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Demonstrações
Contábeis
2006-2007
BDO TREVISAN
2007
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GUIA BDO TREVISAN 2006 – 2007
EQUIPE RESPONSÁVEL:
Sócio-diretor responsável pelo projeto: Orlando Octávio de Freitas Jr.
Corpo de Sócios: Estefan George Haddad, José Luiz de Souza Gurgel, Antonio de Pádua Soares Pelicarpo e
Marcos Venicio Sanches (Coordenadores), Alexandre Ralf Slavic, Daniel Gomes Maranhão Jr., Eduardo Vieira
Cipullo, Esmir de Oliveira, Jorge Alberto da Cunha Moreira, Klaas Christian Johnsen, Mateus de Lima Soares,
Mauro de Almeida Ambrósio, Márcio Serpejante Peppe e Paulo Ricardo Pinto Alaniz.
Corpo Gerencial: Henrique Herbel de Melo Campos e Elizabeth Campos (Coordenadores), Carlos Alberto
da Silva Vieira, Dario Vieira de Lima, Eduardo Luiz Rota, Eduardo Povoa, Eliardo Araújo Lopes Vieira,
Fernanda Lima da Cruz Bezerra, Luciano Bordon Martello, Luiz Carlos Soares da Silva, Marcelo Pereira
Gonçalves, Maria Isabel Simões Souza, Mariana Macedo Leme Carissio, Patrícia Prevente Teodoro de
Oliveira, Patrícia Isabel Soares da Silva Centeno, Phelipe Gouveia Dias, Ribas Gomes Simões, Ronaldo
Reimberg Lima, Ricardo Bonfá de Jesus, Robinson Meira, Robson Nunes Moura, Sinval Barbosa da Silva.
Equipe de apoio: Bruno Marques Brandão, Carlos de Moraes Júnior, Carolina Hidalgo Castelane, Daniel
Motta de Araújo, Elaine Marques, Josilene Virginia de Faria, Luciene dos Anjos Gonçalves Perez, Sandra de
Almeida Soares, Vanessa Carbone.
Colaborações: Professor Alcides Domingues Leite Jr. (Trevisan Escola de Negócios), Reinaldo Gomes e
Silvia Nougués Wargaftig (Ricardo Viveiros Oficina de Comunicação).
ISBN: 978-85.99519-13-4
07-0510 CDD-657.3
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Sumário
Aspectos Contábeis
Assuntos Nacionais ..................................................................................................... 25
Órgãos de Classe ................................................................................................... 25
Ibracon .............................................................................................................. 25
CFC .................................................................................................................... 28
Orgãos Reguladores ............................................................................................... 29
CVM ................................................................................................................... 29
Bacen ................................................................................................................. 33
CVM - Fundos de Investimento ........................................................................ 36
SRF .................................................................................................................... 39
Susep ................................................................................................................. 41
SPC .................................................................................................................... 47
ANS .................................................................................................................... 51
Assuntos Internacionais .............................................................................................. 61
Sarbanes-Oxley Act ................................................................................................ 61
USGAAP .................................................................................................................. 64
IFRS ............................................................................................................................... 90
Principais itens a serem atentados na preparação das Demonstrações Contábeis ..... 105
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Perspectivas Econômicas
de 2007 Luiz Nelson Porto Araujo*
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(ou seja, desde que o País começou a apu- mite um crescimento mais acelerado sem
rar as contas nacionais). Nesse período, os pressões inflacionárias.
principais responsáveis pelo crescimento Desde o início da década passada, o in-
foram as exportações e os investimentos. vestimento como proporção do PIB corren-
Esses componentes da demanda devem te situou-se no intervalo entre 18 e 21%,
continuar a ter papel importante no futuro sendo que o menor valor da série foi obser-
próximo: não se esperam grandes ajustes vado em 2003. Desde então, esse percentual
positivos no consumo das famílias e o con- tem aumentado e a expectativa é de que
sumo do governo tem tido participação cada tenha sido muito próximo ao limite superi-
vez menos relevante na composição da de- or no ano de 2006: desde 2003 o investi-
manda agregada. mento aumentou à uma taxa aproximada a
As limitações na infra-estrutura conti- 5% ao ano, superior à taxa de crescimento
nuam a ser o maior obstáculo ao crescimen- do PIB. A decomposição dessa taxa mostra
to mais acelerado do PIB, seguidas da ele- a relevância cada vez maior do investimen-
vada e distorciva carga tributária, da péssi- to privado e a incapacidade do Estado de
ma distribuição da renda e do baixo nível investir.
de escolaridade da população economica- A expectativa é de que a participação
mente ativa. A expectativa é de que o PIB da iniciativa privada como financiadora e
real cresça em torno de 3,5% em 2007, sem executora da infra-estrutura necessária para
pressões sobre a taxa de inflação. A partir o desenvolvimento seja cada vez mais im-
de então, e superados alguns desafios es- portante, apesar da intenção manifestada
truturais, é possível imaginar um crescimen- do governo em aumentar os investimentos
to sustentado um pouco mais elevado. públicos.
Desde 2003, o País tem sido beneficia-
INVESTIMENTO do pelo aumento dos investimentos diretos
estrangeiros: de US$ 10 bilhões naquele
A formação bruta de capital fixo (investi- ano para algo próximo à US$ 17 bilhões em
mento bruto) é um dos principais componen- 2006. O Brasil ainda é um dos principais
tes da demanda. Um dos principais efeitos receptores de investimentos estrangeiros,
positivos do investimento é aumentar a ca- mas gargalos diversos (tributação,
pacidade instalada da economia, o que per- regulação da infra-estrutura, oportunidades
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de investimento e custo de transação) têm tas é um governo que perdeu o controle so-
atuado como uma forte barreira à entrada bre o sistema. Nesse caso, é provável que
de novos recursos. todo o potencial de crescimento não esteja
No período recente, o Brasil subiu pata- sendo efetivado, com implicações
mares na classificação internacional de ris- distributivas importantes, principalmente
co - medida pelas três principais agências, em uma economia como a brasileira, na
S&P, Moody’s e Fitch - e deve atingir o grau qual o grau de pobreza de uma parcela bas-
de investimento até o final de 2008, manti- tante grande da população ainda é muito
dos os atuais cenários doméstico e interna- elevado.
cional. Essa classificação deve ter efeitos Depois de inúmeras fantasias heterodo-
importantes sobre o custo financeiro das xas, o Brasil conseguiu reduzir e estabilizar
operações de empréstimo internacional e a taxa de inflação. A partir da mudança do
o volume de recursos internados, com im- regime cambial em janeiro de 1999, e da
pactos muito positivos sobre a introdução do regime de metas de inflação
competitividade das empresas brasileiras. nesse mesmo ano, o comportamento dos
índices de inflação tem sido fantástico. Es-
INFLAÇÃO E JUROS pecialmente no período mais recente, mes-
mo depois de um choque adverso significa-
Um processo de crescimento econômi- tivo (eleições em 2002), a convergência do
co sustentado pressupõe a manutenção de IPCA para a meta foi muito rápida. A expec-
condições, senão ideais, ao menos não pre- tativa é que o IPCA fique abaixo de 3,2% em
judiciais. Dentre estas últimas, ressalta-se 2007, muito abaixo da meta de 4,5%, e pró-
a manutenção de patamares inflacionários ximo ao valor estimado para 2006.
elevados, conjugado com uma volatilidade A taxa Selic deve continuar a sua traje-
relevante na própria taxa. Além disso, a taxa tória de queda em 2007, como aconteceu
de inflação também é um indicador da com- ao longo de 2006. No entanto, a velocidade
petência do governo em administrar a eco- dessa redução deve ser menos acentuada,
nomia. Como não existe, na teoria econô- dadas as incertezas sobre a magnitude dos
mica, qualquer argumento plausível para efeitos do relaxamento monetário sobre a
que a taxa de inflação seja elevada, um demanda. A defasagem da política mone-
governo que induza taxas inflacionárias al- tária (período entre a redução da taxa e o
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Mercado de Ações
e o Financiamento da Produção Alfried Karl Plöger*
O fato de a Bolsa de Valores ter sido o está crescendo menos do que seus vizinhos
investimento de maior rentabilidade no Bra- sul-americanos, os emergentes e a média
sil em 2006 suscita interessante reflexão mundial.
na análise das perspectivas do País em Há vários indicadores desse desempe-
2007. Refiro-me ao processo de desenvol- nho econômico aquém das reais poten-
vimento e consolidação do mercado mobi- cialidades do País. Um exemplo real: a
liário, criando-se uma efetiva cultura de performance da indústria gráfica em 2006,
aplicação de recursos em ações, sem dúvi- exercício no qual o setor cresceu abaixo de
da uma das bases da consistência econô- 3%, ratificando sua vocação de “termôme-
mica das nações ricas. Mais do que outros tro” da economia, cujo ritmo pode ser medi-
países, o Brasil, com sua fabulosa dívida do nas encomendas de notas fiscais, em-
pública de um trilhão de reais, carece de balagens, talões de cheques, cartões de
poupança não atrelada a esse impagável crédito e débito, manuais de automóveis e
débito. Esta âncora para financiar a produ- equipamentos eletrônicos.
ção, com menos suscetibilidades às intem- Dessa maneira, é inexorável promover
péries e turbulências, encontra-se justa- o crescimento, ativar a produção e o con-
mente no mercado mobiliário. sumo e criar milhões de postos de traba-
Desde o Governo Fernando Henrique lho. Nesse sentido, paralelamente às me-
Cardoso, é verdade, instituiu-se uma blin- didas sugeridas em uníssono pela socie-
dagem monetária para a dívida, estratégia dade, como redução dos juros e dos gastos
mantida no primeiro mandato do presiden- do governo, ajuste do câmbio e realização
te Luiz Inácio Lula da Silva. Claro que res- das reformas previdenciária, tributária e
ponsabilidade fiscal, controle da inflação e trabalhista, é importante o desenvolvimen-
serviço pontual da dívida são essenciais, to de uma cultura de ações, derrubando
mas não bastam! Prova disto é que o Brasil alguns mitos e preconceitos. Tal avanço
tem crescente credibilidade internacional, significaria, em termos práticos, deslocar
o mais baixo risco-país de sua história, su- o eixo do financiamento produtivo ao mer-
perávit orçamentário primário no setor pú- cado de capitais, como ocorre nas princi-
blico e recorde na balança comercial, mas pais economias.
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Aspectos
Contábeis
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ASSUNTOS
NACIONAIS
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mentos descritos na NPA 13. Dessa for- avaliação atuarial da Entidade, descre-
ma, no primeiro ano de aplicação desta vendo em parágrafo adicional o exame
NPA, o Auditor emitirá o parecer de audi- efetuado nas demonstrações contábeis do
toria somente sobre as demonstrações do exercício anterior.
exercício atual, sem fazer referência aos
trabalhos do Atuário responsável pela (NPA 13, de 21 de dezembro de 2006)
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REGULADORES Patrimonial.
– Alteração nos subgrupos do patrimônio
líquido.
– Consideração de arrendamento mer-
COMISSÃO DE VALORES cantil financeiro como componente do Ati-
MOBILIÁRIOS, CVM vo Permanente Imobilizado.
