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Hidrologia

Prof. Alfredo Akira Ohnuma Júnior

IRRIGAÇÃO
1) Introdução.
2) Relação água-solo.
3) Relações água-planta-atmosfera.
4) Métodos de Irrigação.
a) Irrigação por super/cie
b) Irrigação por aspersão.
c) Irrigação localizada.

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Definição de irrigação: é a aplicação ar+ficial de água às plantas, visando


suprir a falta, insuficiência ou má distribuição das
chuvas.

Complementar
à Planta pode completar o ciclo sem a irrigação.
à Má distribuição de chuvas.
à Melhorar a produ+vidade.
à Decisão econômica. Região Sudeste.

Essencial ou total
à Planta não completa o ciclo sem a irrigação. Nordeste e estufas.

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Vantagens da irrigação

• Incorporação de áreas improdutivas à produção agrícola.


• Garantia de produção à deficiências hídricas.
• Colheita na entressafra. Permite mais de uma safra por ano.
• Permite a fertirrigação.
• Geração de empregos.
• Melhor qualidade da produção.
• Aumento da produtividade (tabela).

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Produtividade de determinadas culturas

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Limitações da irrigação

• Alto consumo de água à manejo da irrigação.


• Alto custo de implantação.
• Falta de mão-de-obra especializada.
• Salinização de solos inadequadamente manejados.
• Impactos ambientais à Resíduos, mosquitos, alteração
de ecossistemas.
• Disponibilidade hídrica.

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Uso da Irrigação no Brasil 2004

Região Localizada Pivô-central Aspersão Superfície


Convencional

Norte 4,5% ↑ 2,0% ↑ 9,2% ↑ 84,3%

Nordeste 24,7% ↑ 15,0% 32,5% 28,3%

Centro-Oeste 8,1% ↑↑ 60,9% ↑ 11,0% ↓ 20,0%

Sudeste 11,8% ↑ 37,1% 29,5% 22,0% ↓

Sul 1,4% ↑ 2,9% ↑ 7,0% ↑ 88,7%

Brasil 9,8% ↑↑ 20,6% 19,3% 50,3%

Fonte: Christofidis (2006) e Censo Agropecuário. 6


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IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

A água flui continuamente


através das plantas: entra pelas
raízes e sai pelos estômatos
(transpiração).
A transpiração, faz com que as
plantas necessitem de água
disponível no solo.

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IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

A água é veículo para transporte dos nutrientes solúveis;


Contribui para a manutenção da estrutura da planta
(turgescência);
Afeta a aeração (troca de gases) e a temperatura do solo;
Influencia os processos bió=cos (microorganismos, reações
químicas, etc.).
A existência de umidade suficiente no solo é uma preocupação
essencial no manejo de agroecossistemas.

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IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Raramente a disponibilidade de água de um solo é exatamente


a óQma para uma cultura durante um período de tempo muito
longo (um ciclo de cul=vo).

Pode variar de deficiente a excessivo, de um dia para outro ou


em intervalos curtos.

Existe uma faixa de valores de umidade que possibilita os


rendimentos mais elevados para a maioria das plantas
culQvadas.

O desafio é manejar a água no solo de maneira a manter as


condições dentro dessa faixa ó=ma.
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UMIDADE DE CAPACIDADE DE CAMPO (CC)

Após a drenagem da água gravitacional proveniente de um solo


saturado, o solo alcança depois de um determinado tempo, um
estado de umidade (“de equilíbrio”), que se denomina UMIDADE
DE CAPACIDADE DE CAMPO.

Também considera-se que nesta umidade o movimento da água


no perfil torna-se muito lento.

A CC é normalmente considerada como o limite superior da


quantidade de água no solo disponível para alimentar as plantas.

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UMIDADE DE CAPACIDADE DE CAMPO (CC)

Observação:

A umidade de capacidade de campo não


é a umidade máxima que um solo pode
apresentar, mas é a umidade máxima disponível
para absorção pelas plantas, uma vez que
permanece retida e disponível.

