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11/04/2010

Aperfeiçoamento em Prótese Convencional e sobre Implantes

Bibliografia Recomendada
• HOBO, S. et al. Osseointegração e Reabilitação Oclusal. 1 ed. São
Paulo: Quintessence, 1997.

• MACIEL, R.N. Oclusão e ATM – Procedimentos clínicos. 1 ed. São


Princípios dede
Princípios OCLUSÃO
OCLUSÃO
Paulo: Santos, 1996.

• OKESON, J.P. Fundamentos de Oclusão e Desordens Temporo-


mandibulares. 2 ed. São Paulo: Artes Médicas.

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2 Pick

Sistema Estomatognático Componentes do Sistema Estomatognático


É uma unidade anátomo-funcional indivisível delimitada no plano Anatômicos Fisiológicos
horizontal por uma linha que passa no rebordo orbitário inferior e por
• Ossos • Oclusão dental
outra que passa ao nível do osso hióide, da mesma forma limitam este
aparelho duas linha verticais que passam ao nível das apófises. • Músculos • Periodonto (sustentação e proteção)
• Articulações (ATM e alvéolo dental) • ATM
• Ligamentos • Mecanismo neuro-muscular
• Dentes
• Sistema vascular
• Sistema nervoso
• Língua, lábios e bochechas
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Oclusão
Do latim occludere = fechamento

É o estudo das relações estáticas e dinâmicas entre as


estruturas do sistema estomatognático.

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Oclusão Posições Mandibulares


Ideal Normal Máxima Intercuspidação Habitual Relação Cêntrica

Oclusão natural que apresenta todas as Padrão oclusal que não preenche É a relação de contato dental voluntária ou não, É a posição mais retrusiva da mandíbula a partir
com o maior número de contatos dentais, inclusive da qual os movimentos mandibulares de abertura
guias oclusais normais, ausência de necessariamente os requisitos de uma
de dentes anteriores. Esta posição é determinada e lateralidade podem ser realizados
contatos prematuros ou interferências oclusão ideal, porém não se observam pelos músculos, proprioceptores e planos confortavelmente pelo paciente. É uma posição
oclusais, número suficiente de dentes, sinais e sintomas no aparelho inclinados dos dentes. bordejante, limite, funcional e reproduzível com ou
ausências de sinais e sintomas no aparelho estomatognático e, quando presentes, são sem a presença de dentes, sendo uma posição de
mastigador. tão leves que não interferem no conforto do referência e de terapêutica para reabilitação.
indivíduo.
Também pode ser chamada de Oclusão
Funcional.

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Posições Mandibulares Deslize em Cêntrica


Máxima Intercuspidação
Oclusão Cênrica Habitual Relação Cêntrica Deslizamento da mandíbula que se inicia co um contato
prematuro em RC e termina na MIH. O deslizamento pode ser
Quando ocorre o máximo de contato entre os É quando o côndilo está numa posição mais
dentes antagonistas e os côndilos estão em superior, posterior e mediana na fossa mandibular.
protrusivo ou látero-protrusivo. Eliminar o deslizamento em
relação cêntrica. cêntrica é o primeiro passo quando se inicia um tratamento com
equilíbrio oclusal.
OC = MIH + RC

10% da população

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Dimensão Vertical Dimensão Vertical


É a distância entre a mandíbula e a maxila num plano vertical, DVO DVR
que pode ser medida em qualquer área da boca.
É a distância entre a maxila e mandíbula quando
É a distância vertical da mandíbula em os músculos mastigatórios encontram-se em
relação à maxila quando os dentes equilíbrio fisiológico, ou seja, com um tônus
muscular mínimo.
• Dimensão Vertical de Oclusão superiores e inferiores estão em contato
• Também conhecida com Dimensão Vertical
intercuspídico na posição de fechamento Postural (DVP)
• Dimensão Vertical de Repouso máximo. • Os dentes não estão em contato oclusal.

• Espaço Funcional Livre: EFL= DVR - DVO

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Trespasse Alterações do Trespasse Horizontal


(Overjet)
Horizontal (“Overjet”) Vertical (“Overbite”)

É a distância entre as bordas incisais dos incisivos É a distância, medida no plano vertical, entre as
superiores à face vestibular dos incisivos bordas incisais dos incisivos superiores e
inferiores, medida no plano horizontal. inferiores, quando eles se sobrepõem.

