Você está na página 1de 63

Supressão de vibração

Supressão de
vibração
Chedas Sampaio
(Novembro 2004)

Escola Náutica I.D.Henrique 1

Sumário
• Introdução
• Isolamento de vibração e choques
• Absorção de vibração
• Formulário
• Referências bibliográficas

Escola Náutica I.D.Henrique 2

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Introdução

Escola Náutica I.D.Henrique 3

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
A vibração e o ruído induzido pela vibração têm sido
nos últimos anos a principal causa de incomodidade
das pessoas.

Este problema agravou-se nos últimos anos devido à


tendência na construção para estruturas cada vez mais
leves e flexíveis, assim como na utilização de máquinas
cada vez mais potentes e velozes.

Não só é causa de incomodidade, a vibração


transmitida pela estrutura, como o ruído que é gerado
pelo movimento estrutural que pode ser ouvido em
áreas remotas dos edifícios ou estruturas.

Escola Náutica I.D.Henrique 4

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Na maior parte das situações a vibração é indesejável
tanto por razões de incomodidade como de avaria.

Por exemplo, a vibração de um navio, carro ou camião


pode ser desconfortável e, eventualmente, conduzir à
fadiga. Componentes electrónicos usados em aviões,
carros e máquinas também podem falhar por causa da
vibração e do choque.

Escola Náutica I.D.Henrique 5

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Quanto à incomodidade, a vibração até 100 Hz é um
problema de vibração mecânica de todo o corpo
humano, acima desta frequência torna-se um problema
de ruído.
De acordo com estudos actuais ainda não é possível
reconhecer em cada pessoa alterações orgânicas
devido à vibração de todo o corpo. Detectou-se no
entanto uma espécie de respiração artificial que
influencia a respiração natural assim como um
movimento de simpatia dos olhos em sincronia com a
vibração.
Ambos os fenómenos podem originar cansaço, logo
diminuição do tempo de reacção, bem como redução de
visão.
Escola Náutica I.D.Henrique 6

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Quanto ao problema da fragilidade dos sistemas e da
vibração que podem suportar existem normas
nacionais e ISO (International Organization of
Standards) que regulamentam os níveis máximos.
Também, alguns equipamentos são obrigados, por
normas nacionais, a apresentar determinados níveis
máximos de vibração e, caso contrário, têm de ser
redesenhados.

Quanto ao ruído são amplamente reconhecidas as


consequências de uma exposição prolongada a níveis
elevados: surdez, dores abdominais, …

Escola Náutica I.D.Henrique 7

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Antes de se iniciar o projecto de um isolador é
necessário saber claramente o que se pretende que
seja a resposta. Isto é, o que se entende por nível
aceitável de vibração.

Normalmente, para indicação de potencial dano


estrutural, é aceite como sendo uma amplitude em
velocidade (mm/s), seja rms ou pico.

Para critério de conforto é usual o rms ou pico em


unidades de aceleração uma vez que o ser humano é
mais sensível à aceleração.

Escola Náutica I.D.Henrique 8

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Existem muitas normas que definem os níveis
aceitáveis de vibração, como é o caso da ISO 2372. Em
http://www.mmf.de/standards.htm poderá consultar
uma compilação exaustiva de normas relacionadas com
a medição de vibrações.

A ISO 6954, em 2000, vem definir linhas de orientação


para a medição de níveis globais de vibração em navios
da marinha mercante. Esta norma define os limites
máximos de vibração admissível nos diferentes
espaços de trabalho dos navios.

Escola Náutica I.D.Henrique 9

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Na figura seguinte é feita uma síntese de valores
admissíveis de vibração em máquinas, em estruturas e
em seres humanos:

Repare que a severidade da


vibração em unidades de
velocidade não depende da
frequência. Este facto torna-a
preferida como critério de
severidade

Escola Náutica I.D.Henrique 10

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Um aspecto muito importante na especificação da
resposta admissível é a natureza da força de excitação
que causa a resposta.

As forças de perturbação são normalmente


classificadas como choque ou vibração dependendo do
tempo de duração da excitação.

Uma força ou perturbação é considerada um choque


quando é repentina, aperiódica e dura pouco tempo.
Em contraste, uma vibração apresenta algumas
características oscilatórias e dura mais tempo.

Escola Náutica I.D.Henrique 11

Introdução
Níveis aceitáveis de vibração
Neste capítulo trataremos o problema do projecto de
isoladores (k e c) e absorsores para sistemas reais,
modeláveis por 1 grau de liberdade, de modo a
obterem-se resultados aceitáveis de vibração.

Escola Náutica I.D.Henrique 12

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento
de
Vibração e Choques

Escola Náutica I.D.Henrique 13

Isolamento de vibração e choques


Introdução
A forma mais eficaz de reduzir a vibração indesejada é
parar ou modificar a fonte de vibração.

