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A área de estudo fica localizada na regional Barreiro, que está inserida no município de Belo
Horizonte. Faz fronteira com a regional Oeste da cidade, e com os municípios de Contagem,
Ibirité, Brumadinho e Nova Lima. O Barreiro possui 54 bairros e 18 vilas que abrigam cerca de
300 mil habitantes em uma extensão territorial de 53km².
A regional possui muitas áreas desocupadas que atraem novos moradores e empresas, impulsionando o crescimento local. Dessa
maneira, a regional tornou-se um polo que integra Belo Horizonte a municípios vizinhos e tem grande potencial de desenvolvimento.
Atualmente possui certa autonomia em relação ao centro tradicional, tanto no setor de serviços como na vida sócio-cultural,
exercendo papel de centro regional. A principal característica da região são as indústrias, que se instalaram na região
principalmente no século XX.
O plano de Reestruturação Urbana por meio do DOT propõe estratégias de atuação que integram o desenho urbano e o planejamento de
transportes e mobilidade podendo ser concretizadas por meio de políticas públicas ou de projetos urbanísticos.
A mobilidade urbana é discutida principalmente entre três temas, a priorização dos transportes coletivos, integração
metropolitana e redução dos deslocamentos pelo desenvolvimento de centralidades. A regional Barreiro é bastante consolidada, e
isso faz com que a maior parte da sua população não tenha relações cotidianas com o entorno, mesmo que ainda precisem se
locomover principalmente por conta de trabalho.
Neste sentido, propõe-se a implementação de estratégias e intervenções para tornar as áreas urbanas mais conectadas,
potencializando a proximidade entre as oportunidades de transporte, trabalho e moradia, além de outras essenciais à vida
cotidiana (educação, saúde, comércio, serviços e lazer, por exemplo).
Foram elaboradas propostas que colaboram estritamente para o crescimento econômico, social e sustentável da região, qualificando
a área urbana. Os princípios abordados para a proposta são:
Compactar a área urbanizada para encurtar as distâncias
Adensar a ocupação territorial e, de forma correspondente à capacidade do transporte coletivo
Misturar os usos do solo para estimular a diversidade demográfica e de renda
Mudar a prioridade de distribuição do espaço viário
Integrar as diversas regiões por sistemas de transporte coletivo de qualidade
Criar bairros que estimulem a caminhada AÇÃ O
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Priorizar redes de mobilidade por bicicleta LI
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Criação de parques e praças
Revitalização das praças e quadras existentes
Ampliação da conexão verde proposta 3
Curso d'agua existente
Implantação de rede cicloviária
Implantação de estação e linha prioritária de metrô e ônibus
1
Implantação de via local
Implantação de via mista
Implantação de via exclusiva para pedestre
Curso d'agua existente
Previsão de rua de pedestres
Centralidade
Implantação e revitalização de pontos de ônibus
2
1 Regularização fundiária + permissão de uso misto 4
2 Áreas de desapropriação
3 Reparcelamento do solo
A área de estudo é basicamente residencial e industrial, possuindo poucas áreas de concentração de comércio, fazendo
com que a oferta de emprego seja menor e faz com que o deslocamento para outros lugares da cidade para trabalhar seja
maior. Além disso, uma forte característica é a presença de grandes áreas de ocupações irregulares e não aprovadas.
Ademais, não se percebe na área a presença de equipamentos de uso público como praças, serviços de saúde, escolas. Os espaços
existentes encontram-se com baixo estado de conservação e possuem pouca infraestrutura e, por isso, tendem a ser pouco utilizados
pela população.
O zoneamento é o que define as atividades que podem ser praticadas em cada rua da cidade, é o que determina como vai se
desenvolver aquela região e que tipo de atividade estariam presentes naquela área. Neste sentido, percebe-se que no zoneamento
atual existem muitas áreas que poderiam ter um uso diferente e voltado para o público, além de serem áreas com potencial para
serem adensadas ou promoverem um centralidade local mais ativa. Neste sentido, as principais propostas para tratar essas questões
são:
Mudança no zoneamento: é uma proposta que tem como objetivo ampliar o adensamento
AEIS 1
da área, criando novas oportunidades de comércios e serviços, ampliando os
AEIS 2
AGEE equipamentos de uso coletivo e áreas voltadas para a população.
