Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cautília
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Uma das literaturas em sânscrito mais antigas a identificar Chanaquia explicitamente com
Vixenugupta foi o Panchatantra de Vixenuxarma. Entretanto, K. C. Ojha considera que a
identificação tradição de Vixenugupta com Cautília foi causada por uma confusão entre o editor do
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cautília 1/6
28/01/2024, 16:45 Cautília – Wikipédia, a enciclopédia livre
texto e seu autor. Segundo ele, Vixenugupta foi o redator do trabalho original de Cautília.[8]
Thomas Burrow vai ainda mais longe e sugere que Chanaquia e Cautília podem ter sido pessoas
distintas.[9]
Cautília nasceu em uma família brâmane. Seu local de nascimento é controverso, e há múltiplas
teorias sobre sua origem. De acordo com o texto budista Mahavamsa Tika, sua terra natal foi
Taxila. As escrituras jainas, tais como Adbidana Chintamani, mencionam-o como um Dramila,
implicando que ele foi um nativo da Índia do Sul.[10][11] De acordo com o escritor jaina
Hemachandra do Parishishtaparva, Cautília nasceu na vila de Canaka, na região de Gola, e era
filho do brâmane Canin e sua esposa Canesvari.[12] Outras fontes mencionam seu pai como Chanak
e afirmam que o nome "Chanaquia" deriva de "Chanak".[6] De acordo com outras fontes,
Chanaquia foi um brâmane de Pataliputra (atual Patna), no norte da Índia.[13]
Carreira de Pataliputra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cautília 2/6
28/01/2024, 16:45 Cautília – Wikipédia, a enciclopédia livre
De modo a assegurar a vitória deles, Cautília restruturou a estratégia de ataque: tropas foram
deixadas nas regiões controladas para evitar futuras rebeliões; Chandragupta assinou um pacto
com Parvataca (por vezes identificado com o rei Poro[16]) que juntou-se, com seu irmão Vairochaca
e filho Malaia Cetu, ao exército rebelde; espiões foram enviados para território inimigo para coletar
informações, principalmente do ministro Amátia Raxasa. Embora não se saiba o desenrolar dos
conflitos subsequentes, as fontes afirmam que a revolta foi bem sucedida, com o rei e toda sua
linhagem sendo assassinados.[15]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cautília 3/6
28/01/2024, 16:45 Cautília – Wikipédia, a enciclopédia livre
Quando Bindusara tornou-se jovem, Chandragupta desistiu de seu trono e seguiu o santo jaina
Badrabau para o atual Carnataca e assentou-se num lugar chamado Sravana Belagola. Pela mesma
época Cautília converteu-se ao jainismo.[21][22][23] Ele continuou como primeiro ministro durante
o reinado de Bindusara (r. 298/297–272/268 a.C.) e de acordo com o estudioso tibetano Taranata,
Cautília ajudou o rei a "destruir os nobres e reis de 16 reinos e assim tornar-se o mestre absoluto
do território entre os oceanos oriental e ocidental."[24]
Morte
De acordo com uma lenda, Cautília retirou-se para uma floresta e privou-se de alimentos até
morrer.[25] De acordo com outra lenda mencionada por Hemachandra, ele morreu como resultado
de uma conspiração de Subandu, um dos ministros de Bindusara. Subandu, que não gostava dele,
contou para Bindusara que Cautília foi responsável pela morte de sua mãe. O rei perguntou para as
enfermeiras, que confirmaram a história de seu nascimento. Bindusara ficou horrorizado e
enfurecido. Quando Cautília, que era um homem velho à época, soube da fúria do rei, ele decidiu
acabar com sua vida. Doou toda sua riqueza para os pobres, viúvas e órfãos e sentou-se num monte
de estrume onde preparou-se para morrer de total abstinência de comida e bebida. Pela época, o