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efeitos nas demonstrações contábeis a en- A referida instrução deve ser aplicada
tidade deverá divulgar o fato. aos exercícios sociais iniciados a partir de
(Deliberação 506, de 19 de junho de 2006, 1º de janeiro de 2007.
que aprova o pronunciamento do Ibracon – (Instrução 438, de 12 de julho de 2006, data
Normas e Procedimentos de Contabilidade, NPC de aplicabilidade alterada pela Instrução 439, de
12, em consonância com as Normas Internacio- 22 de agosto de 2006)
nais de Contabilidade, IAS 8)
Consolidação dos principais itens a
serem analisados nas demonstrações
Fundos de investimento
contábeis de sociedades anônimas de ca-
pital aberto
Por meio de sua Instrução 438, a CVM
aprovou o Plano Contábil dos Fundos de
Anualmente, a CVM organiza em forma
Investimentos, Cofi, dispondo sobre as
de ofício circular uma consolidação de to-
normas de escrituração, avaliação de ati-
dos os seus pronunciamentos referentes
vos, reconhecimento de receitas, apropri-
aos itens a serem analisados de forma obri-
ação de despesas e elaboração das de-
gatória nas Demonstrações Contábeis. Ape-
monstrações contábeis dos Fundos de In-
sar da extensão do ofício, ele é extrema-
vestimento e Fundos de Investimento em
mente rico, como check list dos itens a serem
Cotas de Fundo de Investimento, dos Fun-
atentados na produção dessas Demonstra-
dos Mútuos de Privatização, dos Fundos
ções Contábeis.
Mútuos de Privatização – Carteira Livre, e
(Ofício Circular CVM/SNC/SEP/ 01/2006,
dos Fundos de Aposentadoria Programa-
de 22 de fevereiro de 2006)
da Individual.
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referido Plano Contábil, sendo facultada relevantes, assim como seus representan-
a adoção de suas disposições antecipa- tes, familiares e outras pessoas de seu re-
damente a esta data. Para os Fundos que lacionamento próximo, conforme definido
não adotarem as disposições do Cofi, apli- pela Estratégia Nacional de Combate à La-
cam-se as regras previstas no Cosif, bem vagem de Dinheiro, Encla.
como nas Instruções 305/99, 340/00, 365/ Recomenda-se ainda a adoção de um
02 e 375/02, essas últimas revogadas sistema de gestão de riscos dos clientes,
pelo Cofi. conforme item II do artigo 2º da referida
(Instruções 438, da CVM, de 12 de julho de Deliberação:
2006 e 439, de 22 de agosto de 2006) II - no âmbito da Comissão de Valores
Mobiliários, os subscritores ou adquirentes
Deliberação 2, da CVM, de 1.º de de- de títulos e valores mobiliários e os cotistas
zembro de 2006 – (DOU de 22 de dezem- de fundos de investimento de qualquer na-
bro de 2006) tureza.
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II. O início da vigência da cobertura do risco será o exato momento do término da garantia
original de fábrica com conseqüente início da cobertura.
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ASSUNTOS
INTERNACIONAIS
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parte da SEC, grande parte das empresas monstrativos financeiros (seção 404). As
brasileiras já iniciou a avaliação de seus principais propostas são as seguintes:
controles, devendo, aparentemente, não
alterar significativamente o cronograma 1 direcionar a atenção do auditor para
original estabelecido para a certificação da os controles mais importantes e
SOX 404. enfatizar a importância da avaliação
Em 19 de dezembro de 2006, o PCAOB de risco;
votou propostas para flexibilizar os meca- 2 revisar as definições de “significant
nismos para avaliar, documentar e testar os deficiency” e “material weakness”,
controles internos que respaldam os de- como também fortes indicadores de
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tente sobre a mensuração de ativos e pas- ções contábeis, e deixou muitas companhi-
sivos pelo valor justo. Mas irá fornecer uma as imaginando até onde o Fasb pretende ir
definição consistente de valor justo e uma nesta direção.
hierarquia de metodologias para determi-
nação de valor justo. Também irá exigir di- A resposta do Fasb ao relatório da SEC
vulgações ampliadas sobre ativos e passi- sobre contratos não registrados nos balan-
vos mensurados pelo valor justo. ços fornece algumas indicações antecipa-
das de como a noção de valores justos po-
A expectativa do Board é que os requisi- derá ser fortalecida na literatura contábil.
tos de divulgação tornem-se efetivos para A resposta do Fasb indica que o Board pre-
exercícios com encerramento após 15 de tende continuar a mover os instrumentos
dezembro de 2006 (demonstrações financeiros para o valor justo.
contábeis de 2006 para companhias que
seguem o ano-calendário). Espera-se que Fasb Issues FIN 48 sobre Contabilização
outras partes do Pronunciamento tornem- de Incerteza em Posições de Impostos
se efetivas para demonstrações contábeis
de exercícios com início após 15 de dezem- Em 13 de julho de 2006, o Fasb emitiu
bro de 2006 e períodos intermediários den- Interpretação Fasb 48, Contabilização de In-
tro desses anos fiscais (demonstrações certeza em Imposto de Renda. A Interpreta-
contábeis de 2007 para companhias que ção não terá efeito até 2007, mas optamos
seguem o ano-calendário). por discuti-la agora, pelas seguintes razões:
• A data de efetivação é o início de
Quo Vadis, Fasb? exercícios fiscais começando depois de
15 de dezembro de 2006. A computação
O efeito combinado desses pronuncia- do ajuste requerido do efeito cumulativo
mentos mostra uma marcha contínua de nessa data pode exigir uma carga consi-
longo prazo em direção a um maior uso de derável de trabalho.
valores justos em relatórios financeiros. • Companhias públicas devem divul-
Esta tendência é controversa, especialmen- gar a existência e o impacto esperado da
te entre aqueles que preparam demonstra- Interpretação 48 nas demonstrações
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nhia pode tomar uma posição que resulte devam ser capitalizados e depreciados con-
num menor pagamento de imposto. A Inter- forme a legislação fiscal).
pretação esclarece que as diretrizes seguin-
tes se aplicam na época do reconhecimen- 4. Qual montante de benefício deve ser
to inicial: reconhecido, quando uma posição é mais
• Uma companhia somente deve re- provável que improvável?
conhecer o benefício de uma posição incer-
ta de impostos em suas demonstrações Uma vez determinado que um benefício
contábeis, se for mais provável que impro- para uma posição de impostos poderá ser
vável que a posição venha a ter sustenta- reconhecido porque alcança o limite de re-
ção com base em seus méritos técnicos. conhecimento “mais provável”, o montante
• Ao fazer a determinação da probabi- de benefício a ser reconhecido nas demons-
lidade, uma companhia deve presumir que trações contábeis é mensurado. Esse mon-
a posição será examinada pelas autorida- tante é o maior montante de benefício com
des fiscais. Ou seja, uma companhia não mais de 50% de probabilidade de ser reali-
poderá levar em conta as chances de que a zado com a liquidação final da posição.
declaração não será auditada pelas autori-
dades fiscais ou de que a posição incerta Por exemplo, se uma companhia ameri-
de impostos possa escapar de ser desco- cana reivindicar um crédito fiscal de pes-
berta numa auditoria fiscal. quisa e desenvolvimento, podem existir in-
• Uma exceção é feita para práticas certezas se certos projetos e custos
administrativas e precedentes que estabe- alocados estarão qualificados para o crédi-
leçam claramente que uma autoridade fis- to. A companhia avaliaria o maior montan-
cal não fará objeção a uma posição tecni- te de crédito com mais de 50% de probabili-
camente inválida. Por exemplo, uma auto- dade de ser realizado com a liquidação fi-
ridade fiscal pode ter uma política nal. Ao fazer esta avaliação, deve conside-
estabelecida de permitir que companhias rar tanto os méritos técnicos dessa posição
façam dedução do custo de todos os ativos quanto a maneira como normalmente solu-
fixos abaixo de uma certa quantia em dólar ciona as questões com o Internal Revenue
no ano de aquisição (ainda que esses itens Service, IRS. Se a companhia acredita que
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sua posição seria sustentada com litígio, com base em fatos, circunstâncias e infor-
mas faz normalmente os pagamentos com mações disponíveis na data do relatório.
o IRS para evitar o custo e risco do litígio, Contudo, mudanças subseqüentes nesse
ela registraria o maior montante do bene- julgamento que levam a alterações no re-
fício com mais de 50% de probabilidade conhecimento, não-reconhecimento e
de ser realizado após liquidação com o IRS. mensuração devem resultar da avaliação
de novas informações e não de uma nova
5. Quais são os requisitos contábeis em avaliação ou interpretação das mesmas in-
anos subseqüentes? formações que estavam disponíveis em
períodos anteriores. Se uma companhia al-
A Interpretação requer avaliação contí- terar seu julgamento sem quaisquer novas
nua das posições de impostos. Essas posi- informações, isso indicaria um erro contábil
ções que anteriormente deixaram de alcan- ocorrido no período anterior.
çar o limite da maior probabilidade de re-
conhecimento devem ser reconhecidas no 6. Como a Interpretação afeta a
primeiro período do relatório financeiro contabilização de juros e multas?
subseqüente ao período em que o limite é
alcançado. Em alguns casos, o limite pode Uma companhia deve provisionar juros
ser alcançado quando a autoridade fiscal sobre passivos com posições de impostos
completa seu exame da declaração de im- que não são reconhecidas porque não al-
posto do ano ou quando expira o prazo de cançam o limite de maior probabilidade ou
prescrição. Quaisquer posições de impos- não estão de acordo com a orientação so-
tos previamente reconhecidas que não bre mensuração. Além disso, uma compa-
mais alcancem o limite da maior probabili- nhia deve provisionar multas se uma posi-
dade de reconhecimento devem deixar de ção de impostos não atingir o limite
ser reconhecidas no primeiro período do estatutário para evitá-las. Cada companhia
relatório financeiro subseqüente ao perío- deve tomar uma decisão sobre a prática
do em que o limite não for mais alcançado. contábil de registrar juros e multas na pro-
Reconhecimento, não-reconhecimento visão para imposto de renda ou como juros
subseqüentes e mensuração são baseados e outras despesas, respectivamente.
no melhor julgamento da administração, 7. Qual é este novo requisito de divulga-
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O SAB Tópico 11-M exige que compa- 10. Como a companhia poderá estimar
nhias públicas divulguem a Interpretação a quantidade de esforço requerido para
48 em todas as demonstrações contábeis, cumprir a Interpretação?
incluindo demonstrações contábeis trimes-
trais, entregues após 30 de junho de 2006. Há uma série de variáveis importantes
A SEC espera as seguintes divulgações: que irão afetar a facilidade de uma compa-
nhia para cumprir a Interpretação. Incluem
• Uma breve descrição da Interpreta- a natureza de sua prática contábil atual, o
ção 48, a data em que a adoção é requerida número de suas posições incertas de im-
e a data em que o registrante planeja ado- postos, o número de jurisdições fiscais em
tar, caso seja antecipada. que opera e o número de anos fiscais que
• Uma divulgação de que a Interpreta- ainda estão abertos para revisão. De modo
ção 48 será adotada, ajustando passivos fis- geral, quanto maior a diferença entre sua
cais e lucros acumulados na data da adoção. atual prática contábil e FIN 48, mais agres-
• Uma discussão do impacto espe- sivas serão as posições de impostos da
rado que a adoção da Interpretação tenha companhia, e quanto maior o número de
sobre as demonstrações contábeis, a me- jurisdições fiscais ou anos em aberto, mai-
nos que não seja conhecido ou não possa or será o nível de esforço requerido.
ser estimado de forma razoável. Neste
caso, pode ser feita uma declaração so- 11. Quais os passos que as companhias
bre esse efeito. devem tomar agora?
