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Educação e Pedagogia
JOÃO LÉO PINTO LIMA
VALDEMIR BEZERRA DA SILVA
MARIA REGINA TEIXEIRA WECKWERTH
sociologia
DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Proton Editora e Tecnologia Ltda
2023
3
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
ISBN 978-65-5789-074-5
23-143603 CDD-306.43
Índices para catálogo sistemático:
4
JOÃO LÉO PINTO LIMA
VALDEMIR BEZERRA DA SILVA
MAURÍCIO GONÇALVES DOMINGUES
sociologia
DA EDUCAÇÃO
5
Supervisora Científica
Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco
Autores
João Léo Pinto Lima
Valdemir Bezerra da Silva
Maria Regina Teixeira Weckwerth
Ilustração da Capa
Fonte https://movinovacaonaeducacao.org.br/noticias/inovacao-para-garantir-di-
reito-a-educacao/
Diagramação
Mara Lúcia Szankowski
Impressão
Gráfica Energética Ltda.
Rua Pirajussara 413 – Butantã
05510-020 – São Paulo – SP
ISBN 978-65-5789-074-5
1ª edição, 2023
6
sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 09
2. OBJETIVOS E MÉTODOS EDUCACIONAIS ..................................................................... 12
3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ........................................................................................ 13
3.1 A filosofia de vida social ............................................................................................... 13
3.2 Psico-sócio-patologia ................................................................................................... 13
3.2.1 Psicopatologia ........................................................................................................... 13
3.2.2 Sociopatologia .......................................................................................................... 13
4. CONCEPÇÃO PSICANALÍTICA TRILÓGICA DA SOCIEDADE ........................................ 14
5. ALGUNS FILÓSOFOS RELEVANTES NA HISTÓRIA DENTRO DA ÁREA
DA EDUCAÇÃO .............................................................................................................. 18
6. EDUCAÇÃO INCLUSIVA SEGUNDO A UNESCO ........................................................... 23
7. ALGUNS TEMAS RELACIONADOS À SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO .......................... 24
7.1 Teoria crítica ................................................................................................................. 24
7.2 Igualdade ....................................................................................................................... 25
7.3 Luta de classes .............................................................................................................. 25
8. FATORES PSICOLÓGICOS ALÉM DO ELEMENTO SOCIAL NA EDUCAÇÃO ............... 27
9. FATORES PSÍQUICOS E SOCIOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO .......................................... 27
10. A FINALIDADE DA EDUCAÇÃO ................................................................................... 31
11. DIRETRIZES BÁSICAS PARA UMA EDUCAÇÃO CORRETA ......................................... 32
12. O PAPEL DA VONTADE ............................................................................................... 34
13. SENTIMENTO, PENSAMENTO E AÇÃO NO BEM ...................................................... 36
14. EDUCAÇÃO TRILÓGICA .............................................................................................. 37
15. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 39
16. ADENDOS .................................................................................................................... 40
16.1 Notas ............................................................................................................................ 40
16.2 Lista das imagens ....................................................................................................... 42
16.3 Lista dos vídeos .......................................................................................................... 44
7
8
1
Introdução
9
10
A Sociologia fazia parte da Filosofia antes de o filósofo francês Augusto Comte (1798-
1857) cunhar esse termo, fazendo-a surgir então como ciência independente e separa-
da das demais disciplinas humanas em 1838. Ele a dividiu em dois ramos principais: 1.
estatística social (ou estudo das forças que mantêm a sociedade unida; e 2. dinâmica
social (ou estudo das causas das mudanças sociais)1.
Figura 1:
Augusto Comte
Figura 2:
Karen Lynn
11
É a área da educação, ou da sociologia, que estuda os fatores sociais que influenciam
e que são influenciados por todas as estruturas e processos educacionais. Ela abrange
vários tópicos, como a teoria crítica, o pós-modernismo, igualdade e excelência, gênero,
diversidade cultural, educação multicultural e alienação, entre outros3.
Por outro lado, visando também corrigir alguns inconvenientes da educação elitista
e classista, que proporcionava educação para uma sociedade dividida entre uma elite
privilegiada e o ‘povo’, os objetivos da sociologia da educação passam a ser: igualdade,
riqueza e status para todos, para minimizar a luta entre classes, as tensões políticas e
antagonismo econômico entre ricos e pobres, a exploração das classes menos privile-
giadas em favor das dominantes, e, consequentemente, minimização dos conflitos.
Figura 3:
Educação inclusiva
12
3. Concepção da educação
Por sua vez, tanto a concepção individual de educação como a filosofia de vida so-
cial sofrem a influência da psicossociopatologia, ou seja, os fatores patológicos da vida
psicossocial. Por esse motivo, ela precisa ser bem conhecida, para que possa ser neu-
tralizada.
3.2.1 Psicopatologia
3.2.2 Sociopatologia
13
A existência da sociopatologia faz com que a educação seja conduzida de maneira
a não atingir seus fins mais elevados, mas, em vez disso, servir os interesses escusos
daqueles no poder, e os das populações com eles pactuadas, dominados ambos pela
psicopatologia não percebida, não conscientizada.