rei descobriu a história inteira e pediu para Subandu convencer Cautília de desistir de seu plano de
matar-se. Subandu, contudo, queimou Cautília vivo durante uma suposta cerimônia dedicada a
ele.[13][26]
Obras
A ele são atribuídos a autoria de três livros que foram perdidos próximo ao fim do Império Gupta e
redescobertos em 1915.[14][27] O primeiro, Chanayka Niti, consiste na compilação de seus nitis
(políticas). O segundo, Nitixastra, é um tratado sobre o estilo de vida ideal que mostra-o em
estudo aprofundado do estilo de vida indiano. O terceiro, Artaxastra ("a ciência do ganho
material"),[13] é uma compilação de quase tudo que havia sido escrito até o momento na Índia a
respeito do artha (propriedade, economia ou sucesso material).[28] O Artaxastra foi utilizada para
guiar Chandragupta em seu reinado. Cada uma das 15 seções da obra lidam com uma fase do
governo, que Cautília resume como "a ciência da punição". Ele abertamente aconselha o
desenvolvimento de um elaborado sistema de espionagem que alcançasse todos os níveis da
sociedade e encorajou o assassinato político e secreto.[14] Na obra também são tratados assuntos
como políticas fiscais e monetárias, bem-estar, relações internacionais e estratégias de guerra.[13]
Legado
"O livro de Cautília é mais que apenas uma
Cautília é considerado como um pioneiro do campo
maximização do poder ou dominação
da economia e ciência política e seu trabalho é interna de um Estado. Ele tem um senso
pensado como um importante precursor da economia quase moderno do propósito maior do
clássica.[27][30][31][32] Segundo os historiadores, foi Estado e dos limites de poder [...] [O
Artaxastra é] um manual sério sobre
graças ao trabalho de Cautília que o Império Máuria estatismo, sobre como administrar um
sob Chandragupta Máuria (r. 321–297 a.C.) e Asoca Estado, informado para um objetivo maior,
(r. 272/268–238 a.C.) tornou-se um modelo de claro e preciso em suas prescrições, o
resultado da experiência prática da gestão
governo eficiente.[14] Sua perspicácia e amplo de um Estado. Não é apenas um texto
conhecimento ligado a políticas de conveniência normativo, mas uma descrição realista da
ajudaram a fundar e manter o poderoso Império arte de administrar um Estado."
Máuria da Índia. Por vezes foi comparado tanto com Shivshankar Menon[29]
Maquiavel[13] como com Platão e Aristóteles.[14]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cautília 4/6
28/01/2024, 16:45 Cautília – Wikipédia, a enciclopédia livre
Referências
1. Pissurlencar 1925, p. 152.
2. Pissurlencar 1922, p. 93.
3. Subramanian 1980, p. 1.
4. Agarwal 2008, p. 17.
5. Kautilya's Arthashastra: Book V, "The Conduct of Courtiers" (http://www.columbia.edu/itc/meala
c/pritchett/00litlinks/kautilya/book05.htm)
6. Trautmann 1971, p. 10.
7. Trautmann 1971, p. 5.
8. Mabbett 1964.
9. Trautmann 1971, p. 67.
10. Kapoor 2002, p. 1372.
11. Iyengar 1929, p. 326.
12. Granoff 1993, p. 189-190.
13. «Chanakya The Legend» (http://www.cnlu.ac.in/index.php?option=com_content&view=article&i
d=52) (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2014
14. «Kautilya» (http://www.britannica.com/EBchecked/topic/313486/Kautilya) (em inglês).
Consultado em 12 de julho de 2014
15. «Chanakya Niti» (http://www.hinduism.co.za/chanakya.htm#Chanakya-Historical%20Backgrou
nd) (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2014
16. Varadpande 2005, p. 227-230.
17. «Chandragupta» (http://global.britannica.com/EBchecked/topic/92482/Chandragupta) (em
inglês). Consultado em 12 de julho de 2014
18. «SRI CHANAKYA NITI-SASTRA - THE POLITICAL ETHICS OF CHANAKYA PANDIT» (http://p
hilosophy.ru/library/asiatica/indica/authors/kautilya/canakya_niti_sastra.html) (em inglês).