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va. Uma análise poderá ser necessária para Abaixo discutimos duas questões de
confirmar o nível da confiança de que uma implementação com relação ao Pronuncia-
posição terá sustentação e para medir o mento Fasb 123(R), Pagamento com base em Ações:
benefício que será registrado para posições
consideradas mais prováveis de terem sus- Cláusulas Antidiluição em Gratificações
tentação. com base em Ações
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dinheiro não recorrente, segregação parci- o preço de realização por opção em 50% e
al de sociedade ou recapitalização, podem dobraria o número de opções. Se o plano da
causar o registro de despesa significativa companhia estabelece um ajuste obrigatório
de remuneração. de opções no evento de um desmembramento
Resumidamente, um ajuste de uma gra- de ações, então um ajuste de acordo com os
tificação em ações para preservar seu valor termos não alteraria o valor justo de uma op-
subseqüente a um evento de reestruturação ção e nenhuma remuneração adicional seria
– isto é, um ajuste antidiluição – é conside- registrada. O valor justo não muda porque o
rado uma modificação de acordo com o Pro- valor justo da gratificação original é estima-
nunciamento 123(R), requerendo o registro do com base no preço das ações pré-
da despesa de remuneração igual a qual- desmembramento, e o valor justo da gratifi-
quer aumento no valor justo da gratificação cação modificada é estimado com base no
causado pela modificação. Se a gratifica- preço de ações pós-desmembramento. Por
ção (a) incluir uma cláusula antidiluição ar- comparação, se o plano não menciona ajuste
bitrária ou (b) não trouxer uma cláusula anti- de opções no evento de um desmembramento
diluição, a modificação terá probabilidade de ações ou afirma que um ajuste fica a
de aumentar significativamente o valor jus- critério da Junta de Diretores, então os va-
to da gratificação. Por outro lado, se a gratifi- lores justos tanto das opções originais e não
cação incluir uma cláusula antidiluição obri- ajustadas quanto das opções ajustadas são
gatória com a intenção de manter o valor da estimados com base no preço das ações
gratificação e a gratificação for ajustada de pós-desmembramento. A diferença no va-
acordo com essa cláusula, então a mudança lor justo é registrada como despesa adicio-
no valor justo deve ser zero ou insignifican- nal de remuneração durante o período de
te, havendo pouca ou nenhuma despesa de serviço remanescente.
remuneração a registrar. As companhias devem revisar suas gra-
Por exemplo, se uma companhia declarar tificações com base em ações, a fim de de-
um desmembramento de ações ‘dois por um’, terminar se existe uma cláusula
o preço da ação cairá normalmente em 50%. antidiluição e, no caso de não existir ou
Para manter a integralidade de um proprietá- existir de forma arbitrária, considerar uma
rio de opção existente, a companhia reduziria mudança no plano para incluir uma cláusu-
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para novas gratificações. Companhias fecha- mento Fasb 87 para planos de aposentado-
das continuam a aplicar APB 25 e FIN 44 para ria com benefício definido e Pronunciamen-
opções, incluindo opções repactuadas, to Fasb 106 para outros planos de benefíci-
gratificadas antes da adoção do Pronuncia- os pós-aposentadoria, tais como planos de
mento 123(R). saúde para aposentados), o ativo pago an-
tecipadamente ou passivo provisionado no
Pronunciamento Fasb 158 coloca balanço patrimonial do empregador repre-
déficits no financiamento de planos de apo- senta a diferença cumulativa entre a des-
sentadoria nos balanços patrimoniais pesa de acordo com GAAP e os desembol-
sos de caixa para financiar um plano ou
Em setembro, o Fasb emitiu o Pronuncia- pagar benefícios. O status efetivo financia-
mento 158 sobre Contabilização pelos Em- do de um plano – a diferença entre ativos
pregadores de Planos de Aposentadoria com do plano e a obrigação de benefício do pla-
Benefícios Definidos e Outros Planos de Pós- no – geralmente é diferente do montante
Aposentadoria. O Pronunciamento 158 move no balanço patrimonial do empregador.
déficits ou superávits de financiamento de Devido ao modo como a despesa é com-
planos de aposentadoria, das notas para a putada conforme os Pronunciamentos 87 e
frente do balanço patrimonial do emprega- 106, a diferença entre a posição financiada
dor. As mudanças entram em vigor para com- e o montante no balanço patrimonial é com-
panhias públicas no final de 2006, e divulga- posta de três itens:
ções dos efeitos esperados do Pronunciamen-
to 158 são requeridas nas demonstrações • Lucros e perdas não reconhecidas
contábeis do terceiro trimestre de 2006 en- (diferidas) da experiência, diferentes de su-
tregues à SEC. Companhias fechadas e sem posições e de mudanças nas suposições.
fins lucrativos devem adotar o Pronunciamen- • Custo prévio de serviço não reco-
to, o mais tardar, para exercícios fiscais com nhecido de aditivos ao plano, que dão aos
encerramento após 15 de junho de 2007. participantes crédito retroativo para anos
anteriores de serviço do empregado.
Background • Quantias de transição não reco-
nhecidas da adoção do Pronunciamento
Segundo normas existentes (Pronuncia- 87 ou 106.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Efetivamente, esses três itens são liga- do como a diferença entre o valor justo dos
dos com a posição financiada no montante ativos do plano e da obrigação de benefíci-
do balanço patrimonial. Atualmente, as os do plano.
companhias são requeridas a divulgar nas - Para planos de aposentadoria, a
notas explicativas às demonstrações obrigação de benefício usada nos cálculos
contábeis, uma reconciliação da posição fi- é a obrigação projetada de benefício, PBO.
nanciada com o montante no balanço Para outros planos de benefícios pós-apo-
patrimonial. sentadoria, a obrigação é o valor do benefí-
cio pós-aposentadoria acumulado, APBO.
Agora o FASB decidiu, com base em in-
formações de usuários de demonstrações • Análise de impacto potencial:
contábeis, que um empregador deve refle- - Muitas companhias possuem planos
tir a posição financiada de um plano no de benefício subfinanciados ou não finan-
balanço patrimonial, como ativo ou passi- ciados. Essas companhias irão reportar pas-
vo, com os três itens não reconhecidos mos- sivos líquidos conforme o Pronunciamento
trados no balanço como ajustes ao 158. Contanto que uma companhia esteja
patrimônio líquido (outros lucros reportando um passivo menor ou um ativo
abrangentes acumulados ou AOCI). líquido, o ajuste irá aumentar o passivo e
reduzir o patrimônio líquido. Em alguns ca-
Sumário de Requisitos sos, o ajuste pode ser significativo, poden-
do até resultar num patrimônio líquido ne-
1) O Pronunciamento 158 exige que gativo. Adicionalmente, embora possa soar
as companhias com planos de aposentado- contra-intuitivo, mesmo companhias com
ria de benefício definido ou outros planos planos integralmente financiados ou
de benefícios pós-aposentadoria patrocina- superfinanciados podem sofrer reduções no
dos por um único empregador reconheçam patrimônio líquido, pois podem necessitar
a posição financiada de seus planos como reduzir seu ativo no balanço patrimonial
ativo ou passivo líquido. compensando com uma redução no
patrimônio líquido.
• Pontos de controle:
- O ativo ou passivo líquido é calcula- 2) Companhias com múltiplos planos
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zável, o impacto no patrimônio líquido tem tante que será amortizado no próximo exer-
efeito nos impostos. No exemplo acima, cício).
um aumento de $100 no passivo reduziria o - No caso incomum em que uma com-
patrimônio líquido em $60. panhia tenha expectativa de retirar ativos
7) As disposições transitórias não per- de um plano de benefício de aposentadoria
mitem a aplicação retroativa dos requisi- no ano seguinte, ela deve divulgar o mon-
tos do balanço. Em seu lugar, o Pronuncia- tante.
mento 158 requer divulgações adicionais
que abordem os efeitos no balanço • Análise de impacto potencial:
patrimonial do ano de adoção e forneçam - Todas essas informações devem es-
outras informações suplementares. tar disponíveis a partir de relatórios
atuariais preparados, de acordo com os re-
• Pontos de controle: quisitos existentes. Para a implementação
- Para cada período em que uma de- inicial, as companhias necessitarão deci-
monstração de resultado é apresentada, as dir quais informações serão apresentadas
companhias divulgam em suas demonstra- nas próprias demonstrações contábeis e
ções contábeis, em separado para planos nas notas. Além disso, as companhias de-
de aposentadoria e outros planos de pós- vem considerar como irão explicar as alte-
aposentadoria, as variações em outros lu- rações no balanço para investidores e em-
cros abrangentes (OCI) que resultaram da pregados devido à falta de comparabilidade
aplicação do Pronunciamento. de ano para ano, bem como de companhia
- Para cada período em que um balan- para companhia. A não comparabilidade de
ço patrimonial é apresentado, as compa- companhia para companhia irá ocorrer
nhias divulgam em suas demonstrações como resultado das datas de efetivação que
contábeis as variações no AOCI que resul- diferem para companhias públicas e fecha-
taram da aplicação do Pronunciamento. das e das disposições transitórias e exce-
- Para o balanço patrimonial mais re- ções para datas de mensuração.
cente, as companhias divulgam os montan-
tes no AOCI que serão reconhecidos como 8) O Pronunciamento 158 aplica-se a
um componente da despesa de benefício organizações sem fins lucrativos e empre-
no próximo exercício fiscal (isto é, o mon- sas comerciais, mas as organizações sem
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fins lucrativos não apresentam OCI ou AOCI. vos que patrocina um plano de benefícios
O Pronunciamento exige que uma organi- está sujeita a imposto de renda, os itens não
zação sem fins lucrativos reflita em seu reconhecidos devem ter efeitos tributários.
balanço o status financiado de seus planos
de aposentadoria, com a compensação nos Questões para Discussão
ativos líquidos não restritos. No demons-
trativo de atividades, os itens não reconhe- Os efeitos do Pronunciamento 158 irão
cidos (lucros e perdas, custo prévio de ser- variar por setor. Os setores mais atingidos
viço e montantes transitórios) que uma com- serão, provavelmente, os setores sindicali-
panhia apresentaria como OCI devem ser zados como automotivo, siderúrgico, teleco-
apresentados como um item separado das municações, aeroespacial, defesa e linhas
despesas. O Pronunciamento não especifi- aéreas. Mas mesmo as companhias menos
ca se esse item separado deve ser incluído severamente afetadas poderão ter dúvidas,
ou excluído de uma medição de operações por isso, seguem algumas questões para dis-
ou desempenho que uma organização apre- cussão:
senta de forma voluntária, exceto para as • A administração considerou os pos-
organizações de assistência médica. Uma síveis efeitos da apresentação do balanço
vez que as organizações de assistência patrimonial em sua estrutura de capital e
médica possuem uma medição requerida cumprimento de requisitos contratuais?
de desempenho, que é o equivalente de lu-
cros de operações contínuas, o item sepa- Algumas companhias podem necessi-
rado deve ser excluído dessa medição. tar lidar com efeitos adversos nas cláusu-
las contidas em contratos de empréstimos
• Pontos de controle: ou outros financiamentos, tais como requi-
- Diferentemente das organizações de sitos de obrigações e patrimônio mínimo
assistência médica, as organizações sem para serem qualificadas em licitações com
fins lucrativos têm flexibilidade no modo o governo ou outros contratos. Assim, é pru-
de apresentar os itens não reconhecidos, dente checar antes do tempo para ver se a
devendo considerar qual apresentação se- companhia tem disposições por escrito em
ria a mais compreensível. seus contratos de empréstimo para preve-
- Se uma organização sem fins lucrati- nir que essas cláusulas sejam violadas so-
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que seus planos sejam mais financiados. ores do Pronunciamento 87, as Companhias
Isso pode ocorrer porque as outras compa- A e B teriam tido um passivo provisionado de
nhias, com plano mais severamente aposentadoria no valor de $45 mil em 31 de
subfinanciado, já podem ter sido requeridas dezembro de 2006, para o excesso de despe-
a reconhecer um passivo mínimo de aposen- sas passadas acumuladas de aposentadoria
tadoria e uma redução no patrimônio líqui- sobre as contribuições passadas acumuladas
do de acordo com o Pronunciamento 87. O para os planos. Contudo, a Companhia B se-
Apêndice A ilustra como o efeito do Pronun- ria requerida a registrar um passivo mínimo
ciamento 158 pode ser comparado com o de acordo com o Pronunciamento 87, enquan-
efeito do requisito mínimo de passivo do to a Companhia A não seria.