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PWP: Permanent Wilting


Point

FC: Field Capacity

SWC: Soil Water


Capacity

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PONTO DE MURCHA PERMANENTE (PMP)

Representa a umidade abaixo da qual, a taxa de absorção de água


pela planta não é suficiente para suprir a demanda evapotranspira+va.
Com a perda de umidade por evaporação e transpiração, sem que haja
dotação de água ao terreno, o solo poderá alcançar um nível mínimo de
umidade, no qual as plantas não conseguem mais extrair água e se
murcham de maneira permanente.
Ou seja, em função desse descompasso entre a quan+dade de
água absorvida e quan+dade de água transpirada, a planta sofrerá uma
deficiência hídrica crescente, que resultará em murcha e morte por
secamento.
Conteúdo de água de um determinado solo quando uma planta
indicadora, crescendo neste solo, murcha e não se recupera quando
colocada em uma câmara úmida (limite inferior de água no solo).
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DISPONIBILIDADE TOTAL DE
ÁGUA NO SOLO: CONCEITO
A água disponível no solo para u2lização pelas
plantas é aquela armazenada entre os graus de umidade
correspondentes à CAPACIDADE DE CAMPO e ao PONTO DE
MURCHAMENTO PERMANENTE.

Θcc: umidade da capacidade de campo


CAD = ⍬cc - ⍬pmp Θpmp: umidade do ponto de murcha permanente
CAD: Capacidade de Água Disponível
CTA = CAD x Z CTA: Capacidade Total de Água
CRA: Capacidade Real de Água no Solo
CRA = CTA x f Z: profundidade efetiva do sistema radicular
f: fator disponibilidade < 1
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DISPONIBILIDADE TOTAL DE
ÁGUA NO SOLO: Fator Disponibilidade f
O fator disponibilidade ou de esgotamento de água disponível depende:
• 2po de cultura (verduras, frutas)
• 2po de solo (arenoso, argiloso)
• demanda de evapotranspiração (condições climatológicas)
Fator f
Grupos de culturas Faixa
comum
Verduras e 0,2 a 0,4
legumes
Frutas e forrageiras 0,3 a 0,5
Grãos e algodão 0,4 a 0,6
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DISPONIBILIDADE TOTAL DE
ÁGUA NO SOLO: Exercício

Um determinado solo possui θcc de 35% e θpmp de 20%.


Sabendo-se que o fator disponibilidade é 0,4, calcule a
umidade críKca deste solo (θcrí&ca) e a quanKdade de
água aplicada para elevar θcrí&ca para θcc considerando
uma profundidade do sistema radicular de 60cm.

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DISPONIBILIDADE TOTAL DE
ÁGUA NO SOLO: CONCEITO
Calcula-se também a disponibilidade total de água no solo (DT) a parHr da
capacidade de campo (CC), do ponto de murcha (PM) e da densidade do solo
(Da), com base na expressão:

𝜃!! − 𝜃"#"
𝐷𝑇𝐴 = ×ρ
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DTA em mm de altura d’água por cm de solo;


⍬CC em % do peso de solo;
⍬PMP em % do peso de solo;
p é a densidade aparente do solo, relaHva à densidade
da água (1g/cm3), portanto adimensional.

