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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM ATENÇÃO BÁSICA/SAÚDE DA FAMÍLIA


RESIDENTE: BRENO CARVALHO DE ALMEIDA MATRÍCULA: 2022ENAB003
ÁREA PROFISSIONAL: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: CLÍNICA AMPLIADA E BIOÉTICA NO CUIDADO EM SAÚDE
PROFESSORA: Dra. FABIANA RIBEIRO MONTEIRO

Escolher uma metodologia para atuar na atenção básica me chamou atenção logo no
início da aula, pois, o ministrante da disciplina trouxe essa dificuldade bem no começo. Ele
viu que tanto ele, como as demais profissionais ficam na dúvida em que metodologia deve se
basear para responder sua atuação dentro do serviço. Isso me lembrou bastante nos primeiros
meses de residência, em que, alguns profissionais falavam que nós, equipe de residentes
deveríamos procurar atuar mais no coletivo, deixar um pouco de lado o individual das nossas
áreas, pois estávamos lá como um diferencial do serviço.
Além disso, o ministrante mostrou que nós profissionais sempre buscamos enxergar a
doença de cada paciente que chega ate a gente, e acabamos por não analisar essa pessoa a
partir dos seus determinantes em saúde. Eu consigo observar muito isso na nossa prática atual
dentro da residência, como equipe sempre buscamos desenvolver grupos coletivos focados em
doenças especificas que encontramos dentro da nossa realidade e não como uma forma de
interação e prevenção para aquela população.
Outro ponto que me chamou atenção foi a questão que o ministrante mencionou sobre
inserir o paciente dentro do seu processo de saúde-doença, esclarecê-lo que ele é o fator
principal, que ele deve participar nas tomadas de decisões. Eu observo muito isso nos retornos
dos pacientes após sua avaliação de saúde, em que eles voltam mais orientados, mais
conscientes daquilo que tem que ser feito para restabelecer sua saúde.
Reparei também sobre a questão da atuação em diferentes ambientes de trabalho, cada
ambiente tem suas peculiaridades e que algo que foi desenvolvido em um local,
provavelmente não vai dar certo em outro, principalmente, porque são pessoas diferentes, mas
com os mesmos problemas. Vejo muito isso na nossa atuação nos módulos que atuamos,
principalmente, quando queremos desenvolver uma atividade para aquele público-alvo,
sempre encontra-se alguma dificuldade em um módulo e no outro não, a própria equipe de um
módulo é a favor e a outra é contra, a população é mais receptiva em um e mais fechada em
outros.
Por fim, dá para perceber a partir da aula ministrada, que nós profissionais que
atuamos na Atenção Básica, ainda seguimos o modelo biomédico, onde ficamos só focados na
doença, na atuação de prescrever medicamentos, tentar restaurar os valores alterados para
dentro dos padrões, encaminhar para outras especialidades e não nos ligamos para oque
acontece ao redor do paciente. Enxergo muito isso na nossa atuação como residentes que,
mesmo tenhamos uma equipe multiprofissional, acabamos em desenvolver nossa prática de
forma individual, sem o compartilhamento dos casos e buscando sempre focar no estado de
saúde daquele paciente.

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