Figura 4:
N. Keppe
O psicanalista e cientista social N. R. Keppe realiza em sua obra uma análise psicanalí-
tica da sociedade, constatando seus valores, bem como as atitudes patologias que a dis-
torcem. Para ele, como “a aparelhagem psíquica do ser humano está desarranjada, ele
construiu uma organização social errônea, que está levando a civilização à destruição”6.
A sociedade é fruto de uma interação entre o indivíduo, com sua vida psíquica, e o
conjunto das pessoas, que constitui a sociedade que o homem cria. Diz ele em seu livro
A Libertação dos Povos, a Patologia do Poder:
14
Diz o psicanalista que o verdadeiro equilíbrio advém da sociedade, formada por ho-
mens, mulheres, crianças e idosos, funcionando como um todo – e o desequilíbrio acon-
tece em grupos que são organizados diferente desse conjunto de fatores, por exemplo,
os que vivem à parte da sociedade em si9.
E continua ele, dizendo que originalmente a sociedade era perfeita. Porém, devido à
sociopatologia, ela está sempre sendo omitida, negada ou deturpada em sua estrutura
original. Embora o ser humano tenha se colocado como vítima da sociedade (o ser hu-
mano nasce bom, e a sociedade o corrompe, como falou o filósofo francês Jean-Jacques
Rousseau), o que não deixa de ser verdade, até certo ponto; o mais importante consiste
em perceber uma influência mútua: o homem ajudando ou corrompendo a sociedade,
e a vida social protegendo ou destruindo o ser vivente.
Para Keppe, o que existe é um processo dialético, pois o indivíduo é o espelho de seu
grupo social, e a sociedade é espelho também das pessoas que a compõem. Acredita
ele que é fundamental agora conscientizar o pacto de alienação que foi feito entre os
seres humanos e suas instituições, entre as famílias e os grupos sociais10.
Em sua análise, afirma que na sociedade há dois tipos de organizações: uma, que
está a serviço da grande sociedade, para desenvolvê-la e aperfeiçoá-la, e outra que
cuida de seus próprios interesses, tentando aproveitar o que pode, mas só para os seus
membros, sendo nociva para o bem-estar humano em geral. Da mesma forma o povo,
por sua vez, em sua maioria também deseja usar a sociedade e suas instituições para
seu próprio proveito, colocando-se acima das organizações sociais, das quais depende.
Escreve o psicanalista que o campo da patologia contém duas áreas que não podem
ser confundidas: uma é a da psicopatologia e outra da sociopatologia. A primeira diz
respeito aos problemas internos (intrapsíquicos), que devem ser analisados psicolo-
gicamente. Afirma que, nesse nível individual, a pessoa é vítima de si mesma, de seus
problemas. A segunda área diz respeito às dificuldades sociais. Aqui, a pessoa se torna
vítima da sociedade doente.
Figura 5:
Vitimas de sociedade
doente
O autor explica que o indivíduo é invertido, ou seja, negligencia sua natureza autên-
tica, que é constituída originalmente pelo bem, verdade e beleza (na criação), e valoriza
atitudes de megalomania (teomania) e inveja (que são atitudes artificiais, adotadas con-
tra a sua essência original criada). Agindo assim, a pessoa desenvolve uma vida na qual
15
seu sentimento, pensamento e ações são invertidos, e em seguida, cria também uma
sociedade com as mesmas características.
Vídeo 1:
Figura 6:
STOP Indivíduo e
sociedade invertidos
(6’23”)
Divide a vida social em dois tipos de pessoas; o primeiro, composto daquelas que
procuram viver as suas idéias a priori (baseadas em suas fantasias e imaginações, ten-
tando fazer com que tudo gire ao redor de seus pensamentos); e o segundo tipo, cons-
tituído pelas pessoas que procuram se adaptar à realidade e reconhecem que é funda-
mental organizar sua vida em função do mundo exterior.
Para o psicanalista, “quanto mais sã é a pessoa, mais sofre por causa dos males so-
ciais, e quanto mais doente ela é, mais faz sofrer a vida social”11.
Figura 7:
Indivíduo e sociedade
16
O indivíduo expandiu para a grande sociedade seus problemas psicológicos pesso-
ais, como, entre outros, seu desejo de poder e domínio de outras pessoas (megaloma-
nia e teomania), sua inveja, sua inversão de valores, de modo que a humanidade está
com sua estrutura ao contrário, causando todo tipo de problema em todos os setores,
educacional, de saúde, econômico e outros. Desse modo, é apontada então, a necessi-
dade de se realizar uma terapia da sociedade – uma socioterapia.
Figura 8:
Programa O Homem
Universal 348
Sociopatologia 2’21”
Na questão do Direito, aponta Keppe que a atitude de indulgência com maus pen-
samentos e maus sentimentos, reflete-se na sociedade, que se forma com base nessas
inversões.