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IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Ao se projetar um sistema de irrigação é necessário


estar ciente de:

1. Como a água se comporta no solo e qual o seu teor


adequado?
2. Como os níveis de umidade são afetados por
condições atmosféricas e por práticas de cultivo?
3. Que quantidades de água devem ser aplicadas para
obter a umidade ideal sem desperdício?
4. Quais são as necessidades reais que as plantas
cultivadas têm?
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Irrigação Tipo Sub-tipos


MÉTODOS DE Sulcos -
IRRIGAÇÃO Faixas ou Tabuleiros -
Tipos Superfície
Intermitente
Inundações
Contínua
Portátil
Convencionais Semi-portátil
Fixo
Aspersão
Auto-propelido
Mecanizados Pivô-central
Lateral móvel
Gotejamento -
Localizada
Microaspersão -

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Eficiência de aplicação média dos


sistemas de irrigação

Eficiência de
Sistema de Irrigação
aplicação média (%)
Irrigação localizada 90 a 95

Pivô central 85 a 95

Aspersão convencional 80 a 90

Irrigação por sulcos 50 a 70


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IRRIGAÇÃO POR ESCOAMENTO SOBRE


A SUPERFÍCIE DO SOLO
Caracterizam-se por u+lizar a superacie do solo para distribuir a água.
A inundação da superGcie pode ser:
• temporária, o suficiente para infiltrar a quan+dade de água requerida
ao solo, ou
• prolongada, procurando manter uma lâmina líquida superficial,
durante a maior parte da estação de irrigação.

A irrigação por superPcie prevalece em 70% das áreas


irrigadas do mundo.
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MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE


Vantagens
• Distribuem a água na super/cie por gravidade sem uso de
tubulações.
• Simplicidade operacional. Baixo custo.
• Independe da altura das plantas.
Limitações
• Necessita nivelamento da super/cie do solo.
• Exige maior mão-de-obra.
• Necessita de muitos parâmetros de campo para projetos.
• Não permite a ferQrrigação.
• Apresenta baixa eficiência de aplicação (em média 50%).
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MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE

Nos métodos de irrigação por escoamento sobre a


superfície, a água é trazida por canais ou tubos até a parte mais
alta da área de cultivo e daí é distribuída, escoando diretamente
sobre o solo.

Controle do tempo durante o qual ocorre o escoamento


para promover uma infiltração adequada e umedecer o perfil do
solo onde estão as raízes das espécies cultivadas.

Os procedimentos de distribuição da água dispensam o


uso de tubulações dentro da área irrigada.

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MODALIDADES DE IRRIGAÇÃO POR ESCOAMENTO


SOBRE A SUPERFÍCIE DO SOLO

1) Método de irrigação por inundação


Inundação intermitente
Inundação conDnua

2) Método de irrigação por sulcos

3) Método de irrigação por faixas

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INUNDAÇÃO INTERMITENTE EM FRUTEIRAS

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INUNDAÇÃO CONTÍNUA (ARROZ)

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MANEJO DA INUNDAÇÃO
O tempo que a água permanece dentro do tabuleiro define se o
manejo é intermitente ou contínua.

No manejo intermitente, o espelho d’água é formado


rapidamente e permanece dentro do tabuleiro apenas durante o
tempo necessário para que a água umedeça o perfil do solo até a
profundidade em que se encontram as raízes da espécie cultivada.
Depois deste tempo a água é retirada.

No manejo contínuo, típico da cultura do arroz, o espelho


d’água pode permanecer dentro do tabuleiro por todo o ciclo da
cultura, auxiliando no controle das plantas espontâneas; dependendo
da tradição local, pode haver curtos períodos de drenagem. Próximo à
colheita a água é retirada.

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IRRIGAÇÃO POR SULCOS


Consiste na condução da água em pequenos canais paralelos
durante o tempo necessário para que a água, infiltrada ao longo do
sulco, seja suficiente para umedecer o solo.
Espaçamento entre sulcos: o movimento lateral da água entre sulcos adjacentes
deve umedecer toda a zona radicular antes de umedecer regiões abaixo dela.
Na maioria das vezes o espaçamento é definido pelo espaçamento da cultura.