Quando isto não pode ser feito, é muitas vezes possível


projectar um isolador que isole a fonte de vibração do
sistema afectado.

Normalmente este problema é equacionado em termos


de:
1. Redução da vibração transmitida pelo
exterior ao sistema em estudo
2. Redução da vibração transmitida ao exterior
pelo sistema em estudo

Escola Náutica I.D.Henrique 14

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Introdução
Na selecção do isolador há condicionantes importantes
a considerar:
1. Origem da vibração
2. Tipo de excitação
3. Direcção da excitação
4. Resposta máxima permitida
5. Espaço e localizações disponíveis para os isoladores
6. Peso e centro de gravidade do sistema suportado
7. Espaço disponível para o movimento do sistema
8. Tipo de ambiente
9. Materiais disponíveis para isoladores
10. Tempo de vida útil desejado
11. Segurança contra falha do isolador
12. Interacção isolador/estrutura de suporte
13. Compensadores de vibração
Escola Náutica I.D.Henrique 15

Isolamento de vibração e choques

Condicionantes: origem da vibração


A origem da vibração influencia a selecção do isolador.
Por exemplo, é necessário decidirmos se se isola a
fonte de vibração ou se se isola o sistema perturbado.
Esta decisão condiciona naturalmente a escolha do
isolador.
Consideremos, por exemplo, a operação de uma
prensa pesada que tem um efeito adverso no
funcionamento de um instrumento electrónico
vizinho. O isolamento da prensa irá requerer maciço
isoladores muito maiores e resistentes à massa
Apoio de grande superfície
ou óleo. Em contraste, o isolamento do
instrumento electrónico requererá menores
isoladores que poderão ser de borracha e,
portanto, mais baratos.

Apoios pontuais
Escola Náutica I.D.Henrique 16

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: origem da vibração
Também, o conhecimento da origem da vibração pode
ajudar-nos a definir o problema a resolver. Na indústria
do sector poderá haver material publicado sobre
possíveis soluções (vidé referências bibliográficas).

Escola Náutica I.D.Henrique 17

Isolamento de vibração e choques

Condicionantes: tipo de excitação


A vibração que pretendemos isolar pode ser de três
tipos:
1. Periódica (composta por frequências discretas)
2. Transiente ou choque (não-periódica)
3. Aleatória (composta por frequências contínuas)

Normalmente a vibração de excitação é uma


combinação das três.

Quando a vibração é essencialmente periódica


esperam-se amplitudes relativamente pequenas
quando comparadas com as resultantes dos choques.
Escola Náutica I.D.Henrique 18

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Condicionantes: tipo de excitação


O objectivo do isolamento de choques é limitar as
forças, normalmente elevadas, que num período de
tempo curto são transmitidas ao sistema.

A redução do choque é obtida com isoladores com


capacidade para armazenar grandes quantidades de
energia em curto tempo e libertá-las durante um longo
período. O armazenamento de energia resulta da
deflexão do isolador.

Graças a esta capacidade para libertar energia durante


muito mais tempo que o seu armazenamento, os
isoladores de choque respondem com muito menores
amplitudes que as das forças transmitidas.
Escola Náutica I.D.Henrique 19

Isolamento de vibração e choques

Condicionantes: tipo de excitação


Assim, na selecção do isolador é necessário garantir:

1. Que existe capacidade de deflexão suficiente do


isolador para acomodar as máximas amplitudes
esperadas
2. Que a capacidade de carga do isolador não é
excedida pelas máximas cargas resultantes da
vibração
3. Que não haverá problema resultante de
sobreaquecimento ou fadiga devido ao
carregamento de cargas elevadas durante muito
tempo

Escola Náutica I.D.Henrique 20

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: direcção da excitação
Na selecção do isolador é necessário determinar as
direcções da perturbação dinâmica. Se existir só uma
direcção é fácil seleccionar um isolador uma vez que as
suas características necessitam ser especificadas num
só eixo. No caso de existirem várias direcções de
perturbação é necessário considerar isoladores para
cada direcção ou isoladores com propriedades de
isolamento para múltiplas direcções.

Escola Náutica I.D.Henrique 21

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: resposta máxima permitida
A resposta máxima permitida pode ser expressa como:

1. Máxima aceleração durante um choque


2. Máximo deslocamento durante um choque
3. Frequência natural específica e máxima
transmissibilidade a essa frequência
4. Máxima aceleração, velocidade ou
deslocamento num intervalo de frequências
5. Nível de vibração permitido a determinadas
frequências
A máxima aceleração que um sistema pode suportar
sem avariar é muitas vezes chamada de fragilidade.

