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Airton Ferreira Pacheco S00158213238

CURSO ON LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PARA O TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS - TJAM – ANALISTA
JUDICIÁRIO I - DIREITO –
PROFESSOR: LUIZ BIVAR JR.

AULA 02

AÇÃO PENAL (ARTS. 24 A 60 DO CPP). REPARAÇÃO DO DANO EX


DELICTO. AÇÃO CIVIL E EXECUÇÃO CIVIL DA SENTENÇA PENAL

38
32
21
Caros alunos, dando continuidade ao nosso curso online para Analista

58
01
Judiciário I (Direito) do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, hoje

S0
falaremos sobre a AÇÃO PENAL e a AÇÃO CIVIL EX DELICTO.

o
ec
Concluídas as investigações, vimos que o inquérito policial é remetido

ch
Pa
ao juiz que o envia ao Ministério Público (refiro-me aqui às ação penais
ira
públicas). O representante do MP, por sua vez, terá três opções: oferecerá
rre
Fe

denúncia, poderá requerer novas diligências, ou pedirá o arquivamento do


n
rto

inquérito policial.
Ai

Caso, o promotor (ou procurador da República, no âmbito federal)


38
32

ofereça a denúncia, terá início a Ação Penal. Em outras palavras, o processo


21

judicial será iniciado.


58
01
S0

1. CONCEITO
o
ec
ch
Pa

É o direito de se invocar a tutela jurisdicional do Estado. É meio de se


ira
rre

provocar a jurisdição, a fim de que se aplique, ao caso concreto, o Direito


Fe

Material. Percebe-se, portanto, que o seu conteúdo é uma pretensão


n
rto

punitiva. De acordo com a doutrina, trata-se de um direito público,


Ai

autônomo e relativamente abstrato. Vejamos o significado desses termos


destacados:
a) Direito público: o Estado chamou para si a resolução dos conflitos,
vedando, em princípio, a autotela. Tanto é verdade, que temos o
crime do art. 345 do CP (exercício arbitrário das próprias razões)
consistente em “fazer justiça com as próprias mãos, para satisfazer

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pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite”.


Obviamente que a referida proibição não é absoluta, pois temos
casos em que o Estado não consegue agir imediatamente, situação
em que o cidadão poderá se autotutelar. Como exemplo podemos
citar a legítima defesa (art. 25, CP);

38
32
b) Autônomo: o direito de ação não se confunde com o direito

21
58
material. Pelo contrário, insere-se no campo do direito processual;

01
S0
c) Relativamente abstrato: o direito de ação existe

o
ec
independentemente do fundamento ou da falta de fundamento do

ch
Pa
direito do autor. Ou seja, ainda que o agente não tenha razão,

ira
poderá movimentar o direito de ação. Darei um exemplo bem
rre
Fe

simples lá do direito civil. Imaginemos uma batida de automóvel em


n

que João colide seu veículo com o carro de Pedro. O culpado foi João
rto
Ai

que, em alta velocidade, não conseguiu frear a tempo e bateu na


38
32

traseira do carro de Pedro quando este estava parada em um


21

semáforo. Mesmo João não tendo razão, se quiser movimentar uma


58
01

ação civil de reparação de danos, nada o impedirá. Poderá inclusive


S0

ajuizar essa ação no Juizado Especial, movimentando toda a máquina


o
ec

do Judiciário, mesmo não sendo o titular do direito material. Nesse


ch
Pa

caso, o resultado será a improcedência de seu pedido. É preciso que


ira

fique claro, assim, que a ação (seja ela civil ou penal) pode ser
rre
Fe

movimentada mesmo que a pessoa não seja detentora do direito.


n
rto
Ai

Apenas para elucidar, destaco item da prova de Defensor Público


(Ceajur/SGA/Cespe/2006) que envolve o conceito de ação penal:

“Ação penal é direito constitucional e abstrato de invocar o Estado-


Juiz à aplicação do direito penal objetivo ao caso concreto, tido
como penalmente relevante.” (item CORRETO)

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2. CLASSIFICAÇÃO

Estabelecido o conceito de ação penal, passaremos à sua classificação.


A ação penal se subdivida em pública e privada. A pública está representada

38
32
no esquema abaixo:

21
58
01
S0
o
Incondicionada ou Plena

ec
ch
Pública

Pa
à representação do ofendido ou de seu
ira
rre
representante legal.
Fe
n
rto

Condicionada
Ai
38
32

à requisição do Ministro da Justiça.


21
58
01
S0
o

A ação penal de iniciativa pública terá início por denúncia do Ministério


ec
ch

Público. A denúncia é uma petição inicial oferecida pelo representante


Pa

ministerial. Por isso que vimos, em nossa aula de inquérito, o que o termo
ira
rre

“denúncia anônima” não está tecnicamente correto, já que a denúncia


Fe

refere-se à ação penal pública e não ao inquérito policial.


n
rto
Ai

A regra geral é a ação penal ser pública incondicionada (corresponde a


90% dos crimes). Quando a lei deseja que uma ação penal seja
condicionada deve, expressamente, consignar no texto legal que ela
depende de representação ou de requisição. Da mesma forma, a ação penal
só será privada quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido
(art. 100 do Código Penal).

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Essa ação será vista com mais detalhes no decorrer na presente aula.
Abaixo apresentados graficamente a Ação Penal de Iniciativa Privada:

Genérica/Comum/Principal/Propriamente dita (é aquela de

38
iniciativa exclusiva da vítima ou de seu representante legal,

32
podendo os seus sucessores iniciar ou dar continuidade ao

21
58
processo, nos casos de falecimento da vítima ou dela ser declarada

01
S0
judicialmente ausente – art. 31 do CPP).

o
ec
ch
Privada

Pa
Personalíssima (só poderá
ira ser proposta pelo próprio
rre
ofendido, não havendo transmissão aos sucessores no caso
Fe

de falecimento e nem a possibilidade de o representante


n
rto
Ai

legal exercê-la).
38
32
21

Subsidiária da Pública ou Supletiva [nos casos de omissão


58

injustificada do MP, que não oferece a denúncia no prazo


01
S0

legal – 5 dias (réu preso) e 15 dias (réu solto)].


o
ec
ch
Pa

A Ação penal privada inicia-se por meio da queixa-crime, de iniciativa


ira

da vítima ou representante legal (por meio de advogado). Mais uma vez,


rre

trata-se de termo técnico. Queixa é a petição inicial apresentada nas ações


Fe
n

privadas. Somente o advogado, regularmente inscrito na OAB, pode oferecê-


rto
Ai

la. Aqui, quero chamar novamente a atenção dos senhores, e senhoras


claro, para aquela expressão que normalmente usamos (“prestar queixa na
delegacia”). Como vimos, é um termo incorreto, já que a queixa ou queixa-
crime é forma de início da ação penal e assim não pode ser utilizado no
inquérito. O correto, na fase de investigação, é falarmos em delatio criminis.
Aqui na ação privada usamos as expressões querelante (autor da
ação) e querelado (acusado).
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• OBSERVAÇÃO: Finalmente, chamo a atenção para uma


observação que pode ser cobrada em provas de nível mais
aprofundado (delegado de polícia, por exemplo). Discute-se, na
doutrina, a aceitação ou não da Ação Penal Popular; Ação

38
32
Penal Pública subsidiária da Pública e Ação Penal Pública

21
58
subsidiária da Privada. A primeira (ação penal popular)

01
ocorreria nos casos de habeas corpus e nos termos da Lei nº

S0
o
1.079/1950 (possibilidade de qualquer do povo provocar a

ec
ch
autuação da Câmara ou Senado para julgamento de certas

Pa
autoridades nos crime de responsabilidade). A doutrina
ira
rre
majoritária é contra essa terminologia de ação penal popular,
Fe

nesses casos, pois os crimes de responsabilidade representam,


n
rto

em verdade, infrações de caráter político-administrativo, ao


Ai
38

passo que o habeas corpus não tem caráter punitivo. Ressalto,


32

entretanto, que as provas do CESPE vêm aceitando tal


21
58

terminologia, como será visto em item transcrito abaixo. Já no


01
S0

que se refere à ação penal pública subsidiária da pública, esta


o

ocorreria nos termos do Decreto-Lei nº 201/1967 (crimes de


ec
ch

responsabilidade de prefeitos). Nesses casos, a competência


Pa

para processá-los seria do Ministério Público Estadual, mas,


ira
rre

diante de sua inércia, o Ministério Público Federal poderia


Fe

exercer esse mister (não é aceita pela maioria da doutrina e


n
rto

jurisprudência). Finalmente, parte da doutrina trata ainda da


Ai

ação penal pública subsidiária da privada, que ocorreria nos


termos do art. 529, parágrafo único do CPP. Nos crimes contra a
propriedade imaterial, sendo eles de ação privada, caberia à
vítima dar início à acusação, porém, caso não o fizesse, o MP
poderia oferecer denúncia (a maioria da doutrina também não a
admite, pois entende que esse seria o caso de ação privada
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subsidiária da pública que foi retomada pelo Ministério Público,


diante da inércia do querelante).

