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SUSTENTABILIDADE

EM NEGÓCIOS

Rozali Araújo dos Santos


Diagnóstico,
monitoramento e reporte
da sustentabilidade
corporativa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Apresentar caminhos para a medição de desempenho em sustenta-


bilidade empresarial.
 Elaborar indicadores de sustentabilidade.
 Discutir exemplos de relatórios de sustentabilidade.

Introdução
O desenvolvimento sustentável consiste em suprir as necessidades da
geração atual sem comprometer a capacidade de atender às necessidades
das futuras gerações. Ou seja, é o desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro.
Esse conceito se propagou em vários segmentos da sociedade, sendo
debatido em reuniões, palestras e aulas, a partir da década de 1970. Com
isso, surgiu a necessidade de ultrapassar os limites do discurso e adentrar
a prática. No mundo dos negócios, a definição de sustentabilidade em-
presarial está atrelada às ações adotadas pelas empresas com o objetivo
de atuar de maneira consciente, aliando sempre o respeito ao ambiente
e à sociedade em que estão inseridas.
2 Diagnóstico, monitoramento e reporte da sustentabilidade corporativa

Neste capítulo, você vai estudar os caminhos para a medição de


desempenho em sustentabilidade empresarial.

Medição de desempenho em sustentabilidade


As questões de sustentabilidade estão ganhando maior destaque entre as
corporações e seus stakeholders em todo o mundo. Prova disso é o número
crescente de empresas que compartilham suas iniciativas em relatórios de
sustentabilidade. Porém, algumas dúvidas persistem, conforme apontam
Caiado, Quelhas e Lima (2015): o que deve ser mensurado, quais informações
esses relatórios devem conter e como eles devem ser estruturados?
A avaliação de desempenho em sustentabilidade considera dados mensurá-
veis e rastreáveis das empresas que reflitam os principais aspectos ou pontos
de pressão, gerando informações para a tomada de decisão. São medidos os
indicadores ambientais, indicadores sociais e indicadores econômicos.
A avaliação de desempenho em sustentabilidade não deve ser estática,
e sim integrada, para que possa refletir as tendências inertes em relação ao
desenvolvimento sustentável, conforme apontam Hanai e Espindola (2011).
Na definição e implementação dos modelos de avaliação de desempenho, as
empresas enfrentam os desafios de integrar as noções tradicionais de criação
de valor e de relacionar as operações sustentáveis com os resultados finan-
ceiros. Ao mesmo tempo, há o desafio de não perder a capacidade de avaliar
o desempenho com base em temas tradicionais, conforme Mamede (2013).
Vale ressaltar que o desempenho sustentável pode ser definido como a
performance de uma empresa em todas as dimensões, exigindo um modelo
de gestão que estabeleça a ligação entre a gestão ambiental e social com o
negócio e a estratégia competitiva. Além disso, esse modelo deve integrar
a informação ambiental e social com a informação econômica da empresa.
Segundo Caiado, Quelhas e Lima (2015), os objetivos que devem ser aten-
didos pelo sistema de medição de desempenho com a finalidade de viabilizar
a produção sustentável são:

 produzir informações periódicas sobre o desempenho das instalações;


 promover a aprendizagem organizacional em sustentabilidade;
 medir continuamente o desempenho para rastrear os avanços em
sustentabilidade;
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 atualizar e melhorar o desempenho da empresa por meio de benchmarking


externo;
 estabelecer canais de comunicação com os stakeholders;
 incentivar a participação dos stakeholders na tomada de decisão.

Galvão e Kuglianskas (2013) salientam que a sustentabilidade empresarial


pode valer-se de certificações de padrões de qualidade ou socioambientais,
como as normas ISO 14000, OHSAS 18001, SA 8000, ISO 26000. Existem
várias metodologias para o uso de indicadores, com o objetivo de medir e
relatar as práticas de sustentabilidade empresarial social, ambiental e econô-
mica, como os Indicadores Ethos de Responsabilidade Empresarial e o Global
Reporting Initiative (GRI).
Em suma, os modelos de medição de desempenho em sustentabilidade
consistem em iniciativas que possibilitam quantificar, medir e comparar resul-
tados para a tomada de decisões, por meio de metodologias e critérios adotados
com a finalidade de mensuração da sustentabilidade. Assim, cada empresa
utiliza a iniciativa mais conveniente ou adapta algo existente para os moldes
necessários em cada situação, conforme apontam Galvão e Kuglianskas (2013).

