responsável deverá comunicar à Comissão de Ensino e Treinamento,
imediatamente, através de ofício.

CAPÍTULO X - DO RELATÓRIO DO CET


Art. 37 - O Responsável pelo CET finalizará anualmente o relatório até 01 de março, em área reservada para
esta finalidade no site da SBA.
§ 1° - Ao CET que não enviar relatório dentro do prazo regulamentar, será cobrada multa igual a duas anui-
dades de membro ativo.
§ 2° - Esta multa deverá ser quitada até 30 dias antes da realização da Prova Nacional de ME.
§ 3° - Em caso de reincidência no período de 5 anos, a multa prevista no parágrafo 1º dobrará e haverá redu-
ção de 50% (cinquenta por cento) do número de vagas para Médicos em Especialização de 1º ano (ME1) para
o próximo período letivo, podendo a Comissão de Ensino e Treinamento recomendar à Diretoria revogação do
credenciamento, respeitado o disposto no artigo 51 deste Regulamento.
Art. 38 - De acordo com a conclusão da Comissão de Ensino e Treinamento, após exame dos relatórios envia-
dos, a Diretoria poderá revogar a concessão do credenciamento de qualquer Centro de Ensino e Treinamento.

CAPÍTULO XI - DA CONCEITUAÇÃO DO CET


Art. 39 - O Centro de Ensino e Treinamento será conceituado, anualmente, de acordo com as normas para
conceituação dos CET.
Art. 40 - A Comissão de Ensino e Treinamento deverá informar a conceituação do CET até o dia 30 de se-
tembro do ano em curso.
Art. 41 - O CET que, de acordo com as Normas para Conceituação dos CET, obtiver conceito inferior a 25%
(vinte e cinco por cento) do total de pontos, será penalizado com redução de 50% (cinquenta por cento) do
número de vagas para ME1 no próximo período letivo, após análise do relatório e conceituação final do CET.
Parágrafo único - O número de vagas de ME1 será definido pelo número de ME admitidos para treinamento
no ano em que a conceituação foi realizada.
Art. 42 - Se no ano seguinte houver reincidência do mesmo tipo de conceituação será obedecido o seguin-
te critério:
I - Primeira reincidência: Redução de 100% (cem por cento) no número de vagas para ME1 no próximo
período letivo.

73
II - Segunda reincidência: Recomendar o descredenciamento do CET.

CAPÍTULO XII - DAS VISTORIAS AO CET


Art. 43 - Os CET serão auditados, periodicamente, pela SBA com objetivo de verificação do cumprimento
deste regulamento e das normas aplicáveis. Esta auditoria constará da solicitação de preenchimento e enca-
minhamento de documentação em formulários próprios.
Parágrafo único - Os resultados das auditorias poderão justificar vistorias dos CET pela Comissão de Ensino
e Treinamento, cujas despesas correrão por conta da SBA, na verba destinada ao orçamento desta comissão.
Art. 44 - A Comissão de Ensino e Treinamento representada por, no mínimo, dois de seus membros, após
realizar vistoria em CET, deverá apresentar à Diretoria relatório detalhado da situação do CET, e emitir pa-
recer, nos seguintes termos:
I - Manter o credenciamento do CET.
II - Manter o credenciamento do CET, com redução de 50% (cinquenta por cento) do número de vagas para
ME1 para o próximo período letivo.
III - Manter o credenciamento do CET, com redução de 100% (cem por cento) do número de vagas para ME1
para o próximo período letivo.
IV – Descredenciar o CET.
§ 1° - A Diretoria deliberará quanto à decisão a ser tomada baseada no relatório da CET.
§ 2° - O número de vagas de ME1, será definido pelo número de ME admitidos para treinamento, no ano em
que a vistoria foi realizada.
Art. 45 - Quando for mantido o credenciamento, com redução parcial ou total do número de vagas para ME1,
nova vistoria deverá ser realizada no 3º trimestre do ano seguinte.
Art. 46 - O relatório e o parecer da Comissão de Ensino e Treinamento serão apreciados na primeira reunião
de Diretoria, após a entrega do mesmo.
Parágrafo único - A decisão será comunicada à Comissão, ao CET e aos ME do CET em questão, em até 15 dias.
Art. 47 - A solicitação de credenciamento de hospital afiliado implicará no envio de documentação compro-
batória da concordância do diretor clínico da instituição e de relatório detalhando a estrutura disponível,
bem como tipos e números de procedimentos cirúrgicos da instituição nos últimos seis meses que antecede-
ram a solicitação de credenciamento.
§ 1° - Pode ser demandada a realização de vistoria no CET solicitante, a critério da Diretoria, após parecer
da Comissão de Ensino e Treinamento.
§ 2° - As despesas decorrentes desta vistoria, caso necessárias, correrão por conta do solicitante.

