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Rio de Janeiro
2020
FLÁVIO ALTOÉ FRANCO
LÍVIA RAMOS DE ALMEIDA
Rio de Janeiro
2020
Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Presidente da FIRJAN
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira
Diretora de Educação
Regina Helena Malta Nascimento
Coordenador do Curso
Fábio de Oliveira Braga
Bibliografia: f. 63 - 64.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Fábio de Oliveira Braga, D.Sc.
Faculdade SENAI Rio
AGRADECIMENTOS
This final term paper will present the probable mechanism responsible for the
fracture of journals of continuous casting machine medium rolls which had been
previously restored by welding. In order to minimize or mitigate the undesirable
effects of this failure in service, caused by fragile Heat Affected Zone (HAZ), the
efficiency of the Phased Array Ultrasonic test as a method of detecting discontinuities
in the sections of the journal was verified. The medium rolls were then inspected
during maintenance checks on the segment. A welding procedure to recover the
disapproved journal was prepared according to the American Society of Mechanical
Engineers (ASME), to remove the old weld and apply a new one which would yield
adequate toughness and ductility in the HAZ. Hardness profiles were measured on
the weld, HAZ and base metal to qualify the procedure.
Figura 12 - Fibramento mecânico das peças para fabricação dos rolos livres...... 30
Figura 17 - Posicionador........................................................................................ 38
Figura 34 - Macrografia.......................................................................................... 51
Al – Alumínio
ASME – The American Society of Mechanical Engineers
CE – Carbono Equivalente
Co – Cobalto
Cr – Cromo
Cu – Cobre
END – Ensaio Não Destrutivo
EPS – Especificação de Procedimento de Soldagem
ER – Eletrodo Revestido
ESAB – Elektriska Svetsnings Aktie Bolaget
FBTS – Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem
GMAW – Gas Metal ArcWelding
HV – Vickers Hardness
LTQ – Laminador de Tiras a Quente
MAG – Metal Active Gas
MIG – Metal Inert Gas
MLC – Máquina de Lingotamento Contínuo
Mn – Manganês
Mo – Molibdênio
MPa – Mega Pascal
Ni – Níquel
P – Fósforo
RQPS – Registro da Qualificação do Procedimento de Soldagem
S – Enxofre
Si – Silício
Ti – Titânio
V – Vanádio
ZTA – Zona Termicamente Afetada
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 16
4 RESULTADOS....................................................................................................... 40
4.1 ANÁLISE DE FALHA ........................................................................................... 40
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 62
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 63
14
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
2 DESENVOLVIMENTO
2.2 SOLDAGEM
A soldagem é uma técnica que está presente nas indústrias tanto no setor de
fabricação como no de manutenção/reparo. Enquanto na produção a preocupação é
com a qualidade da junta, na manutenção a preocupação é com as
descontinuidades internas e externas provenientes do ciclo de trabalho e como
corrigi-las sem alterar as propriedades do material de base. Além disso, soldagem
de produção se conhece o material de base, as juntas se encontram na posição
mais adequada para o processo, há disponibilidade dos equipamentos e materiais
corretos para uso, os testes são realizados em ambientes próprios e com
parâmetros estabelecidos. Ou seja, esse tipo de soldagem é realizado em condições
favoráveis. Já a soldagem de manutenção, utilizada para reparar um dano causado
à uma peça ou equipamento, tem o objetivo de aumentar a vida útil de um
componente sem a necessidade de troca, ou, no caso de troca, efetuar a soldagem
no menor tempo possível para minimizar as perdas com a parada do equipamento.
Porém, na soldagem de manutenção, muitas vezes não se sabe ao certo a
identificação do material de base (devido ao desgaste proveniente do ciclo de
trabalho), o acesso à área a ser soldada é limitado, não há o equipamento adequado
disponível (sendo necessárias adaptações para executar o serviço) e os
21
Aço é uma liga metálica com dois elementos principais na sua composição,
que é o ferro e o carbono, com o carbono variando entre 0,008% e 2,11%. Segundo
Chiaverini (1986), são muitos os tipos de aços existentes, mas em uma classificação
29
baseada em seu emprego, podem ser divididos em: aços para fundição, aços
estruturais, aços para chapas, aços para tubos, aços para arames e fios, aços para
molas, aços de usinagem fácil, aços para cementação e nitretação, e aços para fins
especiais.
Cada tipo de aço possui uma característica, que é obtida através da
introdução de elementos de liga na sua composição química. Os elementos de liga
têm diversas funções, como: alterar as propriedades mecânicas, aumentar a dureza,
aumentar a resistência à corrosão, à fluência e à oxidação, e etc.
Na Figura 11 a seguir é mostrado o efeito de alguns elementos de liga na
dureza da ferrita.
Figura 12 - Fibramento mecânico das peças para fabricação dos rolos livres
Segundo LINCOLN (2015), a maioria dos aços podem ser soldados, mas as
juntas não podem ser produzidas satisfatoriamente em todos os graus com a mesma
facilidade. Um metal é considerado de boa soldabilidade se pode ser soldado sem
muita dificuldade, ou necessidade de procedimento especial e custoso, ou a junta
soldada ser similar ao metal base em todos os aspectos necessários.
