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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

Acadêmico: R.A.
Curso: Nutrição
Disciplina: Psicologia aplicada a nutrição
Valor da atividade: 3 Prazo: 07/07/2023

Instruções para Realização da Atividade


1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Esta é uma atividade individual. Caso identificado cópia de colegas, o
trabalho de ambos sofrerá decréscimo de nota;
4. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador, e
envie em forma de anexo no ambiente Studeo (M.A.P.A);
5. Formatação exigida para as respostas desta atividade: documento Word ou
pdf, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12, Espaçamento entre
linhas 1,5, texto justificado;
6. Formatar todo o trabalho, perguntas e respostas;
7. Ao utilizar quaisquer materiais de pesquisa referencie conforme as normas da
ABNT; (Existe um material sobre referências e citações conforme a ABNT
disponível em: Arquivos Gerais no ambiente Studeo);
8. Na Sala do Café do ambiente virtual da disciplina você encontrará
orientações importantes para elaboração desta atividade. Confira!
9. Critérios de avaliação: utilização do template; atendimento ao tema;
constituição dos argumentos e organização das ideias; correção gramatical e
atendimento às normas ABNT.
10. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da
disciplina;
11. O formato da atividade a ser enviada pode ser em pdf ou docx.

Em caso de dúvidas, entre em contato com seu Professor Mediador.

Bons estudos!
Conhecer os processos de mudança de comportamento podem ser muito
úteis para auxiliar a conduta da/o nutricionista junto ao/à paciente. Você já
parou para pensar quais são os cinco estágios no processo de mudança de
comportamentos de saúde, segundo o Modelo Transteórico, ou Modelo de
Estágios da Mudança, proposto por James Prochaska e Carlo DiClemente?
BORDIN, Jaqueline Cristine; RODRIGUES, Ana Claudia; FAUNE, Tatiana
Aparecida. Psicologia Aplicada à Saúde. Maringá - PR: Unicesumar, 2022.

Observe os estágios acima comentados.

Estágio 1: pré-contemplação. Neste estágio, a pessoa não apresenta uma intenção


séria de mudar o próprio comportamento, e, em muitos casos, nem acredita que
tenha um problema perante atitudes, embora as pessoas com as quais convive
possam apontá-lo. Essa pessoa pode até procurar tratamento, quando pressionada
por outros, mas não segue ou mantém as orientações.

Estágio 2: contemplação. Aqui, a pessoa está ciente de que tem um problema, mas
não tem a intenção imediata de mudar os próprios hábitos. A grande maioria das
pessoas se encontra nesse estágio, e algumas podem permanecer nele por anos.

Estágio 3: preparação. Enfim, surge uma pessoa com a intenção de mudar o


comportamento, o que envolve pensamentos, planos e ações, mas que, ainda, não
consegue efetuar a mudança de forma efetiva.

Estágio 4: Ação. Então, a mudança acontece. A pessoa se engaja e se


compromete, a fim de alterar o próprio estilo de vida. Ela dispende energia para
superar o problema.

Estágio 5: Manutenção. Por fim, a pessoa continua a obter bons resultados e passa
a agir, de forma preventiva, para conseguir alcançar o objetivo final.

Imagine que você é um/a nutricionista e recebe, em seu consultório particular, um


paciente de 16 anos, acompanhado de sua mãe, cuja queixa inicial é a de que não
consegue emagrecer. Durante o atendimento, o jovem com sobrepeso permanece a
maior parte do tempo cabisbaixo, calado, respondendo com poucas palavras suas
perguntas sobre seus hábitos alimentares, rotina e motivações. Sua mãe é quem
interage mais com você, respondendo pelo filho. Você fica com a impressão, ao final
da entrevista, que o jovem, apesar de incomodado com seu estado atual, não está
realmente implicado com a mudança, parecendo pouco motivado a seguir um
tratamento. Ainda, relata gostar de alimentos fontes de leite, massas e poucas
frutas.
Tendo em mente o Modelo dos Estágios de Mudança, ao invés de simplesmente
considerar que o adolescente não está preparado para passar pelo processo de
reeducação alimentar, mudança de hábitos e, consequentemente, melhorar sua
saúde e qualidade de vida, você compreende que os processos de mudança dos
comportamentos em saúde não são simples, mas passam por diferentes estágios.
Nesta primeira entrevista, fica evidente que o jovem se encontra no primeiro estágio,
que é denominado de pré-contemplação.

Agora é sua vez de agir:

Tome os cinco estágios propostos pelo Modelo Transteórico, ou Modelo de Estágios


de Mudança de Prochaska e DiClemente, e, considerando como o nosso paciente
se comporta em cada uma das etapas (conforme descrito abaixo), responda em
forma de texto, com base na teoria, quais devem ser suas atitudes enquanto
profissional de nutrição de acordo com cada estágio.
Para finalizar, sugira uma opção de café da manhã que possa ser adequada a este
paciente. (A refeição pode ser genérica, mas é importante que seja equilibrada em
macronutrientes, sem necessidade de conter quantidades ou kcal).