Figura 9:
STOP 383, O efeito social
do pensar mal 0’47”
17
Assista à apresentação do Prof. Ortiz no vídeo abaixo:
Vídeo 4
Figura 10:
HU 348 Sociopatologia e
Socioterapia (1’13”)
Cada país ou cultura adota uma postura educacional de acordo com a filosofia em
que se baseia.
Os gregos costumavam ver as coisas de maneira unificada. Para eles, a educação era
inicialmente comum a todos, e evoluía no espírito da ética, ou seja, o homem deveria
desenvolver-se moral, intelectual e fisicamente de forma integrada12.
Platão integrou a educação à ética e à política, apregoando que ela devia visar a
formação educacional para o exercício do hábito e da formação do caráter, bem como
desenvolvimento das aptidões individuais e das virtudes e a elevação da alma humana,
através do domínio dos desejos e paixões13.
Figura 11:
Platão
18
Figura 12:
Aristóteles
Figura 13:
Erasmo de Roterdã
Figura 14:
Juan Amos Comenius
19
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), descreve em seu Contrato Social, que a socie-
dade corrompe o homem, que nasce bom na natureza. Para ele, cada idade apresenta
suas características e a educação deve ser apropriada para cada fase, visando um retor-
no à pureza original e natural do homem.
Figura 15:
Rousseau
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) achava que a educação pode elevar o ser
humano a um nível superior. Para ele, o lar é o local ideal para tal atividade, então as
escolas devem proporcionar um ambiente semelhante, a fim de que o ensino seja con-
fortável, prático e consequentemente eficaz.
Figura 16:
Pestalozzi
No que diz respeito à educação, Durkheim acreditava que estudar a educação é es-
tudar como as gerações passadas transmitem a cultura a novas gerações14. Karl Man-
20
nheim critica que ela é muitas vezes usada como ferramenta na luta por status e poder,
e então propõe a democratização da cultura15.
Figura 17:
Durkheim
John Dewey (1859-1952) deu ênfase à prática. Em sua opinião, a educação deve co-
locar em prática e inserir na vida diária os conceitos teóricos aprendidos. Pretendia
também ao desenvolvimento do espírito crítico.
Figura 18:
Dewey
21
Figura 19:
Montessori
O educador suíço Jean Piaget (1896-1980) acreditava que a criança tem um modo
particular de aprender, diferente do adulto, e ela mesma constrói seu próprio apren-
dizado. Daí seu método ser chamado de ‘construtivismo’. Concentrou-se no estudo
das habilidades intelectuais da criança, descrevendo um processo de desenvolvimento
através de estágios, em que um era pré-requisito para o seguinte. O primeiro estágio
é o sensório-motor (dos 0 aos 2 anos), com ênfase no reconhecimento dos objetos e
cognição rudimentar. O segundo é denominado pré-operacional (dos 2 aos 7 anos), no
qual se inicia o desenvolvimento da memória e do raciocínio. O terceiro é o das ope-
rações concretas (dos 7 aos 11 anos), quando conceitos começam a ser interiorizados
e surge a capacidade de interiorização e entendimento de matemática. E o quarto é o
das operações formais (dos 11 anos aos 14 anos), no qual se inicia o raciocínio lógico e
autonomia intelectual.
Figura 20:
Piaget
O educador Paulo Freire propõe uma educação que não se limite a ensinar portu-
guês e matemática, mas incentive a criatividade do aluno. Para ele, o objetivo da edu-
cação era humanizar a pessoa, treinando-a a ouvir e ter mais contato com o outro, ser
democrático, sem impor as próprias ideias. Era de opinião de que nenhuma educação
é neutra e sempre segue uma linha política. Criticava o capitalismo e simpatizava com o
marxismo. Dentro dessa linha, era contra a educação que reprime a capacidade crítica
e visa adaptar os alunos à situação dominadora vigente, que seria a chamada ‘educação
bancária’, opressora. Ao mesmo tempo, propunha libertar os oprimidos, através de um
processo de despertar sua consciência, através da chamada ‘educação problematiza-
22
dora’, que visava a superação da situação opressor-oprimido. Em seu livro Pedagogia
do Oprimido, explica que quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido
torna-se o de ser o opressor17.
Figura 21:
Paulo Freire
O educador russo, Lev Vigotsky, dizia que é a interação social que é responsável pelo
desenvolvimento cognitivo da criança. Esse modelo de educação dá, portanto, ênfase à
interação e comunicação social entre as pessoas e o meio, onde ocorre troca de ideias
e experiências. A formação da personalidade também é vista como decorrente de tal
interação e atividades sociais.
Figura 22:
Vigotsky (1896-1934)
23
em eventos culturais e outros. Para desenvolver a tolerância, o respeito e a empatia
entre as pessoas, o método é aplicado em um meio ambiente diversificado, comum a
todas as crianças, independentemente de suas diferenças pessoais, socioeconômicas
ou culturais18.