Pronunciamento 87 anterior. O status financiado dos planos e os mon-
tantes não reconhecidos em 31 de dezem-
APÊNDICE A bro de 2006 para as duas Companhias seri-
am: suponha que a alíquota de imposto de
renda seja 40% e que seja mais provável que
Comparação dos Requisitos do Pronunci-
improvável as duas companhias realizarem
amento 158 com os Requisitos de Passivo
os ativos de imposto diferido associados
Mínimo do Pronunciamento 87 anterior.
com seus planos de aposentadoria.
Essa comparação é adaptada do Exem-
Comparação dos Requisitos do Pronun-
plo 1 no Apêndice A do Pronunciamento 158.
ciamento 158 com os Requisitos de Passi-
Companhias A e B patrocinam cada uma
vo Mínimo do Pronunciamento 87 anterior.
um plano de aposentadoria com benefício de-
Como observado acima, de acordo com
finido. De acordo com as disposições anteri-
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Companhia A* Companhia B*
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AOCI $ 855.000
Ativo de imposto diferido 342.000
Benefício de imposto diferido - AOCI $ 342.000
Passivo provisionado de aposentadoria 855.000
AOCI $340.000
Ativo intangível 415.000
Ativo de imposto diferido 136.000
Ativo de imposto diferido - AOCI $136.000
Passivo provisionado de aposentadoria 755.000
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AOCI $515.000
Ativo de imposto diferido 206.000
Ativo de imposto diferido - AOCI $206.000
Passivo provisionado de aposentadoria 100.000
Ativo intangível 415.000
Observe que as duas Companhias têm a sivo mínimo para registrar de acordo com o
mesma apresentação de balanço patrimonial Pronunciamento 87 e a Companhia A, não, o
após a adoção do Pronunciamento 158. En- Pronunciamento 158 tem um efeito maior no
tretanto, porque a Companhia B tinha um pas- balanço da Companhia A.
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O IFRS 8 está alinhado ao IAS 34, que • Objetivos, políticas e processos para
trata de informações contábeis interinas, administração do capital.
bem como está em consonância com a pre- • Informação quantitativa sobre o que é
paração do Management’s Discussion & Analysis considerado capital.
of financial condition and results of operation, • Verificação do cumprimento das exi-
MD&A, que é elaborado pela administra- gências de capital.
ção visando mostrar as condições financei- • As conseqüências originadas por qual-
ras e resultados operacionais da empresa. quer não-cumprimento.
Essa norma trata como segmentos
operacionais aqueles cujas informações in- As divulgações podem incluir qual-
dividualizadas são importantes para toma- quer imposição externa a requerimentos
da de decisão pela administração. O IAS 14 de capital e informação sumarizada so-
tratava a segmentação apenas para produ- bre o que é considerado capital. Essa úl-
tos, serviços e áreas geográficas. tima divulgação pode ser requerida quan-
Adicionalmente, o IFRS 8 exige informa- do, por exemplo, determinados passivos
ções sobre: apuração de resultado, ativos financeiros são considerados parte inte-
tangíveis e intangíveis, geração de caixa e grante do capital da entidade, bem como
fluxo de caixa. quando alguns componentes não poderão
ser considerados integrantes do capital,
Alterações de IAS por exemplo, os originados de hedges de
fluxos de caixa.
IAS 1 – Apresentação das Demonstra-
ções Contábeis Assim, companhias e outras entidades
que reportam, ou planejam reportar, de acor-
Destacamos as alterações da IAS 1 – Apre- do com IFRS, devem revisar os novos re-
sentação das Demonstrações Contábeis, que foi emi- querimentos e garantir que estão prepara-
tida antes de 2006, e que têm data de aplica- das para as divulgações adicionais. En-
ção a partir de 1º de Janeiro de 2007, a saber: quanto a data efetiva se refere aos perío-
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• Poder para governar as políticas finan- controla outra está muito mais baseada
ceiras e operacionais da entidade, segun- numa análise de direitos contratuais (e,
do um estatuto ou contrato; portanto, na forma legal) do que numa aná-
• Poder para nomear ou remover a mai- lise de controle substantivo, não contratual.
oria dos membros do quadro de diretores
ou corpo diretivo equivalente da entidade, Exemplo:
sendo que o controle da entidade é exerci-
do por esse quadro ou corpo; A Companhia A possui 48% dos direitos
• Poder de dar a maioria de votos em a voto da Companhia B. Os outros 52% dos
reuniões do quadro de diretores ou corpo direitos a voto da Companhia B são de pro-
diretivo equivalente, sendo que o contro- priedade de um grande número de indiví-
le da entidade é exercido por esse qua- duos, mas nenhum deles detém uma pro-
dro ou corpo. porção significativa. Em assembléias ge-
rais anteriores da Companhia B, não mais
Deve-se considerar também potenciais do que 30% de direitos a voto daqueles ou-
direitos a voto que podem afetar a análise tros acionistas estiveram representados.
de duas formas: Não há acordos estabelecidos que resultem
na concessão de poder à Companhia A so-
• Quando uma entidade detém atual- bre as políticas financeiras e operacionais
mente 50% ou menos dos direitos a voto de da Companhia B, nem a Companhia A tem
outra entidade, mas tem condições de ad- capacidade de nomear ou remover a maio-
quirir direitos adicionais e aumentar sua ria dos membros do Conselho.
participação para mais de 50%; Uma análise segundo a IAS 27 indica
• Quando outra parte tem condições de que a Companhia A não controla a Compa-
reduzir a porcentagem de direitos a voto de nhia B e, em conseqüência, a Companhia
uma entidade para menos de 50%. B não é sua subsidiária. Isso é devido ao
tamanho de sua participação (48%) e à fal-
A IAS 27 inclui orientação de imple- ta de: quaisquer opções para adquirir di-
mentação para auxiliar na determinação do reitos a voto; ou quaisquer acordos com
impacto de potenciais direitos a voto. Es- outros acionistas que transfiram formal-
tes indicam que a questão se uma entidade mente o controle.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
entre os fatores, considerados pela admi- dente, seria difícil dar suporte à alteração
nistração ao avaliar a existência de contro- subseqüente nos princípios contábeis, an-
le. É importante observar que o IASB não tes que o IASB tenha completado seu proje-
alterou o IAS 27; em vez disso, simplesmen- to sobre controle e antes de qualquer aditivo
te enfatizou que é necessário julgamento ao IAS 27 ou de sua substituição. Será im-
para determinar se existe ou não controle portante, particularmente, para os que ado-
de fato. Não foi fornecida orientação adici- tarem pela primeira vez as IFRS, considerar
onal com o IASB, simplesmente reconhe- ainda os pontos de vista de quaisquer ór-
cendo que, na prática, podem ocorrer dife- gãos regulatórios primários ou secundári-
renças na interpretação. Conseqüentemen- os ao concluírem sobre a prática contábil a
te, é possível que grupos idênticos em ou- ser adotada.
tros aspectos incluam diferentes subsidiá-
rias em suas Demonstrações Contábeis Entidades que já usam IFRSs
Consolidadas.
Em vista da inconsistência na aborda- Tendo em vista a declaração do IASB que
gem, que pode ocorrer na prática, quando a a determinação de controle pode incluir
questão for relevante na análise de contro- mais do que o direito de propriedade legal
le, conforme a IAS 27, uma entidade deve de ações e potenciais direitos a voto, as
desenvolver uma política contábil clara, entidades podem desejar revisar suas prá-
estabelecendo a abordagem a ser seguida ticas contábeis que definem subsidiárias,
de forma consistente em relação ao contro- em particular como o controle é avaliado.
le de fato, devendo divulgar essa política Quando se conclui que subsidiárias adi-
em suas Demonstrações Contábeis. cionais devem ser consolidadas, a contabi-
Quando uma entidade considera que lidade deve ser aplicada numa forma total-
possui controle de fato sobre outra, seria mente retroativa até a data na qual o con-
apropriado prestar informações adicionais trole foi obtido, conforme requisito do IAS 8
nas notas explicativas às Demonstrações – Práticas contábeis, mudanças de estima-
Contábeis, indicando as razões para se con- tivas contábeis e erros, juntamente com di-
siderar a existência do controle de fato. Na vulgações relacionadas e a aplicação das
ausência de outros desenvolvimentos so- diretrizes previstas na IFRS 3 – Combina-
bre a questão e de orientação correspon- ção de negócios.
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Entidades que adotam IFRS pela pri- do IFRS, pode desejar tirar vantagem da
meira vez isenção em IFRS 1 do requisito de reajustar
combinações de empresas realizadas an-
De forma similar tanto aos que já prepa- tes da data de transição para IFRS.
ram Demonstrações Contábeis em IFRS e os
que adotam pela primeira vez, podem rever Interpretações das Normas Internaci-
sua prática contábil sobre consolidação. onais de Contabilidade, IFRIC, emitidas
Muitos que adotam IFRS pela primeira em 2006
vez para períodos contábeis iniciando em/
após 1º de janeiro de 2005, já terão publi- As IFRIC são as interpretações do
cado demonstrações contábeis intermedi- International Accounting Standard Board,
árias e balanços de abertura, ajustados para IASB sobre as normas contábeis do IFRS e
o impacto de IFRS. Contudo, uma decisão visam fornecer esclarecimentos sobre as
que é tomada agora para consolidar uma mesmas.
subsidiária com base em controle de fato
não representaria uma mudança na prática Em 2006 foram emitidas cinco IFRIC, a
contábil, uma vez que essa prática contábil saber:
será aplicada pela primeira vez nas próxi-
mas Demonstrações Contábeis anuais em IFRIC 8 – Escopo da IFRS 2
IFRS. Essas serão as primeiras Demonstra-
ções Contábeis nas quais será apresentada Referências:
uma declaração explícita e sem restrições
de compliance, como previsto no IFRS 1 (pará- • IAS 8 – Práticas Contábeis, Mudanças nas
grafo 3). Os números comparativos na de- Estimativas Contábeis e Erros;
monstração intermediária do ano seguinte • IFRS 2 – Pagamento Baseado em
precisariam ser ajustados para a alteração Ações.
na prática contábil.
