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AVALIAÇÃO DA MOTIVAÇÃO

MODELO TRANSTEÓRICO DE MUDANÇA


J. PROCHASKA
e cols.
MOTIVAÇÃO
• Um dos aspectos mais importantes para indicar a PB – deve ser
avaliada durante todo o processo terapêutico.

• Sifneos – motivação para mudança é um processo de solução de


problemas.

• As avaliações de motivação costumam ser baseadas em julgamento


clínico – dependentes da subjetividade do avaliador e de sua
familiaridade com o constructo.

• Constructos mais objetivos ajudam a ligar a teoria e a observação.


ENFOQUE TRANSTEÓRICO

• Surgiu no contexto integrativo – as psicoterapias se


baseiam em teorias da personalidade e psicopatologia –
porque as pessoas não mudam – e não em como as
pessoas podem mudar.

• Base em pesquisas sistemáticas – variáveis mensuráveis


e validadas; generalizáveis para vários problemas
humanos; perspectiva inovadora.
TEORIA DA MUDANÇA

• Busca a estrutura da mudança subjacente às


modificações de comportamento com ou sem mediação
de terapia.

• A mudança – acontece segundo 3 dimensões: estágios,


processos e níveis.

- ocorre ao longo do tempo e sua natureza encerra


simultaneamente um caráter dinâmico e estável,
traduzível pela noção de estágios de mudança.
PROCESSOS DE MUDANÇA

• Processos – “atividades expressas ou encobertas para


alterar o afeto, pensamento, comportamento ou
relacionamento ligado a problemas específicos ou
padrões de vida.”

• Derivados de uma análise comparativa dos sistemas de


psicoterapia.

• Como as pessoas tentam mudar.

• Os modelos psicoterápicos enfatizam poucos processos.


PROCESSOS DE MUDANÇA

• 1. Aumento de conscientização - psicanálise


• 2. Alívio dramático - Gestalt
• 3. Auto-reavaliação – cognitiva*
• 4. Reavaliação ambiental – *
• 5. Auto libertação – existencial **
• 6. Libertação social – **
• 7. Contracondicionamento – comportamental ***
• 8.Controle de estímulos – ***
• 9.Gerenciamento de reforço – ***
• 10. Relação de ajuda – terapia centrada na pessoa
NÍVEIS DE MUDANÇA

• Níveis – organização hierárquica de problemas


psicológicos que podem ser tratados em uma
psicoterapia. Eles não são isolados entre si.

• 1. Sintomas/ problemas situacionais – comportamental


• 2. Cognições mal adaptativas – cognitivo
• 3. Conflitos interpessoais atuais – terapias analíticas
• 4. Conflitos de família/ sistemas – sistêmico
• 5. Conflitos intrapessoais – psicanálise
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Estágios – “refletem o grau de consciência do problema e da


disposição para enfrentá-lo.”
• Os estágios apresentam dimensão temporal; têm qualidade
estável e tendem a durar por períodos relativamente longos,
mas podem ser alterados, dependendo de esforço especial.
• Um padrão de resposta naquele momento.
• Representam o constructo mais original da terapia
transteórica.
• Facilita a ‘escuta’ de como o paciente pode lidar com seu
problema.
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Pré-contemplação – a pessoa não tem intenção de


mudar em um futuro próximo – não reconhece a
existência de problema, mesmo que esteja evidente para
pessoas próximas.

• Dificilmente procura terapia, pode ser encaminhado por


outros ou querer que os outros mudem.
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Contemplação – a pessoa tem consciência da existência


de um problema e pensa em mudá-lo, mas não há
esforço efetivo para isso.

• Sabe onde quer chegar, mas não está pronto para iniciar
o caminho.
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Preparação – há intenção e alguma tentativa de


mudança, mas as tentativas ainda não chegam a ser
efetivas.

• Está tentando fazer algo e já fez recentemente várias


coisas que não deram certo.
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Ação - enfrentamento da situação com um esforço


efetivo quanto a tempo e energia para superá-la.
Ocorrem mudanças no comportamento ou no ambiente
para solucionar o problema. A pessoa tem clareza da
dificuldade e faz esforços significativos para mudá-la.
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Manutenção – a pessoa trabalha para prevenir recaídas e


consolida os ganhos obtidos durante o estágio de ação.
Representa a continuação e não a ausência de mudança.
ESTÁGIOS DE MUDANÇA

• Término – quando o problema foi superado e há


confiança em que o antigo padrão não deve retornar. Há
critérios temporais para considerar terminado o processo
de mudança. Nem todos os problemas chegam a esse
estágio.
TEORIA DA MUDANÇA

• Embora os estágios representem um grau de consciência


crescente sobre os problemas, as mudanças raramente
seguem um percurso linear, mas sofrem frequentes
retrocessos.
TEORIA DA MUDANÇA

• Avaliação do estágio de mudança no início do processo


oferece indicações prognósticas.

• Avaliação durante o processo permite acompanhar o


grau de envolvimento do paciente.

• Avaliação no final oferece uma medida de resultado da


terapia – qual o montante de mudança obtido.

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