Figura 23:
Teoria Crítica
Uma teoria é considerada crítica quando procura libertar os seres humanos das
circunstâncias que os escravizam. Parte do princípio que os problemas sociais sejam
decorrentes das estruturas sociais e pressupostos culturais e não de indivíduos. Nes-
sa visão, as ideologias são um obstáculo para a libertação social. Por isso, critica as
estruturas de poder. Faz parte de uma escola de pensamento, cujo grupo de filósofos
é denominado de Escola de Frankfurt e tem como principais representantes Herbert
Marcuse, Theodor Adorno, Walter Benjamin, Erich Fromm, Max Horkheimer e Jurgen
Habermas. A Educação deve dar respostas filosóficas, políticas e pedagógicas às cir-
cunstâncias do mundo real, e buscar mudar os propósitos, escopo, objetivos e entrega
da educação sem hegemonias, para viabilizar a transformação cultural e social através
do crescimento progressivo e igualitário dos indivíduos.
Sem fazer parte da teoria crítica, Keppe mostra em sua pesquisa psicanalítica a ati-
tude de grupos que galgam o poder e mantêm o povo dominado, como uma forma
moderna, velada, de escravidão. Diz ele
Desde que nascemos estamos a serviço, não do próximo, mas de pessoas (as
mais doentes), que dominam a humanidade, para prejudicá-la; e um fato in-
teressante é que sempre esse grupo de indivíduos esteve ligado ao poder eco-
nômico-social: banqueiros, capitalistas e comunistas atualmente, reis e nobres,
anteriormente; bispos e religiosos, na Idade Média — e o motivo é o fato de o
dinheiro exercer o papel de dar poder e de controlar a vida social, ou seja, de
negar, omitir ou deturpar a sociedade19.
24
7.2 Igualdade
Figura 24:
Igualdade
Figura 25:
N. Keppe - Liberdade
25
Figura 26:
Luta de classes
Em seu livro ABC da Trilogia Analítica – Psicanálise Integral, Pacheco explica que por
trás das estruturas sociais, políticas e econômicas, de todas as leis, que o povo tanto
respeita e admira, existe uma grande doença, repleta de más intenções, inveja, desejo
de poder, exploração e manipulação21.
Figura 27:
C. Pacheco, ABC da
Trilogia Analítica,
2ª. ed., p. 18
O poder é necessário, mas não o poder doentio. Falando sobre o verdadeiro poder,
Keppe explica:
O poder deveria ser igual ao de Deus, que o usa no sentido de criar o bem, o que
é certo e bonito; estou dizendo que tem de existir o poder, mas não como está sendo
26
usado: egoisticamente, para beneficiar só os que têm autoridade e os poderes sociais.
Assim sendo, deverá haver uma substituição gradativa, mas total, de todo o poder: em
lugar de servir a si mesmo, tem de servir ao povo, isto é, deixar de ser diabólico. E o
povo tem de compreender que só ele poderá modificar tal situação, seguindo novos
líderes que sejam humildes, normais22.
Ao lado das questões sociais que estão envolvidas e influem no processo educacio-
nal, há também os aspectos psicológicos, que não podem ser ignorados, pois, afinal,
a própria sociedade é construída por seres humanos, que a desenvolvem com base
nesses fatores basicamente psíquicos.
Figura 28:
Indivíduo e
sociedade
Em sua análise sobre o ser humano e a sociedade por ele criada, a Trilogia Analítica,
desenvolvida por N. Keppe, considera tanto os fatores psicológicos individuais como
também seus efeitos na sociedade.
27
verdade — querendo vê-las como algo iníquo para si mesmo — e passando
mesmo a acreditar que seriam produtoras de grande sofrimento. Deste modo,
criou um sistema social invertido (seja no âmbito político, econômico, etc.), que
se tornou um pesado fardo para si mesmo25.
E conclui que
28
y muitas vezes os alunos não ouvem o que é bom para eles. Agem assim porque
acham que já sabem muito e não precisam aprender mais. Acham também que são
mais espertos que o professor.
y não raro, demonstram falta de respeito para com os outros, não respeitando, as-
sim, suas próprias qualidades. Trata-se de uma atitude invertida, de não valorizar o
que é bom para eles, buscando o que os prejudica. Negam e se opõem ao afeto para
com os colegas, professores e a escola.
y dispersão e falta de concentração. Essa busca pela fantasia revela a ideia de que
podem ser o que quiserem, tentando criar um mundo próprio onde possa “realizar”
seus desejos invertidos, megalômanos e invejosos.
Porém, Chamadoira e Daumas apontam, que essas dificuldades psicológicas que in-
fluenciam no ambiente e processo de aprendizagem, podem ser trabalhadas através
da conscientização.
Alunos que não ouvem o que é bom para eles agem assim porque acham que já sa-
bem muito e não precisam aprender mais. Acham também que são mais espertos que o
professor. Conforme acima mencionado, tais atitudes são relacionadas à teomania (teo
= Deus) ou seja, julgam-se superiores), e à inveja (destruir os bens).