CAPÍTULO XIII - DO CREDENCIAMENTO DE CET


Art. 48 - Para obter credencial para funcionar como CET, o Serviço, Seção, Departamento ou Disciplina será
representado por seu Responsável, que solicitará, por escrito o credenciamento à Comissão de Ensino e Trei-
namento, anexando as seguintes informações:
I - Nome do CET e endereço.
II - Nome do Responsável e Curriculum Vitae.
III - Descrição do hospital sede e do(s) afiliado(s).
a) Número de leitos.
b) Número de especialidades, especificando-as.
c) Número de leitos cirúrgicos e salas de operações.
d) Biblioteca.
e) Número de cirurgias mensais.

74
f) Número de técnicas de anestesia mensais.
IV - Programa que propõe.
V - Número de vagas que pretende.
Art. 49 - Estas informações serão apreciadas pela Comissão, que poderá considerá-las suficientes ou solicitar
maiores detalhes.
Art. 50 - Consideradas satisfatórias as informações básicas iniciais, a Comissão de Ensino e Treinamento,
com participação mínima de dois de seus membros, realizará vistoria ao Serviço, Seção, Departamento ou
Disciplina, a fim de comprovar, in loco, as condições de seu funcionamento e avaliar o constante no artigo 2°,
incisos II e III deste Regulamento.
§ 1° - As vistorias far-se-ão, obrigatoriamente, dentro de um período de 6 meses a partir da comunicação aos
solicitantes, por parte da Comissão de Ensino e Treinamento, da suficiência de informações básicas essenciais
e dos vistoriadores designados.
§ 2° - As despesas decorrentes desse exame in loco correrão por conta do solicitador.
§ 3° - A Comissão de Ensino e Treinamento concluirá se a entidade solicitante preenche as condições exigidas
por este Regulamento, propondo à Diretoria que conceda ou não as credenciais solicitadas.

CAPÍTULO XIV - DO DESCREDENCIAMENTO DO CET


Art. 51 - O não aproveitamento de vagas em três anos consecutivos será razão para descredenciamento do CET.
Art. 52 - O credenciamento será revogado sempre que o CET deixe de cumprir os requisitos essenciais deste
Regulamento.
Art. 53 - É direito do responsável pelo Centro descredenciado o recurso por escrito, no prazo máximo de
trinta dias.
Parágrafo único - O recurso será julgado na presença do responsável, em audiência, com os componentes da
Comissão de Ensino e Treinamento, que serão convocados extraordinariamente para esse fim, em local por
ela designado.
Art. 54 - O Centro de Ensino e Treinamento, cuja concessão tenha sido revogada, poderá solicitar novo cre-
denciamento, após decorridos 36(trinta e seis) meses da data da revogação do credenciamento.

CAPÍTULO XV - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 55 - Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão de Ensino e Treinamento, cabendo recurso à
Diretoria.
Art. 56 - Este Regulamento poderá ser reformado, no seu todo ou em parte, pela Assembleia de Represen-
tantes, por proposta:
I - Da Comissão de Ensino e Treinamento.
II - Da Diretoria da SBA.
III - De, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos Representantes da AR.
Art. 57 - Quando a iniciativa da reforma for da Comissão de Ensino e Treinamento, a proposta deverá ser
encaminhada à Diretoria, para deliberação, com o mínimo de cento e vinte dias de antecedência à data
marcada para a Sessão de Instalação da AR.
Art. 58 - Quando a iniciativa da reforma for da Diretoria ou da AR, a proposta deverá ser acompanhada de
parecer técnico da Comissão de Ensino e Treinamento.
Art. 59 - As propostas deverão ser estudadas pela CERR, que emitirá parecer para a AR, no que se refere à
compatibilidade com o Estatuto e outros dispositivos legais.