Consultado em 13 de julho de 2014
19. Geiger 1908, p. 40.
20. Srinivasachariar 1989, p. 550.
21. Glasenapp 1999, p. 42.
22. Shah 2004, p. 60.
23. Padhy 2001, p. 33.
24. Daniélou 2003, p. 109.
25. Journal of Indian History, Volumes 26-27. [S.l.]: Universidade de Querala. 1949. p. 211
26. Vittachi 2007, p. 87.
27. Waldauer 1996.
28. Sugandhi 2008, p. 88-89.
29. «India needs to develop its own doctrine for strategic autonomy: NSA» (http://articles.economic
times.indiatimes.com/2012-10-18/news/34555557_1_strategic-autonomy-shiv-shankar-menon-i
ndia-today) (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2014
30. Jha 1998.
31. Sihag 2007.
32. Tisdell 2003.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cautília 5/6
28/01/2024, 16:45 Cautília – Wikipédia, a enciclopédia livre
Bibliografia
Agarwal, S. K. (2008). Towards Improving [S.l.]: Livraria Coelho-Editora
Governance. [S.l.]: Academic Foundation. Pissurlencar, Panduranga (1925). Aspectos
ISBN 978-81-7188-666-1 da civilizacão da India antiga. [S.l.]: Livraria
Daniélou, Alain (2003). A Brief History of Coelho
India. [S.l.]: Inner Traditions / Bear & Co. Shah, Natubhai (2004). Jainism: The World
ISBN 1594777942 of Conquerors. [S.l.]: Motilal Banarsidass
Geiger, Wilhelm (1908). The Dīpavaṃsa and Publishe. ISBN 978-81-208-1938-2
Mahāvaṃsa and their historical development Sihag, B. S. (2007). «Kauṭilya on institutions,
in Ceylon. Ceilão: H. C. Cottle, Government governance, knowledge, ethics and
Printer prosperity». Humanomics. 23: 5–28
Glasenapp, Helmuth von (1999). Jainism: An Srinivasachariar, M. (1989). History of
Indian Religion of Salvation. [S.l.]: Motilal classical Sanskrit literature. [S.l.]: Motilal
Banarsidass Publ. ISBN 978-81-208-1376-2 Banarsidass. ISBN 978-81-208-0284-1
Granoff, P. E. (1993). The Clever Adulteress Subramanian, V. K. (1980). Maxims of
and Other Stories: A Treasury of Jaina Chanakya: Kautilya. [S.l.]: Abhinav
Literature. [S.l.]: Motilal Banarsidass Publ. Publications. ISBN 978-0-8364-0616-0
ISBN 978-81-208-1150-8 Sugandhi, Namita Sanjay (2008). Between
Holler, Manfred J. (2010). Letter to the the Patterns of History: Rethinking Mauryan
Queen. [S.l.]: BoD – Books on Demand. Imperial Interaction in the Southern Deccan.
ISBN 3892650748 [S.l.]: ProQuest. ISBN 978-0-549-74441-2
Iyengar, P. T. Srinivasa (1929). History of the Tisdell, C. «A Western perspective of
Tamils from the Earliest Times to the Present Kauṭilya's Arthasastra: does it provide a
Day. [S.l.: s.n.] basis for economic science?». Brisbane:
Kapoor, Subodh (2002). The Indian School of Economics, The University of
Encyclopaedia. [S.l.: s.n.] ISBN 978-81- Queensland. Economic Theory, Applications
7755-257-7 and Issues Working Paper (18): 1-13
Jha, L. K.; K. N. Jha. «Chanakya: the Trautmann, Thomas R. (1971). Kautilya and
pioneer economist of the world». the Arthaśhāstra: A Statistical Investigation
International Journal of Social Economics. of the Authorship and Evolution of the Text.
25 (2-4): 267-282 Leida: E.J. Brill
Mabbett, I. W. (1964). «The Date of the Varadpande, Manohar Laxman (2005).
Arthaśhāstra». Journal of the American History of Indian Theatre. [S.l.]: Abhinav
Oriental Society. 84 (2): 162–169. Publications. ISBN 978-81-7017-430-1
ISSN 0003-0279 (https://www.worldcat.org/is Vittachi, Nury (2007). The Kama Sutra of
sn/0003-0279). doi:10.2307/597102 (https:// Business: Management Principles From
dx.doi.org/10.2307%2F597102) Indian Classics. [S.l.]: Wiley India Pvt.
Padhy, K. S. (2004). Indian Political Thought. Limited. ISBN 978-81-265-1454-0
[S.l.]: PHI Learning Pvt. Ltd. ISBN 978-81- Waldauer, C.; Zahka, W.J. and Pal, S.
203-4305-4 «Kauṭilya's Arthashastra: A neglected
Pissurlencar, Pandurang Sakharam (1922). precursor to classical economics». Indian
Xivaji Maharaja com sangue português?!. Economic Review. XXXI (1): 101-108
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cautília&oldid=67152284"
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cautília 6/6