Indicadores de desempenho de
sustentabilidade
Os indicadores de desenvolvimento sustentável são instrumentos essenciais
para guiar a ação e subsidiar o acompanhamento e a avaliação do progresso
alcançado rumo ao desenvolvimento sustentável. Eles podem facilitar a cria-
ção de um sistema de produção mais ecoeficiente e responsável socialmente,
conforme Caiado, Quelhas e Lima (2015).
Visando a auxiliar nesse progresso, existem várias linhas de pesquisa
que buscam criar índices para mensurar o desempenho da sustentabilidade
empresarial, conforme apresentado no Quadro 1. A maioria das ferramentas
se baseiam no tripé de questões sociais, ambientais e econômicas.
4 Diagnóstico, monitoramento e reporte da sustentabilidade corporativa

Quadro 1. Índices de sustentabilidade

Índice Fundador e ano Característica

Domini 400 Kinder, Lydenberg, Composto por uma seleção de


Social Index Domini & Co. — 1990 400 empresas norte-americanas,
sendo 250 incluídas no índice
S&P500, 100 companhias que
não estão inclusas no S&P500,
mas são representativas em
seu setor, e 50 companhias
que representam fortes
características de apelo social.

Dow Jones Dow Jones Indexes, São calculados e analisados de


Sustainability STOXX Limited & maneira semelhante ao Dow
Indexes The Sustainable Jones Global Indexes e são
Asset Management subcategorizados em dois índices:
Group — 1999 o DJSI World e o DJSI STOXX,
que é um índice composto
por empresas europeias.

Ethibel Standard & Composto por quatro índices


Sustainability Poor’s — 2002 regionais: ESI Global, ESI Américas,
Indices ESI Europa e ESI Ásia-Pacífico.

Calvert Social Calvert Corporation Composto por 680 empresas


Index — 2004 selecionadas entre cerca de 1.000
das maiores empresas de capital
aberto dos Estados Unidos.

KLD Indexes KLD Research and A KLD também desenvolveu


Analytics — 1990 o Corporate Social Ratings
Monitor, que é um banco
de dados para pesquisa de
fins sociais que compreende
mais de 4.000 empresas do
mercado norte-americano.

FTSE4Good FTSE Group — 2001 É derivado do índice global FTSE,


Index especificamente do FTSE-All Share
Index (UK) e do FTSE All-World
Developed Index (Global).

(Continua)
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(Continuação)

Quadro 1. Índices de sustentabilidade

Índice Fundador e ano Característica

Socially Bolsa de valores de Considerado o primeiro índice


Responsible Joanesburgo, na de sustentabilidade surgido
Investment África do Sul — 2004 em um país emergente.
Index

Índice de BM&FBOVESPA Originalmente financiado pelo


Sustentabilidade — 2005 International Finance Corporation,
Empresarial braço privado do Banco Mundial.
Seu desenho metodológico é
de responsabilidade do Centro
de Estudos em Sustentabilidade
da Fundação Getúlio Vargas.

Fonte: Adaptado de Garcia e Orsato (2013).

Alguns índices de sustentabilidade têm se destacado:

 Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI);


 Global Reporting Initiative (GRI);
 Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE);
 Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial.