Sobre o Habeas Corpus vejamos o item a seguir cobrado na prova de


Defensor Público do Piauí (Cespe/2009):

38
32
21
58
“Qualifica-se como típica ação penal popular.” (item CORRETO.

01
Apesar da maioria da doutrina não aceitar o HC como ação penal

S0
o
popular, uma vez que não teria caráter punitivo, o Cespe vem

ec
ch
aceitando tal terminologia)

Pa
ira
rre
Vista a classificação da ação penal, e antes de estudarmos cada uma
Fe

de suas espécies, é preciso dar uma olhada nos princípios que norteiam a
n
rto

ação penal pública e a ação penal privada.


Ai
38
32
21
58

3. PRINCÍPIOS
01
S0
o

3.1) Princípios que regem a Ação Penal Pública (inclusive a privada


ec
ch

subsidiária da pública):
Pa
ira
rre

a) Oficialidade: somente o Estado tem legitimidade para movimentar a


Fe

ação penal pública (representado pelo Ministério Público – art. 129, I,


n
rto

da Constituição);
Ai

b) Obrigatoriedade: o Ministério Público é obrigado, se comprovada a


materialidade e autoria da infração, e desde que não seja o caso de
arquivamento do inquérito, a ajuizar a ação penal pública, ou seja, a
oferecer a denúncia. Isso ocorre, pois o Ministério Público não está
atuando em nome próprio (afinal, não foi o promotor a vítima da
infração penal. Ele age representando toda a sociedade);
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c) Legalidade: a ação penal pública deve observar os ditames da lei.


Esse princípio se aplica tanto à ação penal pública, quanto à privada;

d) Indisponibilidade: o Ministério Público não pode dispor da ação penal


pública, ou seja, não poderá desistir da ação, abandoná-la, renunciar

38
ou conceder o perdão;

32
21
• Observação: nada impede que o MP requeira a absolvição do

58
01
acusado, caso, ao final do processo, reste provada sua inocência.

S0
Note que, nesse caso, ele não está dispondo da ação penal

o
ec
pública;

ch
Pa
e) Divisibilidade: de acordo com a maioria da doutrina e jurisprudência
ira
do Supremo Tribunal Federal, a ação penal pública pode ser dividida,
rre
Fe

ou seja, o Ministério Público pode denunciar apenas um dos


n
rto

investigados, aguardando que se reúnam provas robustas contra os


Ai

demais, para, só então, processá-los. Como se percebe, a posição do


38
32

STF é pela divisibilidade da ação penal pública. Não se trata aqui de


21
58

escolher quem será processado (atitude típica de uma vingança


01

privada), mas sim de se processar aqueles contra os quais se dispõem


S0
o

de provas, aguardando para se processar os demais quando maiores


ec
ch

evidências forem reunidas. Com isso, evita-se ou, pelo menos, tenta-
Pa

se evitar que parte dos acusados seja absolvida por falta de provas;
ira
rre

f) Intranscendência: de acordo com esse princípio, a iniciativa


Fe
n

acusatória não pode passar da pessoa do acusado, ou seja, somente


rto
Ai

responde pela infração penal a pessoa que realmente a cometeu, não


podendo a acusação transcender para outra pessoa. Também é
princípio comum à ação pública e privada.

3.2) Princípios que regem a Ação Penal Privada, exceto a privada


subsidiária da pública:

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a) Conveniência ou Oportunidade: é dado ao ofendido (vítima) a


liberdade de julgar a conveniência ou não da propositura da ação
penal privada, ou seja, a vítima tem total discricionariedade para
decidir se processa ou não o autor da infração;

38
32
b) Disponibilidade: a vítima pode dispor da ação penal privada, isto

21
58
é, pode desistir da ação, abandoná-la, renunciar ou perdoar o

01
S0
acusado;

o
ec
c) Indivisibilidade: a ação penal privada não pode ser dividida

ch
Pa
quando houver mais de um autor da infração penal, ou seja, ou a

ira
vítima oferece a queixa contra todos os seus agressores ou então
rre
Fe

ela não poderá ser oferecida contra nenhum. Essa proibição está
n

expressa no art. 48 do CPP e, de acordo com o STF, se aplica


rto
Ai

apenas à ação privada.


38
32

Peço, entretanto, a atenção dos senhores para um pequeno


21
58

detalhe: caso, no início da acusação, a vítima não conheça todos os


01

seus agressores, nada impede que já processe aqueles que são


S0
o

conhecidos (não há que se falar em vingança privada nessa


ec
ch

hipótese), devendo, no entanto, a vítima, ao tomar conhecimento


Pa

do envolvimento de outras pessoas, incluí-las na ação penal


ira
rre

privada, sob pena de renúncia e, consequentemente, da extinção


Fe

da punibilidade de todos (a renúncia será estudada no final da


n
rto

presente aula);
Ai

g) Intranscendência: de acordo com esse princípio, a iniciativa


acusatória não pode passar da pessoa do acusado, ou seja,
somente responde pela infração penal a pessoa que realmente a
cometeu, não podendo a acusação transcender para outra pessoa;

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Legalidade: a ação penal privada deve observar os ditames da lei.


Como visto, estes dois últimos princípios (intranscendência e
legalidade) se aplica também à ação penal pública.

4. ESPÉCIES

38
32
21
58
Bem, meus amigos, agora que já conhecemos os princípios afetos à

01
ação penal pública e também à ação penal privada, tendo uma noção melhor

S0
o
de seu funcionamento, passemos à análise de cada uma de suas espécies:

ec
ch
Pa
4.1) AÇÃO PENAL PÚBLICA
ira
rre
Fe

É aquela em que o titular da ação é o Estado (representado pelo


n
rto

Ministério Público – art. 129, I, da Constituição da República). Será iniciada


Ai
38

sempre por denúncia, cujo prazo para oferecimento será de 5 (cinco) dias,
32

caso o agente se encontre preso, e 15 (quinze) dias, se estiver solto.


21
58
01
S0

• OBSERVAÇÃO: a respeito do prazo para oferecimento da


o

denúncia pelo MP, não podemos nos esquecer de que, no caso


ec
ch

de Tráfico de Drogas (Lei nº 11.343/2006), o prazo será de 10


Pa

(dez) dias (preso ou solto). O mesmo prazo (10 dias, preso ou


ira
rre

solto) será seguindo nos crimes eleitorais. Nos crimes contra a


Fe

economia popular (Lei nº 1.521/51) o prazo será de 2 dias


n
rto

(preso ou solto). Finalmente, a Lei de Abuso de Autoridade (Lei


Ai

nº 4.868/64) prevê o prazo de 48 horas para o oferecimento da


denúncia (réu preso ou solto).

A ação penal pública se subdivide em:

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4.1.1) INCONDICIONADA OU PLENA: seu exercício não depende de


qualquer condição. Em outras palavras, é aquela que para ser iniciada
independe da manifestação de vontade da vítima ou de quem quer que seja.
Nessa ação, a vontade da vítima é irrelevante. Ainda que esta se manifeste
contrariamente ao início da ação penal pública, se presentes provas da

38
32
materialidade e indícios de autoria, o Ministério Público deverá dar início à

21
58
ação penal. Atualmente, a ação púbica incondicionada corresponde à

01
aproximadamente 90% dos crimes;

S0
o
ec
ch
4.1.2) CONDICIONADA: é aquela em que o titular da ação é o Estado,

Pa
mas o seu exercício depende de uma condição, que pode ser a manifestação
ira
rre
de vontade da vítima ou de seu representante legal (representação), ou a
Fe

manifestação de vontade do Ministro da Justiça (requisição). Nessa ação, o


n
rto

Ministério Público processará o agente, porém, para dar início à ação penal,
Ai
38

necessitará ou da manifestação de vontade da vítima (ação penal pública


32

condicionada à representação), ou da manifestação de vontade do Ministro


21
58

da Justiça (ação penal pública condicionada à requisição). Analisaremos


01
S0

agora esses dois subtipos:


o
ec
ch
Pa

4.1.2.1) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO:


ira
rre
Fe
n

O início desse tipo de ação penal depende da representação da


rto
Ai

vítima. Por representação devemos entender qualquer manifestação de


vontade da vítima ou de seu representante legal que deixe claro a sua
intenção de ver o autor de uma infração penal processado e julgado por essa
infração. Suas características serão analisadas mais adiante.

A representação (manifestação de vontade, autorização, permissão)


será feita pela vítima, seu representante legal ou sucessores.

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A vítima, para que possa atuar sem representante, deve ter a idade
mínima de 18 (dezoito) anos. Lembro aos senhores que as causas de
emancipação do direito civil (casamento, por exemplo) não repercutem no
direito penal, de modo que se a vítima tiver apenas 17 anos, mesmo que
casada, não poderá representar.