Escola Náutica I.D.Henrique 22

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: espaço e localizações
disponíveis para os isoladores
A dimensão do isolador depende da natureza e da
amplitude da perturbação dinâmica esperada bem
como da carga a suportar.
A localização dos isoladores é fundamental
para a dinâmica do sistema a isolar. O ideal
é montá-los de forma a que o centro de
gravidade do sistema a isolar se situe
equidistante destes e não muito distante do
plano dos isoladores. Só assim se podem
evitar movimentos de rotação que tornam a
selecção dos isoladores mais difícil, uma vez
que estes terão de ser capazes de suportar
tais movimentos e cargas.
Como regra prática é aconselhável que a distância entre o plano
dos isoladores e o centro de gravidade do sistema seja igual ou
menor a 1/3 do espaço mínimo entre os isoladores.
Escola Náutica I.D.Henrique 23

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: peso e centro de gravidade do
sistema suportado
O peso e a localização do centro de
gravidade do sistema suportado
devem ser determinados. A localização
do centro de gravidade é necessária
para calcular a carga suportada por
cada apoio.

É melhor manter, pelo menos, o


sistema equilibrado estaticamente
(com iguais deflexões nos diferentes
apoios). A solução preferida é a
utilização do mesmo isolador em todos
os pontos de apoio e escolhendo estes
de modo a garantir a mesma deflexão
nos apoios.
Escola Náutica I.D.Henrique 24

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: peso e centro de gravidade do
sistema suportado

Escola Náutica I.D.Henrique 25

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: espaço disponível para o
movimento do sistema
A escolha de um isolador pode depender do espaço
disponível (sway space). A constante da rigidez do
isolador deverá ser tal que limite o movimento do
sistema no espaço disponível.
O movimento que deve ser considerado é a soma da:
1. deflexão estática devido ao peso suportado
pelo isolador
2. deflexão causada pela vibração
3. deflexão devido a qualquer força constante
Por vezes pode ser uma boa solução a utilização de
sistemas limitadores de deslocamento (snubber). É
necessário algum cuidado na selecção destes
elementos em termos da sua rigidez para que não
transmitam amplitudes elevadas de choque.
Escola Náutica I.D.Henrique 26

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Condicionantes: tipo de ambiente


O tipo de ambiente em que o isolador vai trabalhar
pode condicionar a sua escolha. Algumas condições
ambientais podem degradar a integridade física do
isolador e outras podem alterar-lhe as características
dinâmicas.

Por exemplo, os isoladores de borracha alteram


significativamente a sua rigidez com a temperatura e
são muito sensíveis ao óleo e à massa. O neoprene
suporta melhor o óleo e a massa.

Escola Náutica I.D.Henrique 27

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
A escolha do material depende muito do ambiente e
das propriedades dinâmicas requeridas – frequência
natural, rigidez e amortecimento.
Nalguns tipos de isoladores, a rigidez e o
amortecimento estão contidas num só
elemento como a borracha e a cortiça.
Noutros, usam-se dois elementos, como é
o caso dos isoladores pneumáticos e as
molas de aço que são muito pouco
amortecidos e que são usados em
conjunto com elementos amortecedores
tipo viscoso.

Escola Náutica I.D.Henrique 28

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
A escolha do material depende muito do ambiente e
das propriedades dinâmicas requeridas.

Quanto à rigidez, um isolador deverá flectir se


pretende isolar vibração; geralmente, quanto maior a
sua deflexão estática (ou menor rigidez), maior o
isolamento.

Quanto ao amortecimento, se examinarmos a curva de


transmissibilidade, verifica-se que na zona de
isolamento (ω ω/ω
ωn ou f/fn >1.414) quanto menor o
amortecimento menor a transmissibilidade. No
entanto, há que garantir algum amortecimento para
que no arranque da máquina, ao passar-se pela
ressonância, o amortecimento mantenha amplitudes de
resposta aceitáveis.
Escola Náutica I.D.Henrique 29

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Cortiça
A cortiça é exclusivamente reservada a frequências de
excitação relativamente elevadas. Ao aplicar-se é
importante evitar que as ranhuras da cortiça colem
uma vez que favorecem a transmissão de ruído e
diminuem a capacidade de isolamento de vibrações.

A cortiça é ideal para isolamento térmico ou câmaras


frigoríficas para redução da transmissão de calor, ruído
e vibrações.

Escola Náutica I.D.Henrique 30

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Borracha (elastomeric)
A borracha é o material isolador mais utilizado. A
borracha possui excelente elasticidade de forma ao
contrário da elasticidade de volume que é
característica da cortiça.

A borracha apresenta uma razoável condução térmica o


que é um inconveniente pois para temperaturas
elevadas pode danificar-se.

Escola Náutica I.D.Henrique 31

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Borracha (elastomeric)

No caso em que os isoladores são sujeitos a forças de


compressão, a razão deflexão estática/espessura da borracha
não deverá exceder 0.15. Este tipo de isoladores em compressão
apresenta uma rigidez não-linear, por isso a sua rigidez dinâmica
será maior que a estática, o que faz aumentar a frequência
natural e reduzir a eficiência de isolamento.