O DJSI foi lançado em 1999 pela Dow Jones Indexes, em conjunto com
a Sustainable Asset Management. O índice mede o desempenho financeiro
e fatores econômicos, além do envolvimento social, cultural e ambiental das
empresas. Ele tem o objetivo de orientar a alocação de recursos pelos gestores
globais, estimulando a responsabilidade ética corporativa e a preocupação
ambiental.
O modelo GRI foi criado pela Global Reporting Initiative, organização
internacional com sede em Amsterdã, que tem como missão desenvolver e
disseminar globalmente diretrizes e incorporar indicadores de sustentabili-
dade para a elaboração de relatórios (sustainability reporting guidelines). Ele
determina princípios e estrutura para o relatório, o que permite às organiza-
ções a apresentação geral de seu desempenho econômico, social e ambiental,
permitindo a comparação com o mercado. Essa comparação é possível porque
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o modelo GRI estabelece padrões (indicadores) e serve como plataforma para


facilitar o diálogo e o engajamento de stakeholders.
As companhias e organizações podem relatar suas práticas por várias
razões, conforme apontam Botelho et al. (2015):

 aumentar a compreensão sobre os riscos e as oportunidades que elas


enfrentam;
 melhorar a reputação e a fidelidade à marca;
 ajudar seus stakeholders a compreender os impactos do desempenho
de sustentabilidade;
 enfatizar a relação entre o desempenho organizacional financeiro e o
não financeiro;
 influenciar na estratégia e política de gestão a longo prazo e nos planos
de negócios;
 servir como padrão de referência (benchmarking) e avaliação de de-
sempenho de sustentabilidade, com respeito a leis, normas, códigos,
padrões de desempenho e iniciativas voluntárias;
 demonstrar como a organização influencia e é influenciada pelas ex-
pectativas relativas ao desenvolvimento sustentável;
 comparar o desempenho organizacional interno e entre organizações;
 estar em conformidade com os regulamentos nacionais ou com os
requisitos referentes à bolsa de valores.

O ISE, apresentado em dezembro de 2005, avalia o desempenho de 150


empresas com as ações mais negociadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros (Bovespa). Demonstra interesse no desempenho em relação à gestão
da sustentabilidade das empresas no Brasil e busca tornar-se referência para
investidores financeiros no mundo todo, que estejam em busca de aplicações em
empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis (BM&FBOVESPA,
2015 apud BOTELHO et al., 2015). O ISE é composto por sete dimensões,
abrangendo os aspectos:

 ambientais;
 sociais;
 econômico-financeiros;
 gerais (posição da empresa perante acordos globais e publicação de
balanços sociais);
 de natureza do produto (como os possíveis danos e riscos à saúde dos
consumidores acarretados pelo consumo/uso dos produtos da empresa);
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 de governança corporativa; e
 de mudanças climáticas.

Acesse o link a seguir e saiba mais sobre o ISE.

https://qrgo.page.link/ffueB

Já os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial foram


desenvolvidos pelo Instituto Ethos, uma organização não governamental.
Eles servem como ferramenta de uso essencialmente interno e permite a
autoavaliação da gestão quanto às práticas de responsabilidade social. Seus
indicadores de desempenho abrangem sete temas ou dimensões:

1. valores, transparência e governança;


2. público interno;
3. meio ambiente;
4. fornecedores;
5. consumidores e clientes;
6. comunidade; e
7. governo e sociedade.

Além dos indicadores elaborados por terceiros, existe também a opção de


utilizar os indicadores internos, denominados key performance indicators
(KPIs). Estes podem ser representados pela combinação de um ou mais indi-
cadores e representam um conjunto de medidas voltadas para o desempenho
mais crítico.
Convém ressaltar que, independentemente da ferramenta, existem algumas
características desejáveis para os indicadores, conforme apontam Hanai e
Espindola (2011):

 pertinência política e interesse público;


 compreensão e utilidade pública;
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 devem guiar políticas e decisões nos níveis da sociedade e cobrir toda


a abrangência dos ambientes socioeconômicos, culturais, naturais e
políticos nos níveis local, regional, nacional e internacional;
 devem ter capacidade preditiva; e
 devem cobrir fenômenos sistêmicos e ter habilidade integrativa.

Considerando esse contexto, surge o Sistema B, que redefine o conceito


de sucesso dos negócios, atrelando lucro com benefícios socioambientais,
conforme abordado a seguir.