75
11

Formulários dos Centros de Ensino e Treinamento

LISTA DE FORMULÁRIOS DA CET

• 0045 Comunicado de situação do Médico em Especialização após o término do Curso


• 0097 Registro provisório de procedimentos e complicações
• 0125 Comunicado de Reprovação do Médico em Especialização
• 0133 Comunicado de Paralisação do Médico em Especialização
• 0135 Comunicado de Desligamento do Médico em Especialização
• 0181 Comunicado de Desistência da Especialização pelo Médico em Especialização
• 0184 Comunicado de Transferência de Médico em Especialização

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

C O M U N I C A DO DE S I T U A Ç Ã O DO M É D IC O E M E S P E C I A L I ZA Ç Ã O
A P Ó S O T É RM IN O DO C U RS O

CET: nº CET:

Responsável:

Nos termos dos artigos 17, 34 e 35 do Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia, comunico à Diretoria da SBA que o(a):
Dr.(a): Matr.SBA:
CPF: (preenchimento obrigatório para requerimento do TEA)

Concluiu o período de Especialização neste CET e que encontra-se:

Aprovado nas avaliações realizadas no CET, e apresentou o trabalho intitulado:

Não apresentou o trabalho de conclusão no período regulamentar da especialização.


Aprovado nas avaliações realizadas no CET.

Local e Data

Assinatura e matrícula do Responsável pelo CET


(Matr./SBA: )

Endosso Instrutores conforme art.17 do Regulamento dos CET (pág.3)

(assinatura) (assinatura)

(nome legível e matr./SBA) (nome legível e matr./SBA)

0045 Comunicado de situação do Médico em Especialização após o término do Curso

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REQUERIMENTO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA
EM ANESTESIOLOGIA (TEA)

NOME: MATR./SBA:

NOME PELO QUAL É CONHECIDO(A):

NASC.: CPF: CRM: UF:

INSTITUIÇÃO/PRINCIPAL ONDE TRABALHA:

CIDADE: ESTADO:

FACULDADE:

ANO DE FORMATURA:

ORIGEM: NOME CET:

DE: ATÉ:

ENDEREÇO:

COMPL. ENDEREÇO:

BAIRRO: CAIXA POSTAL:

CIDADE: ESTADO:

PAÍS: CEP:

TEL1: TEL2: CELULAR:

WHATSAPP:

E-MAIL:

REGIONAL A QUAL PERMANECERÁ FILIADO  CONFIRMO


 ALTERAR REGIONAL PARA:

ASSINATURA DO REQUERENTE:

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PROCESSO DE EMISSÃO DO TEA:


1. Preencher, assinar, digitalizar e encaminhar esta ficha cadastral para o e-mail – cets@sbahq.org com o seguinte assunto: requerimento do TEA.
2. Ao receber esta autorização, a SBA registrará em sistema desenvolvido pela AMB, requerimento de emissão do seu título de especialista, necessário
para registro de sua especialidade em órgão competente.
3. No ato do requerimento no site da AMB, será emitido por ela, boleto nominal para pagamento da confecção do seu título.
4. Ao executar esta atividade, a SBA encaminhará para o seu e-mail o boleto pertinente ao pagamento da confecção do título, juntamente com um
comprovante de requerimento de emissão.
5. Dois dias úteis após a quitação do boleto, o recibo estará a sua disposição para impressão através do site específico.
6. A SBA encaminhará seu LOGIN e SENHA para que V.Sa. possa acompanhar todo o processo de emissão do título.
7. Caso perca o prazo para pagamento do boleto, deverá realizar acesso ao site da AMB, com os dados descritos no item 6, e proceder a reimpressão
do boleto.
8. ATENÇÂO! A AMB só inicia o processo de confecção do TEA, após receber o pagamento do boleto em sua conta bancária.
9. O prazo para recebimento do TEA pelos requerentes, estipulado pela AMB é de 120 dias.
10. Os dados fornecidos acima serão cadastrados no momento do requerimento do TEA. A AMB não se responsabilizará por dados incorretos.

