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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO NOTA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DISCIPLINA: EXA0150 – LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MAGNETISMO
EXPERIMENTO 10: LEI DE LENZ E FARADAY
Professor(a): Roner F. da Costa Data Experimento: ____/____/____
Turma-Horário: ⃝ T03-3M34
Aluno(A): Equipe: ⃝ A ⃝B ⃝C ⃝D ⃝E

10.1 – OBJETIVOS: Estudo de correntes induzidas e transformadores utilizando os fenômenos descritos por Lenz e
Faraday.

10.2 – INTRODUÇÃO:

A lei de indução de Faraday diz que se variarmos o fluxo magnético Φ em um circuito fechado haverá uma FEM
ℰ induzida sobre o mesmo que é proporcional a taxa de variação do fluxo magnético com respeito ao tempo. Desta
forma, em termos matemáticos, a lei de Faraday pode ser escrita como a equação 10.1.

𝑑Φ𝐵 𝑑
ℰ=− ⃗ ∙ 𝑑𝐴]
= [∫ 𝐵 (10.1)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
A lei de Lenz está relacionada ao sentido da corrente induzida e diz que tal sentido é aquele que produz um fluxo de
indução magnética que se opõe à variação de fluxo magnético que lhe deu origem. Havendo diminuição do fluxo
magnético, a corrente criada gerará um campo magnético de mesmo sentido do fluxo magnético da fonte. Havendo
aumento, a corrente criada gerará um campo magnético oposto ao sentido do fluxo magnético da fonte.
Na figura 10.1, tem-se uma espira em movimento em direção ao ímã ou se afastando dele. No primeiro caso (A), a
espira está se aproximando, variando o fluxo magnético de tal forma a induzir uma corrente elétrica 𝑖0 no sentido anti-
horário. Esse sentido da corrente gera um campo induzido contrário ao campo gerado pelo ímã. Na representação de
(B), quando a espira está se afastando, a corrente elétrica induzida 𝑖0 flui no sentido horário, também gerando um
campo induzido contrário ao sentido do campo magnético do ímã. Caso o sistema esteja parado a corrente induzida
cessa.

Figura 10.1

Os transformadores consistem de duas bobinas com 𝑁1 e 𝑁2 espiras enroladas ao redor de um núcleo magnético.
Aplica-se uma tensão (𝐴𝐶) 𝑉1 na bobina primaria e obtém-se uma tensão 𝑉2 na secundária (Figura 10.2). O núcleo
magnético incrementa e concentra o fluxo magnético através das bobinas. As correntes de Foucault são reduzidas
usando lâminas do material magnético. O núcleo é fabricado com material magnético mole de alta permeabilidade
magnética para minimizar a dispersão do fluxo. Aplicando a lei de Faraday nas bobinas primaria e secundária têm-se
que:

𝑑Φ𝑃 𝑑Φ𝑆
𝑉1 = −𝑁1 (10.2) 𝑉2 = −𝑁2 (10.3)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

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Como Φ𝑃 = Φ𝑆 , já que todas as linhas de campo
magnético permanecem dentro do núcleo, então:
𝑁2
𝑉2 = 𝑉 (10.4)
𝑁1 1
Onde 𝑉2 é a tensão de saíd do transformador.
Figura 10.2

10.3 – MATERIAL UTILIZADO: • Fonte de tensão • Multímetro


• Conectores • Ímã permanente
• Bobina • Núcleo magnético

10.4 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


1 – Conecte a bobina com 𝑁 espiras ao amperímetro na escala de 2 𝑚𝐴 (𝐷𝐶). O terminal 1 deve estar conectado no
terminal COM do amperímetro. A bobina deve estar posicionada com os fios conectores para cima. Lentamente,
aproxime e afaste o ímã da bobina seguindo a linha reta do seu eixo de comprimento e observe o sinal (+) ou (−) na
leitura da corrente elétrica na tabela 10.1. Essas respostas elétricas devem ser anotadas para aproximação e
afastamento de ambos os pólos magnéticos.

Tabela 10.1
Direção do ímã Movimento Sinal da corrente

Pólo magnético 𝑁 Aproximando


(da cor vermelha) Afastando

Pólo magnético 𝑆 Aproximando


(da cor azuç) Afastando
Figura 10.3

2 – Montar o circuito da figura 10.4. Utilize as bobinas (𝑁1 e𝑁2 ) com números de espiras conhecidos e determine qual
é a bobina primária e a secundária. Calcule a tensão 𝑉𝑆 da bobina secundária quando a primária tem aplicada uma 𝑑𝑑𝑝
de 20 𝑉 (𝐴𝐶). Da mesma forma, qual seria a voltagem 𝑉𝑃 se a bobina secundária sofresse essa mesma diferença de
potencial gerada pela fonte de tensão 𝐴𝐶?

Tabela 10.2
Número de espiras

𝑁1

𝑁2
Tensão no primário Tensão no secundário

𝑉𝑃 (𝑉) 20 𝑉𝑃 (𝑉)

𝑉𝑆 (𝑉) 𝑉𝑆 (𝑉) 20

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3 – Baseado na atividade teórica anterior, usando o
mesmo circuito da figura 10.4, os bornes da bobina
primária devem ser conectados à saída de 20 𝑉 (𝐴𝐶),
localizada na parte traseira da fonte de tensão. Ligar a
chave 𝑆 (Ligar a chave 𝑺 por um intervalo de tempo menor
que 10 segundos!) e anotar o valor da tensão medida nos
bornes da bobina secundária. Analogamente meça a
tensão na bobina primária quando a mesma tensão de
20 𝑉 (𝐴𝐶) é aplicada na bobina secundária. Figura 10.4

Tabela 10.3
Número de espiras

𝑁1

𝑁2
Tensão no primário Tensão no secundário

𝑉𝑃 (𝑉) 20 𝑉𝑃 (𝑉)

𝑉𝑆 (𝑉) 𝑉𝑆 (𝑉) 20

4 – Comparar os valores teóricos com os experimentais das atividades anteriores. Se há alguma diferença mencionar
quais poderiam ser as causas.

5 – Caso a tensão utilizada na primária fosse contínua (não alternada), qual seria a tensão obtida na secundária? Utilizar
a equação 10.1 para justificar sua resposta.

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6 – Se retirarmos a barra reta do núcleo magnético e aplicarmos uma tensão de 20 𝑉 (𝐴𝐶) na bobina primária, a tensão
na secundária será maior, menor ou igual ao valor obtido na atividade do item 3?

7 – Uma bobina quadrada de lado 18 𝑐𝑚 tem 200 espiras e resistência de 4,0 Ω. Aplica-se um campo magnético
uniforme e perpendicular ao plano da bobina. O campo varia linearmente desde 0 até 0,5 𝑇 em 0,8 𝑠. Quais são os
valores da FEM e da corrente induzidas na bobina? OBS: 1 𝑉𝑜𝑙𝑡 = 1 𝑇 ∙ 𝑚2 /𝑠.

10.5 – CONCLUSÕES:

Sugestão: A conclusão deve possuir comentários sobre os resultados experimentais, possíveis erros e como proceder para minimizá-los.

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