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República de Angola

Ministério da Educação
Repartição Municipal da Educação de Cacuaco
Governo Provincial de Luanda
COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO VATULEMBWA

Trabalho Apresentado no Âmbito da Unidade Curricular de Geografia

ÁFRICA POLÍTICA DO NORTE


E SUBSAARIANA

DOCENTE

–––––––––––––––––––––––––––––––
BENEDITO CHIMUCO

LUANDA, ANO LECTIVO 2023/2024


COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO VATULEMBWA

UNIDADE CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ÁFRICA POLÍTICA DO NORTE


E SUBSAARIANA

9ª Classe
Grupo n.° 02
Período: Tarde
Sala n.°
Turma: Única

LUANDA, ANO LECTIVO 2023/2024


AUTORES DA PESQUISA

N.° Nome do Aluno Média Classificativa


01 Elisa Pedro Valores
02 Ernesto Cangungo Valores
03 Fernando Fragoso Valores
04 Frederico Cangungo Valores
05 Graciana Panzo Valores
06 Helena Caputo Valores
07 Henriques Bernardo Valores
08 Idalésio José Valores
09 Inocêncio Paulino Valores
AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos são primeiramente endereçados a Deus Pai Todo-


Poderoso, pelo cuidado e vida a nós concedidos diariamente, posteriormente aos nossos
progenitores por nós terem gerado. Nossos votos mais sinceros agradecimentos são
também endereçados aos nossos queridos colegas, amigos e ao nosso caríssim professor
pela proposta da temática que nos prôpos a abordar.

O nosso muito obrigado!


DEDICATÓRIA

A elaboração deste trabalho investigativo é dedicado:

 A Deus pelo dom da vida que nos tem concedido;


 Aos nossos pais e encarregados de educação;
 Aos nossos educadores pelo acompanhamento e orientação que nos têm
prestados, durante esta percurso formativo.
ÍNDICE TEMÁTICO

Folha de rosto............................................................................................................pág.02
Autores da pesquisa..................................................................................................pág.03
Agradecimentos........................................................................................................pág.04
Dedicatória................................................................................................................pág.05
Índice........................................................................................................................pág.06
Introdução.................................................................................................................pág.07
Fundamentação teórica.............................................................................................pág.08
1. África, etmologia e abordagem história........................................................pág.08
Etimologia.................................................................................................................pág.09
2. Abordagem histórica.....................................................................................pág.09
CAPÍTULO 2: AS DUAS ÁFRICAS.......................................................................pág.10
1. Norte de África.................................................................................pág.11
2. África subsariana..............................................................................pág.11
Conclusão..................................................................................................................pág.14
Referências Bibliográficas........................................................................................pág.15
INTRODUÇÃO

Com o presente trabalho apresentado no ãmbito da unidade curricular de


Geografia visamos enfasar sobre África sendo que sua cultura reflete a sua antiga
história e é tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos milénios. A
África é o território terrestre habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste
continente que a espécie tenha surgido. Os mais
antigos fósseis de hominídeos encontrados na África (Tanzânia e Quênia) têm cerca de
cinco milhões de anos. O Egipto foi provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na
África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram
sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (Axum, o Grande Zimbábue). Para
além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes,
que buscavam as suas riquezas.

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CAPÍTULO 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. África, etmologia e abordagem história

A África é o terceiro continente mais extenso (depois da Ásia e da América)


com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total da
terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia)
com cerca de um bilhão de pessoas (estimativa para 2005), representando cerca de um
sétimo da população mundial, e 54 países independentes.

Fig.1. África, desenhada pelo cartógrafo antuérpio Abraham Ortelius em 1570

Apresenta grande diversidade étnica, cultural, social e política. Dos trinta países
mais pobres do mundo (com mais problemas de subnutrição, analfabetismo,
baixa expectativa de vida), pelo menos 21 são africanos. Apesar disso existem alguns
países com um padrão de vida razoável, mas não existe nenhum país realmente
desenvolvido na África.

A África costuma ser regionalizada de duas formas. A primeira valoriza a


localização dos países e os divide em cinco grupos: África setentrional, África
Ocidental, África Central, África Oriental e África meridional. A segunda
regionalização usa critérios étnicos e culturais, como a religião e etnias predominantes
em cada região, sendo dividida em dois grandes grupos, a África Branca ou setentrional,
formada pelos oito países da África do norte, mais a Mauritânia e o Saara Ocidental, e
a África Negra ou subsaariana, formada pelos outros 44 países do continente.

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2. Etimologia

Afri era o nome de vários povos que se fixaram perto de Cartago no Norte de
África. O seu nome é geralmente relacionado com os fenícios como afar, que significa
"poeira", embora uma teoria de 1981, tenha afirmado que o nome também deriva de
uma palavra de berbere, ifri, palavra que significa "caverna", em referência à gruta onde
residiam. No tempo dos romanos, Cartago passou a ser a capital da Província de África,
que incluiu também a parte costeira da moderna Líbia. Os romanos utilizaram o sufixo
"-ca" denotando "país ou território". Mais tarde, o reino muçulmano de Ifríquia,
actualmente Tunísia, também preservou o nome.