38
32
Já o representante legal atua nos casos em que a vítima não pode.

21
58
Nos termos do art. 33 do CPP:

01
S0
“Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente

o
ec
enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal,

ch
Pa
ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de

ira
queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de
rre
Fe

ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz


n

competente para o processo penal.”


rto
Ai
38
32
21

Apesar do referido artigo se referir à queixa (instituto típico da ação


58

privada), aplica-se também à representação.


01
S0

Finalmente, os sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou


o
ec

irmão) atuarão nos casos de falecimento da vítima ou declaração judicial de


ch
Pa

ausência. Falaremos deles mais adiante quando analisarmos as


ira

características da representação.
rre
Fe
n
rto

Prazo para fazer a representação: 6 (seis) meses contados do dia


Ai

em que a vítima tem conhecimento da autoria da infração. Esse prazo é


decadencial e de direito penal, portanto, na sua contagem, inclui-se o dia de
início e exclui-se o dia de término.

Características da representação:

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a) De acordo com o STF e STJ, a representação é um ato informal.


Não se exige que seja feita em cartório ou com firma reconhecida.
Basta qualquer manifestação de vontade da vítima que não deixe
dúvidas quanto à sua vontade de dar início à ação penal;

38
b) Pode ser dirigida a qualquer juiz, membro do MP ou delegado de

32
polícia. Embora o destinatário final seja o Ministério Público (já que ele

21
58
iniciará a ação penal), a representação pode ser dirigida também ao

01
S0
delegado e juiz;

o
ec
c) Pode ser verbal ou escrita;

ch
Pa
d) Pode ser exercida por procurador com poderes especiais (art. 39
do CPP); ira
rre
Fe

e) A representação não obriga o Ministério Público a dar início à ação


n
rto

penal. Ele deve, sim, avaliar o caso concreto e ver se estão presentes
Ai
38

os elementos que permitam uma acusação. Assim, nada impede que,


32
21

por exemplo, o membro do MP solicite o arquivamento do inquérito


58

policial;
01
S0

f) A representação possui uma eficácia objetiva/subjetiva. (i)


o
ec

Eficácia subjetiva: quando dois ou mais criminosos cometerem uma


ch
Pa

infração sujeita à ação penal pública condicionada à representação


ira

contra uma mesma vítima, não se exige que esta faça uma
rre
Fe

representação para cada criminoso, bastando que diga genericamente


n

que quer representar (a representação não é para o criminoso, e sim


rto
Ai

para o crime). Da mesma forma, se o mesmo criminoso cometer um


crime contra duas ou mais vítimas, não se exige uma representação
de cada uma destas vítimas, bastando que qualquer delas queira
representar, ainda que seja minoria. (ii) Eficácia objetiva: caso o
agente seja acusado de praticar certa infração penal se, após a vitima
já ter feito a representação, descobrir-se que o agente também

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cometeu outra infração penal que depende de representação, não se


exigirá nova representação da vítima;

g) Nos termos do art. 25 do CPP, a representação pode ser retratada


até o oferecimento da denúncia. Ou seja, mesmo que a vítima já tenha

38
manifestado sua vontade em ver seu agressor processado, caso mude

32
de ideia e a ação penal ainda não tenha sido iniciada, poderá se

21
58
retratar, impedindo, desse modo, que o MP ofereça a denúncia.

01
S0
o
ec
ch
Vamos agora algumas observações importantes envolvendo os

Pa
sucessores:
ira
rre
Como visto anteriormente, falecendo a vítima ou sendo declarada
Fe

judicialmente ausente, o direito de representação se transfere aos seus


n
rto

sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão – Art. 24, § 1º, do


Ai
38

CPP). Trata-se do famoso CADI (essa sigla é para facilitar a memorização).


32
21
58
01

Observações:
S0
o

a) o prazo de 6 meses contados do conhecimento da autoria, para


ec
ch

se oferecer a representação, é geral, isto é, basta que qualquer


Pa

dos sucessores tome conhecimento de quem é o autor do crime


ira
rre

para que o prazo comece a correr contra todos;


Fe
n

b) a ordem dos sucessores (CADI) só precisa ser respeitada se


rto
Ai

todos ou mais de um deles comparecem, ao mesmo tempo,


querendo representar. Note que essa ordem não é excludente.
Mesmo que o primeiro da lista (cônjuge) não queria representar,
qualquer um dos sucessores poderá manifestar, de modo que
sempre prevalecerá a vontade daquele que quer representar,
ainda que seja minoritária;

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c) Pode o companheiro(a) ser considerado um dos sucessores?


Existem duas correntes sobre a possibilidade ou não dele poder
representar: i) defende que a união estável, após o advento da
CF/88, foi equiparada ao casamento e, portanto, o
companheiro(a) também estaria incluído nesse rol de

38
32
sucessores; ii) defendendo que o companheiro(a) está excluído

21
58
desse rol, já que essa interpretação seria mais gravosa para o

01
réu. Vem prevalecendo na doutrina a primeira corrente. O

S0
o
Cespe, entretanto, vem se filiando à segunda corrente (a que

ec
ch
não admite o companheiro(a) entre os sucessores), conforme

Pa
podemos perceber em item cobrado na Prova para Defensoria
ira
rre
Pública (Agente Administrativo, cargo 13/Cespe/2010):
Fe

“A companheira que vive em união estável com o ofendido


n
rto
Ai

não possui legitimidade para oferecer queixa ou prosseguir


38

na ação penal privada em curso, bem como oferecer


32
21

representação, no caso de morte do ofendido ou de ter sido


58

declarado ausente por decisão judicial.” (Item CORRETO)


01
S0
o
ec

Para concluirmos esse tipo de ação penal, vejamos alguns exemplos de


ch
Pa

crimes que dependem de representação:


ira

Principais exemplos de crimes sujeitos à representação: a)


rre
Fe

crime de ameaça (art. 147 do CP); b) crimes contra a honra


n
rto

(calúnia, injúria, difamação) quando cometidos contra funcionário


Ai

público no exercício de suas funções (art. 145, parágrafo único do


CP). Nesse caso a ação será pública condicionada a representação,
porém o STF também admite a ação privada (Súmula nº 714 do
STF); c) Estupro – com o advento da Lei nº 12.015/2009, o estupro
passou a ser, em regra, de ação penal pública condicionada à
representação. Exceções: (i) se a vítima for menor de 18 (dezoito)

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anos ou pessoa vulnerável, a ação penal será pública


incondicionada; (ii) quando o estupro é cometido com o emprego
de violência real (física), ainda que leve (ação pública
incondicionada – Súmula 608 do STF); d) crime de lesão corporal
leve e lesão culposa [em fevereiro de 2012, o Plenário do STF

38
32
julgou procedente a Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI

21
58
4424) ajuizada pela Procuradoria-Geral da República quanto aos

01
artigos 12, inciso I; 16 e 41 da Lei Maria da Penha (Lei nº

S0
o
11.340/2006), decidindo ser desnecessária a representação da

ec
ch
vítima nos casos de lesão corporal leve e lesão corporal culposa

Pa
cometidos no âmbito da Lei nº 11.340/2006. Assim, a ação penal,
ira
rre
nesses casos, será pública incondicionada]; e) injúria por
Fe

preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de


n
rto

pessoa idosa ou portadora de deficiência (Lei nº 12.033, de 29 de


Ai
38

setembro de 2009).
32
21
58

4.1.2.2) AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO:


01
S0
o
ec

A ação penal pública condicionada à requisição se assemelha à anterior


ch
Pa

(pública condicionada à representação) pelo fato de também depender do


ira

preenchimento de uma condição para ser iniciada. No caso, trata-se da


rre

requisição do Ministro da Justiça.


Fe
n

A requisição tem o mesmo significado que a representação, ou seja,


rto
Ai

pode ser entendida como uma permissão, autorização, manifestação de


vontade. A diferença é que, nesses casos, será feita pelo Ministro da Justiça
e não pela vitima.
O único legitimado é o Ministro da Justiça. Cuidado, pois as provas de
concurso, às vezes, colocam Ministério da Justiça, deixando, assim, o item
incorreto.

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Prazo da requisição: não há prazo decadencial. A requisição pode


ser feita pelo Ministro da Justiça a qualquer tempo, devendo-se, porém,
observar se já não ocorreu a extinção da punibilidade do agente. Em outras
palavras, ainda que não haja prazo para realização da requisição, esta não
poderá mais ser realizada se já ocorreu a prescrição do crime.

38
32
21
58
01
Características da requisição:

S0
a) A requisição é ato formal que depende da conveniência política do

o
ec
ch
governo;

Pa
b) Será dirigida necessariamente ao Ministério Público;
ira
rre
c) Por se tratar de ato formal, deve ser realizada necessariamente por
Fe
n

escrito e não admite delegação. Isso significa que somente o Ministro


rto
Ai

da Justiça é que pode fazer a requisição;


38
32

d) A requisição não obriga o Ministério Público a dar início à ação penal.


