Você está na página 1de 5

Aula teórica – 02/11/2023

Fisiocracia
Evolução do pensamento econômico quesny
Os fisiocratas viram na liberdade econômica a condição essencial da
prosperidade dos povos e na intervenção estadual, a causa do
empobrecimento das nações. Segundo os fisiocratas a sociedade estava
dividida em três classes sociais reprodutiva a produtiva a dos proprietários e da
classe estéril. A produtiva seria a classe que cultiva a
terra porque desta provinha toda a riqueza. A classe dos proprietários seria
constituída pelos donos das terras e dos bens de produção.
A classe estéril incluiria todos aqueles que se dedicam a todas as outras
atividades diversas da agricultura, como, o comercio, a indústria.
A designação de classe estéril não significa que os comerciais e industriais
fossem para os fisiocratas inúteis, eles não negaram o interesse dessas
mesmas atividades. O que essas atividades eram alheias era ao fator de
produção, terra, que não criava riqueza nova, apenas da agricultura, resultava
em rendimento um produto, conjunto do trabalho do cultivador e da forca da
natureza.
A indústria e o comercio seriam uteis, mas por falta de participação da natureza
nos respetivos processos produtivos não criavam riqueza nova só quando a
natureza contribui para a produção, o respetivo rendimento excede o valor do
trabalho do homem. O excedente da produção agrícola sobre as despesas
necessárias a essa mesma produção foi designado pelos fisiocratas por
produto líquido ou produto líquido da terra. Para os fisiocratas o fator de
produção mais importante era a terra
Algumas conclusões sobre os fisiocratas
O legislador deveria abster se de qualquer regulamentação que pudesse ser
nociva para a agricultura sendo a terra a única criadora de riqueza nova de um
produto líquido apenas sobre a terra deveria incidir uma tributação, mas não
agravava a situação dos agricultores. Os agricultores haveriam de transferir o
peso econômico desse mesmo imposto par todos os outros setores que
tivessem dependentes dos produtos agrícolas e sendo assim os agricultores
nunca seriam prejudicados
Escola clássica inglesa Adam Smith
Para adam Smith a classe mais importante era o trabalho e a respetiva
especialização. A construção de adam assenta no pressuposto de uma ordem
natural da existência de leis econômicas impostas pela natureza. Segundo
adam os governantes deveriam abster-se de intervir na vida econômica,
enquanto que os fisiocratas atribuíram posição cimeira à terra aos fatores
naturais de produção. Para adam o fator produtor dominante é o trabalho e a
sua especialização, criticou adam o protecionismo estadual seria através do
livre cambismo pela ampla circulação de mercadorias e valores entre as
nações que se conseguiria o mais alto nível de bens estar econômico. Todos os
estados pela divisão do trabalho pela especializado e pela livre troca de
produtos entre eles alcançariam os mais elevados níveis de progresso.
Os estados evoluídos apenas devem possuir parques, jardins, caminhos