Sistema B
O Sistema B é um movimento global que busca criar um ecossistema de
empresas B, que são empresas que buscam encontrar soluções para questões
ambientais e sociais. O número de empresas que buscam ser transparentes,
medindo seus impactos sociais e ambientais, é cada vez maior. As Empresas
B medem seu impacto socioambiental e se comprometem de forma pessoal,
institucional e legal a tomar decisões considerando as consequências de suas
ações na comunidade e no meio ambiente, no longo prazo. Esse novo tipo
de empresa aumenta o dever fiduciário de seus acionistas e gestores em seus
estatutos, incorporando interesses não financeiros de longo prazo e cumprindo
o compromisso de melhorar seus impactos socioambientais de forma contínua,
operando com altos padrões de desempenho e transparência.
As dimensões avaliadas nesse sistema são governança, trabalhadores, meio
ambiente, clientes e comunidade, considerando um modelo de negócios em
prol de um objetivo (Figura 1).
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Figura 1. Avaliação de uma empresa B.


Fonte: Sistema B ([2019a], documento on-line).

Segundo o site Sistema B, para uma organização ser considerada uma


Empresa B, alguns requisitos devem ser atendidos, conforme descrito a seguir
(SISTEMA B, [2019b]):

 Avaliação do impacto B (AIB): essa avaliação é realizada por meio


de uma ferramenta gratuita, e todas as informações fornecidas são
confidenciais. A AIB ocorre em três etapas: 1) avaliação, por meio de
uma série de perguntas (são cerca de 200 perguntas, no total); 2) com-
paração das respostas com as respostas de outras empresas (Figura 2);
3) melhoria do impacto da empresa. A AIB oferece guias de melhores
práticas, com exemplos que auxiliam na implementação de ações de
melhoria na empresa. Para continuar com o processo de certificação,
é necessário obter um mínimo de 80 pontos de 200 na AIB.
10 Diagnóstico, monitoramento e reporte da sustentabilidade corporativa

Figura 2. Exemplo de relatório comparativo.


Fonte: B Lab (2019, documento on-line).

 Questionário de divulgação: o questionário de divulgação considera


qualquer impacto negativo significativo, a revisão de antecedentes e um
canal público de denúncias ou reclamações. Os dados são confidenciais.
 Análise de elegibilidade inicial: nessa etapa, confirma-se se a empresa
cumpre com os requisitos necessários, se completou a avaliação de
acordo com seu tamanho, setor, indústria e zona geográfica e se a
perguntas foram respondidas corretamente. Tempo de análise: aproxi-
madamente duas semanas.
 Preparação para a etapa de verificação: nessa etapa, serão explicados
os requisitos para obter e manter a certificação. Na sequência, serão
solicitados documentos iniciais e alterações documentais, caso sejam
necessários. Tempo de preparação: aproximadamente seis semanas
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 Verificação com o B Lab: um membro da equipe de métricas do B


Lab será selecionado para trabalhar na empresa. A equipe de métricas
revisará os documentos entregues e solicitará documentos adicionais.
Será revisada a AIB, comprovando as respostas e determinando o peso
do seu desempenho socioambiental em relação ao produto/serviço
ofertado e a intencionalidade desse impacto. Então, será determinada
a pontuação final, e a empresa obterá a certificação B, ou será exigido
que a empresa implemente melhorias. Tempo: entre dois e seis meses,
podendo ser maior, em caso de empresas multinacionais com capital
aberto.

No Brasil, existem hoje 124 empresas que participam do Sistema B.