0045 Comunicado de situação do Médico em Especialização após o término do Curso

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA
COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

FORMULÁRIO PARA REGISTRO PROVISÓRIO DE PROCEDIMENTOS E COMPLICAÇÕES


LOGBOOK
ANESTESIA
Paciente:
Data: Hora do início da anestesia:
Faixa etária: Neonato (até 30 dias) Adulto (18 – 65 anos) Adolescente (13-18 anos)
Lactente (31 dias - 2 anos incompletos) Idoso (65 – 85 anos)
Criança (2 – 12 anos) Muito idoso ( > acima de 85 anos)
Sexo: Masculino Feminino Visita pré-anestésica: Sim Não
Estado físico:
Co-morbidades (se estado físico maior que 1): Cardíaca Pulmonar SNC Renal
GI Hepática Multi-sistêmica Outras
Regime de internação: Ambulatorial Internado Regime de atendimento: Eletivo Urgência/emergência
Especialidade:
Porte cirúrgico: Pequeno Médio Grande
Técnica anestésica: Geral Regional Combinada geral + regional

COMPLICAÇÕES
Procedimento:
Sistema Respiratório Extubação acidental Reintubação não planejada Via aérea difícil (VAD) não reconhecida
(via aérea/ pulmonar) Trauma dentário Aspiração pulmonar perioperatória
Reação transfusional perioperatória - RPA Anafilaxia
Materiais/ Medicamentos/
Equipamentos/ Transfusão Queixa técnica (medicamentos/ materiais/ equipamentos) Toxicidade por anestésico local
Ocorrência relacionada a medicamentos (erro dispensação/ administração)
Infarto agudo miocárdico no perioperatório Parada cardíaca no período perioperatório
Sistema Cardiovascular
Óbito no período perioperatório
Déficit neurológico periférico perioperatório Bloqueio espinhal alto acidental
Sistema Nervoso Hematoma epidural após bloqueio regional Consciência intra-operatória
Complicação de Sistema Nervoso Central perioperatória (AVC/ Coma)
Paciente errado Hipotermia Acidental Anestesia errada (local/ técnica)
Outros incidentes Hipertermia Maligna Cirurgia errada (local/ procedimento)
Complicação decorrente de acesso vascular Perda/ Déficit visual após anestesia
Admissão à UTI/ Semi-intensiva não planejada (causa anestésica) Cefaléia pós-punção dural
Recuperação Pós-Anestésica/
Infecção após anestesia regional/ periférica Dor com controle inadequado
Período Pós-Anestésico
Náuseas/ vômitos de difícil controle

Sua relação com o evento adverso: Anestesista principal Anestesista auxiliar Residente de anestesia Observador do caso
Residentes participaram deste procedimento anestésico? sim não
A cirurgia/ procedimento foi suspensa (o)? sim não
Hora aproximada da ocorrência:
Local da ocorrência: Sala de indução Sala operatória Sala de RPA Fora do centro cirúrgico
Após medicação pré-anestésica Antes da indução anestésica Durante indução anestésica
Momento do Incidente: Na manutenção da anestesia Durante o despertar Até 12h após a indução da anestesia
12 - 24h após a indução da anestesia 24-48h após a indução da anestesia > 48h após a indução da anestesia
Horário do Incidente: (07 às 13h) (13 às 19h) (19 às 07h)
Dia do incidente: Dia da semana Final de semana Feriado
< 1 minuto 1 a 5 minutos 5 minutos a 1h 1 a 12h
Tempo de detecção
12-24h 24-48h >48h