AGEUC Aprovação de lotes: áreas ocupadas irregularmente, que não estão em áreas de
ZEIS 1 Preservação Permanente podem ser aprovadas e regularizadas.
PA 1
PA 3
Desapropriar áreas ocupadas de Preservação Permanente: as áreas próximas ao curso
OM 2 d’água não podem ser regularizadas e, portanto, devem ser desapropriadas. Além
disso, haverá desapropriação de algumas casas para melhoria da malha viária.
Criação de conjuntos habitacionais: para abrigar e realocar as famílias que forem
desapropriadas de suas casas e para promover o adensamento da região.
Incentivar a produção de edificações de uso misto: A integração de atividades
complementares (residenciais e não residenciais) no território, combinada à oferta
de transporte sustentável, aumenta a acessibilidade das oportunidades urbanas.
Reparcelamento do solo: pela desapropriação de áreas e lotes, deve-se repensar o
parcelamento do solo, com o objetivo de reorganizar o espaço público e melhorar a
caminhabilidade dos transeuntes que utilizam a região
Criação de equipamentos de uso público: implantação de centros de saúde, escolas e
equipamentos culturais que são quase inexistentes dentro da região
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Previsão de rua de pedestres
Centralidade
1 Regularização fundiária + permissão de uso misto
2 Áreas de desapropriação 2
3 Reparcelamento do solo 4
Os principais cursos d’água que se encontram na área de estudo estão, em sua maior parte, preservados em leito
natural, porém não possuem tratamento adequado. Além disso, a maior parte de suas margens estão ocupadas por moradias
irregulares, mesmo sendo áreas de Preservação Permanente.
Outro fator importante a ser destacado é a ausência de praças e espaços verdes de uso público. As áreas verdes existentes estão
distribuídas de forma fragmentada e não articulada, formando espécie de “ilhas”, comprometendo a integração e a qualidade
ambiental da região. Para superar estas questões, o plano prevê as seguintes intervenções:
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Na área de estudo, a oferta de transporte coletivo é razoavelmente boa, possuindo pontos de ônibus distribuídos nas
áreas mais adensadas, porém próximo às áreas de ocupações não existe esse serviço. Apesar disso, é uma região que se
encontra bem afastada da estação Diamante e de áreas comerciais e de serviços mais consolidadas, fazendo com que as
viagens de ônibus sejam mais demoradas.
Além disso, vemos que há uma linha de trem que está subutilizada, não há projetos para implantação de linhas de metrô na área e há
uma grande deficiência de rotas cicloviárias e ciclovias. A junção desses fatores faz com que o morador seja obrigado a utilizar
mais o automóvel e fazer longas viagens com o transporte coletivo. Para superar os desafios relatados e para promover a melhoria
do transporte coletivo e da mobilidade ativa, a proposta de reestruturação urbana prevê as seguintes medidas
LOCAL
Criação de uma linha de metrô e de faixa exclusiva para ônibus na linha férrea: a
COLETORA intervenção será feita com o objetivo de diminuir o tempo de deslocamento e para
FERROVIA concentrar as principais formas de locomoção em um único espaço (via arterial)
PONTO DE ONIBUS
Implementação de uma linha de ônibus direta para a área central do Barreiro e de
Belo Horizonte: apesar de estar próximo de uma região consolidada, muitas pessoas
ainda tem a necessidade de estarem nessas áreas da cidade, então isso facilitaria o
acesso e diminuiria o tempo de transporte
Criação de uma subestação de transporte coletivo (ônibus e metrô): tem como
objetivo a concentração de serviço e de fluxo de pessoas, para criar um no local um
nó e ampliar o uso da região
Aumento da rede cicloviária: criação e ampliação do incentivo do uso desse meio de
transporte, como sendo um meio mais rápido e sustentável de locomoção (via
arterial)
Repensar a malha viária para a melhoria da qualidade do caminhar: para que os
deslocamentos de pedestres e ciclistas sejam facilmente realizados, é necessário
que os quarteirões não sejam muito grandes e que estejam conectados com as vias
principais
Melhorar a distribuição de pontos de ônibus: para que todos os moradores, de todas
as áreas e bairros tenham acesso adequado ao serviço de transporte coletivo
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