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FACULDADE SANTA MARCELINA MURIAÉ

Reconhecida: Decreto Federal nº 54227 de 01/09/1964 - Recredenciada: Portaria 1.484 de 28/08/2019


Muriaé - Minas Gerais

KAYKE DOS SANTOS FERNANDES

Fichamento “Jogando a Rede,Revendo as Malhas: Fugas e Fugitivos


no Brasil Escravista” de Flávio dos Santos Gomes

Muriaé
/2023
FACULDADE SANTA MARCELINA MURIAÉ
Reconhecida: Decreto Federal nº 54227 de 01/09/1964 - Recredenciada: Portaria 1.484 de 28/08/2019
Muriaé - Minas Gerais

KAYKE DOS SANTOS FERNANDES

Fichamento “Jogando a Rede, Revendo as Malhas: Fugas e Fugitivos


no Brasil Escravista” de Flávio dos Santos Gomes

Trabalho apresentado à disciplina História do Brasil II


Reinado, do curso de História, da Faculdade Santa
Marcelina Muriaé.

Professor(a): Juliana Moura Martins da Fonseca

Muriaé
/2023
O autor começa o artigo fazendo uma breve introdução e nos transportando para a

literatura de um dos maiores escritores brasileiros Machado de Assis. Ele utiliza o conto Pai

contra Mãe deste para contextualizar o seguimento do artigo. Flavio trás o conto de machado

de Assis abordando termos que o autor utiliza na obra como “função social” que seria o

escravizado e o branco na sociedade escravocrata. Ele coloca nas palavras dele como funciona

a sociedade atual. (Pág. 3. GOMES.1996)

Ele traz questões da fuga de escravos e de como era comum, tanto que sabia que se

existisse escravidão existe evasão de escravos. Por isso a previsibilidade, senhores de

escravos buscavam métodos para recuperar os escravizados; capitães do mato e os anúncios

no jornal, que o autor tanto utiliza no seu artigo para desenhar o conhecimento. (Pág. 4.

GOMES. 1996)

Flavio desenrola o conto pai e a mãe trazendo o porquê esses escravos fugiram, de

trabalho excessivo ou maus tratos por parte dos senhores ou outras formas de garantir sua

liberdade, encontrar familiares, realizar um culto religioso etc. (Pág. 5. GOMES.1996)

Ademais, também é lido como funcionava a vida do escravizado evadido, ele tinha

diversas formas de se disfarçar na sociedade. Os anúncios que soltavam pelos jornais apenas

descreviam atributos físicos e trejeitos, além de nome e idade, porém o escravizado ciente,

poderia quase que se transformar para se manter livre dos grilhões da escravidão. (Pág. 6.

GOMES.1996)

O autor fala um pouco do contexto o qual Machado de Assis estava inserido, que situações

como aquela eram comuns no seu dia e ele aponta a importância de se contar essas histórias

que são tão realistas. (Pág.6.GOMES.1996)


Logo em seguida ele dá ênfase as fugas, deixando de analisar o conto e passando para algo

mais técnico. Trazendo ênfase para os jornais e perfis de escravizados fugidos, fazendo uma

crítica a atual historiografia que menospreza a relevância das fugas, por terem sido tantas e

sem abalo político. (Pag 6. GOMES.1996)

“De uma maneira geral, a historiografia sobre a escravidão pouco destaque


tem dado às fugas, apresentadas mais como atos repetitivos, quase
banalizados, da resistência escrava e, portanto, sem sentido político13.
Também o escravo fugido foi visto somente como alguém que, "inadaptado"
ao regime da escravidão, extenuado pela carga de trabalho e pelas condições
de vida a ele impostas (alimentação, vestuário, habitação, castigos físicos
etc.), procurava evadir-se do domínio senhorial 14. Mesmo alguns estudos
mais contemporâneos deram destaque, sobretudo, aos aspectos meramente
econômicos dos processos de fugas15. Neste caso, os significados políticos
das fugas enquanto resistência escrava se davam tão somente pela perda por
parte do senhor de seu produtor direto (o escravo) e do lucro por ele gerado.
Constituía-se assim uma visão ora simplista ora generalizadora de que, na
maioria das vezes, os cativos fugiam com o único objetivo de causar prejuízo
econômico aos seus senhores ou porque eram muito castigados.” (Pág.
8,1996, GOMES)

Ele aborda novamente o porquê de os escravizados fugirem e quais os perfis deles. (Pág. 8,
GOMES.1996)

Interessante apontar que a maioria dos fugitivos eram africanos menores de idade do sexo

masculino. (Pág. 10,GOMES.1996)

No subtítulo Procurando Fugitivos, Flavio traz informações quantitativas sobre como eram as

fugas dos escravos, em um recorte de tempo de 1810 a 1830. Com as fontes ele aponta quem

fugia, africanos, Criolo, indígenas, homens, mulheres. As idades frequentes de evadidos e sua

nacionalidade (quando se tratava de africanos escravizados). (Pág. 12 -16. GOMES. 1996)

Mas ele do grande foco dizendo que os fugidos nem sempre iam embora por conta dos

maus tratos. Ele enfatiza isso com recortes dos jornais, dizendo que os fugitivos tinham outros
motivos como reencontrar suas famílias, montar comunidades, ganhar um dinheiro a mais, já

que exerciam muitas profissões, cultos religiosos e festas. (Pág. 15. GOMES. 1996)

As fugas quase sempre eram individuais. (Pág. 15, GOMES.1996)

As estratégias dos escravos fugidos foram variadas e complexas. Mais do que fugir,

permanecer escondido, oculto, longe de senhores e capturadores era uma arte. Tudo tinha que

ser pesado e temperado. O momento certo para a fuga, as direções e caminhos a tomar, as

possíveis redes de proteção e solidariedades a serem acionadas, as precauções etc. (Pág. 17,

GOMES.1996)

O autor finaliza o trabalho explicando como eles fugiam, já sabemos o porquê e quem, agora

queremos saber como, ele diz que não tem tantas informações e utiliza de casos para ilustrar

como eles fugiam, era individual? já sabiam para onde ir? era coletivo? Ele finaliza

explicando junto aos recortes.

Referências Bibliográficas:

GOMES, Flávio. “Jogando as redes, revendo as malhas: fugas e fugitivos no Brasil

escravista”, in: Tempo, Rio de Janeiro, vol. 1, 1996, p. 02-22

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