0097 Registro provisório de procedimentos e complicações FRENTE

80
Método de Detecção do Incidente: Checagem de rotina Checagem visual Detecção casual Monitores
Evento evitável? Não (imprevisível) Não (condição clínica) Sim
Nexo causal com anestesia? Não (cirúrgica) Não (condição clinica - paciente grave) Não (falha na estrutura/ materiais) Sim

O tempo de internação foi prolongado devido a ocorrência? Sim Não

Encaminhamento do paciente no pós-operatório: RPA Unidade de internação UTI Semi intensiva

Admissão não planejada na UTI? Sim Não

Espontânea (sem necessidade de intervenção/ medicamentos) Necessidade de admissão em unidade crítica (UTI)
Evolução do Paciente (Resolução)
Com necessidade de tratamentos/ medicamentos Sem resolução
Desfecho Sem sequelas e sem queixas Com sequela permanente Óbito

BLOQUEIOS
Procedimento:
Agulha:
Calibre:
Nº de punções na pele:
Refluxo de liquor Perda de resistência com solução salina Perda de resistência com ar Gota pendente
Técnicas de identificação:
Parestesia intencional Click fascial Estimulador de nervo Nenhuma Ultrassom

Cateter?:
Anestésico:
Dificuldades técnicas: Anatomia imprecisa Posicionamento inadequado

Complicações:
Instrutor presente:
Falha parcial resolvida com administração de opióide Anestesia completa
Resultado: Falha parcial – necessitou anestesia geral Não consegui realizar
Falha total – necessitou anestesia geral/novo bloqueio

ACESSOS VASCULARES
Procedimento:

Técnica: Cateter sobre agulha Cateter através da agulha Seldinger Agulha hipodérmica Ultrassom

No de tentativas (punções da pele):

Resultado: Sucesso na punção ou cateterismo Não consegui Procedimento realizado pelo instrutor ou outro

Dificuldades técnicas: Anatomia imprecisa Posicionamento inadequado

Complicações:

Instrutor presente: Sim Não

PROCEDIMENTOS SOBRE VIAS AÉREAS


Procedimento:
Sucesso – ausculta Sucesso – capnometria Sucesso – ausculta+capnometria
Resultado:
Não consegui - instrutor realizou procedimento Intubação impossível

Nº de tentativas (introduções do dispositivo orofaringe):


Nenhuma Malampatti > 2 Abertura de boca limitada Distância tireo-mental curta
Pescoço curto Circunferência cervical > 50 cm Dentes protrusos Palato ogival
Dificuldades anatômicas:
Pierre Robin Outras deformidades/tumores/abscessos/retrações Mau posicionamento
Relaxamento muscular inadequado/inexistente

Lesão de dentes Lesão de mucosa Intubação esofágica não diagnosticada Hipoxemia


Complicações:
Arritmias cardíacas

Instrutor presente: Sim Não

OBS: os registros constantes neste formulário deverão ser digitados no logbookSBA tão logo obtenha seu número de matrícula e acesso à área
de sócios do portal SBA (www.sba.com.br/logbook)
0097 Registro provisório de procedimentos e complicações FRENTE

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

CO MU NI C AD O D E R EP R O V AÇ Ã O D O M ÉDI C O E M E SP ECI A LI ZAÇ Ã O

CET: nº CET:

Responsável:

Nos termos do artigo 35 - §3º, §4º,§5º e §6º do Regulamento dos Centros de Ensino e
Treinamento da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, comunico a reprovação do médico em
especialização cursando o CET sob minha responsabilidade:

Dr.(a):

CPF: Matrícula:

REPROVADO
Período cursado na ocorrência de reprovação: ME1 ME2 ME3

O(A) ME reprovado(a) repetirá o ano no próprio CET? Sim Não


Prazo para cumprimento da reprovação: de até
Data do término da especialização corrigida para:

Local e Data

Assinatura e matrícula do Responsável pelo CET


(Matr./SBA: )

Endosso Instrutores conforme art.17 do Regulamento dos CET (pág.3)

(assinatura) (assinatura)

(nome legível e matr./SBA) (nome legível e matr./SBA)