No caso em que os isoladores são sujeitos a forças de corte a


razão deflexão estática em corte/espessura da borracha não
deverá exceder 0.30.
Escola Náutica I.D.Henrique 32

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Molas de metal
As molas de metal são usadas preferencialmente em
ambientes de temperatura demasiado elevada para
isoladores de borracha e quando se pretende grandes
deflexões estáticas.

As molas têm aplicação em todos os equipamentos de


ar condicionado, compressores, unidades de
tratamento de ar, ventiladores, bombas e chillers.

Escola Náutica I.D.Henrique 33

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Molas de metal
No entanto apresentam o inconveniente de terem
coeficientes de amortecimento reduzidos, o que pode
ser prejudicial nos arranques e paragens quando a
frequência de excitação passa pela ressonância. Uma
solução passa por estas serem envolvidas por um saco
de ar com orifícios ou serem montadas de forma a
existir atrito metálico (vidé figura).

Escola Náutica I.D.Henrique 34

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Molas de metal
As molas também apresentam o inconveniente de
serem bons condutores de ruído sólido.

As molas são adequadas ao isolamento de baixas


frequências.

Escola Náutica I.D.Henrique 35

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Cabos de aço inoxidável
Estes isoladores apresentam grandes deflexões e um
excelente amortecimento. São especialmente
adequados para absorver choques.

Escola Náutica I.D.Henrique 36

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Tinta
A tinta é também um material que pode ser usado para
aumentar o amortecimento de isoladores não porosos
tipo aço, alumínio, cobre, latão, compósitos, plásticos e
PVC.

Escola Náutica I.D.Henrique 37

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: materiais disponíveis para
isoladores
Fixes e maciços ou bases de inércia
Os fixes e os maciços servem para criar uma base de
apoio de rigidez muito superior aos isoladores e para
diminuir a frequência natural do sistema e, portanto,
aumentar o isolamento.

Escola Náutica I.D.Henrique 38

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: tempo de vida útil desejado
O tempo de vida útil desejado pode afectar o tipo e
dimensões do isolador.

Por exemplo, um isolador que tenha de trabalhar 2000


horas é normalmente maior que um que tenha de
trabalhar 500 horas.

A estimativa de vida útil de um isolador deve obter-se


junto do fabricante ou fornecedor.

Escola Náutica I.D.Henrique 39

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: segurança contra falha do
isolador
Existem isoladores que apresentam segurança contra a
sua rotura, ou seja, se a borracha romper há um
dispositivo metálico que mantém o sistema no lugar
até que o apoio seja substituído.

Escola Náutica I.D.Henrique 40

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: interacção isolador/estrutura
de suporte
As características dinâmicas da estrutura de suporte do
sistema em análise podem afectar a selecção dos
isoladores.
Normalmente, assume-se que a estrutura de suporte
da máquina ou equipamento é infinitamente rígida.
Mas isso não é verdade, porque se assim fosse ela não
se movia e não transmitia vibração, logo não seria
necessário um isolador.

Escola Náutica I.D.Henrique 41

Isolamento de vibração e choques


Condicionantes: interacção isolador/estrutura
de suporte
Na verdade, a estrutura de suporte é como uma mola
em série com o isolador. Assim, a força transmitida é
igual em ambas as molas e estas irão deflectir
proporcionalmente à sua rigidez.

Para que o isolador cumpra a sua função é necessário


que seja mais flexível que a estrutura de suporte e que
as frequências naturais desta não seja próximas das do
sistema com o isolador.

Como regra prática aconselha-se que a rigidez do


isolador seja 1/10 da rigidez da estrutura de suporte.

Escola Náutica I.D.Henrique 42

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Compensadores de vibração
Os compensadores e condutas elásticas servem para
impedir a transmissão de vibrações às condutas. Os
compensadores são escolhidos em função da pressão,
temperatura, caudal e fluido.

Grupo moto-bomba

Caldeira

Escola Náutica I.D.Henrique 43

Isolamento de vibração e choques

Compensadores de vibração
Compensadores mais comuns:
Compensador metálico
Tubo metálico

Compensadores em borracha
(baixa pressão)

Compressor
Compensador em borracha Compensador metálico

Isoladores em
Condensador borracha Isoladores
de
mola
Escola Náutica I.D.Henrique 44

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Na selecção do isolador deverá seguir-se o seguinte
procedimento:
1. Eficiência de isolamento mínima requerida
2. Transmissibilidade máxima
3. Frequência de excitação
4. Factor de amortecimento
5. Frequência natural máxima
6. Rigidez máxima equivalente
7. Rigidez máxima de cada isolador individual
8. Deflexão estática de cada isolador
9. Carga em cada isolador
10.Selecção do isolador
Escola Náutica I.D.Henrique 45