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RAZÃO DA DESUNIFORMIDADE NA APLICAÇÃO DA LÂMINA


DE IRRIGAÇÃO AO LONGO DO SULCO

Sulco (declive entre 0,5 e 2,0% c/


velocidade sem provocar erosão)
Canal de irrigação

Lâmina infiltrada Canal de drenagem

A água permanece muito mais tempo em


contato com o início do sulco do que com
a parte final.
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INUDAÇÃO EM TABULEIROS
OU BACIAS DE INUNDAÇÃO

É um método de irrigação que consiste na aplicação de


água em faixas em uma parcela da superfície do solo cercada por
diques (taipas). A água represada infiltra, umedecendo a zona do
perfil onde se encontram as raízes das plantas cultivadas.

A parcela irrigada recebe o nome de “tabuleiro de


inundação” ou “quadra” e constitui uma unidade independente
no que se refere ao manejo da água.

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TABULEIRO DE INUNDAÇÃO

Dique ou Taipa

Espelho d’água

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TABULEIRO DE INUNDAÇÃO

TABULEIRO

ESTRADA

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ESPÉCIES ADAPTADAS
A irrigação em tabuleiros de inundação pode ser utilizadas para
várias espécies. O arroz cresce muito bem em solos inundados e por
isso está associado a este método de irrigação mais que qualquer outra
cultura.

Há relatos na literatura de uso deste método com forrageiras


(trevo e alfafa), fruteiras (citrus, banana, ameixa), culturas semeadas a
lanço, como cereais (aveia, cevada) e culturas cultivadas em linha,
como feijão e milho.

A irrigação em tabuleiros não é indicada para espécies que


sofrem prejuízos quando o solo permanece saturado por períodos
longos, tais como batata, mandioca, beterraba e cenoura.

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CARACTERÍSTICAS DOS TABULEIROS


DE INUNDAÇÃO

Os tabuleiros de inundação podem apresentar


formas e tamanhos diferentes em cada região, conforme o
costume local, a tecnologia de produção adotada e são
construídos totalmente planos ou com desnível em seu
interior.

Geralmente apresentam forma alongada numa


direção, para melhorar o desempenho operacional das
máquinas de preparo do solo e colheita.

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TIPOS DE TABULEIROS
Tabuleiro em desnível

O campo é dividido em faixas de largura variável por


diques paralelos ou em contorno; a água é fornecida em
comportas ou sifões localizados em canais de irrigação
situados geralmente na parte mais alta do terreno.
Em algumas regiões é costume desmanchar os diques
durante o preparo do solo, reconstruindo-os a cada safra. A
forma e o tamanho dos tabuleiros depende da declividade
da área.

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TABULEIROS EM DESNÍVEL
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TABULEIROS EM
DESNÍVEL

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IRRIGAÇÃO POR INUNDAÇÃO


Tabuleiros planos

São construídos em áreas que recebem um trabalho de


nivelamento para ficarem planas. Os diques são permanentes,
ou seja, o tabuleiro não é desmanchado por ocasião do preparo
do solo.
Geralmente procura-se construí-los com forma
retangular alongada, para favorecer a eficiência operacional das
máquinas em seu interior.

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Tabuleiros de Arroz

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IRRIGAÇÃO POR INUNDAÇÃO

Tabuleiros planos em relevo acidentado 40


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TAMANHO DOS TABULEIROS

A forma e o tamanho dos tabuleiros dependem da


declividade da área. O tamanho pode variar de 1m2 até 5ha.
Quanto maiores forem os tabuleiros, menor será a área total
de plantio perdida com a construção de diques.
Para que a altura do espelho d’água formado seja
uniforme (lâmina de água de altura semelhante em todos os
pontos), o tabuleiro deve ter o menor desnível possível
entre pontos em seu interior.

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MÉTODO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA


• A água é aplicada em pequenas vazões sob a copa das
plantas, na região do sistema radicular.

• Reduz a superfície do solo molhada.


• Não molha as folhas.
• Reduz plantas invasoras.
• Alta eficiência de aplicação.
• Fertirrigação.
• Baixas pressões.
• Alto custo implantação.
• Sensível a entupimentos.