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Alterações do Trespasse Vertical Contatos Oclusais


(Overbite)
Cúspides de Contenção Cêntrica Cúspides de Não-Contenção Cêntrica

• É a cúspide maior e mais volumosa • São menores e menos volumosas que as de


contenção.
• É a cúspide de trabalho que mantém contato
com as fossas, cristas marginais e planos
inclinados dos dentes antagonistas.
• VIPS

NORMAL MORDIDA PROFUNDA MORDIDA ABERTA

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Contatos Oclusais Curvas de Compensação


Contato Prematuro Interferência oclusal
Servem para diminuir o esforço muscular exigido para executar
movimentos mandibulares.
É o contato dental que ocorre antes que os É o contato que ocorre nos dentes • Curva de Spee: Linha imaginária que tangencia as pontas de cúspides
outros dentes se toquem. Tipo de contato posteriores durante os movimentos das vestibulares dos dentes inferiores, desde o canino passando pelos molares indo até o
centro de rotação do côndilo.
que interfere nos movimentos mandíbulas. Por gerarem forças
mandibulares e que elimina parcial ou horizontais podem determinar trauma
totalmente um ou mais guias oclusais do oclusal localizado. • Curva de Wilson: Linha imaginária, no plano frontal, que toca os vértices das
paciente. cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores inferiores e superiores de um
lado até os vértices das cúspides linguais e vestibulares do lado oposto.

• Curva de Monson: é a curva de oclusão na qual as cúspides e bordas incisais


dos dentes inferiores tocam ou se conformam a um Segmento de uma esfera, com 8
Profa. Bárbara Pick polegadas de diâmetro, cujo centro se localiza na glabela. Profa. Bárbara Pick

Movimentos Mandibulares Movimentos Bordejantes – Plano Sagital


• Bordejantes: quando a mandíbula se move através dos Na abertura da boca, a partir da posição de

limites externos do movimento, limites reprodutíveis são RC e conservando-se a mandíbula na posição


detectados. mais retrusiva, durante os primeiros 5 a 20mm
deste movimento a mandíbula roda em um
movimento de charneira puro, ou rotação, em
• Intra-bordejantes: quando a mandíbula se move livre e fácil
dentro dos limites externos do movimento durante a fala, torno de um eixo de charneira (transversal) no
mastigação... côndilo. Este não se desloca para frente, mas
simplesmente roda em torno de um eixo.

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Movimentos Bordejantes – Plano Sagital Movimentos Bordejantes – Plano Sagital


Se a boca continuar a ser aberta, chega-se a Da posição de abertura máxima, a mandíbula
um ponto onde o movimento condilar muda pode ser deslocada para frente e para cima,
de rotação em charneira pura, para isto é, movimentos de protrusão e elevação
movimento de deslizamento anterior, concomitantes, o máximo possível. Alcança,
conhecido como translação. Separando-se os assim, a mandíbula sua posição mais
maxilares o máximo possível, chega-se à protrusiva. Nessa posição, a borda incisal do
abertura máxima, posição que não pode ser incisivo inferior fica em um nível mais alto que
ultrapassada. a borda incisal do incisivo superior .

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Movimentos Bordejantes – Plano Sagital


O movimento seguinte é a translação da
mandíbula para trás, enquanto se mantêm os
dentes em leve contato. Quando os incisivos
inferiores encontram os superiores, a
mandíbula deve abaixar um pouco para
permitir que os dentes se cruzem. Daí a
mandíbula se desloca até chegar à oclusão
central.

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Movimentos Bordejantes – Plano Sagital Movimentos Bordejantes – Plano Frontal

Diagrama de Posselt:

1. Abertura posterior bordejante

2. Abertura anterior bordejante (~ 40 mm)

3. Contato bordenjante superior

4. Movimento funcional No movimento lateral direito, a partir da OC, o côndilo esquerdo desloca-se para baixo
e para frente (e ligeiramente para medial), enquanto o direito permanece em posição
na fossa mandibular .
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Movimentos Bordejantes – Plano Frontal Movimentos Bordejantes – Plano Frontal

Se desta translação unilateral direita a mandíbula for movida a uma posição de O fechamento da boca iniciado na posição de abertura máxima e terminado na posição
abertura máxima, o côndilo direito desliza para frente. Enquanto ele vai para frente, lateral esquerda é conseguido pela translação posterior do côndilo esquerdo,
ambos os côndilos também entram em rotação até seus limites máximos (translação e enquanto o côndilo direito permanece na posição avançada. Alguma rotação ocorre
rotação condilar bilateral). Profa. Bárbara Pick em ambos os côndilos. Profa. Bárbara Pick

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Movimentos Bordejantes – Plano Frontal Movimentos Bordejantes – Plano Frontal