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Eficiência de isolamento mínima requerida, R
Em primeiro lugar é necessário indicar qual a eficiência de
isolamento mínima ou redução da transmissibilidade. Em geral
essa eficiência rondará os 70 a 90%:
Máquina Eficiência de isolamento, R

Turbocompressor frigorífico 0.98

Máquina de frio por absorção 0.95

Compressor alternativo p≤
≤10 kW 0.85

Compressor alternativo 10 kW < p ≤ 45 kW 0.90

Compressor alternativo 45 kW < p ≤ 100 kW 0.95

Tours de refroidissement 0.85

Condensadores refrigerados a ar 0.80

Ventiladores radiais 20 < d ≤ 50 m3/h 0.70 – 0.90

Ventiladores radiais d > 50 m3/h 0.90 – 0.95

Condutas 0.95

Bombas 0.95

Armários climáticos 0.90


Escola Náutica I.D.Henrique 46

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Transmissibilidade máxima, TR
Com a eficiência de isolamento mínima requerida calcula-se a
transmissibilidade máxima, que não é mais que:

TR = 1 − R

Frequência de excitação, f [Hz]


Depois determina-se a frequência mais pequena presente na
vibração de excitação. Esta frequência é usada porque é a pior
condição para o isolamento. De facto, se conseguirmos uma
eficiência de isolamento satisfatória para esta frequência de
excitação, a eficiência de isolamento ainda será melhor para
frequências superiores.

Escola Náutica I.D.Henrique 47

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Factor de amortecimento, ζ
Sabendo qual o material do isolador obtem-se da bibliografia o
factor de amortecimento:
Material Factor de
amortecimento, ζ
Cortiça 0.06

Ar 0.17

Borracha natural 0.05

Borracha à base de silicone 0.15

Borracha 0.05..0.5

Neoprene 0.05

Aço 0.001

Betão 0.01

Pele 0.02

Mola de aço f [Hz ] 0.005

Cabo de aço 0.3

Escola Náutica I.D.Henrique 48

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Frequência natural máxima, fn [Hz]
Com o factor de amortecimento e a transmissibilidade máxima
permitida calcula-se, a partir da expressão da transmissibilidade
adequada ao caso (vidé formulário), a frequência natural máxima
do sistema isolado.

Na prática da selecção de isoladores é habitual considerar-se a


transmissibilidade de sistemas sem amortecimento (ζ ζ=0) uma vez
que para os valores aconselhados de ω/ω ωn ou f/fn (>3) a
transmissibilidade não é afectada pelo amortecimento. Logo usa-
se a expressão seguinte para obter a frequência natural máxima:

1 1
TR = 2
TR = 2
 ω ou  f 
  − 1   − 1
 ωn   fn 
Escola Náutica I.D.Henrique 49

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Rigidez máxima equivalente, keq [N/m]
Com a massa [kg] do sistema a isolar e a frequência natural
máxima calcula-se a rigidez máxima equivalente do isolador:

keq
2πf n =
m

Rigidez máxima de cada isolador individual,


k [N/m]
Com base nas expressões das associações em série e em paralelo
das molas calcula-se a rigidez de cada isolador individual.
Normalmente os isoladores são montados em paralelo e é
aconselhável que sejam iguais.

Escola Náutica I.D.Henrique 50

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques


Metodologia de selecção
Deflexão estática de cada isolador, δ [m]
Com a massa [kg] do sistema a isolar e a rigidez de cada isolador
calcula-se a deflexão estática dos isoladores:

massa × g g − aceleração da gravidade


δ=
k × nº de isoladores
Nota: supõe-se que os isoladores são montados de modo a
suportarem igual carga, tal como é aconselhado.

Carga em cada isolador, L [N]


Com a massa [kg] do sistema a isolar calcula-se a carga em cada
isolador:

massa × g g − aceleração da gravidade


L=
nº de isoladores
Escola Náutica I.D.Henrique 51

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Selecção do isolador
Com a rigidez máxima de cada isolador, k, e com a carga
suportada, L, selecciona-se o isolador num catálogo de fabricante.