Uma empresa que adota pela primeira Escopo:
vez, a qual não consolidou previamente uma
subsidiária onde exista controle de fato, A IFRS 2 aplica-se a transações nas
mas irá consolidar essa subsidiária segun- quais uma entidade ou acionistas de uma
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DESCRIÇÃO REFERÊNCIAS
1 -– DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
a) As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão S.A. (Art. 176)
sendo apresentadas de forma comparativa dos valores Ibracon (NPC 27)
correspondentes aos do exercício anterior e incluem: Balanço CVM (Delib. 488)
Patrimonial, Demonstrações do Resultado, Demonstrações das
Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstrações das Origens
e Aplicações de Recursos e notas explicativas.
a.1) A CVM encoraja a divulgação de informações CVM (Delib. 488 e
suplementares como: Demonstração do Fluxo de Caixa, OC (01/2006)
Demonstração do Valor Adicionado e LAJIDA/EBTIDA.
b) Para cada grupamento do Balanço Patrimonial deverá ser S.A. (Art.176)
obedecido o limite de um décimo do valor para o
agrupamento das contas semelhantes, desde que indicada
sua natureza.
c) Não podem ser utilizadas designações genéricas, como S.A. (Art.176)
“diversas contas” ou “contas correntes”, para indicar a
natureza dos valores.
d) As contas deverão ser classificadas de acordo com a sua S.A. (Art.176)
essência econômica, respeitando-se a segregação entre curto
e longo prazo.
e) As contas deverão ser classificadas de acordo em grau
decrescente de liquidez, nos seguintes grupamentos:
1. Ativo ou Passivo Corrente;
2. Ativo ou Passivo não Corrente;
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2 – EVENTOS SUBSEQÜENTES
Foram divulgados os eventos subseqüentes ao S.A. (Art. 176)
encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a e CVM (Delib. 505)
ter, efeitos relevantes sobre a situação patrimonial e
financeira e os resultados futuros da Companhia (inclui
Consolidado, se aplicável).
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8 – ESTOQUES
a) Foram adotados como critérios de avaliação aqueles S.A. (Art. 183) Ibracon
estabelecidos no artigo 183 da Lei 6.404/76, ou seja: (NPC 2)
- Custo de aquisição ou produção;
- Constituição de provisão para ajuste ao valor de
mercado, quando este for inferior ao custo de aquisição
ou produção.
b) Foram divulgadas em nota explicativa às
Demonstrações Contábeis as seguintes informações:
- Segregação dos montantes dos estoques pelas principais
classes (matérias-primas, produtos acabados, produtos em
processo, etc.);
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9 – IMOBILIZADO
a) Foram adotados como critérios de avaliação aqueles S.A. (Art. 183) e
estabelecidos na Lei 6.404/76, ou seja, custo de aquisição Ibracon (NPC 7)
ou construção deduzido do saldo da respectiva conta de
depreciação, amortização ou exaustão acumuladas.
b) Foram classificados no ativo imobilizado apenas S.A. (Art. 179) Ibracon
os direitos que tenham por objeto bens destinados à (NPC 7)
manutenção das atividades da Companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial.
c) As importações em andamento e os adiantamentos
para fornecedores de bens destinados ao ativo imobilizado
foram classificados no ativo imobilizado.
d) Foram divulgadas no balanço patrimonial ou em nota Ibracon (NPC7)
explicativa às Demonstrações Contábeis as seguintes
informações:
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10 – INVESTIMENTOS
a) Foram adotados como critérios de avaliação: S.A. (Art. 183) CVM
(Ins. 247, 269 e 285)
Ibracon (Pron. VI)
- Investimento relevante em sociedades coligadas e S.A. (Arts. 247 e 248)
controladas (no caso de Companhia aberta, a relevância
só é considerada em relação às coligadas) pelo método
da equivalência patrimonial;
- Demais investimentos em outras sociedades pelo
método de custo de aquisição deduzido de provisão
para perdas prováveis na realização de seu valor, quando
de natureza permanente;
- Outros investimentos pelo custo de aquisição deduzido
de provisão para perdas prováveis na realização de seu
valor ou para redução do custo de aquisição ao valor de
mercado, quando este for inferior.
b) Foram divulgadas em nota explicativa às Demonstrações S.A. (Art. 247) CVM
Contábeis as informações precisas sobre os investimentos (Ins. 247, 269 e 285)
relevantes em sociedades coligadas e controladas avaliados
pelo método da equivalência patrimonial, indicando:
- Denominação da sociedade, seu capital social e
Patrimônio Líquido;
- Número, espécies e classes de ações ou cotas de
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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11 - DIFERIDO
a) Foram classificadas no ativo diferido apenas as aplicações S.A.( Art. 179) e
de recursos em despesas que contribuirão para a formação Ibracon (Pron. VIII)
do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros
pagos ou creditados aos acionistas durante o período que
anteceder o início das operações sociais.
b) Foram adotados como critérios de avaliação o valor do S.A. (Art. 183) Ibracon
capital aplicado deduzido do saldo das contas que (Pron. VIII)
registrem sua amortização acumulada.
c) Foram divulgados em nota explicativa às Demonstrações Ibracon (Pron. VIII)
Contábeis a composição (natureza das principais contas) e
os critérios de amortização do ativo diferido.
d) Os recursos aplicados no ativo diferido são S.A. (Art. 183) Ibracon
amortizados periodicamente, em prazo não superior a dez anos, (Pron. VIII)
a partir do início da operação normal ou do exercício em
que passaram a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes.
117
GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
e) Os recursos aplicados no ativo diferido foram registrados S.A. (Art. 183) Ibracon
como perda de capital quando abandonados os (Pron. VIII)
empreendimentos ou atividades a que se destinavam
ou comprovado que essas atividades não poderão produzir
resultados suficientes para amortizá-los e o fato foi
divulgado em notas explicativas às Demonstrações
Contábeis?
f) Caso a Companhia possua empreendimentos em CVM
fase pré-operacional, em decorrência de projetos de
expansão, reorganização ou modernização, para atendimento
ao princípio da confrontação da receita com a despesa,
foi observado se:
- Tais empreendimentos, enquanto não estiveram em
operação, não produziram efeitos nos resultados apurados
contabilmente pela Companhia;
- As despesas incorridas no período antecedente ao do início
das operações de um empreendimento em implantação foram
agregadas ao ativo diferido;
- Todos os efeitos de receitas e despesas financeiras e de
atualizações monetárias ativas e passivas atribuíveis a
empreendimentos em fase de implantação foram agregados
ao ativo diferido.
g) As Companhias pertencentes aos setores cujos produtos CVM
apresentem alto grau de obsolescência (por exemplo,
o eletrônico e o de informática), adotaram critérios de
amortização condizentes com a expectativa do prazo de
obtenção de receita proveniente dos produtos desenvolvidos.
12 – ATIVOS CONTINGENTES
a) As contingências ativas ou os ganhos contingentes CVM (Delib.489)
registrados têm efetivamente sua obtenção ou recuperação Ibracon (IT 03/02)
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13 – ARRENDAMENTO MERCANTIL
a) No caso de a Companhia ser arrendatária, foram
divulgadas:
- Valor do ativo e passivo, se configurado o arrendamento
como compra financiada;
- Saldo, valor e número de prestações, juros embutidos,
variação monetária;
- Demais informações relativas a contratos de longo prazo.
b) No caso de a Companhia ser arrendadora, foram divulgadas
em notas explicativas:
- Os critérios atualmente utilizados para a contabilização das
suas operações, incluindo os que provocam a necessidade de
ajustes a valor presente;
- Os ajustes a valor presente dos fluxos futuros das carteiras de ar-
rendamento mercantil, evidenciando o efeito no Imposto de Renda.
119
GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
16 – ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
a) Todos os direitos e obrigações, legal ou contratualmente S.A. (Arts. 183 e 184)
sujeitos a atualizações monetárias, foram registrados pelos
seus valores atualizados na data do encerramento do balanço,
atendendo ao critério pro rata dia.
17 – VARIAÇÃO CAMBIAL
Foram divulgados, em nota explicativa, quando relevantes: CVM (Delibs. 294, 404,
409 e 488)
- Os montantes dos ativos e passivos em moeda estrangeira
e os riscos envolvidos;
- O grau de exposição a esses riscos;
- As políticas e os instrumentos financeiros adotados para
diminuição do risco;
No caso do registro, no ativo diferido, o resultado líquido
negativo derivado do ajuste dos valores em reais de obrigações
e créditos foram divulgados;
- O montante das despesas e das receitas decorrentes da
variação cambial;
- As bases de amortização e os valores amortizados em
cada período.
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BDO TREVISAN
18 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Foram divulgadas nas notas explicativas às Demonstrações CVM (OC. 01/2006)
Contábeis, as seguintes informações:
- Valor de mercado de todos os instrumentos financeiros,
reconhecidos ou não como ativo/passivo, e seu balanço
patrimonial;
- Os critérios e premissas adotados para determinação
desse valor;
- As políticas de atuação e de controle das operações nos
mercados derivativos e os riscos envolvidos.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
20 – OPERAÇÕES EM DESCONTINUIDADE
Foram divulgadas em nota explicativa às CVM (OC. 01/2006)
Demonstrações Contábeis as seguintes informações:
- Descrição da operação em descontinuidade;
- Segmento de negócio ou segmento geográfico do qual faz
parte;
- Data e natureza do evento, inicialmente divulgado;
- Data e período que se espera que a descontinuidade esteja
completada, se conhecida ou determinável;
- Valores acumulados, na data do balanço, dos ativos e
passivos totais a serem alienados ou liquidados;
- O preço de venda líquido daqueles ativos pelos quais a
Companhia assinou acordos de venda, o
tempo esperado para recebimento desses fluxos de
caixa e o valor contábil desses ativos líquidos.
21 – SEGUROS
Foram divulgadas em nota explicativa às Demonstrações CVM (OC. 01/2006)
Contábeis as informações relativas aos ativos, as
responsabilidades ou os interesses cobertos por seguros
e os respectivos montantes, especificados por modalidade.
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BDO TREVISAN
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
23 – EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
a) Foram observados os critérios de classificação entre o S.A. (Art. 80)Ibracon
passivo circulante e o exigível a longo prazo. (Pron. IX)
b) Foi divulgada em nota explicativa às Demonstrações Contábeis
as cláusulas restritivas dos contratos de Financiamento e se
a Companhia encontrava-se adimplente ou inadimplente em
relação a essas cláusulas.
c) Os empréstimos e financiamentos indexados em moeda
estrangeira, com cláusula de paridade cambial, estão
convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio em
vigor na data do balanço.
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BDO TREVISAN
25 – DEBÊNTURES
a) Foram divulgadas no balanço patrimonial e/ou em S.A. (Art. 55), CVM
nota explicativa às Demonstrações Contábeis as (Delib. 488) e
seguintes informações: Ibracon(Pron. XI)
- Os termos, inclusive indicando a existência de cláusula
de opção de repactuação e os períodos em que devem
ocorrer as repactuações;
- Aquisições de debêntures de sua própria emissão, a ser
divulgado no relatório da administração.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
26 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
a) Para os Planos de aposentadoria e pensão, foram CVM (Delib. 371)
divulgadas as seguintes informações da Entidade Ibracon (NPC 26 e
patrocinadora: NPC 13)
• A política contábil adotada pela Companhia no
reconhecimento de ganhos e perdas atuariais;
• Descrição geral das características do plano;
• Conciliação dos ativos e passivos reconhecidos no
balanço patrimonial, demonstrando no mínimo:
O valor presente, na data do balanço, das obrigações
atuariais que estejam totalmente descobertas.
O valor presente na data do balanço, das obrigações
atuariais que estejam total ou parcialmente descobertas.
O valor justo dos ativos do plano na data do balanço.