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SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO
à gotejamento Superficial
Subsuperficial
(enterrado)
à microaspersão

Gotejamento em morango
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Gotejamento
superficial

Utilizado em
árvores frutíferas,
morango,
tomate, café,
paisagismo, ...
Tubo
gotejador
Indicado p/
culturas
Sistema radicular
espaçadas ou de
alto valor. Área de
umedecimento

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Gotejamento em
linha dupla em banana

Gotejamento em café
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Gotejamento subsuperficial

• Sistema totalmente enterrado.


• Utilizado em cana-de-açúcar,
tomate, melão, gramados e
jardins.
• Aplicação de água residuária.
• Reduz perdas por evaporação na
superfície do solo.

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Gotejamento
subsuperficial

• Reduz a incidência de
plantas invasoras.
• Estimula crescimento do
sistema radicular.
• Alto custo de instalação.
• Dificuldade de manutenção.
• Apresentas problemas com
intrusão radicular.

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Microaspersão
• A água cobre uma pequena
área próxima ou abaixo da
copa da planta.

• Bastante utilizada em
paisagismo e campos de
golf.

• Menos problemas com


entupimento.

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MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

A água é aspergida sobre a cultura por meio de dispositivos especiais


chamados aspersores. O jato ao chocar-se com o ar, pulveriza-se em
gotas caindo sobre a cultura em forma de chuva artificial.

ü Irrigação Convencional ü Mecanizado


• portá+l • lateral rolante
• semi-portá+l • pivô-central
• fixo • sistema lateral
• montagem direta
• autopropelido

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MÉTODO DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

Vantagens:
- Adapta-se em diversas condições de solo e cultura
- Apresenta maior eficiência X irrigação por superfície
- Facilidade de manejo
- Quimigação

Limitações
- alto custo
(R$ 1200/ha: convencional)
(R$ 6000/ha: localizada)
- condições climatológicas: vento e evaporação

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Convencional

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Mecanizado: Lateral rolante

• Culturas de porte
baixo
• Teve pouco uso no
Brasil

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Mecanizado:
Pivô Central
Sistema de irrigação por
aspersão que opera em
círculo, constituído de
uma linha lateral com
aspersores, ancorada em
uma das extremidades e
suportada por torres • Redução no custo por hectare em
dotadas de rodas, função do aumento da área irrigada.
equipadas com unidades
propulsoras.
• Caminhamento impulsionado por moto
– redutores instalados em cada torre.

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Mecanizado:
Pivô Central

• Recomenda-se para
áreas maiores que
50ha.
• Normalmente são
requeridas vazões Vantagens
maiores que 150 m3/h.
• Requer pouca mão-de-obra.
• Boa uniformidade
Desvantagens
• Perda de área.
• Gasto de energia 55
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Mecanizado: Sistema Linear

• Semelhante ao pivô central.


• Indicado para áreas retangulares.
• Utilizado para irrigação complementar.

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Mecanizado: Portátil de
Montagem Direta
• Aplicação de vinhaça

• Composto por:
• - canhão hidráulico
• - bomba centrífuga
• - sucção especial
• - montados sobre chassi de
4 rodas geralmente
tracionado por um trator
• Uso: pastagens e cana-de-
açúcar
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Mecanizado: Autopropelido
• Movimentado pela energia hidráulica
• Composto por: canhão; mangueira de alta pressão (até
500m), cabo de aço ou carretel enrolador.

- Máquinas que irrigam


faixas longas e estreitas

- Deslocamento sobre o
solo seco- Alcance: > 30 m

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IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO


Consiste em jatos de água aplicados no ar que caem sobre a cultura na
forma de chuva, ou seja, a água é aplicada ao solo em forma de chuva
por aspersores.