Os que esquecem seu material ou o trazem em desordem estão sabotando seu pró-
prio desenvolvimento e o dos outros, por causa da inveja (atacam sua aprendizagem)
não conscientizada. A desordem que mostram no estudo reflete a desorganização in-
terna, psíquica dessas crianças. Mostram também com essa atitude a oposição que
fazem à vida, ao trabalho. Não querem ver que negam o estudo, fazem isso para não
29
ter essa consciência. Estão mostrando a omissão que fazem à realidade, deixando de
fazer o que é bom para elas. O próprio esquecimento já é uma omissão e o aluno não
quer ver isso. Acha-se vítima do esquecimento.
Os alunos que não têm respeito pelos outros, não têm respeito por suas próprias
qualidades. Trata-se de alunos extremamente invertidos, que não dão valor ao que é
bom para eles, mas ao que os prejudica. Eles negam e se opõem muito ao afeto.
Quem destrói seus materiais escolares também está em uma atitude de inveja, pois
não quer reconhecer aquilo que pode ajuda-lo no desenvolvimento. Pensa que assim
está agredindo os pais e os professores, não percebendo que está se prejudicando.
Conscientizando-se disso, o aluno muda de conduta. Os alunos dispersivos adoram a
fantasia e veem vantagem nisso, recusando a realidade, por causa da teomania. Bus-
cam a fantasia porque assim pensam que podem “ser” o que quiserem, criando um
mundo próprio, no qual “realizam” suas manias de grandeza.
Os que não sabem lidar com frustrações não aceitam ver o menor erro em si mes-
mos e, por causa disso, tornam-se angustiados. São crianças que não têm disciplina e
temperança para fazer um trabalho sério, não querem “sacrifícios” momentâneos para
depois terem as compensações. Esses alunos não percebem que a humildade é uma
condição básica para o ser humano aceitar suas frustrações.
Aqueles que mentem, ou apresentam sempre justificativas para seus erros, têm pa-
vor da consciência, pois, se admitirem que estão errados, terão que abrir mão de suas
fantasias. Julgam-se perfeitos e então fazem o possível para não admitir o erro – enga-
nam, mentem, colam, são desonestos.
Pactos são acordos tácitos realizados entre as pessoas, com a finalidade de não aca-
tarem alguma consciência, que, devido à inversão, julgam ser prejudiciais, quando na
verdade são essenciais para a aprendizagem e, em geral, a sanidade psíquica e social
como um todo.
Isso ocorre, quando os educandos muitas vezes mantêm pactos de alienação com
pais e professores. Por causa dos pactos, não se fala a verdade aos alunos ou aos filhos
e, com isso, estes não são conscientizados de seus erros. Por exemplo, pais telefonam
para a escola justificando o comportamento indisciplinado ou improdutivo de seus fi-
lhos, exigindo que o diretor e o professor aceitem sua atitude patológica (que o prejudi-
ca e seria corrigida pela conscientização, para benefício do aluno).
30
Desta forma, Chamadoira e Daumas observam que o processo educativo brasileiro
realiza um abafamento da consciência do aluno, uma vez que as atitudes errôneas não
são mostradas para ele. Toda criança que apresenta problemas de aprendizagem é
isenta de culpa, sendo considerada vítima. A desculpa é colocada fora da criança: no
relacionamento com os pais, nos professores, na sociedade. E, assim, a criança perde o
contato com a realidade e consigo mesma, em virtude dessa recusa que faz ao desen-
volvimento. Embora os educadores não percebam claramente, ela é criada para a deso-
nestidade e para a destruição, trazendo consequências desastrosas para a sociedade. É
necessária uma educação que trabalhe com a consciência dos erros.
Figura 29:
Finalidade da educação
Segundo os autores, alguns filósofos têm intuição de que o processo educativo pode
provocar incríveis transformações no ser humano. E citam Karl Jaspers, que diz, por
exemplo, que: “Ninguém conhece [...] as potencialidades humanas [...] daí poder a Edu-
cação fazer aquilo que ninguém jamais suspeitaria. O efeito que qualquer Educação
nova produz é [...] imprevisível; ela há de ter efeitos em que nunca se pensara!29 Apesar
de sua visão ampla, ele não diz exatamente quais são e nem como alcançar tais objeti-
vos ou como canalizar bem os efeitos de uma educação nova.
E continuam dizendo que acreditam que a finalidade da Educação tenha sido esque-
cida na prática educativa errônea. Em seus estudos, concluíram que a Educação deva
ser voltada para os aspectos essenciais do homem: como diz o padre Theodore Martin
Hesburgh, reitor da Universidade de Notre Dame, “é liberar a pessoa para o caminho
que conduz à verdadeira humanização”30.
E o que significaria levar a uma verdadeira humanização? É educar o aluno para acei-
tar a consciência de seus erros, com afeto, com tolerância, com persistência. Desta for-
ma, a criança vai se relacionando com o que existe de bom pois não perceber os erros é
um empecilho para o contato com o conhecimento, com a inteligência e principalmente
com o verdadeiro sentimento, isto é, o afeto. Mediante esse contato, é que o ser huma-
no se desenvolve e alcança a produtividade e a realização.
Para facilitar esse contato com o conhecimento, com a inteligência e com o afeto,
o educador, além de conscientizar as crianças de seus erros, também deve mostrar a
31
elas os benefícios dessa conscientização: amor à verdade, sede pelo conhecimento, paz
interior e élan pela vida.