21

Essa característica é idêntica na representação. Assim, o MP deve


58
01

avaliar o caso concreto e ver se estão presentes os elementos que


S0

permitam uma acusação. Logo, nada impede que, por exemplo, o


o
ec
ch

membro do MP solicite o arquivamento do inquérito policial, mesmo


Pa

tendo o Ministro da Justiça requisitado;


ira
rre

e) A requisição possui uma eficácia objetiva/subjetiva. Tratamos dessa


Fe

característica ao abordarmos as características da representação;


n
rto
Ai

f) A requisição é irretratável. Diferente da representação, em que a


vitima pode se retratar até o oferecimento da denúncia, na requisição,
a palavra do Ministro da Justiça é final.

Para concluirmos essa ação penal, não podemos nos esquecer de que
só existem dois crimes que dependem de requisição:

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Crimes sujeitos à requisição:

a) crimes contra a honra quando cometidos contra o Presidente da


República ou Chefe de Estado ou Governo Estrangeiro (art. 145, parágrafo

38
único do CP); b) crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do

32
21
Brasil (art. 7, § 3, do CP). Antigamente tínhamos mais um exemplo previsto

58
01
na Lei de Imprensa, porém, em abril de 2009, o Supremo Tribunal Federal

S0
entendeu que o conjunto de dispositivos da Lei de Imprensa (Lei nº

o
ec
5.250/1967) não foi recepcionado pela Constituição Federal (ADPF nº

ch
Pa
130/DF. Rel. Min. Carlos Britto, 30.4.2009). Logo, não mais subsiste esse
antigo exemplo. ira
rre
Fe
n

4.2) AÇÃO PENAL PRIVADA:


rto
Ai
38
32

É aquela em que o titular da ação é o ofendido (vítima). Será iniciada


21

sempre por queixa-crime, cujo prazo para oferecimento é de 6 (seis) meses


58
01

contados do conhecimento da autoria. A queixa, como já tivemos a chance


S0

de ver nessa aula, é uma petição feita por advogado (exige-se procuração
o
ec

com poderes especiais).


ch
Pa
ira

A ação penal privada se subdivide em:


rre
Fe
n
rto

4.2.1) COMUM, EXCLUSIVA, PRINCIPAL OU PROPRIAMENTE DITA: é


Ai

aquela em que falecendo a vítima, ou sendo declarada judicialmente


ausente, o direito de iniciar a queixa ou nela prosseguir se transfere ao seus
sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). Podemos
perceber, então, que não é só a vítima que pode movimentar esse tipo de
ação, mas também seus sucessores. Essa é inclusive a diferença para a ação
penal privada personalíssima, que será vista logo em seguida.

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O prazo da queixa é de seis meses contados do conhecimento da


autoria.
Para finalizar, podemos citar os seguintes exemplos: (i) crimes
contra a honra (regra geral); (ii) crimes de violação de direitos autorais (art.
184 do CP); (iv) crime de exercício arbitrário das próprias razões, se

38
32
cometido sem violência (art. 345 do CP), etc;

21
58
01
4.2.2) PERSONALÍSSIMA: é aquela em que falecendo a vítima, ou sendo

S0
o
declarada ausenta, o direito de iniciar a queixa ou nela prosseguir não se

ec
ch
transfere aos seus sucessores (ocorre a extinção da punibilidade do

Pa
acusado). Esse tipo de ação penal só pode ser movimentado pela própria
ira
rre
vítima (por meio de advogado, claro). Nos casos em que a vítima for menor
Fe

de idade ou tiver alguma limitação, ainda que temporária, não haverá outra
n
rto

opção a não ser aguardar que tal incapacidade cesse, já que ela não poderá
Ai
38

ser representada pelos sucessores.


32
21
58

Atualmente, a ação personalíssima só ocorre em um único crime,


01
S0

qual seja, ocultação de impedimento matrimonial ou induzimento a


o

erro essencial (236, CP). Nesse caso, o prazo da queixa é de 6 meses


ec
ch

contados do dia em que transitar em julgado a sentença que anular o


Pa

casamento. Isso significa que, antes de processar criminalmente o agente, o


ira
rre

cônjuge enganado deverá anular seu casamento na vara de família.


Fe
n
rto

Antigamente, o crime de adultério também era de ação penal privada


Ai

personalíssima, mas, com a entrada em vigor da Lei nº 11.106/2005, esse


crime foi revogado.

4.2.3) SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA OU SUPLETIVA: esta ação está


prevista no art. 29 do CPP e ocorre quando o crime é originariamente de
ação penal pública (incondicionada ou condicionada), mas o MP não oferece
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a denúncia no prazo legal (5 dias – réu preso e 15 dias – réu solto), ficando,
assim, totalmente omisso. Nesse caso, para que a vítima não fique
dependendo da atuação do promotor (que pode ou não ocorrer), a lei
autoriza que ela entre com a ação privada subsidiária da pública. Nesse
caso, a vítima, por intermédio de advogado, oferecerá a queixa subsidiária,

38
32
dando, então, início à ação penal.

21
58
01
Observação: A ação penal privada subsidiária da pública constitui

S0
o
garantia constitucional (art. 5º, LIX, da Constituição). Essa ação só

ec
ch
é cabível quando o MP ficar totalmente omisso (logo, não caberá

Pa
esse tipo de ação quando o MP pedir o arquivamento do inquérito
ira
rre
ou novas diligências). O prazo para a vítima intentá-la é de 6 (seis)
Fe

meses contados do término do prazo do MP para oferecer a


n
rto

denúncia (5 dias – réu preso e 15 dias – réu solto).


Ai
38
32

5. RENÚNCIA E PERDÃO
21
58
01
S0

Vistas as espécies de ação penal, passemos agora ao estudo da


o

renúncia e do perdão.
ec
ch
Pa

A) RENÚNCIA
ira
rre
Fe

Trata-se de ato de disposição de vontade (a vítima abre mão de


n
rto

praticar determinado ato) exercido antes do oferecimento da acusação. A


Ai

renúncia é, assim, ato prévio e unilateral, pois não precisa ser aceito pelo
querelado (acusado) para produzir seus efeitos. Admite-se a renúncia
expressa (a vítima expressamente renuncia ao exercício da ação penal
privada) ou tácita (a vitima pratica atos incompatíveis com a vontade de
processar).

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B) PERDÃO

Também é ato de disposição de vontade. O perdão, porém, é


exercido após o oferecimento da acusação. Trata-se de ato posterior e
bilateral, pois só produz efeito se aceito pelo querelado (acusado). O perdão

38
32
também pode ser expresso ou tácito. Admite-se, inclusive, a aceitação tácita

21
58
do perdão, nos termos do art. 58 do CPP. Nos termos do referido artigo,

01
depois de concedido, o acusado tem três dias para dizer se aceita ou recusa

S0
o
o perdão, devendo ser cientificado que o seu silêncio importará a aceitação.

ec
ch
Pa
Ainda sobre este tópico, elenco algumas semelhanças entre a renúncia e o
ira
rre
perdão:
Fe
n
rto

• São causas de extinção da punibilidade (art. 107 do CP);


Ai
38

• Só existem na ação privada, exceto na subsidiária da pública.


32

Ressalte-se, entretanto, que a Lei nº 9.099/95 trouxe a possibilidade


21
58

de renúncia na ação penal pública condicionada à representação (art.


01
S0

74, parágrafo único da Lei nº 9.099/95);


o

Podem ser concedidos mediante procuração com poderes especiais;


ec


ch

• A renúncia e o perdão concedidos a um dos querelados, a todos se


Pa

estenderá, porém o perdão não produzirá efeitos em relação àquele


ira
rre

que o recusar (art. 51 do CPP).


Fe
n
rto
Ai

Colocarei ainda uma última observação sobre tema que comumente


figura nas provas de concurso. Trata-se da perempção, prevista no art. 60
do CPP.

Perempção é a perda do direito de prosseguir na ação penal privada em


razão da inércia ou negligencia processual do querelante (vítima). Esse
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instituto só se aplica na ação penal privada, exceto na subsidiária da pública


(nesse caso, caso a vítima abandone a ação, o Ministério Público irá retomá-
la como parte principal, conforme dispõe o art. 29 do CPP), e ocorre nas
hipóteses taxativas do art. 60 do CPP. Vejamos o que diz o referido
dispositivo:

38
32
21
“Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa,

58
considerar-se-á perempta a ação penal:

01
S0
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o

o
ec
andamento do processo durante 30 dias seguidos;

ch
Pa
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
ira
incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no
rre
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das
Fe

pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;


n
rto

III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo


Ai

justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente,


38

ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;


32
21

IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir


58

sem deixar sucessor.”