Selecção alternativa do isolador


Os fabricantes costumam classificar os seus isoladores em função
da deflexão estática e não da rigidez. Assim, sabendo que a
deflexão estática do isolador, δ, quando suporta a massa m é:
mg
δ=
k
Que a transmissibilidade, TR, para ζ=0 é:
1
TR = 2
 ω
  − 1
 ωn 
Escola Náutica I.D.Henrique 52

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
e que a redução da transmissibilidade, R, é: R = 1 − TR
 
 
 1 
vem que: R = 1 −  2  logo, pondo em evidência ω/ω ωn :
 ω  
  ω  − 1  ω 1
 n   = +1
ωn 1− R
Substituindo ωn :

ω 1 ω 1 mg 1
= +1 → = +1 → ω= +1 →
k −
1 R mg 1− R mδ 1 − R
m mδ

g
ω= +1
δ(1 − R )

Escola Náutica I.D.Henrique 53

Isolamento de vibração e choques

Metodologia de selecção
Como sabemos que ω é: 1 .1 0
3

ω = 2πf
temos:
1 g
f = +1
2π δ(1 − R )
100
Frequência de excitação [Hz]

Assim, podemos traçar a


frequência de excitação
em função da deflexão
estática num gráfico log-
log: 10

É este gráfico que muitos


fabricantes usam para
determinar a deflexão
estática do isolador. 1
0.0 1 1 .10
3

Deflexão estática [m]

Escola Náutica I.D.Henrique 54

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

Isolamento de choques
O objectivo do isolador de choques é reduzir o mais
possível a transmissão de forças impulsivas. Muitas
vezes a máxima força de choque admissível é
equacionada como a força de impacto do sistema ao
cair de uma altura máxima.
Assim, podemos calcular a energia cinética do sistema
no instante anterior a tocar o solo:
1
mX ´2 = mgh
2
X ´ - velocidade, h - altura máxima em m, g - aceleração da gravidade
Supondo amortecimento nulo, a mola do isolador
deverá armazenar toda a energia cinética pois assim
não a transmite à massa m: 1 1
kX 2 = mX ´2
2 2
Escola Náutica I.D.Henrique 55

Isolamento de vibração e choques

Isolamento de choques
Obtemos, assim, a rigidez do isolador e respectiva
frequência natural:

mX ´2
k=
X2

1 X´
fn =
2π X

Escola Náutica I.D.Henrique 56

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 1
Pretende-se montar um motor eléctrico de 3 kg dentro de uma
caixa metálica. Sabendo que opera a 4200 RPM, calcular a rigidez
do isolador necessário para uma redução de 95% na força
transmitida à caixa. Qual deverá ser a folga necessária entre o
motor e a caixa? 1 .1 0
3

4200
= 70 Hz
60
Com a deflexão estática

F re q u ê n ci a d e e x cit a çã o [ H z]
calcula-se a rigidez: 70 Hz 10 0

mg
k=
δ
3 × 9.8
= = 1.47 ×10 4 N / m 10

0.002
A folga deverá ser no
mínimo o dobro da
deflexão estática: 0.004 m 1
0 .0 1 1 .1 0
3

D e fle x ão es tá tica [m ]
0.002 m
Escola Náutica I.D.Henrique 57

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 2
Uma máquina que vai ser transportada pode suportar choques até
25 g’s de aceleração. Para a proteger decidiu-se montá-la em 4
isoladores com carga igualmente distribuída. Sabendo-se que pesa
56.2 kg e que os máximos choques esperados são os resultantes
de uma queda até 762 mm, calcule os isoladores.

Comecemos por calcular a deflexão dinâmica máxima:


Se a altura máxima de onde pode cair é h = 762 mm
m
a energia potencial é E p = mgh
Ao atingir o solo essa energia será transferida para a mola
h
X X
cuja energia é Emola = ∫ Fdx = ∫ kxdx
0 0

1
logo mgh = kX 2
2
Desprezando o amortecimento, a força de inércia é igual à força elástica,
ou seja, mX´´ = kX

Escola Náutica I.D.Henrique 58

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 2
portanto
1
mgh = mX ´´X
2
finalmente
2 gh
X= onde X´´ = 25g e h = 762mm
X ´´
2 × 762
logo X = = 60.96mm
m 25
Calculemos a rigidez equivalente do isolamento:
h F mX ´´ 56.2 × 25 × 9.8 N
k eq = = = = 228
X X 60.96 mm

E a rigidez de cada um dos 4 isoladores:


k eq 228 N
k= = = 57
4 4 mm

Escola Náutica I.D.Henrique 59

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 2
Como a carga é igualmente distribuída pelos 4 isoladores, a carga
que cada um tem de suportar é:
56.2
L= = 14kg
4
Com a rigidez e a carga selecciona-se o isolador de um catálogo de
fabricante.

Escola Náutica I.D.Henrique 60

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 3
Um grupo motor-bomba, rigidamente montados numa base
comum, transmite vibrações a outros componentes do sistema
hidráulico. O peso total é de 63 kg. Quatro isoladores serão
montados de modo a suportarem igual carga. A frequência mais
pequena de excitação é o desequilíbrio residual do motor a 1800
RPM. Calcular os isoladores para um isolamento requerido de
80%.