Vantagens

• Pode ser usada em combate a geadas, aumentar a umidade rela3va,


reduzir o aumento da temperatura e descarte de resíduos.
• Dispensa o preparo do solo.
• Permite bom controle da lâmina de irrigação.
Limitações
• Alto custo de implantação e gastos de funcionamento.
• Favorece desenvolvimento de algumas doenças.
• Imprópria para água com alto teor de sais.
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IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO


Sistemas convencionais
Sistemas moto-mecanizados

ASPERSÃO SISTEMAS CONVENCIONAIS

Os sistemas convencionais podem ser apresentados


em diferentes Qpos. De forma geral, são consQtuídos pelas
linhas: principal, secundárias e laterais.

A mobilidade dessas linhas define os diferentes Qpos


de sistemas.

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SISTEMA PORTÁTIL
As caracterísQcas principais do sistema portáQl são:

• Todas as linhas e componentes deslocam-se na área irrigada;


• A super/cie é dividida em parcelas, irrigadas uma de cada vez;
• O sistema é desmontado após a irrigação de uma parcela;
• As tubulações, conexões e acessórios são leves, facilitando o
deslocamento manual.
• Menor custo inicial e maior custo operacional.

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SISTEMA PORTÁTIL

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SISTEMA PORTÁTIL Hidrologia
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SISTEMA SEMI-PORTÁTIL (OU SEMI-FIXO)


Linhas principais e secundárias: fixas e
Linhas laterais: se deslocam nas diferentes posições
da área irrigada.

As linhas principal e secundárias podem ou não ser


enterradas.

Como no sistema portáKl, as tubulações,


conexões e acessórios são leves, facilitando o
deslocamento manual.
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SISTEMA SEMI-
PORTÁTIL (OU
SEMI-FIXO)

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SISTEMA FIXO PERMANENTE


Todas as tubulações do sistema na área irrigada são
enterradas e apenas os registro e as hastes dos aspersores
afloram à superfície do terreno.

Este sistema apresenta alto custo de aquisição e


justifica-se para irrigação de áreas pequenas, culturas de
elevada valor econômico e mão-de-obra escassa ou cara.

São utilizados para irrigação de gramados e jardins


(neste caso, os aspersores podem ser escamotáveis).

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Hidrologia
SISTEMA FIXO Prof.
PERMANENTE
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Lençol freático Hidrologia
sem drenagem
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Lençol freático
com drenagem

IRRIGAÇÃO POR SUBIRRIGAÇÃO

O lençol freá3co é observado a uma profundidade capaz de permiHr um


fluxo de água adequado à zona radicular da cultura. Geralmente, está
associado a um sistema de drenagem subsuperficial.

Em condições hidrológicas saHsfatórias, pode-se consHtuir no método de


menor custo de instalação, porém maior custo de operação.

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DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO

O diagrama pluviométrico de um aspersor


mostra o modo como o equipamento distribui a
precipitação na superfície molhada ao seu redor.

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DETERMINAÇÃO DO
DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO A
DE CAMPO

Coletores (pluviômetros) são


distribuídos em todo o
entorno dos aspersores para
medir a precipitação
produzida.
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DETERMINAÇÃO DO
DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO X

ASPERSOR PLUVIÔMETROS
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DETERMINAÇÃO DO DIAGRAMA
PLUVIOMÉTRICO A CAMPO

Nos equipamentos móveis como o pivô central, os


pluviômetros podem ser colocados em linha. 74
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DETERMINAÇÃO DO DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO

O número de pluviômetros a empregar varia


conforme o rigor pretendido no teste e o alcance do raio de
molhamento do aspersor.

Em geral é feita uma malha quadrada, com


espaçamento desde 1m x 1m (um para cada m2) até 3 m x
3m (9m2), ou então entre 40 e 160 pluviômetros por
aspersor.