01
S0
o
ec

Recomendo a memorização desse artigo, uma vez que é bastante


ch
Pa

cobrado.
ira
rre
Fe

Bem, meus alunos, nossa aula já está chegando ao final, porém, antes
n
rto

de encerrá-la, devemos ver algumas regras sobre a ação civil ex delicto.


Ai

6. AÇÃO CIVIL EX DELICTO

O art. 91 do Código Penal estabelece que constitui efeito da


condenação a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. Da mesma

21
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forma, o art. 63 do CPP dispõe que “Transitada em julgado a sentença


condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito
da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus
herdeiros”.

38
Essa regra decorre do fato de ser a infração penal um ato ilícito capaz

32
de gerar prejuízos à vítima que vão além da conduta criminosa.

21
58
01
Ademais, no direito brasileiro, predomina o princípio da independência

S0
das ações (art. 64 do CPP). Logo, nada impede que a vítima ajuíze ação civil

o
ec
para reparação dos danos advindos da prática de um crime, que poderá

ch
Pa
correr paralelamente com a ação penal. Note que teremos duas ações (penal

ira
e civil) decorrentes do mesmo fato. Ademais, o parágrafo único do referido
rre
Fe

art. 64 permite que o juiz da ação cível suspenda seu curso, até o
n

julgamento definitivo da ação penal.


rto
Ai

A legitimidade para promover a execução da sentença penal


38
32

condenatória, no juízo cível, para o efeito de reparação do dano, é do


21
58

ofendido, do seu representante legal e de seus herdeiros (art. 63, CPP).


01

Além disso, o art. 68 do CPP estabelece que, em sendo o titular do direito à


S0
o

reparação do dano pobre, a execução da sentença ou a ação civil poderá ser


ec
ch

promovida pelo Ministério Público1.


Pa
ira

Finalmente, especificamente quanto aos efeitos da sentença penal,


rre

destaco as seguintes regras:


Fe
n

a) o art. 387, IV, do CPP, alterado pela Lei nº 11.719/2008, estabelece


rto
Ai

que o juiz, ao proferir sentença condenatória, fixará valor mínimo


para reparação dos danos causados pela infração, considerando os
prejuízos sofridos pelo ofendido. Esse valor mínimo fixado já pode

1
O Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento pela inconstitucionalidade progressiva do art. 68 do CPP.
Logo, a referida regra permanece em vigor nos Estados que não possuem Defensoria Pública organizada. Nada
obstante, à medida que os Estados foram estruturando suas Defensorias Públicas, o MP perderá sua legitimidade
para a ação civil ex delicto.
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ser objeto de execução na esfera cível (uma vez que é liquido), sem
prejuízo do ajuizamento de liquidação a fim de apurar o restante do
dano efetivamente sofrido;

b) caso o agente tenha agido protegido por uma excludente da ilicitude

38
(art. 23, CP), a sentença penal fará coisa julgada no cível, de modo

32
que não poderá ser novamente discutida. Exceções: nos casos de

21
58
estado de necessidade agressivo (aquele no qual se lesiona um bem

01
S0
material que pertence a uma pessoa que não foi causadora da

o
ec
situação de perigo) e aberratio ictus em legítima defesa (quando, por

ch
erro na execução, atinge-se pessoa diversa da que pratica a

Pa
ira
agressão injusta) a conduta será considerada lícita, porém dará
rre
ensejo à reparação civil do dano causado;
Fe
n

c) A absolvição com fundamento na inexistência do fato e na negativa


rto
Ai

de autoria (art. 386, I e IV do CPP) faz coisa julgada no cível,


38
32

impedindo qualquer tipo de reparação civil.


21
58
01

Bem, meus amigos, vimos as principais regras relativas à ação penal e


S0
o

à ação civil ex delicto e, com isso, concluímos o estudo do presente tema.


ec
ch

Passemos agora para a resolução de algumas questões.


Pa
ira
rre
Fe
n

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
rto
Ai

1) (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário: Área Judiciária/2013) A


respeito do inquérito policial e da ação penal, julgue os itens
seguintes.

Uma vez apresentada, a representação de crime de ação penal pública


somente pode ser retirada antes do oferecimento da denúncia, não se
admitindo retratação da retratação.
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DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS - TJAM – ANALISTA
JUDICIÁRIO I - DIREITO –
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Comentário:

Item ERRADO. Nos termos do art. 25 do CPP, “a representação será


irretratável depois de oferecida a denúncia”. Assim, enquanto a denúncia

38
não for oferecida pelo MP, o ofendido poderá se retratar da representação.

32
Nada obstante, a jurisprudência majoritária vem admitindo a retratação da

21
58
retratação, desde que feita dentro do prazo decadencial e antes de

01
S0
oferecida a denúncia.

o
ec
ch
2) (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário: Oficial de Justiça Avaliador

Pa
Federal/2013) A respeito do inquérito policial e da ação penal,
ira
rre
julgue os itens seguintes.
Fe
n

Nos casos em que o valor mínimo da indenização é fixado pelo juiz na


rto
Ai

sentença, dispensa-se o ajuizamento da ação civil ex delicto para a execução


38
32

do montante estabelecido para a reparação do dano causado pelo crime.


21
58
01

Comentário:
S0
o

Item ERRADO. De acordo com o art. 387, IV, do CPP, o juiz, ao proferir
ec
ch

sentença condenatória, fixará valor mínimo para reparação dos danos


Pa

causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido.


ira
rre

Nada obstante, tal regra não dispensa a vítima de ajuizar ação civil ex
Fe

delicto para a execução do montante estabelecido para a reparação do dano


n
rto

causado pelo crime. Isso ocorre pois a esfera penal apenas reconhece o
Ai

direito à indenização da vítima, devendo esta posteriormente executar o


valor devido.

3) (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário: Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2013) A respeito do inquérito policial e da ação penal,
julgue os itens seguintes.

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A perempção, admitida tanto na ação penal privada quanto na pública,


acarreta o perecimento da ação penal e a extinção da punibilidade do réu.

Comentário:

38
Item ERRADO. A perempção consiste na perda do direito da vítima de

32
prosseguir na ação penal, em razão da inércia ou da negligência processual,

21
58
taxativamente prevista no art. 60 do CPP. Lembro que a perempção é uma

01
S0
causa de extinção da punibilidade do réu aplicável apenas nas ações

o
ec
penais privadas, exceto a subsidiária da pública. Dessa forma, o item está

ch
incorreto, pois afirma que a perempção seria admitida também nas ações

Pa
penais públicas.
ira
rre
Fe

4) (CESPE/OAB-DF/2008) Maria, que tem 18 anos de idade, é


n
rto

universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente,


Ai
38

foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública


32

condicionada à representação. Considerando essa situação


21
58

hipotética, assinale a opção correta:


01
S0

Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus


o
ec

pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo


ch
Pa

legal.
ira
rre

Comentário:
Fe
n

Item ERRADO. Considerando que o item trata de crime de ação penal


rto
Ai

pública condicionada à representação, caso a vítima faleça ou seja declarada


judicialmente ausente, o direito de representação se transferirá aos seus
sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). Notem que os
pais da vítima não precisam requerer a nomeação de curador especial, uma
vez que eles já são os sucessores da vítima, de modo que poderão exercer o
direito de representação.

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5) (CESPE/OAB-DF/2008) Maria, que tem 18 anos de idade, é


universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente,
foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública

38
condicionada à representação. Considerando essa situação

32
hipotética, assinale a opção correta:

21
58
01
O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto

S0
que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e

o
ec
inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado.

ch
Pa
ira
rre
Comentário:
Fe

Item ERRADO. A assertiva contém dois erros. Em primeiro lugar, o direito de


n
rto

ação não é concorrente, uma vez que a vítima (Maria) é maior de 18 anos. O
Ai
38

fato de depender financeiramente dos pais em nada altera a legitimidade


32

para a representação. Em segundo lugar, o prazo para realização da


21
58

representação se inicia com o conhecimento da autoria, e não na data em


01
S0

que o crime se consumou.


o
ec
ch
Pa

6) (CESPE/OAB-DF/2008) Maria, que tem 18 anos de idade, é


ira

universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente,


rre
Fe

foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública


n

condicionada à representação. Considerando essa situação


rto
Ai

hipotética, assinale a opção correta:

Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de


procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do
ministro da justiça.

Comentário:

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Item ERRADO. Atualmente, só existem duas hipóteses de ação penal pública


condicionada à requisição do Ministro da Justiça. São elas: i) crimes contra a
honra do Presidente da República ou chefe de Estado ou governo estrangeiro
e ii) os crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil.
Assim, no caso em exame, caso Maria deixe de exercer o direito de

38
32
representação, ocorrerá a extinção da punibilidade do agente pela

21
58
decadência, não havendo que se falar em requisição do Ministro da Justiça.

