Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BANCA EXAMINADORA
ORIENTADOR
1º EXAMINADOR
2º EXAMINADOR
Dedico esta conquista aos meus pais e esposa
pelo o incentivo e paciência. Vocês foram
fundamentais nesta caminhada.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO................................................................................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................47
REFERÊNCIAS...................................................................................................49
11
1 INTRODUÇÃO
disciplina mais elevada. Ele argumentava que para alcançar esses objetos
matemáticos, era necessário o uso do intelecto, não dos sentidos. Enquanto os
sentidos nos ajudavam a entender as coisas imperfeitas da natureza, era
através da inteligência que podíamos alcançar as entidades matemáticas
perfeitas. Assim, Platão valorizava o raciocínio sobre a percepção sensorial
para compreender (Figura 08) e acessar esses conceitos matemáticos mais
elevados (Meneghetti, 2010).
Ainda nesse contexto, Roque (2009, p. 139), diz que Platão ampliou
a ideia dos eleatas de que o pensamento deve transcender a percepção
sensível. Platão defendia que, através da inteligência e do raciocínio, era
possível acessar conhecimentos mais profundos, especialmente no domínio
das matemáticas. Ele via as disciplinas matemáticas como ferramentas que
ajudam a desenvolver a capacidade de abstração, permitindo que os indivíduos
alcancem os objetos matemáticos em um domínio além do mundo sensível.
Platão considerava o conhecimento matemático como fundamental para uma
educação completa, pois acreditava que isso proporcionaria um entendimento
mais profundo e universal de todas as coisas. Sua filosofia influenciou a
importância atribuída à matemática na educação e contribuiu para a
compreensão de que o pensamento abstrato e a inteligência desempenham
papéis cruciais na busca do conhecimento. Segundo Saito (2015, p. 44):
23
conhecimento das coisas, com destaque para a visão, que possui o poder de
discriminar e revelar diferenças (Hessen, 2003).
Ao indicar a existência de um conhecimento com origem perceptiva,
Aristóteles inicia o desenvolvimento de sua concepção de experiência,
conforme observado por Tiro (2002). Essa experiência emerge das sensações
geradas pelo contato do sensível com o sensitivo, que é o detentor de órgãos
sensoriais. São essas sensações que, como princípio de certo conhecimento,
nos conduzem à noção de experiência.
Apesar de Aristóteles não fazer referência direta às percepções
sensoriais (Figura 11) ao introduzir esse conceito, parece implícito que a
aquisição de conhecimento pela experiência é de natureza empírica, sendo
valorizada tanto pelo seu utilitarismo quanto pela sua valia intrínseca para
aqueles que desejam conhecer.
Figura 11 - Percepções sensoriais humanas
Esse cenário reflete uma mudança no status relativo dessas duas tradições
lógicas ao longo do tempo.
De acordo com Garcia (1988), a posição histórica única da lógica
aristotélica nem sempre contribuiu para uma compreensão apropriada de suas
obras. Kant acreditava que Aristóteles havia descoberto tudo o que poderia ser
conhecido em lógica, e Prantl, historiador da lógica, sugeriu que qualquer
pessoa que apresentasse algo novo em lógica após Aristóteles estaria confusa,
seria estúpida ou perversa. Durante a ascensão da lógica formal
contemporânea, com o advento de Frege e Peirce, os adeptos da Lógica
Tradicional (vistos como descendentes da Lógica Aristotélica) e da nova Lógica
Matemática muitas vezes se viam como rivais, com noções de lógica
consideradas incompatíveis.
No entanto, estudiosos mais recentes têm aplicado técnicas da
Lógica Matemática às teorias de Aristóteles, revelando, na opinião de muitos,
uma série de similaridades de abordagens e interesses entre Aristóteles e os
lógicos contemporâneos. Isso destaca uma mudança na percepção das
relações entre a lógica aristotélica e as abordagens lógicas mais modernas.
Assim, seja por redução (divisão), seja por adição, o infinito existe
apenas potencialmente. Contudo, findo em algum momento arbitrário
o processo de adição ou de divisão, o que se obtém, de fato, como
objeto atualizado por esse processo, é sempre uma magnitude finita,
nunca infinita. Isto é, seja in concreto, seja in abstrato, o infinito atual
não existe para Aristóteles (Santos, 2008, p. 62).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FINE, G. “One over many”. In: The Philosophical Review, v.89, n.2, 1980,
p.197.
GAY, Peter. The Enlightenment: The Rise of Modern Paganism. New York:
W.W. Norton & Company, 1995.
RUCKER, R. Infinity and the mind: the science and philosophy of the
infinite. Princeton: Princeton University Press, 2005.