0125 Comunicado de Reprovação do Médico em Especialização

82
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

COMUNICADO DE PARALISAÇÃO DO MÉDICO


EM ESPECIALIZAÇÃO

CET:

Responsável:

Nos termos do Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento da Sociedade Brasileira de


Anestesiologia, comunico a paralisação do médico em especialização cursando o CET sob
minha responsabilidade:

Dr.(a): CPF:

Licença Maternidade
Doença
Atividade Militar

Data inicial da paralisação: Data Final da paralisação:

Data do término da especialização alterada para(já com o acréscimo):

Obs.:

Caso esteja paralisado na data da prova nacional, realizará a prova mesmo assim?
SIM NÃO

Local e Data

Assinatura do Responsável pelo CET

0133 Comunicado de Paralisação do Médico em Especialização

83
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

CO MU NI CAD O D E D ES L IG AM E NT O D O M ÉDI C O
E M E SP ECI A LI ZAÇ Ã O

CET:

Responsável:

Nos termos do art.29 e alíneas do Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento da


Sociedade Brasileira de Anestesiologia, comunico o desligamento do(a) médico(a) em
especialização cursando o CET sob minha responsabilidade. Motivo: atos ou ações que estejam
em desacordo com o Regulamento dos CET.

Dr.(a): CPF:

Declaro cumprimento das seguintes exigências:


a) Todos os atos ou ações que estejam em desacordo com este Regulamento deverão ser documentados;

b) Deverá ser do conhecimento do ME a documentação comprobatória da(s) infração(ões), mediante assinatura de ciência;

c) Deverá ser concedida oportunidade da ampla defesa ao ME, a qual será apresentada por escrito;

d) Havendo abertura de processo administrativo, após conclusão do mesmo, será solicitado à SBA pelo Responsável o
desligamento do referido ME, mediante apresentação de cópia do processo administrativo, acompanhado de toda
documentação pertinente;

e) A análise desta solicitação de desligamento, será realizada pela Comissão de Ensino e Treinamento que emitirá parecer
técnico sobre o assunto à diretoria, para deliberação.

Local e Data

Assinatura do Médico em Especialização

Assinatura do Responsável pelo CET

0135 Comunicado de Desligamento do Médico em Especialização

84
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

CO MU NI CAD O D E D ES I S TÊ NC I A D A E S P ECI ALI ZAÇ Ã O P EL O


M ÉDI C O E M E SP ECI A LI Z AÇ Ã O

CET:

Responsável:

Na qualidade de Responsável por CET/SBA, comunico que o(a) médico(a) em especialização


abaixo citado(a) DESISTIU, espontaneamente, da sua especialização no CET sob minha
responsabilidade, conforme os seguintes dados:

Dr.(a): CPF:

a) Data do início:

b) Data do afastamento:

c) Motivo da desistência

Local e Data

Assinatura do Médico em Especialização

Assinatura do Responsável pelo CET

0181 Comunicado de Desistência da Especialização pelo Médico em Especialização

85
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

COMISSÃO DE ENSINO E TREINAMENTO

CO MU NI CAD O D E TR A N S F E RÊ NC IA D E M ÉDI CO E M
E SP ECI ALI Z AÇ Ã O
Nos termos do Regulamento dos Centros de Ensino e Treinamento da Sociedade Brasileira de
Anestesiologia, solicito a transferência de médico em especialização cursando Centro de
Ensino e Treinamento credenciado pela SBA, conforme a seguir especificado:

Dr.(a):

Matrícula: CPF:

CET DE ORIGEM:

Responsável CET de origem:

Data inicial da especialização:

Data de afastamento do CET de origem:

Local e Data

Assinatura do(a) Responsável pelo CET

CET DE DESTINO:

Responsável CET de destino:

Data de ingresso no CET destino:

Data do término da especialização:

Local e Data

Assinatura do(a) Responsável pelo CET

A soma dos períodos dos CET de origem e destino, obrigatoriamente, devem totalizar 36 meses

0184 Comunicado de Transferência de Médico em Especialização

86

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