públicos, todos os outros bens seriam melhor explorados pelos particulares. O
estado podia desempenhar todas aquelas funções pelas quais os particulares
se desinteressassem e fossem socialmente uteis. A receitas publicas deveriam
assentar nos impostos e para tal em relação aos impostos enunciou 4 regras:
Primeira regra da justiça- Cada um deve contribuir para o estado na
proporção das suas possibilidades.
Segunda regra da certeza- O montante do imposto deve ser claramente
definido de modo a não deixar margem para duvidas nem para critérios
arbitrários.
Terceira regra da comodidade- O imposto deve ser cobrado nas épocas e
nos meios mais convenientes para os contribuintes.
Quarta regra da economia- o imposto absorverá a menor parte possível do
patrimônio do contribuinte.
Escola clássica pessimista
Segundo malts a população tem uma tendência natural para aumentar sempre
em contrapartida o espaço ou a área cultivada seria sempre a mesma,
chegávamos os a um ponto de rutura em que a população não teria meios de
subsistência esta teoria malts foi logo criticada na altura porque, malts não teve
me atenção as grandes guerras mundiais como também as epidemias.
David Ricardo Escola inglesa pessimista
Teoria da renda
Segundo David os agricultores começam por explorar as terras mais férteis,
aquelas que lhes ofereciam mais elevado rendimento em relação ao capital
empregado, mas a medida que a população cresce aumenta
consequentemente a procura e os agricultores são forcados a explorar terras
menos férteis cujo o custo de produção será mais elevado e assim
sucessivamente. Aumentando a população aumenta a procura não havendo
terras nem de boa nem de media fertilidade ser necessário cultivar terras de
fraca fertilidade. Se as terras de boa fertilidade têm um custo de produção de
1000 as de media tem um custo de 1500 e as fracas tem um custo 2000.A
renda é o benefício que os agricultores das terras mais férteis tem em relação
aos agricultores de media e fraca fertilidade
Teoria do salário
Segundo David, os trabalhadores só devem ter o salário mínimo indispensável
dele e da sua família porque se tivesse um salário superior ao mínimo
indispensável iria ter uma melhor situação econômica podendo ter uma família
mais numerosa que originava uma oferta maior de trabalho que
consequentemente baixava os salários ou mesmo cairíamos numa situação de
desemprego
Teoria do trabalho: Os trabalhadores só devem ter o salário mínimo
indispensável dele e da sua família porque se tivesse um salário superior ao
mínimo indispensável iria ter uma melhor situação económica podendo ter uma
família mais numerosa que originava uma oferta maior de trabalho que
consequentemente baixava os salários ou mesmo cairíamos numa situação de
desemprego.
Escola clássica francesa: também continuadora de Adam Smith atribuiu
posição cimeira ao fator produtivo trabalho, ao contrário dos fisiocratas que
atribuíram posição cimeira ao fator de produção terra em relação a todos os
outros fatores de produção e fatores de atividade.