A FORMA DO DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO AUXILIA NA


RECOMENDAÇÃO DO ESPAÇAMENTO ESTRE ASPERSORES PARA
PERMITIR A SOBREPOSIÇÃO DAS ÁREAS MOLHADAS.
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Diagrama pluviométrico em vista Diagrama pluviométrico em vista


superior, obtido em condições de superior, obtido em condições de
ventos fracos (4,1 km/h). ventos fortes (17,1 km/h). 76
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DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO
(VISTA LATERAL)

A forma da distribuição definirá o diagrama


pluviométrico do aparelho (curva pluviométrica).

Posição do aspersor
Intensidade
de
precipitação
i (mm)

0
Distância do aspersor (m)

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DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO

A intensidade de precipitação i, em
qualquer ponto será função apenas da
distância x do ponto considerado até o
aspersor, se:

• Não houver vento;

• A velocidade de rotação for rigorosamente


uniforme.
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DIAGRAMA PLUVIOMÉTRICO
O diagrama pluviométrico depende de elementos climatológicos,
principalmente vento;

E de fatores do próprio equipamento:

• diâmetro do bocal;
• pressão de funcionamento;
• velocidade de rotação.

O diagrama deve ser obQdo em zona sem vento ou em


área protegida deste, passando portanto a depender apenas dos
fatores do próprio equipamento.

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FORMAS DO DIAGRAMA
Pressão muito baixa
PLUVIOMÉTRICO EM FUNÇÃO
DA PRESSÃO DA ÁGUA

Pressão normal
- Pressão excessiva: provoca
a pulverização excessiva com
deposição de água próximo
ao aspersor
- Pressão baixa: provoca
uma inadequada
pulverização
proporcionando uma maior
deposição da água na 80
extremidade Pressão muito alta
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SOBREPOSIÇÃO DE ÁREAS MOLHADAS


A sobreposição das áreas molhadas garante melhor distribuição da
precipitação.

ESPAÇAMENTO RECOMENDADO ENTRE ASPERSORES

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EFEITO DA SOBREPOSIÇÃO NA
UMIDADE DO SOLO

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SOBREPOSIÇÃO DE ÁREAS MOLHADAS

Para garanQr a uniformidade de distribuição de água, é


necessário adotar um espaçamento adequado entre os
aspersores no campo.
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FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DOS


AQUI USOU-SE ASPERSORES NO CAMPO
ASPERSORES SETORIAIS

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INTENSIDADE DE APLICAÇÃO
A intensidade de aplicação de água deve ser menor do que a
capacidade de infiltração do solo.

3600×𝑄
𝐼=
𝐸! ×𝐸"
I: intensidade de aplicação (mm/h)
Q: vazão do aspersor (L/s)
E1: espaçamento entre aspersores (m)
E2: espaçamento entre linhas laterais (m)

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Noções para elaboração de projetos de irrigação

1 – área a ser irrigada;


2 – espécie de cultura e espaçamento entre plantas e linhas;
3 – Tipo de solo:
3.1 – quanto à sua textura;
3.2 – quanto à sua capacidade de infiltração
4 – Topografia do terreno;
5 – Precipitação;
6 – Jornada de trabalho diária;

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Noções para elaboração de projetos de irrigação

7 – Desnível entre a superfície da água e o local de instalação da


bomba
8 – Desnível entre o local de instalação da bomba e o ponto mais
alto do terreno;
9 – Quantidade e qualidade da água disponível na estação seca:
vazão ou volume armazenado;
10 – Tipo de acionamento para o motor:
10.1 – elétrico elétrico;
10.2 – combustão; etc.
11 – Sistema de irrigação a ser adotado;
12 – Disponibilidade de planta planialtimétrica;
13 – Dados climatológicos.

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Resumo: Decisão para irrigar:

• quantidade e distribuição da chuva,


• efeito da irrigação na produção das culturas,
• a necessidade de água das culturas e
• a qualidade e disponibilidade de água da fonte.

O fator mais importante que determina a necessidade


de irrigação de uma certa cultura em uma região é a
quantidade e distribuição das chuvas.

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