O valor líquido dos ganhos ou perdas atuarias não
reconhecido no balanço.
O valor do custo do serviço passado ainda não
reconhecido no balanço.
Qualquer valor não reconhecido como ativo.
b) Um demonstrativo da movimentação do passivo
(ativo) atuarial líquido, no período.
• O total de despesa reconhecida na demonstração
do resultado para os seguintes itens:
O custo do serviço corrente.
O custo dos juros.
O rendimento efetivo e o esperado sobre os ativos
do plano.
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BDO TREVISAN
28 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Foram divulgadas em nota explicativa às Demonstrações S.A. (Arts. 176 a 200)
CVM (Delib. 488 e OC.
01/2006) e Ibracon
(NPC 27)
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
29 - RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
a) Foi elaborado e está sendo apresentado, com as S.A. (Art. 133) e
demonstrações contábeis, o relatório da administração sobre CVM (OC. 01/2006)
os negócios sociais e os principais fatos administrativos do
exercício findo, o qual contempla claramente, quando aplicável,
as seguintes informações:
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Responsabilidade Social
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A liderança está sendo feita por um país Operadoras do Setor de Saúde Suple-
em desenvolvimento, representado pelo mentar
Brasil, e por um país desenvolvido, repre-
sentado pela Suécia. Em 10 de julho de 2006, a Agência Naci-
onal de Saúde Suplementar, ANS, por meio
de ofício circular, solicitou às Operadoras
Cronograma de construção da Norma que enviassem diversas informações admi-
ISO 26000 nistrativas, econômicas, financeiras e soci-
ais com vistas ao levantamento de indica-
• Setembro 2002 – Conselho da ISO dores de responsabilidade social corporativa
cria Strategic Advisory Group, SAC. do mercado de saúde suplementar.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Aspectos
Tributários
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• promover simulações anuais para Por fim, fazemos uma última sugestão:
identificar mudanças benéficas no parafraseando aqueles que diziam que as
seu regime de tributação, bem como únicas coisas inevitáveis na vida são a morte
revisar o contrato social da sua em- e os tributos, um slogan que melhor substitui-
presa, para verificar se não há estru- ria esse seria o dos que diziam que quando
turas societárias que otimizem o seu recolhiam tributos, compravam civilização.
negócio. Talvez assim saiamos da selvageria fiscal na
• entender ao máximo os softwares qual nos encontramos em que poucos pagam
que permitem cumprir com as exi- muito, muitos sonegam bastante e a imensa
gências fiscais. maioria não consegue nem ter renda para
• não usar métodos ilegais para con- participar do processo de civilização que é o
tornar o Fisco e a burocracia. que, enfim, nos caracteriza como uma nação.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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Aspectos Tributários
TRIBUTOS DIRETOS
LEGISLAÇÃO
IRPF – Carnê
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Fazenda Nacional, PGFN, e ao Instituto Na- 290, de 31 de outubro de 1997, que dispõe
cional do Seguro Social, INSS, com venci- sobre parcelamento de débitos administra-
mento até 28 de fevereiro de 2003, poderão dos pela Secretaria da Receita Federal e
ser, excepcionalmente, parcelados em até pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacio-
130 prestações mensais e sucessivas, na nal, em relação ao valor mínimo de cada
forma e condições previstas. parcela.
Os contribuintes, para exercerem a ade- Com a alteração, o valor mínimo de cada
são ao referido programa, deverão optar parcela passa a ser:
por nele incluir todas suas dívidas fiscais, I - R$ 50,00 quando o devedor for pessoa
com exceção daquelas que tiverem sido física, ainda que o parcelamento seja de
objeto de decisão judicial favorável ao responsabilidade de pessoa jurídica.
contribuinte ou ainda estiverem em trâmi- II - R$ 200,00 quando o devedor for pes-
te na fase administrativa. Sequer os pro- soa jurídica, ainda que o parcelamento seja
cessos garantidos por depósito judicial ou de responsabilidade de pessoa física. A
por penhora podem ser afastados do arro- Portaria MF 185 foi retificada no DOU de 1º
lamento universal determinado. Nestes, o de agosto de 2006.
contribuinte deverá desistir da demanda e (Portaria Ministro de Estado da Fazenda - MF
recolher o que tiver depositado aos cofres 185, de 24 de julho de 2006)
públicos, ficando responsável pelo paga-
mento de eventual saldo. Novo Refis
É requisito para ingresso no Refis III que
a empresa esteja em dia com o pagamento A Portaria SRF 2 regulamenta o
dos tributos recolhidos na fonte - imposto parcelamento de débitos junto à Secretaria
de renda e a parte do empregado da contri- da Receita Federal, SRF, ou à Procuradoria
buição previdenciária. Caso existam débi- Geral da Fazenda Nacional, PGFN, também
tos desse tipo pendentes de pagamento, o conhecido como “Novo Refis”. Essa Porta-
prazo para sua quitação integral é de 30 dias ria abordou os seguintes tópicos:
após a opção, sob pena de exclusão sumá- a) pagamento à vista ou parcelamento
ria do programa. com redução.
(Medida Provisória 303 de 29 de junho de 2006) b) parcelamento em 130 meses.
c) vedações ao parcelamento.
A Portaria MF 185 altera a Portaria MF
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BDO TREVISAN
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
alizados, IPI, incidente sobre equipamen- do mês, entre as variações das taxas, dos
tos, máquinas, aparelhos e instrumentos preços ou dos índices contratados (diferen-
destinados à pesquisa e ao desenvolvimen- ça de curvas), sendo o saldo apurado por
to tecnológico, até dedução, para efeito de ocasião da liquidação do contrato, inclusi-
apuração do lucro líquido, de valor corres- ve por meio da cessão ou do encerramento
pondente à soma dos dispêndios realiza- antecipado da posição.
dos no período de apuração com pesquisa b) o resultado da soma algébrica dos
tecnológica e desenvolvimento de inova- ajustes apurados mensalmente cujos ati-
ção tecnológica, classificáveis como des- vos subjacentes aos contratos sejam mer-
pesas operacionais pela legislação do Im- cadorias, moedas, ativos de renda variável,
posto sobre a Renda da Pessoa Jurídica. O taxas de juros a termo ou qualquer outro
Decreto também define pesquisa ativo ou variável econômica para os quais
tecnológica e desenvolvimento de inova- não seja possível adotar o critério previsto
ção tecnológica. no referido inciso.
(Decreto 5.798 de 7 de junho de 2006) c) o resultado apurado na liquidação do
contrato, inclusive através da cessão ou do
Operações realizadas em mercados encerramento antecipado da posição, no
de liquidação futura caso de opções e demais derivativos.
(Instrução Normativa Secretário da Receita
Para efeito de determinação da base de Federal, SRF 633, de 22 de março de 2006)
cálculo da Contribuição para o PIS (Pasep), da
Contribuição para o Financiamento da Darf
Seguridade Social, Cofins, do Imposto de Ren-
da das Pessoas Jurídicas, IRPJ, e da Contribui- A instituição financeira integrante da Rede
ção Social sobre o Lucro Líquido, CSLL, as Arrecadadora de Receitas Federais, Rarf, fica
instituições financeiras e as demais institui- autorizada a receber Darf e Darf-Simples, por
ções autorizadas a funcionar pelo Banco Cen- meio de leitura de código de barras, desde
tral do Brasil devem computar como receitas que atendidas às seguintes exigências:
ou despesas incorridas nas operações reali- a) apresentar carta de adesão à Coorde-
zadas em mercados de liquidação futura: nação-Geral de Administração Tributária,
a) a diferença, apurada no último dia útil Corat, declarando que se encontra em con-
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ciárias, INSS, estejam com o prazo de vali- do a seu serviço e a parcela a seu cargo,
dade vencido ou venham a vencer no perío- relativas à competência novembro, até o
do de seu cadastramento, recadastramento dia 20 de dezembro, juntamente com a
ou reativação cadastral na Suframa. contribuição referente ao 13º salário, uti-
(Portaria Superintendência da Zona Franca de lizando-se de um único documento de ar-
Manaus, Suframa 225, de 6 de junho de 2006) recadação.
b) vedou ao empregador doméstico efe-
IR – Dedução de contribuições tuar descontos no salário do empregado por
previdenciárias pagas pelos emprega- fornecimento de alimentação, vestuário, hi-
dores giene ou moradia, observadas as suas
especificações.
A Lei 11.324/06 permite, até o exercício c) dispôs que o empregado doméstico
de 2012, ano-calendário de 2011, a dedução terá direito a férias anuais remuneradas de
da contribuição patronal paga à Previdência 30 dias com, pelo menos, um terço a mais
Social pelo empregador doméstico inciden- que o salário normal, após cada período de
te sobre o valor da remuneração do empre- 12 meses de trabalho, prestado à mesma
gado, na declaração de ajuste anual da pes- pessoa ou família.
soa física. Essa dedução está limitada: d) proibiu a dispensa arbitrária ou sem
a) a um empregado doméstico por de- justa causa da empregada doméstica ges-
claração, inclusive no caso da declaração tante desde a confirmação da gravidez até
em conjunto. cinco meses após o parto.
b) ao valor recolhido no ano-calendário Foram vetados pelo presidente da Repú-
a que se referir à declaração. Somente po- blica os seguintes dispositivos introduzidos
derá aproveitar da dedução o contribuinte pelo Congresso Nacional:
que utilizar o modelo completo de Declara- a) referente ao salário-família dos do-
ção de Ajuste Anual, observados os requisi- mésticos.
tos e limites especificados. b) que dispunha sobre o pagamento do
A Lei 11.324 ainda: FGTS aos domésticos.
a) alterou a legislação previdenciária, c) relativo à redução da alíquota do imposto
de forma a permitir ao empregador reco- de renda nas operações relacionadas a arrenda-
lher a contribuição do segurado emprega- mento mercantil de aeronaves e seus motores.
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
sobre créditos não quitados para com o setor repactuação deverão ser creditados em
público, permitindo a análise dos riscos de conta corrente de depósito.
crédito, assim como uniformizar a conduta Os valores referentes ao resgate, liqui-
dessas entidades, com vistas à administra- dação, cessão ou repactuação das opera-
ção seletiva dos recursos existentes para o ções que tenham por objeto os valores mo-
atendimento das operações de crédito, con- biliários referidos, adquiridos a partir de 1º
siderada a efetiva situação do interessado. de outubro de 2004, serão creditados em
(Decreto 5.913, de 27 de setembro de 2006) conta corrente de depósito, se adquiridos
por intermédio de lançamento a débito des-
Fundos de Investimento sa mesma conta, ou em conta corrente de
depósito para investimento, se adquiridos
A partir de 1º de outubro de 2006, os va- por intermédio de lançamento a débito des-
lores de resgate, liquidação, cessão ou sa mesma conta.
repactuação das aplicações financeiras (Instrução Normativa Secretário da Receita
existentes em 30 de setembro de 2004, Federal, SRF 678, de 19 de setembro de 2006)
exceto em contas de depósito de poupan-
ça, poderão ser creditados diretamente ao Acordos Internacionais para evitar a
beneficiário, em conta corrente de depósi- dupla tributação
to para investimento.