Os educadores também devem mostrar ao aluno que, se este não está buscando
esses objetivos, é porque está numa oposição a Deus, à vida.
Figura 30:
Educação correta
Quais seriam as diretrizes básicas para uma metodologia educacional que leve à
conscientização? A história da Educação tem-se caracterizado por uma série de erros e
acertos que estamos analisando.
4. Ensinar o aluno a aceitar frustrações uma vez que elas são causadas por sua
própria conduta errônea, e mostrar a alegria e grandeza proporcionadas pelo desenvol-
vimento de suas capacidades essenciais: -- amor, Inteligência, bondade.
32
5. Dar responsabilidade ao aluno e incentivá-lo a cumpri-las com alegria, desde
cedo.
7. Seja qual for a matéria, sempre se deverá ensinar o aluno a pensar de forma
clara, lógica, profunda e ampla sobre uma diversidade de importantes questões huma-
nas, aproveitando-se do contexto e utilizando exemplos da própria matéria.
Por outro lado, perguntas sobre os aspectos básicos da existência, podem também
ser feitas, como:
- Por que, ao invés de viver pela paz para o ser humano opta pela guerra,
10. E por último, conscientizar o aluno de que sobretudo a vontade e o livre arbítrio
têm valor decisivo e que ele não é vítima da situação social, familiar, política ou econô-
mica.
33
11. O papel da vontade
Figura 31:
A vontade
Em seu livro Sociopatologia, Keppe diz que são três os elementos fundamentais da
vida do ser humano e da sociedade: a vontade, o sentimento e a inteligência, e exata-
mente na ordem em que estão. Eles formam um triângulo responsável por toda reali-
zação ou descalabro humano ou social. O sentimento e a inteligência são comandados
praticamente pela vontade, que por sua vez é formada pelo que a pessoa sabe e sen-
te32.
Afirma ser significativo que a filosofia em geral não tenha dado atenção ao elemento
da vontade; tanto o iluminismo (platonismo) como o racionalismo (Aristóteles, Aquino,
Descartes) tentaram explicar tudo através do pensamento, esquecendo que as emo-
ções também estão situadas no cérebro, mesmo que se manifestem mais sensivelmen-
te no coração. Este fato deu origem a um tipo de ciência parcial, um misto de fantasia
e de intelectualismo; basta ver a orientação pedagógica (Piaget), a psicologia (Skiner,
James, Wundt), a psicanálise (Freud, Jung, Adler), a economia (Smith, Ricard, Bentham),
a sociologia (Durkheim, Weber).
E exorta que temos de saber, em primeiro lugar, se nossa vontade está invertida
ou correta, pois uma pessoa pode querer o sofrimento como se fosse recomendável
e procurar o infortúnio e a desonra; outra pessoa acreditar que a alegria é um mal, e
destruir o bem-estar e a vida. É necessário perceber também se não estamos alienados
(pela vontade invertida) a um tipo inútil de existência; e finalmente conscientizar o que
seria a verdadeira vida, suas incríveis possibilidades e realizações. Só desta maneira é
que construiremos rapidamente a Nova Civilização do 3o Milênio.
Figura 32:
A vontade no
comando
34
Portanto, a Trilogia Analítica considera sobretudo o fator vontade, o livre arbítrio do
ser humano. Poupar-se-á tempo se ensinar o exercício da temperança e autodisciplina
às crianças desde a tenra idade, ao lado da conscientização dos erros. A vontade pode
ser usada tanto para impulsionar o desenvolvimento como para impedi-lo. Isso acon-
tece porque as crianças podem adotar ou não atitudes de inveja, teomania e inversão,
que são as causas dos problemas.
De acordo com o esquema, se a pessoa usa a vontade para alimentar suas fantasias,
permanece alienada, no mundo irreal. Se, pelo contrário, usa-a para aceitar a consciên-
cia, a intuição, os sentimentos, permanece na realidade.
Figura 33:
Força de vontade
35
no processo educacional, e de modo mais amplo, a influência positiva do indivíduo no
desenvolvimento da sociedade.
Figura 34:
Sociedade desenvolvida
Em seus mais recentes trabalhos, Norberto Keppe tem mostrado que a ação (no
bem, no belo e no real) constitui a essência do ser humano. O sentimento de amor e o
pensamento equilibrado só passam e integra a existência quando há ação (boa).