Calculemos a transmissibilidade máxima, TR:


TR = 1 − R = 1 − 0.80 = 0.20
Como a frequência mais pequena de excitação é 1800 RPM é com
esta que iremos calcular os isoladores, uma vez que para
frequências mais elevadas a transmissibilidade ainda será menor:
1800
f = = 30 Hz
60

Escola Náutica I.D.Henrique 61

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 3 1
Da expressão da transmissibilidade com ζ=0: TR = 2
 ω
  − 1
 ωn 
calculamos a frequência natural máxima:
f 30
fn = = = 12.25 Hz
1 1
+1 +1
TR 0. 2
e depois a rigidez máxima equivalente:
1 k eq
como f n =
2π m
N
keq = (2πf n ) m = (2π12.25) 63 = 373
2 2

mm

Escola Náutica I.D.Henrique 62

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Isolamento de vibração e choques

EXEMPLO 3
Como são 4 isoladores com carga igualmente distribuída:

m 63
L= = = 15.75kg
4 4
e como estão em paralelo:

keq 373 N
k= = = 93.25
4 4 mm
Com a rigidez e a carga selecciona-se o isolador de um catálogo de
fabricante.

Escola Náutica I.D.Henrique 63

Absorção de Vibração

Escola Náutica I.D.Henrique 64

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Um absorsor de vibração serve para reduzir a vibração
harmónica estacionária de uma estrutura. Ao contrário
de um isolador, o absorsor consiste na combinação de
uma segunda massa-mola adicionada ao sistema inicial
para o proteger da vibração.

Antes Depois

Escola Náutica I.D.Henrique 65

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
O efeito principal da adição desta massa-mola
(absorsor) é a transformação de um sistema de 1 gdl
num sistema de 2 gdl. A massa e rigidez do absorsor
são escolhidos de forma a minimizar o movimento do
sistema inicial.

Antes Depois

Escola Náutica I.D.Henrique 66

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
A estrutura ou sistema inicial pode ser representado
por um modelo de 1 gdl:

ω fs (t)=Fscos(ωnt)

s xs(t) ms ks
ωn s =
ks cs ms

Nota : s - structure
Escola Náutica I.D.Henrique 67

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Ao montar o absorsor, a estrutura resultante terá 2
graus de liberdade:

xa(t) ma
s ka ca

xs (t) ms
a fs (t)=Fscos(ωt)

ks cs

Nota : s - structure a - absorsor

Escola Náutica I.D.Henrique 68

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Como o nosso objectivo é reduzir a amplitude de
vibração de ms , calculemos ka e ma de modo a que
Xs =0. Efectuemos os cálculos supondo que não existe
amortecimento:

xa(t) ma
s ka

xs (t) ms
a fs (t)=Fscos(ωt)

ks

Escola Náutica I.D.Henrique 69

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

Como são duas massas necessitam os de 2 equações para


descrever ambos os movimentos :
ms x' ' s (t ) + (k s + k a )x s (t ) − k a xa (t ) = f s (t )

ma x' ' a (t ) − k a xs (t ) + k a xa (t ) = 0
cuja equação matricial equivalent e é
ms 0   x' ' s (t ) k s + k a − k a   xs (t )  f s (t )
 0 m   x' ' (t ) +  − k  =
k a   xa (t ) 0 

 a  a   a

ou
[M ]{x' ' (t )}+ [K ]{x(t )}= {f (t )}
Escola Náutica I.D.Henrique 70

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

 Fs e jωt   X s (ω)e jωt 


como {f (t )}=   = {F }e
iωt
e {x(t )}=   = {X (ω)}e
jωt

0   X a (ω)e jωt 
Derivando {x(t )} vem {x' (t )}= jω{X (ω)}e jωt e {x ' ' (t )} = −ω2 {X (ω)}e jωt
e substitui ndo na equação matricial
− [M ]ω2 {X (ω)}e jωt + [K ]{X (ω)}e jωt = {F }e jωt
ou
(− [M ]ω + [K ]){X (ω)}e = {F }e
2 jωt jωt

e finalmente {X (ω)}= (− [M ]ω + [K ]) {F }2 −1

Escola Náutica I.D.Henrique 71

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

substituin do pelas respectiva s matrizes e vectores obtem - se


 X s (ω) − ms ω2 + k s + k a
−1
− ka   Fs 
 =   
X (
 a  ω ) − k a − m a ω 2
+ k a  0 

calculando a inversa e multiplica ndo pelo vector força


 (
k a − ma ω2 Fs ) 

( )(
 X s (ω)  k s + k a − ms ω k a − ma ω − k a 
2 2 2
)
 = 
 X a (ω)  ka F 
( )(
 k s + k a − ms ω2 k a − ma ω 2 − k a 
2
)

Escola Náutica I.D.Henrique 72

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

Ora , a amplitude de vibração da massa ms é :

X s (ω) =
(k
− ma ω 2 Fs
a )
( )(
k s + k a − ms ω 2 k a − ma ω 2 − k a)2

como queremos que seja nula :