Estágio 1-pré-contemplação: nosso paciente, apesar de incomodado com seu


sobrepeso, admite, em uma segunda consulta, que só está procurando ajuda
profissional por pressão da sua mãe, já que a mesma foi comunicada pela escola do
filho de que ele foi alvo de bullying devido à sua aparência física (sobrepeso). Ele
afirma que nem se importa com o que dizem a seu respeito, mas se sente isolado e
sem amigos. Também se queixa de dificuldades em executar pequenas atividades
cotidianas (caminhar, subir escadas, realizar esportes no horário da educação
física), mas não relaciona isso ao sobrepeso.

Estágio 2-contemplação: nessa fase, o adolescente compreende que possui um


problema de saúde, mas, apesar disso, não quer mudar seus hábitos atuais, que
incluem sedentarismo e hábitos alimentares perniciosos (excesso de lanches,
refrigerantes e produtos industrializados e ausência de legumes e vegetais em suas
refeições).

Estágio 3-preparação: nosso jovem finalmente quer mudar para atingir seus
objetivos, mas não sabe por onde começar, e conta com sua ajuda.

Estágio 4-ação. o adolescente se engaja no processo de mudança de


comportamentos em prol de sua saúde. Sua atuação profissional, nesse momento,
é fundamental para que o jovem saiba lidar com os desafios que toda mudança
acarreta.
Estágio 5-manutenção: o adolescente já consegue manter os novos hábitos de
saúde de maneira mais permanente.

É importante considerar que, de acordo com esse modelo, as pessoas não passam
de um estágio a outro de maneira progressiva, linear, mas passam por momentos
de avanços e retrocessos, até completar a mudança de maneira consistente. Assim,
nosso jovem pode estar em uma determinada etapa e passar por algum processo
de recaída ou desistência, o que não significa fracasso do processo terapêutico,
mas uma oportunidade de aprendizagem e reavaliação das estratégias.

Resposta:

Nosso papel como profissional da saúde é respeitar o movimento do


paciente, escutar e entender, sem jugal, com empatia e respeitando suas escolhas.
Entender que o paciente é parte ativa do processo e por isso, o tratamento é um
trabalho de colaboração, que deve ser planejando juntamente com o paciente.
Certamente a ajuda de um profissional psicólogo seria excelente, por isso indicaria,
caso o paciente tenha interesse de ter esse tipo de acompanhamento.

No caso do jovem a ser atendido, o primeiro passo seria uma conversa


mostrando os benefícios das mudanças de hábitos alimentares que o levariam a
uma melhora na disposição para executar as atividades do dia-a-dia como subir
escadas, caminhar e praticar atividade física na escola e com isso ele poderia até se
sentir mais engajado com os colegas, levando a uma melhoria nos relacionamentos.

Na fase de contemplação, levaria o jovem a responder algumas perguntas,


a fim de motiva-lo, como por exemplo, imaginar como seria sua vida se não fosse
obeso e o que mudaria se conseguisse se alimentar melhor. Também explicaria que
muitos dos alimentos que ele não gosta são fontes de vitaminas e minerais
responsáveis pela saúde mental como a vitamina B12 e o ferro, que auxiliam na
disposição.

Na fase de preparação, o papel do nutricionista é ajudar o paciente a


estabelecer metas e objetivos alcançáveis. Como por exemplo, reduzir a quantidade
de lanche industrializado ou idas a restaurantes fast-foods, indicando substituições
mais saudáveis, montando uma dieta que o paciente tenha certa familiaridade e
aceite. Particularmente, no primeiro momento eu não focaria necessariamente na
redução de peso e sim na importância de bons hábitos alimentares. Mostraria
opções palatáveis de lanches para substituir os industrializados, perguntando quais
opções o jovem teria interesse em experimentar. Também falaria sobre como
aumentar o consumo de proteína pode promover maior saciedade, reduzindo a
necessidade de carboidratos.

Na fase de preparação, como profissional estimularia a mudança, como a


implementação das metas e prazos de acordo com a sugestão do próprio paciente.
Por ex. um mês para mudar reduzir os industrializados.

Por fim, na fase de Manutenção, poderíamos readequar a dieta do paciente,


de acordo com o que ele mesmo se propusesse a aceitar. Oferecendo opções de
momentos aos quais ele poderia “sair da dieta” em prol do convívio social, ensinado
quais as opções mais viáveis para substituições em ambientes fora de casa, etc.
Entendendo os gatilhos que levam o jovem a comer mais (como por ex, ansiedade
antes das provas) e ajudando-o a minimizar ou evitar (como por ex. sempre carregar
uma opção proteica de lanche nos períodos de exames. Além de buscar suporte
com psicólogo.
Como sugestão de café da manhã eu sugeriria 2 ovos cozidos, mas um
potinho de iogurte desnatado com granola adoçada naturalmente. Os ovos são ricos
em vitaminas e proteínas, ajudando na saciedade. O iogurte com granola ajudará na
saciedade (fibras) e energia com os carboidratos do iogurte, este ainda contribui
com a microbiota, já que é um probiótico.

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