Figura 35:
N. Keppe – O bem e a
natureza humana
36
14. Educação Trilógica
y Basear-se na ação (boa, bela e real) e não só na teoria; ensinar ética, o estudo e o
trabalho pela prática e não apenas o aspecto teórico; encorajar a visão dos erros e
ações boas (éticas e virtuosas), verdadeiras e belas entre os alunos, pais, professores
e a grande sociedade;
y Ministrar aulas com atividades: por exemplo, ecologia com visitas ao jardim botâ-
nico e ao zoológico, comentando-se a importância dos animais e plantas e a neces-
sidade de trata-los bem; atividades de jardinagem, criação de animais, etc.; visita a
museus e galerias de arte; solicitação de trabalhos escritos, literários, poéticos ou
informativos sobre as atividades desenvolvidas; prática desportiva;
y Ministrar aulas sobre os valores, não no sentido moralista, mas para despertar
nelas sua sanidade. Por exemplo, o afeto, as virtudes, a importância da arte, da esté-
tica e da ética para desenvolver a intuição e os sentimentos; a importância de se ter
ideais e não se ater apenas aos aspectos materiais da existência; viver de maneira
participativa e não egoísta, que gera angústia; a finalidade da vida e da existência
humana.
y Obrigar a fazer o que é bom. Como pela própria vontade a criança está invertida,
a educação não deveria deixa-la decidir se vai estudar ou não, mas cobrar dela as
tarefas e atividades, provas, exercícios e leva-la a estudar.
y Avaliação integral, isto é, pelo sentimento, pensamento e ação, não apenas uma
avaliação dos conhecimentos intelectuais adquiridos. Avaliar o aluno quanto à sua
atitude positiva, capacidade afetiva, de praticidade, colaboração com os colegas e
disposição em realizar e ajudar.
37
y Ser tolerante diante dos erros. Problemas e erros sempre ocorrem. O importante
é ter uma atitude positiva diante deles, para formar seres humanos e não máquinas
pensantes. Os problemas devem ser mostrados e não censurados e abafados.
y Parar de parar. Como a criança e extremamente ativa, já que está mais próxima
de sua essência, e feliz, por estar mais perto do princípio vital, ela não deve ser re-
primida em sua energia vital, mas encorajada a canalizar tal força para atividades
construtivas e edificantes.
E, para concluir, podemos atentar para o gráfico abaixo, que denota que uma socie-
dade sadia adota uma educação para a sanidade, de acordo com os seguintes princí-
pios:
Figura 36:
Humildade e Sanidade
38
15. Bibliografia
CROSSMAN, Ashley. Auguste Comte and His Role in the History of Sociolo-
gy. In Thoghtco.com, Julho 2019.
KEPPE, N.R. A Libertação dos Povos – Patologia do Poder. São Paulo: Próton
Editora Ltda., 1987.
KEPPE, N.R. Sociopatologia – Estudo sobre a Patologia Social. 2ª. Ed. São
Paulo: Próton Editora Ltda., 1989.
KEPPE, N.R. Escravidão e Liberdade. São Paulo: Próton Editora Ltda., 2011.
PACHECO, C. ABC da Trilogia Analítica – Psicanálise Integral. 2ª. ed. São Pau-
lo: Próton Editora Ltda. 2001.
39
SAHA, L.J. In International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences,
2001.
16. Adendos
16.1 Notas
5. KEPPE et al, The Decay of the American People and the USA,
Nova Iorque: Próton Editora Ltda., 1985.
9. Ib.
10. Ib.
11. Idem, p. 3.
40
14. TORRES, C. A. & MITCHELL, T. R. Sociology of Education –
Emerging Perspectives. New York: State University of New York Press,
1998.
24. Ibidem
25. Ibidem
26. Ibidem
41
32. KEPPE, N.R. Sociopatologia – Estudo sobre a Patologia Social.
2ª. Ed. São Paulo: Próton Editora Ltda., 1989.
1. Fonte: https://www.maiseducacao.blog.br/2018/11/augusto-
-comte-resumo-e-obras.html
2. Fonte: https://www.wychwoodart.com/shop/original-painting/
1-small-crowd/
3. Fonte: https://ecampusontario.pressbooks.pub/robsonsoced/
chapter/__unknown__-2/
5. Fonte: https://alkeemia.delfi.ee/a/83712999
42
14. Fonte: https://www.raciociniocristao.com.br/2018/08/racioci-
nios-jan-amos-comenius/
43
31. Fonte: https://analiseinteligente.blogspot.com/2016/03/a-von-
tade-humana-e-acionada-pela-graca.html
44
sobre os autores
João Leo Pinto Lima
Doutorando em Psicologia. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do ABC.
Pós-graduado em Psicossociopatologia pelo Instituto Keppe & Pacheco e Instituto
Nacional de Pós-graduação. Bacharel, Licenciado e Psicólogo pela PUC/Campinas.
Extensão Universitária em Perspectivas do Pensamento Filosófico Contemporâneo
pela PUC/Campinas. Extensão Universitária em Introdução ao Pensamento de
Freud,
Melanie Klein, Relação Analítica e Forma pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de
São Paulo. Extensão Universitária sobre Aspectos atuais da Psicanálise, Psicologia
Social e Educacional pela PUC/Campinas. Especialização em Psicanálise Integral, com
prática clínica em Nova Iorque e Londres. Complementação sobre o Pensamento de
Henri Bergson pela USP. Complementação sobre Future Consciousness, Values and
Anticipation pela University of Turku, Finlândia. Complementação em Língua Inglesa pela
FATRI Faculdade Keppe & Pacheco. Tradutor e Intérprete internacional de conferências.