 Completar as etapas de análise de elegibilidade inicial e de preparação para a


verificação não garante que a empresa obterá a certificação. A etapa de verifica-
ção com o B Lab determinará a pontuação final e, portanto, definirá se a empresa
pode obter a certificação B ou se deve continuar a implementar melhorias. Existem
outros aspectos a serem observados com relação a essa certificação, conforme
descrito abaixo.
 Toda empresa que está no processo de certificação do sistema B está sujeita a uma
revisão de antecedentes.
 Cerca de 10% das empresas certificadas são selecionadas de forma aleatória para
uma revisão presencial a cada ano; esse processo visa a dar maior credibilidade
ao Sistema B.
 Todas as Empesas B certificadas compartilham seu relatório de impacto B publica-
mente por meio do site da B Corporations.
 As empresas certificadas devem fazer um pagamento anual, que varia de acordo
com o faturamento da empresa.
 Para manter a certificação, a empresa deve atualizar sua avaliação a cada 3 anos.

Relatórios de sustentabilidade
A divulgação de informações em formato de relatórios no Brasil ganhou ênfase
entre 1997 e 1998, quando foi lançado o Modelo Ibase para Relatório Social,
do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), fundado pelo
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sociólogo Herbert de Souza, em 1981. Esse modelo apresentou boa adesão por
parte das empresas, sendo que foi o único modelo de referência na forma de
relatar as atividades empresariais, além dos relatórios financeiros, até o final
do século XX, conforme Botelho et al. (2015).
Já no século XXI, cada vez mais as pessoas e empresas reconhecem a
importância do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o sucesso das
organizações depende de uma nova forma de atuar, atrelando os resultados
econômicos com os impactos socioambientais. No entanto, para que essa forma
de atuar não fique restrita à gestão e às decisões internas, deve-se publicar o
relatório de sustentabilidade. Essa publicação é uma forma de prestar contas
à sociedade e ao mercado a respeito de sua atuação e de suas práticas para a
sustentabilidade.
Assim, um relatório é um importante instrumento de comunicação e ges-
tão. Um bom relatório de sustentabilidade é um diferencial importante para
a análise da posição da empresa em seu mercado de atuação, além de ser um
fator de valorização de suas ações. Investidores e consumidores (individuais
ou institucionais) gostam de saber que a empresa destina recursos e esforços
a projetos com baixo risco ambiental, alto valor social e lucratividade justa.

Sobre o relatório de sustentabilidade:


 ele deve estar verdadeiramente integrado à estratégia de negócios da empresa;
 das 250 maiores empresas do mundo, cerca de 80% produzem relatórios;
 o Brasil é o líder em publicações na América Latina, com mais de 60 relatórios
anuais de sustentabilidade;
 pesquisas indicam que 82% das pessoas formam uma imagem mais positiva da
empresa quando encontram informações sobre sustentabilidade em relatórios.

Independentemente do tamanho, da localização ou do setor de uma empresa,


o relatório de sustentabilidade representa um meio de análise da estratégia
empresarial, que mostra a evolução de assuntos pertinentes à atividade susten-
tável (nos âmbitos econômico, social e ambiental) com que a organização se
comprometeu a trabalhar. O relatório serve como um modelo de gerenciamento
de ações: com ele, a empresa mostra o que realizou em determinado período,
o que precisa mudar e o que fará para trabalhar essas questões.
Diagnóstico, monitoramento e reporte da sustentabilidade corporativa 13

Basicamente, por meio do relatório de sustentabilidade, a organização con-


segue garantir e prestar contas à sociedade sobre suas responsabilidades e seus
impactos sustentáveis. Antes de começar a desenvolver seu relatório de susten-
tabilidade, a empresa deve estar ciente de que o documento deve ser escrito para
todos os públicos interessados, dos fornecedores aos consumidores. Assim, esse
relatório deve abordar todos os pontos relevantes para a sociedade como um todo.

Para saber mais sobre o tema, acesse o link a seguir e veja um exemplo de relatório
de sustentabilidade.

https://qrgo.page.link/1Rkvt

B LAB. Passo 2: compare seu impacto. B Avaliação de Impacto, 2019. Disponível em:
https://bimpactassessment.net/pt-pt/passo-2-compare-seu-impacto. Acesso em: 6
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Acesso em: 6 set. 2019.
14 Diagnóstico, monitoramento e reporte da sustentabilidade corporativa

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