01
S0
o
7) (CESPE/OAB-DF/2008) Maria, que tem 18 anos de idade, é

ec
ch
universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente,

Pa
foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública
ira
rre
condicionada à representação. Considerando essa situação
Fe

hipotética, assinale a opção correta:


n
rto
Ai

Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não


38

promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal
32
21

privada subsidiária da pública.


58
01
S0

Comentário:
o
ec

Item CORRETO. A ação penal privada subsidiária da pública terá lugar em


ch
Pa

crimes que são originariamente de ação penal pública, porém o Ministério


ira

Público não oferecer a denúncia no prazo legal (5 dias para réu preso e 15
rre

dias para réu solto). Nesse caso, considerando a inércia do órgão ministerial,
Fe
n

a vítima poderá mover a ação penal privada subsidiaria.


rto
Ai

8) (CESPE/AGU – Procurador Federal/2007) Julgue o item abaixo:

A renúncia ao exercício do direito de queixa e o perdão do ofendido, em


relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá, sem que produza,
todavia, efeito em relação ao que o recusar.

Comentário:

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Item ERRADO. A renúncia e o perdão são causas de extinção da punibilidade


do agente. A renúncia, entretanto, ocorre antes do início da ação penal (ato
prévio) e caracteriza-se por ser um ato unilateral (não precisa ser aceita
para produzir seus efeitos). Já o perdão terá lugar após o início da ação
penal (ato posterior) e caracteriza-se por ser um ato bilateral, pois só

38
32
produzira efeito se for aceito pelo querelado. O item está, assim, incorreto,

21
58
pois somente o perdão é que necessita da aceitação do acusado para

01
produzir seus efeitos.

S0
o
ec
ch
9) (CESPE/AGU – Procurador Federal/2007) Julgue o item abaixo:

Pa
ira
Diversamente do que ocorre em relação ao processo civil, no processo penal
rre
não se admite que, em caso de morte da vítima, os familiares assumam o
Fe

lugar dela, no polo ativo da ação penal privada, para efeito de apresentação
n
rto
Ai

de queixa.
38
32
21

Comentário:
58
01

Item ERRADO. A regra geral, na ação penal privada, é que falecendo a


S0

vítima, ou sendo declarada judicialmente ausente, o direito de queixa se


o
ec

transfere aos sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). A


ch
Pa

única exceção fica por conta da ação penal privada personalíssima.


ira

Atualmente, só existe um caso de ação penal privada personalíssima:


rre
Fe

induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (art. 236, CP).


n
rto
Ai

10) (CESPE/AGU/Advogado da União/2002) Julgue o item abaixo:

Pedro ingressou com uma ação penal privada subsidiária da pública, ante a
inércia do Ministério Público, apresentando uma queixa-crime contra
Joaquim, pela prática do crime de estelionato básico. Por ocasião da
instrução criminal, Joaquim reparou o dano causado, e Pedro concedeu o

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perdão, que foi aceito prontamente pelo querelado. Nessa situação, caberá
ao juiz declarar a extinção da punibilidade e arquivar os autos.

Comentário:
Item ERRADO. Por se tratar de uma ação penal privada subsidiária da

38
32
pública, o perdão concedido pela vítima não tem o condão de extinguir a

21
58
punibilidade do agente. Isso ocorre, pois, conforme o art. 29 do CPP, na

01
ação privada subsidiaria da pública, caberá ao MP, a todo tempo, retomar a

S0
o
ação como parte principal diante da negligência do querelante. Assim, no

ec
ch
item que estamos analisando, mesmo concedido o perdão pela vítima, não

Pa
haverá a extinção da punibilidade, cabendo ao MP retomar a ação como
ira
rre
parte principal.
Fe
n
rto

11) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o item


Ai
38

abaixo:
32
21

Somente lei expressa pode estabelecer a legitimação extraordinária do


58

ofendido ou de terceiro, que, dessa forma, titularizam o ius puniendi em


01
S0

nome do Estado.
o
ec
ch
Pa

Comentário:
ira

Item ERRADO. O ius puniendi (direito de punir) pertence ao Estado, não se


rre

admitindo que o ofendido ou terceiro o exerçam. Tanto nas ações públicas


Fe
n

quanto nas privadas o direito de punir pertence ao Estado. O que pode


rto
Ai

ocorrer é a transferência do ius persequendi (direito de processar) para o


ofendido nas ações penais privadas.

12) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o item


abaixo:

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A ação pública de ofício só pode ser iniciada por flagrante ou por portaria da
autoridade policial ou judicial.

Comentário:
Item ERRADO. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988,

38
32
deixamos de ter a ação penal de ofício. Esta ocorria no procedimento das

21
58
contravenções (conhecido como procedimento judicialiforme), o qual poderia

01
ser iniciado de ofício pelo juiz ou por portaria da autoridade policial. Tal

S0
o
regra não mais subsiste, considerando-se a titularidade exclusiva do MP para

ec
ch
promover a ação penal pública (art. 129, I, CF/88).

Pa
ira
rre
13) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o item
Fe

abaixo:
n
rto

Na ação pública condicionada, a representação do ofendido poderá ser


Ai
38

apresentada até ocorrer a decadência que extinguiria a punibilidade, desde


32
21

que tal medida seja requisitada pelo ministro da Justiça.


58
01
S0

Comentário:
o
ec

Item ERRADO. A presente questão trata da ação penal pública condicionada,


ch

porém confunde dois institutos, quais sejam, a representação da vítima e a


Pa
ira

requisição do Ministro da Justiça. É verdade que a representação do ofendido


rre

poderá ser apresentada até ocorrer a decadência (causa extintiva da


Fe
n

punibilidade do agente), no entanto não se exige a requisição do Ministro da


rto
Ai

Justiça. Com efeito, ou o crime será de ação pública condicionada à


representação ou de ação pública condicionada à requisição.

14) (CESPE/PC-PA/Delegado de Policia/2009) Julgue o item


abaixo:

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Na hipótese de crime de ação penal privada, o ofendido, ou seu


representante legal, decairá do direito de queixa ou de representação, se
não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da ocorrência
do delito.

38
32
Comentário:

21
58
Item ERRADO. O prazo para o exercício do direito de queixa ou de

01
representação é de 6 meses contados do conhecimento da autoria do delito,

S0
o
e não da data em que o crime ocorreu. Ademais, a questão possui uma

ec
ch
outra imprecisão: como o crime é de ação penal privada, não haveria que se

Pa
falar em representação, já que tal instituto é próprio das ações públicas
ira
rre
condicionadas à representação.
Fe
n
rto

15) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o item


Ai
38

abaixo:
32
21

Quando inepta, a denúncia não pode ser rejeitada, mas é possível trancar a
58

ação penal por meio de habeas corpus.


01
S0
o
ec

Comentário:
ch

Item ERRADO. A inépcia é uma das causas de rejeição da denúncia. Trata-se


Pa
ira

da falta de um elemento essencial constante do art. 41 do CPP. Segundo o


rre

referido dispositivo, para que a denúncia seja considerada apta deverá


Fe
n

conter: i) a descrição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias;


rto
Ai

ii) a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa


identificá-lo; iii) a classificação do crime e iv) o rol de testemunhas, quando
necessário. A inépcia da denúncia está expressa no art. 395 do CPP como
causa de rejeição da denúncia, senão vejamos: “a denúncia ou queixa será
rejeitada quando: I – for manifestamente inepta; II – faltar pressuposto
processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III – faltar justa
causa para o exercício da ação penal”.
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16) (CESPE/PC-RN/Delegado de Policia/2009) Julgue o item


abaixo:

O prazo para o ministro da Justiça oferecer a requisição, nos casos de crime

38
perquirido mediante ação pública condicionada, é o mesmo que o ofendido

32
(ou seu representante) tem para representar.

21
58
01
S0
Comentário:

o
Item ERRADO. O prazo para a vítima representar é de 6 (seis) meses

ec
ch
contados do conhecimento da autoria. Trata-se de prazo decadencial. Caso

Pa
ira
seja desrespeitado, a ação penal não poderá ser iniciada. Já a requisição do
rre
Ministro da Justiça não esta sujeita a prazo decadencial. Assim, a requisição
Fe

poderá ser feita enquanto não prescrito o crime.


n
rto
Ai
38

17) (CESPE/DPE-PA/Defensor Publico/2009) Julgue o item abaixo:


32
21

Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considera-se


58
01

perempta a ação penal quando o querelante deixar de comparecer, sem


S0

motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou


o
ec

deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais.


ch
Pa
ira

Comentário:
rre
Fe

Item CORRETO. A perempção consiste na perda do direito de prosseguir na


n
rto

ação penal privada em razão da inércia ou negligência processual. Trata-se


Ai

de causa de extinção da punibilidade do réu. Ademais, é instituto privativo


das ações penais privadas e ocorre nos casos expressos no art. 60 do CPP.
Nos termos do referido dispositivo: “Nos casos em que somente se procede
mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando,
iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo
durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou

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sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no


processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a
quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o
querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de

38
32
condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa

21
58
jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.”