Autor do Capítulo “Psicodrama” do livro Psicoterapias Alienantes (Editora Próton). Autor
do Capítulo “Stop a Destruição da Educação” do livro Stop a Destruição do Mundo. Autor
de vários artigos científicos na Revista de Psicanálise Integral, Jornal Trilogia, Trilogy e
outras publicações. Revisor de inglês e português das publicações da Proton Editora.
45
na Sociedade de Psicanálise Integral, hoje Sociedade Internacional de Trilogia
Analítica (SITA). Desenvolveu, acompanhou e implementou o Regimento,
Programa de acompanhamento e Orientação de crianças de zero a seis anos
para a Creche Dona Durvalina Teixeira Rosa, nos anos oitenta, em parceria
com o Rotary Club de Itaquaquecetuba. Atuou no projeto de geração de renda
e atendimento habitacional com a população do Terceiro Setor, pela CDHU, –
Companhia de Desenvolvimento e Habitação de São Paulo. Na Secretaria Social
de São Bernardo do Campo (SEDESC), desempenhou atividades de formação
pessoal para jovens e adultos do Terceiro Setor com vista ao mercado de
trabalho, bem como atividades de formação profissional em diferentes áreas de
atendimento e serviços.
46
sobre as faculdades trilógicas
KEPPE & PACHECO e NOSSA SENHORA DE TODOS OS
POVOS
Desde então, os membros da nova Escola de Keppe e Pacheco, aplicam a ciência triló-
gica a uma variada gama de áreas humanas, científicas, tecnológicas e artísticas.
A Ciência da Trilogia Analítica foi difundida nas Américas (Norte, Central e Sul), além de
Europa, inclusive chegando à Rússia e ainda ao Oriente, na China.
y TEOLOGIA – SENTIMENTO
y CIÊNCIA – AÇÃO e
y FILOSOFIA – PENSAMENTO
PÓS-GRADUAÇÕES
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Motor é uma tecnologia premiada no Brasil e internacionalmente, conhecida e procura-
da por engenheiros e técnicos de diversas áreas que desejam inovar ou obter soluções
mais eficientes, simples e de menor custo em eficiência energética motriz.
Fornece os instrumentos para o aluno atuar na gestão de conflitos em sua vida pes-
soal e profissional, onde exige-se cada vez mais equilíbrio para lidar com adversidades
e conflitos interpessoais. A partir do conhecimento de si e da sociedade, este curso é
composto por aulas teóricas e práticas e oficinas terapêuticas de autoconhecimento
(Gestão de Conflitos), visando a conscientização das causas mais profundas, psicosso-
ciais, muitas ainda inconscientes, que geram os atritos e problemas individuais e sociais.
O curso une a Psicanálise Integral (Trilogia Analítica) com a Pedagogia de forma única
e inovadora. Apresenta propostas práticas aplicadas com resultados no ambiente esco-
lar, por meio da conscientização. Fornece recursos para o educador realizar o trabalho
com maior satisfação e equilíbrio interno diante das situações de conflitos, stress e
angústias dos envolvidos, com aprofundamento na vida psíquica.
Este curso traz uma nova e transformadora visão da vida, através das Artes, por meio
do método inovador de ensino do psicanalista Norberto Keppe, que coloca o aluno em
contato com os princípios artísticos universais existentes, necessários para o cresci-
mento do indivíduo e o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Conducted in English, this course prepares social change agents to help solve con-
flicts, develop leadership strategies and manage people, businesses and sustainable
environments.
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GRADUAÇÕES PRESENCIAIS – Faculdade Trilógica Keppe & Pacheco
Única graduação de teologia trilógica, não confessional, que unifica a Ciência, Filoso-
fia e a Teologia. Aprenda como utilizar a psicoterapia na prática do teólogo. A PSIQUE
(alma) é um dos grandes objetivos deste bacharelado. Entenda porque a sociedade hu-
mana está dia a dia mais afastada do seu Criador com suas dramáticas consequências.
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FACULDADE TRILÓGICA KEPPE & PACHECO
FACULDADE TRILÓGICA
NOSSA SENHORA DE TODOS OS POVOS
50
CENTRO DE LÍNGUAS DAS FACULDADES TRILÓGICAS - SP
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Tanto Jean-Jacques Rousseau estava certo, ao dizer que o indivíduo nasce bom e
a sociedade o corrompe, como Norberto R. Keppe, ao notar a ação da psicopatologia
individual na distorção da energia sã do grupo social equilibrado. Há uma interação
entre o indivíduo e o grupo: ambos podem contribuir tanto para o equilíbrio como
para a deturpação da sanidade pessoal e social. Aqui entra o papel da conscientização,
que, trazendo à percepção tais desmandos, possibilita a correção dos desvios e a
restauração da estabilidade pessoal e coletiva. Sociedade e Educação são dois fatores
inseparáveis. Algumas de suas influências mútuas é o objeto deste livro didático.
(KEPPE, N. Sociopatologia, São Paulo: Editora Próton Ltda. 2a Edição, 2002, p. 3).
Educação e Pedagogia