Aula teórica 09/11/2023


27 países na União Europeia
Reações nacionalistas – Escola Clássica Alemã
Adam/Muller
As reações contra o liberalismo iniciaram-se com os economistas alemães, o
liberalismo defendido por adam Smith servia essencialmente os interesses da
Inglaterra, em consequência do desenvolvimento das indústrias britânicas. A
propriedade da terra só poderia entender se no interesse de toda a
comunidade. Os interesses, os direitos individuais subordinam se ao interesse
comum. A riqueza não residia nos bens materiais, mas sim nas forças
suscetíveis de assegurar essa produção. Os valores imateriais também se
incluiriam na riqueza. Para tal anunciou 4 fatores de produção: terra, trabalho,
capital material e capital espiritual. A liberdade do comércio foi rejeitada por ser
incompatível com a defesa dos interesses da economia nacional.
Outro economista desta escola alemã foi Frederic List, que também defendeu
que só Inglaterra teria vantagens com o liberalismo económico.
As estruturas económicas alemãs ficariam, pelo contrário, condenadas à
estagnação. O protecionismo aduaneiro educativo iria permitir que a indústria
nacional se possa desenvolver e crescer e quando todos os países tivessem na
4 fase de desenvolvimento, defende então, o livre cambismo.
Defendeu também fatores suscetíveis de assegurar a continuidade do ritmo de
produção, e esses fatores não respeitam apenas os bens materiais diretos e
indiretos, mas era importante ter em atenção as instituições politicas, jurídicas
porque List achou inaceitável a construção de Adam Smith, que cingiu aos
bens materiais e considerou improdutivos os cientistas, os professores, os
médicos, embora esses não produzam bens materiais concorrem para o
desenvolvimento das forças produtivas da nação.
As indústrias alemãs teriam de ser protegidas por fortes barreiras aduaneiras
ate alcançarem o nível suficiente para fazer face à concorrência de outros
terceiros estados como por ex a Inglaterra.
Para List as leis de um estado, ciência e as artes, a religião, as condições de
segurança, a ordem publica constituem forças produtivas das quais dependera
todo o desenvolvimento económico. List não rejeitou em absoluto o livre
cambismo, mas viu nele uma meta a atingir pelas nações depois de altamente
industrializadas, mas a sua teoria é fundamentalmente de economia nacional e
tem alguma atualidade a nível da política económica a adotar pelos países em
vias de industrialização ou desenvolvimento. Para List o livre cambismo
assenta num pressuposto de uma paz perpetua e visa sempre aperfeiçoar as
indústrias dos países mais ricos e partes destas teorias foram aproveitadas
pelos EUA numa determinada época.
O intervencionismo de Sismondy e a legislação laboral
Esta corrente sentimental também se insurgiu contra o liberalismo porque era
uma contradição entre a ordem natural da economia, fonte do progresso e
bem-estar de acordo com o pensamento liberal do inicio do seculo 19 e em
contrapartida com a extrema miséria das classes trabalhadoras esses mesmos
trabalhadores trabalhavam entre 15 a 16 horas por dia, 6 dias por semana em
condições desumanas, havia muito trabalho infantil e nessas circunstancias o
estado seria obrigado a intervir.
Segundo Sismondy, são 4 os aspetos que caracterizam o seu pensamento,
referidos na sua principal obra, os novos princípios da economia politica,
publicada em 1819 no inicio do seculo 19 onde enunciou esses 4 aspetos ou
princípios:
1º a intervenção do estado no campo laboral, segundo o qual os trabalhadores
deviam trabalhar menos horas por dia e o estado devia criar legislação que
estabelecesse regras para as condições de trabalho em relação ao horário de
trabalho como também em relação ao trabalho infantil.
2º defende a intervenção do estado na distribuição de riqueza, esta política de
distribuição de riqueza tinha que ter em perspetiva a correção das
desigualdades pois o estado deveria ter preocupações para garantir
rendimentos aos mais desfavorecidos, aos idosos e aos doentes. A
componente social, na perspetiva dos desempregados, dos doentes e dos
idosos. Foi defensor de uma política de proteção social nas vertentes do
desemprego, da velhice e da doença. O primeiro regime da segurança social
so viria a aparecer na Alemanha em 1881 com Bismark.
3º Sismondy defendeu este intervencionismo do estado na economia sem
nunca pôr em causa a propriedade privada ou o regime de economia de
mercado o que desde logo o distingue dos socialistas que iremos ver mais à
frente.
4º limitação do uso das máquinas, em consequência da industrialização,
substituíram-se os homens pelas máquinas, aumentando assim o desemprego
seria necessário limitar o uso das máquinas para criar mais emprego e para
não haver tanta produção porque senão essa produção não seria absorvida
pela população pirque não teriam poder de compra para os bens produzidos.
Doutrinas Cristãs
A reforma social de Frederic Lp, esta teoria defendeu que a intervenção do
estado, em regra é ineficaz, a ação privada deve prevalecer no campo
económico, o que afastou radicalmente dos socialistas. O individualismo
económico, defendido pelos liberais é ilusório pois o homem é um ser social e
não um ser isolado, e atua a pensar nos seus interesses próprios, o homem
vive em sociedade integrado em comunidades e a mais importante desde logo
é a família, esta ligado a ela por um conjunto de deveres naturais e morais. O
estudo da economia familiar é fundamental na sua obra dado considerara
família a célula fundamental da sociedade. Defendeu a coesão, a estabilidade
social, que depende muito da estabilidade familiar e por essa razão tudo o que
for vivido no seio da família ira repercutir-se na estrutura social. Estudou 3 tipos
familiares, que sucederam ao longo dos anos, a família patriarcal, a família
tronco e a família dispersa.

Você também pode gostar