Outras etimologias têm sido apontadas como originárias para a antiga


denominação "África":

3. No século I, o historiador judeu Flávio Josefo afirmou ter sido nomeado para Efer,
neto de Abraão, segundo o Génesis (25:4), cujos descendentes, segundo ele, tinha
invadido a Líbia;
4. aprica, palavra latina que significa "ensolarados", mencionada por Isidoro de
Sevilha (século VI), em Etymologiae XIV.5.2;
5. aphrike, palavra grega que significa "sem frio". Esta foi proposta pelo
historiador Leão Africano (1488–1554), que sugeriu a palavra grega phrike (φρίκη,
significando "frio e horror"), combinado com o prefixo privativo "-um", indicando
assim um terreno livre de frio e de horror;
6. Massey, em 1881, afirmou que o nome deriva do egípcio af-rui-ka, que significa
"para virar em direção a abertura do Ka". O Ka é o dobro energético de cada pessoa
e de "abertura do Ka" remete para o útero ou berço. África seria, para os egípcios,
"o berço".

3. Abordagem histórica

O homem passou a estar presente na África durante os primeiros anos da era


quaternária ou os últimos anos da era terciária. A maioria dos restos de hominídeos
fósseis encontrados por arqueólogos— australopitecos, Homo habilis, Homo
erectus, Homo heidelbergensis, homens de Neandertal e de Cro-Magnon — em lugares
diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante
no processo evolutivo da espécie humana e indica, até, a possível busca das origens do

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homem nesse continente. As semelhanças comparáveis da história da arte que vai entre
o paleolítico e o neolítico são iguais às das demais áreas dos
continentes europeu e asiático, com diferenças focadas em regiões então desenvolvidas.
A maioria das zonas do interior do continente, meio postas em isolamento, em
contraposição ao litoral, ficaram permanentes em estágios do período paleolítico, apesar
de a neolitização processada ter início em 10 000 a.C., com uma diversidade de graus
acelerados.

O Norte da África é a região mais antiga do mundo. A civilização


egípcia floresceu e inter-relacionou-se com as demais áreas culturais do mundo
mediterrâneo, motivos pelas quais essa região foi estreitamente vinculada, há milhares
de séculos, depois que a civilização ocidental foi geralmente desenvolvida. As colônias
pertencentes à Fenícia, Cartago, a romanização, os vândalos aí fixados e o Império
Bizantino influente são os factores pelos quais foi deixada no litoral mediterrâneo da
África uma essência da cultura que posteriormente os árabes assimilaram e
modificaram. Na civilização árabe foi encontrado um campo de importância em que foi
expandida e consolidada a cultura muçulmana no Norte da África. O Islã foi estendido
pelo Sudão, pelo Saara e pelo litoral leste. Nessa região, o Islã é a religião pela qual
foram sendo seguidas as rotas de comércio do interior da África (escravos, ouro, penas
de avestruz) e estabelecidos encraves marítimos (especiarias, seda) no oceano Índico.

Simultaneamente, na África negra foram conhecidos


vários impérios e estados que aí floresceram. Estes impérios e estados nasceram de
grandes clãs e tribos submetidos a um só soberano poderoso com características
próprias do feudalismo e da guerra. Entre esses impérios de maior importância figuram
o de Axum, na Etiópia, que teve sua chegada ao apogeu no século XIII; o de Gana, que
desenvolveu-se do século V ao XI e os estados muçulmanos que o sucederam foram o
de Mali (do século XIII ao XV) e o de Songai (do século XV ao XVI); o reino de
Abomei do Benim (século XVII); e a confederação zulu do sudeste africano (século
XIX).

CAPÍTULO 2: AS DUAS ÁFRICAS

O continente africano é o terceiro maior continente do planeta e possui uma


diversidade imensa, por isso foi dividido em duas Áfricas: África Mediterrânea e África

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Subsaariana. Com extensão territorial de aproximadamente 30,2 milhões de quilômetros
quadrados, a África é o terceiro maior continente do planeta. Esse grande território,
habitado por mais de um bilhão de pessoas, apresenta grande diversidade física, étnica,
cultural e econômica. Todos esses elementos contribuíram para uma subdivisão
regional, que estabeleceu a África Mediterrânea (também chamada de África Islâmica
ou Setentrional) e a África Subsaariana. Essa regionalização do continente tem o deserto
do Saara como divisor natural e os aspectos humanos, em especial a religião, como
factor cultural.

1. Norte de África

Fig.2 . Mapa com área destacada representando o Norte da África.