Diagrama de Gysi:
1. Lateral superior esquerdo
2. Abertura lateral esquerda
3. Lateral superior direita
Da posição lateral esquerda, um movimento para trás até a OC envolve a translação
4. Abertura lateral direita
posterior do côndilo direito e a rotação de ambos os côndilos, até que os dentes
entrem em OC.
Profa. Bárbara Pick Profa. Bárbara Pick

Movimentos Bordejantes – Plano Horizontal Desoclusão


1. Lateral esquerda • Movimento de protrusão:
2. Esquerda continuada com protrusão (~10 mm) – Guia anterior
3. Lateral direita
4. Lateral direita continuada com protrusão – Guia incisiva
• Movimento de lateralidade:
– Guia canina
– Desoclusão em grupo

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Arco gótico

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Desoclusão
• Movimento de protrusão:
– Guia anterior: os incisivos e
caninos inferiores se movem para
frente e para baixo ao longo da
face palatina dos dentes anteriores
superiores.
– Guia incisiva: somente os
incisivos inferiores se movem para
frente e para baixo ao longo da
face palatina dos incisivos
superiores.
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Importância clínica da Protrusão


A relação dos planos inclinados distais das cúspides dos
dentes superiores e os planos inclinados mesiais das
cúspides dos dentes inferiores, permitem a desoclusão de
todos os dentes posteriores.

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Desoclusão
• Movimento de lateralidade:
– Guia canina: durante o movimento de lateralidade, somente o canino
inferior do lado em que a mandíbula está se direcionando toca a face
palatina do canino superior.

– Desoclusão em grupo: neste padrão de função oclusal, o canino, pré-


molares e molares de um lado se tocam durante o movimento de
lateralidade.

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Desoclusão
ÂNGULO DE BENNETT: trajetória do côndilo do lado de balanceio no movimento,
• Lateralidade para mesial na direção da linha média, medido em relação ao plano horizontal.
(~15º)

Movimento de Bennett

ÂNGULO DE FISCHER: trajetória do côndilo do lado de balanceio no movimento,


Profa. Bárbara Pick Profaoa.plano
para baixo em direção anterior, medido em relação Bárbara Pick
sagital. (~30 o)

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Importância clínica da Lateralidade


O grau de movimento de Bennett que ocorre varia de pessoa para pessoa, e os Oclusão
articuladores podem ser ajustados para possibilitar isso. É importante esse
ajustamento porque os caminhos pelos quais as cúspides opostas superiores
e inferiores deslizam em movimentos laterais são afetados por presença ou
ausência do movimento de Bennett. Mutuamente Protegida
ou
Balanceada Bilateral?

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Oclusão Mutuamente Protegida Oclusão Mutuamente Protegida


O trespasse vertical e horizontal dos dentes anteriores
desocluem os dentes posteriores em todos os movimentos
excursivos mandibulares, isto é:
• Em MIH, os dentes posteriores protegem os anteriores;
• Em protrusiva, os dentes anteriores protegem os caninos e os
dentes posteriores;
• Durante os movimentos de lateralidade, os caninos protegem
os incisivos e os dentes posteriores.

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Oclusão Mutuamente Protegida Oclusão Balanceada Bilateral


Durante a MIH, a protrusão e os movimentos de lateralidade,
Dentes Anteriores: Dentes Posteriores:
todos os dentes se contatam simultaneamente.
• Raízes longas • Raízes curtas
• Unirradiculares • Multirradiculares
• Suportam cargas horizontais • Suportam cargas verticais

Guias dos movimentos Contatos oclusais cêntricos


mandibulares

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Não há um padrão ideal de oclusão único para todos


os indivíduos, mas pode ser achado uma padrão
apropriado com base nos seguintes critérios:

• Promover MIH entre os dentes, com os côndilos em RC

• Fazer com que a mandíbula execute os movimentos a partir


da RC até que os dentes com maior capacidade de suportar
cargas horizontais entrem em função

Oclusão Balanceada Bilateral Profa. Bárbara Pick

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Disfunções Têmporo-mandibulares Desordens Articulares


• Desordens Articulares • Sub luxação da ATM (côndilo ultrapassa eminência)
• Desordens Musculares • Luxação da ATM (travamento)
• Deslocamento do disco articular (com ou sem redução)
• Alterações Degenerativas – Osteoartrite, Crepitação
• Aderência do disco articular à fossa (hipomobilidade)
• Sinovite (inflamação na membrana sinovial)
• Retrodiscite (inflamação nos tecidos retrodiscais)
• Capsulite (inflamação na cápsula articular)
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Desordens Musculares
• Dor miofascial (trigger points)
• Miosite
• Mioespasmos (intensa atividade eletromiográfica) Intervalo??

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