01
S0
o
18) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o item

ec
ch
abaixo:

Pa
ira
Somente após o recebimento da denúncia a representação não poderá ser
rre
retratada.
Fe
n
rto
Ai

Comentário:
38

Item ERRADO. Nos termos do art. 25 do CPP, a representação será


32
21

irretratável após o oferecimento da denúncia. Em outras palavras, se já


58

ocorreu o oferecimento da denúncia, a representação não poderá mais ser


01
S0

retratada, ainda que não tenha sido recebida pelo juiz.


o
ec
ch
Pa

19) (Cespe/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o item abaixo:


ira
rre
Fe

Em relação às ações penais públicas condicionadas, o Código de Processo


n
rto

Penal prevê a possibilidade de retratação da representação do ofendido até o


Ai

oferecimento da denúncia.

Comentário:
Item CORRETO. Trata-se da já estudada regra do art. 25 do CPP. A
representação da vítima poderá ser retratada até o oferecimento da
denúncia.

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20) (Cespe/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o item abaixo:

No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na


ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou colateral até

38
terceiro grau.

32
21
58
Comentário:

01
S0
Item ERRADO. Nas ações penais privadas, falecendo a vítima ou sendo

o
declarada judicialmente ausente, o direito de oferecer a queixa ou

ec
ch
prosseguir na ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou

Pa
ira
irmão. O erro da questão está em se referir ao colateral até o terceiro grau.
rre
Fe

21) (Cespe/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o item abaixo:


n
rto
Ai

Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, será privilegiada


38
32

aquela que primeiro comparecer.


21
58
01

Comentário:
S0

Item ERRADO. Como vimos, nas ações penais privadas, o direito de queixa
o
ec

se transfere aos sucessores (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão)


ch
Pa

nos casos de morte ou ausência da vítima. Nada obstante, trata-se de uma


ira

ordem não excludente, de modo que não há qualquer privilégio para aquele
rre
Fe

que primeiro comparecer.


n
rto
Ai

22) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o item


abaixo:

Há expressa previsão legal de que, nos crimes de estupro ou de atentado


violento ao pudor praticados mediante violência física real, a ação penal será
pública incondicionada.

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Comentário:
Item ERRADO. Não há previsão legal a esse respeito. A regra decorre da
Súmula n 608 do STF: “No crime de estupro, praticado mediante violência
real, a ação penal é pública incondicionada.”

38
32
23) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o item

21
58
abaixo:

01
S0
É o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública que torna inaplicável,

o
no Brasil, os institutos do plea bargaining e do pentitismo, em toda a

ec
ch
plenitude que têm eles nos Estados Unidos e na Itália, respectivamente,

Pa
ira
apesar da existência do instituto da transação. rre
Fe

Comentário:
n
rto

Item CORRETO. Pelo princípio da obrigatoriedade da ação penal, o Ministério


Ai
38

Público é obrigado a dar início à ação penal pública diante da existência de


32
21

provas da materialidade e indícios de autoria. No Juizado Especial Criminal,


58

porém, a lei autoriza que, em determinadas situações e desde que presentes


01
S0

certos requisitos, o MP deixar de formular uma pretensão acusatória e, em


o
ec

troca, proponha a aplicação imediata de pena restritiva de direitos e/ou


ch

multa (transação penal). Notem a transação penal envolve apenas pena


Pa
ira

restritiva de direitos e/ou multa, mas nunca privativa de liberdade, uma vez
rre

que, no Brasil, o MP não pode transacionar quanto à pena de prisão. Daí


Fe
n

porque são inaplicáveis, no Brasil, os institutos da plea bargaining e do


rto
Ai

pentitismo aplicáveis, respectivamente, nos Estados Unidos e na Itália. O


instituto da plea bargaining é um procedimento no qual o acusado e o
promotor realizam um acordo quanto à pena a ser aplicada. Se feita com
sucesso, a plea bargaining pode encerrar um processo criminal sem
julgamento. Já o pentitismo do direito italiano configura uma situação na
qual um membro de organização criminosa colabora com as autoridades

35
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investigativas de modo a permitir o desmantelamento da organização,


visando à redução da pena.

24) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o item

38
abaixo:

32
21
A indisponibilidade diz respeito ao princípio pelo qual o Ministério Público não

58
01
pode deixar de dar início à ação penal.

S0
o
ec
Comentário:

ch
Pa
Item ERRADO. O princípio pelo qual o Ministério Público não pode deixar de

ira
dar início à ação penal é o da obrigatoriedade da ação penal pública. Já o
rre
princípio da indisponibilidade da ação significa que o MP não poderá dispor
Fe
n

do conteúdo material da ação, ou seja, não poderá desistir da ação,


rto
Ai

abandoná-la, renunciar ou conceder o perdão.


38
32
21

25) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o item


58
01

abaixo:
S0
o

O princípio da oportunidade na ação penal privada transfere ao particular a


ec
ch

decisão de movimentar o aparato repressivo criminal estatal contra seu


Pa

agressor, ficando, contudo, reservada privativamente, sempre, ao Estado a


ira
rre

possibilidade de executar a pena deste último, se condenado.


Fe
n
rto

Comentário:
Ai

Item CORRETO. A ação penal privada é regida pelo princípio da conveniência


ou da oportunidade, segunda o qual a vítima tem total liberdade para decidir
se inicia ou não a ação penal privada. Como se pode perceber, o ius
persequendi (direito de processar) é transferido à vítima nas ações penais
privadas. Já o ius puniendi é exclusivo do Estado, cabendo a ele a
possibilidade de executar a pena do agente, se condenado.

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26) (Cespe/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o item abaixo:

A renúncia da ação penal privada ocorre após o oferecimento da queixa e o


perdão antes.

38
32
Comentário:

21
58
Item ERRADO. Os conceitos estão invertidos. De fato, a renúncia ocorre

01
S0
antes do oferecimento da queixa, sendo, por isso, um ato unilateral que não

o
precisa ser aceito pelo agente para produzir seus efeitos. Já o perdão

ec
ch
ocorrerá após o oferecimento da queixa. Assim, trata-se de ato bilateral que

Pa
ira
só produzirá efeito se for aceito pelo querelado. rre
Fe
n
rto

QUESTÕES DA AULA
Ai
38
32
21
58

1) (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário: Área Judiciária/2013) A


01

respeito do inquérito policial e da ação penal, julgue os itens


S0
o

seguintes.
ec
ch

Uma vez apresentada, a representação de crime de ação penal pública


Pa
ira

somente pode ser retirada antes do oferecimento da denúncia, não se


rre

admitindo retratação da retratação.


Fe
n
rto
Ai

2) (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário: Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2013) A respeito do inquérito policial e da ação penal,
julgue os itens seguintes.

Nos casos em que o valor mínimo da indenização é fixado pelo juiz na


sentença, dispensa-se o ajuizamento da ação civil ex delicto para a execução
do montante estabelecido para a reparação do dano causado pelo crime.

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3) (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário: Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2013) A respeito do inquérito policial e da ação penal,
julgue os itens seguintes.

38
A perempção, admitida tanto na ação penal privada quanto na pública,

32
21
acarreta o perecimento da ação penal e a extinção da punibilidade do réu.

58
01
S0
4) (CESPE/Defensor Público do DF/2006) De acordo com o direito

o
ec
ch
processual penal e com o Código de Processo Penal (CPP), julgue os

Pa
itens que se seguem:
ira
rre
Ação penal é direito constitucional e abstrato de invocar o Estado-Juiz à
Fe

aplicação do direito penal objetivo ao caso concreto, tido como penalmente


n
rto

relevante.
Ai
38
32
21

5) (CESPE/Defensor Público do PI/2009) Segundo entendimento do


58

STF, a ação do habeas corpus:


01
S0

Qualifica-se como típica ação penal popular.


o
ec
ch
Pa

6) (CESPE/Defensoria Pública do DF/Agente Administrativo/2010)


ira

Ainda a respeito da ação penal, assinale a opção correta:


rre
Fe

A companheira que vive em união estável com o ofendido não possui


n
rto

legitimidade para oferecer queixa ou prosseguir na ação penal privada em


Ai

curso, bem como oferecer representação, no caso de morte do ofendido ou


de ter sido declarado ausente por decisão judicial.

7) (OAB-DF/2008) Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária


e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de

38
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crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à


representação.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta:

38
A) Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se

32
seus pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no

21
58
prazo legal;

01
S0
B) O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto

o
ec
que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e

ch
inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado;

Pa
ira
C) Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de
rre
procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do
Fe

ministro da justiça;
n
rto
Ai

D) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não


38

promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal
32
21

privada subsidiária da pública.