Norte de África, também referida como Norte da África, Norte d'África, Norte
Africano, África do Norte, África Setentrional, África Islâmica e,
impropriamente, África Branca por oposição à designação África Negra (África
subsariana), compreende os países localizados no norte do continente africano,
próximos ao mar Mediterrâneo, mas não só. Pelo geoesquema da Organização das
Nações Unidas (ONU), o Departamento de Estatísticas da ONU incluiu nessa sub-
região os seguintes países: Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia e Egito, Saara Ocidental e
o Sudão. Todos os países referidos são membros da Liga Árabe e cinco países desta
região do continente (Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia e a Mauritânia) formam uma
organização de integração econômica sub-regional, a União do Magrebe Árabe.

As nações que integram a África Mediterrânea são banhadas pelo Mar


Mediterrâneo ou pelo Oceano Atlântico. Apresentam características físicas e humanas

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semelhantes às das nações do Oriente Médio. O clima é desértico e a maioria dos
habitantes é de origem árabe e seguidora do islamismo. Apesar de possuir problemas,
essa porção do continente detém os melhores indicadores socioeconômicos da África.

A agricultura nessa região é desenvolvida nas proximidades do Rio Nilo e na


área denominada Maghreb. Porém, as principais fontes de receitas são oriundas da
produção de petróleo, gás natural, além de vários outros minérios: fosfato, ouro, cobre,
etc. O turismo é outra importante actividade econômica na África Mediterrânea, com
destaque para Egipto e Marrocos, que recebem milhões de visitantes anualmente. Com
população maioritariamente negra.

2. África subsariana

Fig. 3. Mapa da África destacando a região subsaariana (verde)

A África subsariana ou subsaariana, antes chamada África negra, corresponde à


parte do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara. Chamada de
subsaariana por estar ao sul (sub-) do Saara (-saariana). É constituída de quarenta e oito
países, cujas fronteiras resultaram da descolonização. Com cerca de 9 milhões de
quilômetros quadrados, o Deserto do Saara forma uma espécie de barreira natural que
divide o continente africano em duas partes muito distintas quanto ao quadro humano e
econômico. A norte do Saara, encontramos uma organização socioeconómica muito
semelhante à do Oriente Médio, formando um mundo islamizado. Ao sul está a África
subsariana, antigamente chamada 'África Negra', por europeus e árabes, em razão da

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predominância, nessa região, de povos de pele mais escura; porém, tal terminologia é
considerada essencialmente ideológica.

A África Subsaariana apresenta grande diversidade cultural. A pluralidade


religiosa é uma característica dessa porção continental, onde há cristãos, mulçumanos
(principalmente na região do Sahel), judeus, além de várias crenças tradicionais. Os
diversos grupos étnicos possuem dialetos, danças e costumes próprios, facto que
contribui para a riqueza cultural da África. Porém, em alguns países, vários conflitos
armados são desencadeados por diferentes grupos étnicos.

As riquezas no subsolo impulsionam a mineração. A África do Sul detém


grandes reservas de diamante, cromo, platina, ouro (maior produtor mundial), entre
outros minérios. Outro destaque é a grande produção de petróleo e gás natural nos
países da África Subsaariana. O turismo, promovido nos diversos parques naturais, é
outra importante fonte de recursos financeiros. Apesar dessa grande riqueza mineral, a
África Subsaariana apresenta vários problemas socioeconômicos e os organismos
internacionais não desenvolvem políticas eficazes para solucioná-los. A fome, por
exemplo, castiga grande parte dos africanos, os índices de desnutrição são absurdos
nessa região do planeta: República Democrática do Congo (76%), Somália (72%),
Burundi (63%), Serra Leoa (47%).

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 33,4
milhões de portadores do vírus HIV no mundo, 22,4 milhões residem na África
Subsaariana. Cerca de 1 em cada 3 adultos de Botsuana, Lesoto, Suazilândia e
Zimbábue está infectado. Estima-se que a população desses países possa ser reduzida
em 25% até 2021, como consequência da doença. Além da AIDS, a malária também é
responsável pela morte de vários habitantes – anualmente, um milhão de africanos
morrem em decorrência da doença.

Diante desse cenário, os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) das nações


que compõem a África Subsaariana são os piores do planeta, reflexo da baixa
expectativa de vida e do PIB per capita, além das altas taxas de analfabetismo e de
mortalidade infantil.

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CONCLUSÃO

Com o término e estudo de nossa pesquisa, conluimos a África é o continente


que apresenta a terceira maior extensão territorial – 30.230.000 quilômetros quadrados.
Esse continente possui uma subdivisão baseada em factores naturais e culturais.

Como a natureza, os actuais 800 milhões de habitantes da África evoluíram um


ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões. As pessoas através
do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto
número de diferentes línguas, praticam diferentes religiões, vivem em uma variedade de
tipos de habitações e se envolvem em um amplo leque de atividades econômicas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "As duas Áfricas"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/as-duas-africas.htm. Acesso em 15 de
janeiro de 2024.

Elikia M'Bokolo, "África Negra: História e Civilizações", tomo I, "Até ao século XVIII,
Lisboa: Vulgata, 2003; tomo II, "Do século XIX aos nossos dias", Lisboa: Edições
Colibri, 2007

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