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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

ACADÊMICA: GLORIA DE LOURDES SILVA DE OLIVEIRA MELO

RESUMO
IDENTIFICAÇÃO E EXPLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) está assegurado na Carta Magna da República


Federativa do Brasil de 1988. A saúde é, no Art. 196, da CF 88, garantida como direito de todos
e dever do estado. Há definição de que suas ações serão regulamentadas, fiscalizadas e
controladas por disposição do Poder Público. Entretanto, será descentralizada, buscará o
atendimento integral e se fará com a participação da sociedade.
Nesse cenário, a lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, conhecida como a Lei do SUS,
dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes à política de saúde no país, estabelecendo em
seu Art. 5º, os objetivos do SUS, quais sejam:

a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; a


formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e
social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; e a assistência às pessoas
por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.

Em face disso, o Sistema Único de Saúde vislumbra atender desde sua porta de entrada, das
unidades básicas de saúde aos atendimentos hospitalares de emergência, com enfoque, desse
modo, nas ações de profilaxia às ações curativas e de reabilitação. É um ideário constitucional.
Para tanto, a Constituição Federal de 1988 e a Lei do SUS apresentam princípios
doutrinários e princípios organizativos importantes à organização e à implementação da política
de saúde do país, apontando-as como instrumentos fundantes para promoção da saúde.
Os princípios doutrinários são três: universalidade, integralidade e equidade. O princípio
da universidade corresponde que o acesso ao Sistema de Saúde é direito de todos. O princípio
da integralidade refere-se ao cuidado que excede o cunho fisiológico e abrange também a
dimensão preventiva, curativa, reabilitativa, atendendo a todas as dimensões de saúde do
sujeito. O princípio da equidade, refere-se ao tratamento dos sujeitos a partir das suas
necessidades, levando-se em conta suas diferenças e especificidades.
Quanto aos princípios organizativos esses são: a Descentralização do SUS e o Comando
único, por meio dos quais intenta-se uma descentralização política e administrativa. Parte desde
o Ministério da Saúde e de outros entes que no âmbito de sua competências em instâncias
diferentes, buscam alcançar toda a população, sendo, inclusiva; a Regionalização, que está
trelada ao princípio da descentralização, a partir da qual, os Estados e os Municípios podem
adotar políticas públicas para a promoção da saúde; a Hierarquização, também ligada à
descentralização, a qual funciona como organização de acesso quanto aos níveis de
complexidade do atendimento; a Participação Social ou Popular – por meio de conselhos de
saúde, representatividade da comunidade, participação representativa coletiva que objetiva
atuação de forma democrática na gestão do SUS; a Resolubilidade – busca a assertividade do
SUS, nas suas diferentes instâncias; e a Complementariedade do Setor Privado – que podem
contribuir para com as políticas de saúde pública em cena de eventuais necessidades do
interesse público, a partir das normas e diretrizes do SUS, isto é, ao estabelecerem com o SUS
contratos de direitos públicos.

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