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Princípios de usinagem

Avarias e desgastes

Prof. Dr.-Ing. Carlos E. H. Ventura


ventura@ufscar.br
Solicitações

Solicitação Mecanismo de desgaste

Carga Carga
mecânica mecânica Abrasão
Mecânica
estacionária dinâmica
Carga térmica Carga térmica Adesão
Térmica estacionária dinâmica

Difusão
Influência Influência
química química na
Química
interna superfície Oxidação
(material)

Atuação de Atuação de
longa duração curta duração

2
Solicitações

Tensão devida à
carga mecânica

Tensão principal 1
Fresamento
Cerâmica: Al2O3/TiC

Tempo
3
Solicitações
Tensão devida à carga térmica

Fresamento
Cerâmica: Al2O3/TiC

Tensões principais 1 e 3
Temperatura

Tempo
Tempo
Resfriamento
4
Solicitações
Distribuição de temperatura
Fresamento durante o corte
Cerâmica: Al2O3/TiC

Convecção: h = 20 W/m2K
Fluxo de calor para a
ferramenta: Q = 40 W

Distribuição de tensões

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Classificação

• Avarias

• Perdas abruptas de partículas


macroscópicas da ferramenta

• Desgaste

• Perdas contínuas de partículas


microscópicas da ferramenta

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Mecanismos de desgaste

• Abrasão – carbonetos, velocidade


elevada, cascas

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Mecanismos de desgaste

• Abrasão – carbonetos, velocidade


elevada, cascas

• Difusão – elevada velocidade de corte,


afinidade química, cavacos longos

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Mecanismos de desgaste

• Abrasão – carbonetos, velocidade


elevada, cascas

• Difusão – elevada velocidade de corte,


afinidade química, cavacos longos

• Adesão (attrition) – afinidade química,


fluxo irregular de cavaco

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Mecanismos de desgaste

• Abrasão – carbonetos, velocidade


elevada, cascas

• Difusão – elevada velocidade de corte,


afinidade química, cavacos longos

• Adesão (attrition) – afinidade química,


fluxo irregular de cavaco

• Oxidação – elevada velocidade de


corte (temperatura), fluido

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Mecanismos de desgaste

• Abrasão – carbonetos, velocidade


elevada, cascas

• Difusão – elevada velocidade de corte,


afinidade química, cavacos longos

• Adesão (attrition) – afinidade química,


fluxo irregular de cavaco

• Oxidação – elevada velocidade de


corte (temperatura), fluido

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Mecanismos de desgaste

• Aresta postiça de corte

• Soldagem e encruamento do cavaco na


superfície de saída

• Protege a superfície de saída

• Diminui a força de corte

• Piora o acabamento superficial

• Ruptura brusca

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Mecanismos de desgaste

• Aresta postiça de corte

13
Mecanismos de desgaste

• Aresta postiça de corte

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Mecanismos de desgaste

• Aresta postiça de corte

Soluções:
 Maior velocidade de corte
 Selecionar uma geometria
mais positiva
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Mecanismos de desgaste

• vc baixa  aresta postiça de corte

• vc moderada  adesão

• vc alta  abrasão, difusão, oxidação

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Mecanismos de desgaste

(Usinagem de aço com metal duro)

Desgaste total
Desgaste

Abrasão

Desgaste triboquímico

Adesão

Velocidade de corte
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Tipos de desgaste e

avarias

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Desgaste de flanco

• Abrasão –
carbonetos,
velocidade elevada,
cascas

• Adesão (attrition) –
afinidade química,
Soluções:
fluxo irregular de  Classes com mais
cavaco resistência ao desgaste
 Menor velocidade de corte
 Revestimentos

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Desgaste de entalhe

• Encruamento do
cavaco (tipo de
material usinado)

• Oxidação – elevada
velocidade de corte
(temperatura),
fluido Solução:
 Selecionar uma classe
mais resistente ao
desgaste

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Medição do desgaste na superfície de folga

• VBB: desgaste de flanco


médio

• VBBmax: desgaste de flanco


máximo

• VBN: desgaste de entalhe

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Desgaste de cratera

• Difusão – elevada
velocidade de corte,
afinidade química,
cavacos longos

Soluções:
 Classe mais resistente ao desgaste
 Menor velocidade de corte
 Revestimento

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Desgaste de cratera

Superfície de saída
Prof. da
cratera Desgaste de cratera

r

Desgaste de flanco Linha da prof.


de corte

Deve-se observar que o desgaste de cratera é formado afastado da


aresta de corte. Essa região coincide com a região de máxima
temperatura do cavaco

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Desgaste de cratera

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Medição do desgaste na superfície de saída

• KT: profundidade da cratera

• KB: largura da cratera

• KM: distância do centro da cratera à aresta de corte

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Deformação plástica

• Elevadas pressões
e temperaturas –
alta velocidade de
corte e elevado ks

Soluções:
 Selecionar uma classe mais
resistente ao desgaste
 Reduzir a velocidade de
corte ou o avanço

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Lascamento

• Aplicação muito
exigente – impacto,
carga mecânica,
sem preparação de
aresta

Soluções:
 Selecionar uma pastilha com uma
aresta de corte mais robusta
 Selecionar uma classe mais tenaz

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Trincas de origem térmica

• Perpendiculares à
aresta de corte

• Causas: fluxo
irregular do fluido,
principalmente no
fresamento

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Trincas de origem térmica

• Variação de temperatura no fresamento

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Trincas de origem mecânica

• Paralelas à aresta de
corte

• Causas: corte
interrompido, variação
da espessura do
cavaco (fresamento)

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Quebra da aresta

• Gerada pelo
crescimento de todos os
desgastes e avarias

• Outras causas: carga


excessiva sobre a
ferramenta, , r ou 
pequenos

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Exemplos

Torneamento de ferro fundido vermicular, vc = 250 m/min


Desgaste de flanco após 12 min

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Exemplos

Possibilidade de difusão
(desgaste regular) Adesão (desgaste irregular)

Fresamento de Ti-6Al-4V, vc = 50 m/min


Desgaste de flanco em fim de vida
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Exemplos
1 chanfro

Torneamento de
aço endurecido,
vc = 200 m/min
3 chanfros

Desgaste de
flanco em fim de
vida
5 chanfros

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