Esta disposição se aplica aos investi- A Fazenda pronunciou-se com o intuito
mentos em ações ou contratos refe- de definir os métodos de aplicação da Con-
renciados em ações ou índices de ações, venção destinada a evitar a dupla tributa-
negociados nos mercados de bolsas de ção e a prevenir a evasão fiscal em rela-
valores, de mercadorias e de futuros, e em ção ao Imposto sobre a renda, assinada
mercado de balcão organizado, adquiridos pela República Federativa do Brasil com o
até 12 de julho de 2002. Não se aplica, Estado de Israel.
entretanto, às operações que tenham por (Portaria Ministro de Estado da Fazenda, MF 1
objeto os valores mobiliários acima refe- de 4 de janeiro de 2006)
ridos, adquiridos entre 13 de julho de 2002
e 30 de setembro de 2004, cujos valores O Governo brasileiro promulgou a con-
de resgate, liquidação, cessão ou venção celebrada com o governo da Ucrânia
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GUIA PARA AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ção de ex-tarifários, tais como unidades ele- de papel e celulose, empilhadeiras de cai-
trônicas de controle para uso em veículos xas de papelão e torres porta ferramentas.
com motores de ignição. Também altera a (Resolução Câmara de Comércio Exterior 6, de 16
Resolução Camex 3: no item 8528.21.10, de março de 2006)
onde se lê “existentes”, leia-se “externas”.
(Resolução Câmara de Comércio Exterior 12, de 8 Altera para 2%, até 30 de junho de 2008,
de junho de 2006) as alíquotas ad valorem do Imposto de Im-
portação incidentes sobre diversos Bens de
Imposto de importação – bens de Capital, na condição de ex-tarifários. Os
capital bens descritos na Resolução referem-se a
maquinário industrial, tais como equipa-
Ficam alteradas para 2%, até 31 de de- mento para dosagem de nitrogênio líquido,
zembro de 2007, as alíquotas ad valorem do fotoplotadoras a laser e fresadoras automá-
Imposto de Importação incidentes sobre di- ticas de comando numérico.
versos Bens de Capital, na condição de ex- (Resolução Câmara de Comércio Exterior 9, de 4
tarifários. Os bens descritos na Resolução re- de maio de 2006)
ferem-se a maquinário industrial, tais como
máquinas automáticas para fabricação de Altera para 2%, até 30 de junho de 2008,
parafusos, tesouras com controle lógico as alíquotas ad valorem do Imposto de Im-
programável, serras circulares múltiplas, etc. portação incidentes sobre diversos Bens de
Capital, na condição de ex-tarifários. Os
(Resolução Câmara de Comércio Exterior 2, de 22 bens descritos na Resolução referem-se a
de fevereiro de 2006) maquinário industrial, tais como rolos de
fibra de carbono e tornos horizontais de co-
Altera para 2%, até 31 de dezembro de mando numérico computadorizado.
2007, as alíquotas ad valorem do Imposto (Resolução Câmara de Comércio Exterior 11, de 8
de Importação incidentes sobre diversos de junho de 2006)
Bens de Capital, na condição de ex-
tarifários. Os bens descritos na Resolução Importação – suspensão de pagamen-
referem-se a maquinário industrial, tais to das obrigações fiscais
como prensas para máquinas de fabricação
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telefônicos por fio conjugado com apare- cumulativamente ou não, e que, por oca-
lho telefônico portátil sem fio e os apare- sião da sua opção pelo Repes, assuma com-
lhos de telecomunicação por corrente por- promisso de exportação igual ou superior a
tadora ou de telecomunicação digital; 80% de sua receita bruta anual, decorrente
videofones. de vendas de bens ou serviços.
Não poderão optar pelo Repes as pes-
A suspensão da Contribuição para o PIS/ soas jurídicas que tenham suas receitas,
Pasep e da Cofins compreende os seguin- no todo ou em parte, submetidas ao regi-
tes serviços: me de incidência cumulativa da Contribui-
a) Armazenagem, gerenciamento, ção para o PIS/Pasep e da Cofins; a optante
processamento e transmissão de dados. pelo Sistema Integrado de Pagamento de
b) Desenvolvimento de software. Impostos e Contribuições das Micro-
c) Suporte técnico em equipamentos de empresas e das Empresas de Pequeno Por-
informática, sistemas de comunicação e te - Simples; ou que esteja em situação
softwares. irregular em relação aos tributos e contri-
d) Assessoria e consultoria em sistemas buições administrados pela SRF.
de comunicação e tecnologia da informação.
e) Manutenção e atualização de equi- (Decreto 5.713, de 2 de março de 2006 e
pamentos de informática, sistemas de co- Instrução Normativa SRF 630,
municação e softwares. de 15 de março de 2006)
f) Certificação digital.
g) Administração de redes. Alíquota zero do PIS/Pasep e da Cofins
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operações realizadas em mercados de li- observância das normas e condições por ele
quidação futura para cálculo da Contribui- estabelecidas.
ção para o PIS/Pasep e da Cofins, vedando, (Instrução Normativa – Secretaria da Receita
a partir dos fatos geradores ocorridos no Federal 633, de 22 de março de 2006)
mês-calendário de março de 2006, o reco-
nhecimento de despesas ou de perdas apu- Declaração de Compensação, DCOMP,
radas em operações realizadas em merca- Divulgados códigos de receita
dos fora de bolsa no exterior, no caso das
pessoas jurídicas relacionadas no inciso I A SRF divulgou os códigos de receita a
do § 6º do artigo 3º da Lei 9.718, de 27 de serem informados no preenchimento da De-
novembro de 1998, independentemente da claração de Compensação, DCOMP, gerada
data da contratação. pelo programa PER/DCOMP 2.2.
Em relação ao IRPJ e à CSLL, poderão Os códigos anunciados referem-se:
ser computados na determinação da base
de cálculo os resultados líquidos, positivos a) à Contribuição para o PIS/Pasep e a
ou negativos, obtidos em operações de co- Cofins das Sociedades em Conta de Partici-
bertura (hedge) realizadas em mercados de pação, SCP.
liquidação futura, diretamente pela empre- b) à retenção da Contribuição para o PIS/
sa brasileira, em bolsas no exterior. Pasep e da Cofins do setor automotivo.
Os prejuízos e perdas decorrentes das c) à CSLL das entidades financeiras e
demais operações realizadas no exterior equiparadas.
somente poderão ser deduzidos até o limi-
te dos ganhos auferidos no exterior, não Os códigos deverão ser incluídos na ta-
podendo ser compensados com lucros e bela do programa PER/DCOMP 2.2 median-
ganhos auferidos no Brasil, sendo admiti- te a utilização da opção “Manutenção da
da, até 31 de dezembro de 2004, no caso do Tabela de Códigos” do menu “Ferramentas”.
IRPJ, a dedução de prejuízos e perdas nas (Ato Declaratório Executivo – Corat 21 de 8 de
operações de cobertura de riscos realiza- março de 2006)
das em outros mercados futuros, no exteri-
or, além de bolsas, desde que admitidas
pelo Conselho Monetário Nacional e com
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8.248 de 23 de outubro de 1991, que trata so- ples no ano-calendário de 2006, em rela-
bre a capacitação e competitividade do setor ção ao período anterior à exclusão. A De-
de informática e automação, etc. claração Simplificada da Pessoa Jurídica -
(Medida Provisória 340, Simples deverá ser entregue no período de
de 29 de dezembro de 2006) 2 de janeiro a 31 de maio de 2007.
(Instrução Normativa Secretaria da Receita Federal
Declaração simplificada da pessoa 692, de 30 de novembro de 2006)
jurídica
IOF – alíquota zero
Foram aprovados o programa gerador e
as instruções de preenchimento da Decla- A operação de crédito realizada por uma
ração Simplificada da Pessoa Jurídica - Sim- instituição financeira para cobertura de saldo
ples 2007, a ser apresentada, obrigatoria- devedor em outra instituição financeira, até o
mente, pelas pessoas jurídicas optantes montante do valor portado e desde que não
pelo Sistema Integrado de Pagamento de haja substituição do devedor, sujeita-se à in-
Impostos e Contribuições das cidência do Imposto sobre Operações de Cré-
Microempresas e das Empresas de Peque- dito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos e
no Porte (Simples), relativa ao ano-calen- Valores Mobiliários (IOF) à alíquota zero.
dário de 2006, exercício de 2007. O progra- A alíquota zero não será aplicável nas
ma deve ser utilizado também pelas pesso- hipóteses de prorrogação, renovação,
as jurídicas que forem extintas, cindidas novação, composição, consolidação, confis-
parcialmente, cindidas totalmente, são de dívidas e negócios assemelhados, de
fusionadas ou incorporadas durante o ano- operação de crédito em que haja ou não subs-
calendário de 2007 ou excluídas do Sim- tituição do devedor, ou de quaisquer outras
Até 1.313,69 – –
De 1.313,70 até 2.625,12 15 197,05
Acima de 2.625,12 27,5 525,19
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alterações contratuais, exceto taxas, hipó- jeto aprovado para instalação, ampliação, mo-
teses em que o imposto complementar dernização ou diversificação, enquadrados em
deverá ser cobrado à alíquota vigente na setores da economia, considerados prioritários
data da operação inicial nos termos do para o desenvolvimento regional em
Decreto 4.494/02. microrregiões menos desenvolvidas localiza-
(Portaria MF 301, de 10 de outubro de 2006) das nas áreas de atuação das extintas Sudene
e Sudam, terão direito, para bens adquiridos
Compensação da Cide-Combustíveis de 1° de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de
2013, à depreciação acelerada incentivada,
A pessoa jurídica, que adquirir no mer- para efeito de cálculo do imposto sobre a ren-
cado interno ou importar hidrocarbonetos da, e ao desconto, no prazo de doze meses
líquidos, poderá compensar, com tributos e contado da aquisição, dos créditos da Contri-
contribuições administrados pela Secreta- buição para o PIS/Pasep e da Contribuição para
ria da Receita Federal, o valor da Cide-Com- o Financiamento da Seguridade Social - Cofins
bustíveis pago pela pessoa jurídica de que tratam o artigo 3°, §1°, inciso III, da Lei
vendedora, no caso de aquisição no mer- 10.637/02, o artigo 3o, § 1o, inciso III, da Lei
cado interno, ou pago diretamente, no caso 10.833/03 e o artigo 15, § 4º, da Lei 10.865/04
de importação. na hipótese de aquisição de máquinas, apa-
O direito à compensação só existirá nos relhos, instrumentos e equipamentos novos,
casos de aquisições no mercado interno e destinados à incorporação ao ativo imobiliza-
importações de hidrocarboneto líquidos que do.
não sejam destinados à produção de gaso- (Decreto 5.988, de 19 de dezembro de 2006)
lina ou diesel e que sejam utilizados, pela
pessoa jurídica importadora ou adquirente IR – Rendimentos recebidos do exteri-
no mercado interno, como insumo para a or – cotação do dólar – janeiro de 2007
fabricação de outros produtos.