Soldabilidade varia com o grau do aço, sua composição química, e
propriedades mecânicas, e quando a união for um fator importante na fixação das
peças de aço, a solda deve receber a devida atenção na especificação e aquisição
dos materiais. Para aços, soldabilidade tem relação inversa com a temperabilidade e
máxima dureza atingível. Um aço tendo alta temperabilidade e dureza tem baixa
soldabilidade e tendência de trincar quando soldado.
31
𝑀𝑛 Cr + Mo + V Ni + Cu
CE = (𝐶 + + + ) (%)
6 5 15
Adições de elementos de liga ao aço, tais como Mn, Cr e Mo, tornam lenta a
transformação da austenita no resfriamento, facilitando a formação de martensita em
baixas temperaturas (371-149ºC). Aços transformando mais lentamente no
resfriamento tem maior temperabilidade.
Para prevenir trincas na solda de um aço temperável, as taxas de
resfriamento da solda e zona termicamente afetada (ZTA) devem ser baixas o
suficiente para permitir a transformação completa antes que alcance a temperatura
de início de formação da martensita. Taxa de resfriamento pode ser retardada pela
utilização de pré-aquecimento, pelo controle do aporte térmico ou pela combinação
dos dois.
2.5 TEMPERABILIDADE
Figura 13 - Método Jominy (a) durante a têmpera e (b) na medição de dureza ao longo do
chanfro feito na barra temperada
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
C Si Mn P≤ S≤ Cr Ni
Mo Al Cu N≤ Ti V Co
3.2 EQUIPAMENTOS
Figura 17 - Posicionador
4 RESULTADOS
Com o perfil cortado foi observado que o munhão já havia sido recuperado
por solda anteriormente como mostram as Figuras 25 e 26.
Superfície de
Fratura
Fratura
Região de
iniciação da
fratura
A inspeção com essa técnica tem sido realizada em lotes de rolos durante
manutenção de segmento e tem minimizado esse tipo de falha em serviço.
Figura 34 - Macrografia
Seção B Seção D
Seção A Seção C
Conversão de Dureza
A B C D
Ponto
HRB HV HRB HV HRB HV HRB HV
1 89,9 188 90,1 193 96,1 227 95,8 225
Solda 2 89,4 190 90,1 193 95,3 223 95,2 222
3 93 208 93,2 209 102,3 270 101,8 267
4 97,8 238 99,3 249 99,1 247 100,4 254
5 109,6 368 108,2 343 108,4 349 107,8 334
ZTA 6 107,8 334 107,6 331 101,2 262 105,8 307
7 93,3 210 93,5 211 92,4 204 94,2 216
Metal 8 94,5 218 94,5 218 93,8 213 93 208
9 93,8 213 94 214 93,8 213 93,9 213
base 10 93,5 211 93,5 211 93,7 211 94,4 217
Seção 1 – Análise
de dureza Vickers
Seção 2 – Análise
de dureza Vickers
A análise de falha identificou como causa das fraturas do munhão dos rolos
de lingotamento contínuo, a presença de uma Zona Termicamente Afetada (ZTA)
frágil, com dureza acima de 350HV, proveniente de recuperação anterior.
Foi utilizado um método de inspeção não-destrutivo, a técnica de Ultrassom
Phased Array, para detectar descontinuidades nas regiões dos munhões dos rolos
em manutenção, minimizando a ocorrência de fratura em serviço.
Na qualificação de um procedimento de soldagem para recuperação do
munhão do rolo que não apresentasse ZTA frágil, foi realizado teste com arame
ER80S-B2. O corpo de prova apresentou dureza máxima de 368HV na ZTA, isto é,
pouco acima do limite permitido de 350HV.
Buscando valores de dureza abaixo de 350HV, foram realizados novos testes
com o arame ER110S-1, que apresentaram resultados insatisfatórios com durezas
na ZTA variando de 400 – 450HV. Diante desses altos valores de dureza, foi
calculado o Carbono Equivalente e a temperatura de pré-aquecimento do metal
61
base, e novos testes foram realizados, agora com o arame ER70S-6. Foi obtido
valor de dureza na ZTA máxima de 332HV e, portanto, o resultado foi satisfatório.
62
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CALLISTER JR., William D. Materials science and engineering. 7. ed., Salt Lake
City, Utah, 2007.
Faculdade SENAI RIO. Soldagem MIG/MAG. Adaptado por Fábio Braga. Rio de
Janeiro, 2018.
LOSS, Paulo [et al]. Lingotamento contínuo: visão geral do controle e automação
do processo. Vitória (ES):Instituto Federal do Espírito Santo, 2012.
MACHADO, Ivan Guerra. Soldagem & técnicas conexas: processos. Porto Alegre:
Ivan Guerra Machado,1996.