58
01
S0

8) (CESPE/AGU/Procurador Federal/2007) Julgue o seguinte item:


o
ec

A renúncia ao exercício do direito de queixa e o perdão do ofendido, em


ch
Pa

relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá, sem que produza,


ira

todavia, efeito em relação ao que o recusar. (Advocacia Geral da


rre
Fe

União/AGU/Procurador Federal de 2ª Categoria/Cespe/2007, Questão 148).


n
rto
Ai

9) (CESPE/AGU/Procurador Federal/2007) Julgue o seguinte item:

Diversamente do que ocorre em relação ao processo civil, no processo penal


não se admite que, em caso de morte da vítima, os familiares assumam o
lugar dela, no polo ativo da ação penal privada, para efeito de apresentação
de queixa. (Advocacia Geral da União/AGU/Procurador Federal de 2ª
Categoria/Cespe/2007, Questão 147).

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10) (CESPE/AGU/Advogado da União/2002) Julgue o seguinte item:

Pedro ingressou com uma ação penal privada subsidiária da pública, ante a
inércia do Ministério Público, apresentando uma queixa-crime contra

38
Joaquim, pela prática do crime de estelionato básico. Por ocasião da

32
instrução criminal, Joaquim reparou o dano causado, e Pedro concedeu o

21
58
perdão, que foi aceito prontamente pelo querelado. Nessa situação, caberá

01
S0
ao juiz declarar a extinção da punibilidade e arquivar os autos. (Advocacia

o
ec
Geral da União/AGU/Advogado da União/Cespe/2002, Questão 38).

ch
Pa
11) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o seguinte
ira
rre
item:
Fe
n

Somente lei expressa pode estabelecer a legitimação extraordinária do


rto
Ai

ofendido ou de terceiro, que, dessa forma, titularizam o ius puniendi em


38
32

nome do Estado. (Cespe/Bacen/Procurador/2009/Questão 82/Item I).


21
58
01

12) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o seguinte


S0

item:
o
ec
ch

A ação pública de ofício só pode ser iniciada por flagrante ou por portaria da
Pa

autoridade policial ou judicial. (Cespe/Bacen/Procurador/2009/Questão


ira
rre

82/Item V).
Fe
n
rto

13) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o seguinte


Ai

item:

Na ação pública condicionada, a representação do ofendido poderá ser


apresentada até ocorrer a decadência que extinguiria a punibilidade, desde
que tal medida seja requisitada pelo ministro da Justiça.
(Cespe/Bacen/Procurador/2009/Questão 82/Item IV).

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14) (CESPE/PC-PA/Delegado de Policia/2009) Julgue o seguinte


item:

Na hipótese de crime de ação penal privada, o ofendido, ou seu


representante legal, decairá do direito de queixa ou de representação, se

38
não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da ocorrência

32
do delito. (PC-PA/Delegado/2009/Questão 30/Assertiva B).

21
58
01
S0
15) (CESPE/Procurador do Banco Central/2009) Julgue o seguinte

o
ec
item:

ch
Pa
Quando inepta, a denúncia não pode ser rejeitada, mas é possível trancar a
ação penal por meio irade habeas corpus.
rre
Fe

(Cespe/Bacen/Procurador/2009/Questão 83/Assertiva E).


n
rto
Ai

16) (CESPE/PC-RN/Delegado de Policia/2009) Julgue o seguinte


38
32

item:
21
58

O prazo para o ministro da Justiça oferecer a requisição, nos casos de crime


01

perquirido mediante ação pública condicionada, é o mesmo que o ofendido


S0
o

(ou seu representante) tem para representar. (Cespe/PC-RN/Delegado de


ec
ch

Polícia Civil/2009/Questão 71/assertiva B).


Pa
ira
rre

17) (CESPE/DPE-PA/Defensor Publico/2009) Julgue o seguinte


Fe

item:
n
rto
Ai

Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considera-se


perempta a ação penal quando o querelante deixar de comparecer, sem
motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou
deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais. (DPE-
PA/Defensor Público/2009/Questão 33).

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18) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o


seguinte item:

Somente após o recebimento da denúncia a representação não poderá ser


retratada. (MPDFT/28º Concurso/Promotor/Nova Prova/2009/Questão

38
5/Item II).

32
21
58
19) (CESPE/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o seguinte item:

01
S0
Em relação às ações penais públicas condicionadas, o Código de Processo

o
ec
Penal prevê a possibilidade de retratação da representação do ofendido até o

ch
Pa
oferecimento da denúncia. (TCE-AL/Procurador/2008/Questão 53/assertiva
A). ira
rre
Fe
n

20) (CESPE/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o seguinte item:


rto
Ai

No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na


38
32

ação penal passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou colateral até


21

terceiro grau. (TCE-AL/Procurador/2008/Questão 49/assertiva B).


58
01

21) (CESPE/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o seguinte item:


S0
o
ec

Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, será privilegiada


ch

aquela que primeiro comparecer. (TCE-AL/Procurador/2008/Questão


Pa

49/assertiva C).
ira
rre

22) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o


Fe
n

seguinte item:
rto
Ai

Há expressa previsão legal de que, nos crimes de estupro ou de atentado


violento ao pudor praticados mediante violência física real, a ação penal será
pública incondicionada. (MPDFT/28º Concurso/Promotor/Nova
Prova/2009/Questão 18/Item I).

23) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o


seguinte item:

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É o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública que torna inaplicável,


no Brasil, os institutos do plea bargaining e do pentitismo, em toda a
plenitude que têm eles nos Estados Unidos e na Itália, respectivamente,
apesar da existência do instituto da transação. (MPDFT/28º
Concurso/Promotor/Nova Prova/2009/Questão 18/Item V).

38
24) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o

32
21
seguinte item:

58
01
A indisponibilidade diz respeito ao princípio pelo qual o Ministério Público não

S0
pode deixar de dar início à ação penal. (MPDFT/28º

o
Concurso/Promotor/Nova Prova/2009/Questão 4/Item I).

ec
ch
Pa
25) (MPDFT/28 Concurso/Promotor de Justiça/2009) Julgue o
seguinte item: ira
rre
Fe

O princípio da oportunidade na ação penal privada transfere ao particular a


n

decisão de movimentar o aparato repressivo criminal estatal contra seu


rto

agressor, ficando, contudo, reservada privativamente, sempre, ao Estado a


Ai
38

possibilidade de executar a pena deste último, se condenado. (MPDFT/28º


32

Concurso/Promotor/Nova Prova/2009/Questão 18/Item II).


21
58

26) (CESPE/TCE-AL/Procurador/2008) Julgue o seguinte item:


01
S0

A renúncia da ação penal privada ocorre após o oferecimento da queixa e o


o
ec

perdão antes. (TCE-AL/Procurador/2008/Questão 49/assertiva A).


ch
Pa
ira
rre

Questões extraídas das seguintes provas:


Fe
n
rto
Ai

a) Defensor Público do DF (CESPE/2006): questão 180;


b) Defensor Público do PI (CESPE/2009): questão 34;
c) Agente Administrativo da Defensoria Pública do DF (CESPE/2010):
questão 69;
d) OAB-DF/2008 (2º exame, caderno água): questão 89;

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e) AGU/Procurador Federal de 2ª Categoria/Cespe/2007: questão 147,


148;
f) AGU/Advogado da União/Cespe/2002: questão 38;
g) Procurador do Banco Central (Cespe/2009): questão 82, item I, IV, V;
questão 83, item e;

38
32
h) Delegado de Policia (PC-PA/Cespe/2009): questão 30, assertiva B;

21
58
i) Delegado de Policia (PC-RN/Cespe/2009): questão 71, assertiva B;

01
j) Defensor Público do PA (CESPE/2009): questão 33;

S0
o
k) Promotor de Justiça (MPDFT/28 Concurso/2009): questão 4, item I,

ec
ch
questão 5, item II; questão 18, itens I, II e V;

Pa
l) Procurador de Contas (Cespe/TCE-AL/2009): questão 53, assertiva A,
ira
rre
questão 49, assertivas A, B e C;
Fe

m)Analista Judiciário do TJDFT: Área Judiciária (Cespe, 2013): questão


n
rto

102;
Ai
38

n) Analista Judiciário do TJDFT: Especialidade Oficial de Justiça Avaliador


32

(Cespe, 2013): questões 100 e 101.


21
58
01
S0
o

É isso, senhores e senhoras. Concluímos, assim, nossa aula sobre


ec
ch

Ação Penal e Ação Civil ex delicto.


Pa

Assim, daremos continuidade ao nosso curso, tratando, em nossa


ira
rre

próxima aula, do tema Jurisdição e Competência.


Fe
n
rto

Boa sorte a todos e fiquem com Deus.


Ai

Grande abraço,
Prof. Bivar.

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