(Decreto 5.987, de 19 de dezembro de 2006) Para efeito da apuração da base de cál-
culo do Imposto de Renda, no caso de ren-
IR e depreciação acelerada dimentos recebidos de fontes situadas no
exterior: I - os rendimentos em moeda es-
As pessoas jurídicas que tenham pro- trangeira que forem recebidos no mês de
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janeiro de 2007, bem assim o imposto ção de Ajuste Anual pela pessoa física, ou
pago no exterior, serão convertidos em re- em cada período de apuração, trimestral
ais mediante a utilização do valor do dó- ou anual, pela pessoa jurídica tributada
lar dos Estados Unidos da América fixado com base no lucro real os valores
para compra no dia 15 de dezembro de despendidos a título de patrocínio ou doa-
2006, cujo valor corresponde a R$ 2,1462; ção, no apoio direto a projetos desportivos
II - as deduções que serão permitidas no e paradesportivos previamente aprovados
mês de janeiro de 2007 (incisos II, IV e V pelo Ministério do Esporte.
do artigo 4° da Lei 9.250/95) serão con- Essas deduções ficam limitadas:
vertidas em reais mediante a utilização I - relativamente à pessoa jurídica, a 1%
do valor do dólar dos Estados Unidos da do imposto devido, observado o disposto
América fixado para venda no dia 15 de no § 4º do artigo 3º da Lei 9.249 de 1995,
dezembro de 2006, cujo valor corresponde em cada período de apuração.
a R$ 2,1470. II - relativamente à pessoa física, a
(Ato Declaratório Executivo Coordenador-Geral do 6% do imposto devido na Declaração de
Sistema de Tributação, Cosit 37 de 20 de Ajuste Anual, conjuntamente com as de-
dezembro de 2006) duções de que trata o artigo 22 da Lei
9.532 de 1997.
IMPOSTO DE RENDA - ATIVIDADES (Lei 11.438, de 29 de dezembro de 2006)
DESPORTIVAS - INCENTIVOS E BENEFÍ-
CIOS Informe de rendimentos financeiros -
normas para emissão
A Lei 11.438, de 29 de dezembro de
2006, instituiu incentivos e benefícios fis- As instituições financeiras, as socieda-
cais para fomentar as atividades de cará- des corretoras e distribuidoras de títulos e
ter desportivo. Referida Lei foi alterada valores mobiliários, as sociedades segura-
pela MP 342 de 2006 (DOU de 2 de janeiro doras, as entidades de previdência comple-
de 2007). Assim, a partir do ano-calendá- mentar, as sociedades de capitalização, a
rio de 2007, até o ano-calendário de 2015, pessoa jurídica que, atuando por conta e or-
inclusive, poderão ser deduzidos do Impos- dem de cliente, intermediar recursos para
to de Renda devido, apurado na Declara- aplicações em fundos de investimento ad-
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Renda, pois está abrangida na regra de isen- go 39, XX, do Regulamento do Imposto de
ção referente à indenização paga por des- Renda, aprovado pelo Decreto 3000/99.
pedida ou rescisão de contrato de trabalho, A conversão em pecúnia das férias de-
prevista no artigo 6°, V, da Lei 7713/88 e vidas tem natureza indenizatória, portan-
repetida no artigo 39, XX, do Regulamento to, não é passível de incidência do Impos-
do Imposto de Renda, aprovado pelo De- to de Renda.
creto 3000/99.
A conversão em pecúnia das férias devi- Refis. Prazos: janeiro e março de
das tem natureza indenizatória, portanto não é 2000. LEI 9.430/96.
passível de incidência do Imposto de Renda.
Acórdão: REsp 799.132-SC
Refis. Prazos: janeiro e março de 2000. Relator: Ministro Castro Meira
LEI 9.430/96. Data: 1º de junho de 2006
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Cuida-se de acórdão que admitiu a com- Precedentes: REsp 482.435-RS, Rel. Min.
pensação do PIS tão-somente com parce- Eliana Calmon, DJ de 4 de agosto de 2003;
las vencidas ou vincendas dessa contribui- RESP 518.656-RS, Relatora e Ministra
ção social, uma vez que, no entendimento Eliana Calmon, DJ de 31 de maio de 2004;
do relator do acórdão, deve ser observada, AgRg no AG 623105-RJ, Relator e Ministro
para fins de compensação, a legislação vi- Castro Meira, DJ de 21 de março de 2005;
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REsp 638745/SC, Rel. Min. Luix Fux, DJ 26 Acórdão: REsp 422.168/AM - STJ
de setembro de 2005. Relator: Ministro João Otávio de Noronha
Data: 1º de junho de 2006
IPI. Crédito-Prêmio
No mencionado julgamento prevaleceu
Precedentes: REsp 752.550/RS, 1ª T., o entendimento de que as empresas de cons-
Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 19 de se- trução civil não estão sujeitas ao diferenci-
tembro de 2005; EDcl no REsp 225.359/DF, al de alíquotas do ICMS ao adquirir merca-
2ª T., Min. Castro Meira, DJ de 3 de outubro dorias em operações interestaduais com o
de 2005; REsp 661.300/RS, 2ª T., Min. Eliana escopo de empregar nas próprias obras que
Calmon, DJ de 20 de fevereiro de 2006. Re- executam.
curso especial ao qual se nega provimento.
Precedentes citados: EREsp 149.946-
PIS na inexistência de empregados MS, DJ de 20 de março de 2000; REsp
Acórdão: REsp 493.001/RS - STJ 613.213-DF, DJ de 30 de maio de 2005; REsp
Relator: Ministro João Otávio de Noronha 557.040-MT, DJ de 28 de março de 2005;
Data: 23 de maio de 2006 REsp 438.942-BA, DJ de 9 de agosto de 2004,
e REsp 595.773-MT, DJ de 5 de abril de 2004.
A contribuição para o PIS tem como fun-
damento para sua Instituição a admissão Não incidência do INSS sobre o terço
de empregados pela Empresa. Inexistindo, constitucional de férias
ocasionalmente, empregados, não é devi-
da a exação em debate. Acórdão: REsp 786.988-DF
Relator: Ministro Castro Meira
Precedentes citados: EDcl no AgRg no Data: 28 de março de 2006
CC 26.808-RJ, DJ de 10 de junho de 2002, e
REsp 639.105-RS, DJ de 6 de março de 2006. Uma vez que, a partir da Lei 9.527/97, os
valores pagos a título de função
ICMS. Operações interestaduais. Di- comissionada não se incorporam aos
ferencial. Alíquotas. Empresa. Construção proventos da aposentadoria, não devem
Civil. incidir contribuições previdenciárias sobre
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mou que a clínica recorrida exerce ativida- cassete, não se caracteriza, para fins de in-
de hospitalar. Destacou a Ministra e cidência do ISS a entrega do serviço ou do
Relatora que a Primeira Seção enfrentou seu produto e não com sua oferta ao públi-
essa controvérsia, mas deixou aberta a co consumidor.
questão para ser decidida caso a caso, a
depender do conteúdo da base fática apu- ISS – Serviços Laboratoriais
rado nas instâncias ordinárias.
Acórdão: REsp 834.268-SC
ICMS: Incidência sobre comer- Relator: Ministro Teori Albino Zavascki
cialização de fitas de vídeo Data: 7 de dezembro de 2006
Conforme o entendimento do Superior
Acórdão: RE 191454 / SP - São Paulo Tribunal de Justiça, a prestação de serviços
Relator: Ministro Sepúlveda Pertence laboratoriais não se insere no conceito de
Data: 22 de novembro de 2006 serviços hospitalares para fins de ISS, não
se lhe aplicando, por analogia tributária, a
O STF pacificou o entendimento de que alíquota reduzida prevista no artigo 15, § 1º,
incide ICMS sobre a comercialização, me- III, a, da Lei 9.249/95 c/c o artigo 111 do CTN.
diante oferta ao público, de fitas para
videocassete gravadas em série. Tal como ICMS – Estorno de Lançamento
ocorre com os programas de computador ou
software (cf. RE 176626, Pertence, 11 de Acórdão: REsp 598.936-RS
dezembro de 1998), a fita de vídeo pode ser Relator: Ministro Castro Meira
o exemplar de uma obra oferecido ao públi- Data: 21 de novembro de 2006
co em geral (e nesse caso não seria lícito
negar-lhe o qualificativo de mercadoria), ou Na hipótese, o contribuinte escriturou
o produto final de um serviço realizado sob créditos de ICMS de 1995 a 1998 em razão
encomenda, para atender à necessidade es- da aquisição de mercadorias tributadas
pecífica de determinado consumidor, hipó- pelo referido imposto e fez o pagamento
tese em que se sujeita à competência tri- levando em conta o aproveitamento des-
butária dos municípios. Se há de fato, ses valores em sua escrita fiscal. Posterior-
comercialização de filmes para video- mente, teve seus créditos glosados e foi
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notificado para pagar a diferença, já que a ta pelo artigo 2º, § 2º, da IN 23/97, que deter-
operação que havia gerado os créditos foi mina que o benefício do crédito presumido
declarada isenta por decisão judicial tran- do IPI, para ressarcimento de PIS/Pasep e
sitada em julgado. Embora entendesse o Cofins, somente será cabível em relação às
Fisco, à época da escrituração dos créditos, aquisições de pessoas jurídicas. O Ministro
que as operações com embalagens perso- e Relator entende que uma norma subalter-
nalizadas eram tributadas pelo imposto, na, qual seja, instrução normativa, não tem
esse fato, por si só, não retira daquele o o condão de restringir o alcance de um texto
direito de recusar homologação ao paga- de lei por ofender o princípio da legalidade,
mento antecipado pelo contribuinte, ainda inserto no artigo 150, I, da CF/88. A jurispru-
que a mudança de entendimento tenha sido dência do Superior Tribunal de Justiça
forçada por decisão judicial posterior à es- posiciona-se no sentido da ilegalidade do
crituração dos créditos e seu conseqüente artigo 2º, § 2º, da IN 23/97.
aproveitamento. No presente Acórdão, o
Superior Tribunal de Justiça entendeu que Cofins Isenção – Sociedades Civis e
é viável o estorno dos créditos, assim como Prestação de Serviços.
o lançamento de ofício da diferença apura-
da realizado no prazo de cinco anos de que Acórdão: REsp 811.576-SP
dispunha o Fisco para homologar o paga- Relator: Ministro Teori Albino Zavascki
mento antecipado pelo contribuinte, em Data: 7 de novembro de 2006
estrita observância ao artigo 150, caput e § Trata-se de recurso contra acórdão que,
4° do Código Tributário Nacional. em demanda visando à declaração de
inexigibilidade do recolhimento da Cofins
IPI Crédito Presumido – Ressarcimen- de sociedades civis prestadoras de servi-
to PIS/Cofins. ços de profissão regulamentada, em razão
da isenção prevista no artigo 6º, II, da Lei
Acórdão: REsp 494.281-CE Complementar 70/91, decidiu que foi legí-
Relator: Ministro Humberto Martins tima a revogação da isenção operada pela
Data: 21 de novembro de 2006 Lei 9.430/96, inexistindo qualquer ofensa
Há controvérsia sobre a limitação da in- ao princípio da hierarquia entre as normas.
cidência do artigo 1º da Lei 9.363/96 impos- No caso, a recorrente aponta negativa de
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REsp 413.825 – PR
Relator: Ministro Francisco Falcão
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS
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A BDO Trevisan é uma empresa de auditoria e consultoria com 24 anos de experiência no
mercado brasileiro e integra a rede internacional da BDO, uma das maiores empresas do mun-
do nesse segmento. Compartilhamos a segurança, a metodologia, a experiência, a capacitação
e as políticas utilizadas em 105 países para o melhor atendimento a nossos clientes.
São mais de mil profissionais especializados, distribuídos em unidades de negócios que
atuam de forma integrada para garantir ao cliente, além da proximidade geográfica, um
padrão único de qualidade.
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O debate da conjuntura político-econômica e a análise das oportunidades das empresas
brasileiras sempre foram uma tradição na BDO Trevisan e na Trevisan Escola de Negócios.
Por essa razão, a empresa e a escola criaram a Trevisan Editora Universitária, uma editora
disposta a mesclar o know-how prático da empresa com o embasamento teórico dos melhores
professores, consultores e analistas de política e economia.
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