Você está na página 1de 11

Nutrição comportamental

Modelo transteórico da mudança


comportamento alimentar

Prof.a Isabela Peres Carvalho


Mestre em Saúde e Nutrição
Doutoranda em Neurociências
O Modelo Transteórico

• O modelo se fundamenta na premissa de que


as pessoas modificam seu comportamento de
forma gradual e contínua. Elas partem da
completa falta de consciência da necessidade
de mudança, tomam a decisão de mudar e
exercitam a nova conduta até ela se tornar um
hábito.

• Foi desenvolvido por James Prochaska e Carlo


DiClemente, 2 pesquisadores norte-americanos
que realizavam estudos com tabagistas. No
entanto, eles elaboraram os princípios básicos
para explicar a mudança de comportamento
para ser aplicado para diversos hábitos.
• Seja para mudar hábitos alimentares,
combater a dependência química, ansiedade e
diversos outros comportamentos, essa
O modelo transteórico é abordagem é dividida em 5 etapas:
um instrumento de
apoio para a mudança • Pré-contemplação;
comportamental do • Contemplação;
indivíduo. • Decisão ou preparação;
• Ação;
• Manutenção.
1 – Pré-
contemplação
• Nessa etapa dos estágios de mudança
comportamental, as frases “Eu não posso”
e “Eu não quero” são bem representativas.
Existe uma negação ou simplesmente o
paciente desconhece que tem um
problema. Ele pode estar resistente e
defensivo diante da possibilidade de
mudança de comportamento alimentar.
2 – Contemplação

• É o momento em que o paciente pensa: “eu poderia”. Ele


começa a desejar a mudança, mas ainda não está
totalmente certo sobre isso.

• O profissional pode ajudar o paciente identificando os


problemas e definindo com ele metas simples que podem
ajudá-lo a se sentir mais seguro e a perceber mais os “prós”
que os “contras” da mudança de comportamento
nutricional.
3 – Decisão ou preparação

• “Eu posso” e “Eu vou” são frases que


representam esse estágio. O paciente
pretende alterar seu comportamento em
um período próximo, na semana ou no
mês que vem, por exemplo. Ele se sente
comprometido e confiante.
“Eu sou” e “Eu faço” são frases que ilustram
muito bem esse estágio de mudança, pois, de
fato, o paciente alterou seu comportamento.

É um momento que requer bastante


4 – Ação comprometimento para colocar em prática o
que foi planejado.

É necessário ter em mente que nessa etapa


podem existir impulsos para retornar a
comportamentos do passado.
5 – Manutenção

• “Eu ainda sou” e “Eu ainda faço” representam esse momento. A pessoa modificou o
comportamento e as mudanças têm sido mantidas por um tempo considerável.
• O foco é a prevenção de recaídas e a consolidação dos ganhos obtidos até então. Mas
sempre lembrando ao paciente que as recaídas são normais. O melhor é reconhecer o
positivo e reforçar o que foi conquistado no período. Proponha um plano de
seguimento e explore estratégias para superação dos problemas.
Qual nossa ação em cada fase?
Referências

• Bibliografia Básica:
• CUNHA, Lara Natacci. Anorexia Bulimia e Compulsão Alimentar. São Paulo: Editora Atheneu, 2008. 200p. ISBN
9788573799644.
• GAZZANIGA, Michael. Ciência psicológica. 5.ed. Porto Alegre: ArtMed, 2017. 767p. ISBN 9788582714430.
• ALVARENGA, Marle. Nutrição comportamental. SP: Manole, 2015. 550p. ISBN 9788520448830.
• Bibliografia Complementar:
LOBO, Cláudia. Comida de criança: ajude seu filho a se alimentar bem sempre. 1.ed. São Paulo: MG Editores,
2010. 233p. ISBN 9788572550833. DARSHAN SohiI. A Comprehensive textbook of nutrition & therapeutic diets.
New Delhi: Editora Jaypee, 2012. 275p. ISBN 9789350901960.
RONDÓ JR., Dr. Wilson. Fazendo as Pazes com Seu Peso. São Paulo: Editora Gaia, 2012. 144p. ISBN
9788575552599.
SILVA, Rejane Andréa Ramalho Nunes da. Fome oculta e doenças crônicas: um novo desafio. São Paulo: Editora
Atheneu, 2014. 240p. ISBN 9788538805595.
ANDREWS, Susan. A ciência de ser feliz. São Paulo: Ágora, 2011. 107p. ISBN 9788571830851.

Você também pode gostar