(k − ma ω 2 Fs
a ) =0
( )(
k s + k a − ms ω 2 k a − ma ω 2 − k a
2
)
conclui − se que :
ka
= ω2
ma
Escola Náutica I.D.Henrique 73

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

Esta expressão diz-nos que a frequência natural do


absorsor isolado, como um sistema de 1gdl, deverá ser
igual à frequência de excitação, ω, do sistema ou
estrutura inicial de massa ms , isto supondo
amortecimento nulo.

ka
= ω2
ma
Escola Náutica I.D.Henrique 74

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

Calculemos a amplitude de vibração da massa do


absorsor , Xa, para este caso em que Xs=0:
Sabendo que :
k a Fs
X a (ω) =
( )( )
k s + k a − ms ω 2 k a − ma ω2 − k a
2

k
e que ω2 = a
ma
obtem − se
Fs
Xa =−
ka
Escola Náutica I.D.Henrique 75

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

Então, quando o absorsor é tal que reduz a zero a


vibração da massa ms a sua vibração é:
Fs
xa (t ) = − cos (ωt )
ka
Se a massa do absorsor se desloca Xa=–Fs/ka , então a
força que transmite à massa ms pela mola é Xaka= –Fs ,
ou seja, é igual e de sentido oposto à força Fs aplicada
nessa massa. Logo, a força é cancelada na massa ms .
Escola Náutica I.D.Henrique 76

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Objectivo: calcular ka e ma para Xs=0.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks

Então, quando o absorsor é tal que reduz a zero a


vibração da massa ms a sua vibração é:
Fs
xa (t ) = − cos (ωt )
ka

É por esta razão que se chama Absorsor de Vibração.

Escola Náutica I.D.Henrique 77

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Sabendo que o conjunto massa-mola que constitui o
absorsor deverá ter a sua frequência natural igual à
frequência de excitação, existindo assim infinitas
soluções, estudemos agora se não haverá umas
melhores que outras.
Criemos duas quantidades adimensionais que nos
ajudarão nesse estudo:
Relação de frequências
Relação de massas naturais absorsor/estrutura
Absorsor/estrutura ωn a
ma β=
µ= ωn s
ms
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 78

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Tracemos a curva do módulo do Factor de Ampliação
para a massa da estrutura, ms:
X (ω)
O factor de ampliação por definição é : Q (ω) = s
Fs / k s
assim, ao fim de algumas manipulaçõ es obtemos :
2
 ω 
1 −  

X s (ω)  ωn a 
=
Fs / k s   ω    ω
2

2

1 + µβ 2 −       − µβ 2
  ω   1 −  ω  
 ns    na 

xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 79

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Tracemos a curva do módulo do Factor de Ampliação
para a massa da estrutura, ms:
2
 ω 
1 −  
X s (ω)  ωn a  3
= X s (ω)
Fs / k s   ω    ω  
2 2
β =1
1 + µβ 2 −    1 −    − µβ 2 Fs / k s 0 25
  ω    ω  
 ns    na   2

Pelo gráfico podemos vêr 1

quanto o projecto do absorsor


tolera a variação da frequência 0
de excitação. A zona
0 0.5 1 1.5
ω 2

0.908 1.118 ωn a
sombreada representa o
intervalo de variação de xa(t) ma

frequência para o qual não há ka

ampliação da vibração e, xs (t) ms


fs (t)=Fscos(ωt)
portanto, o efeito do absorsor ks
éEscola
o pretendido.
Náutica I.D.Henrique 80

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
O sucesso do absorsor de vibrações depende de vários
factores tais como:
• A frequência de excitação deverá ser bem conhecida e
não se desviar do seu valor.
• O cálculo do absorsor é baseado na ausência de
amortecimento. Como existe sempre amortecimento, o
absorsor não consegue retirar toda a vibração à massa
inicial.
• O absorsor deverá conseguir suportar a vibração e
correspondentes deflexões.
• A massa do absorsor deverá ser suficientemente grande
por forma a transformar um sistema de 1 gdl num de 2
gdl.
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 81

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Sabendo que o conjunto massa-mola que constitui o
absorsor deverá ter a sua frequência natural igual à
frequência de excitação, existindo assim infinitas
soluções, estudemos agora se não haverá umas
melhores que outras.
Criemos duas quantidades adimensionais que nos
ajudarão nesse estudo:
Relação de frequências
Relação de massas naturais absorsor/estrutura
Absorsor/estrutura ωn a
ma β=
µ= ωn s
ms
xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 82

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Recordemos a equação matricial deste problema:
[M ]{x' ' (t )}+ [K ]{x(t )}= {f (t )}
Para calcularmo s as frequência s naturais do sistema temos de resolver a equação
homogénea (recordemos o caso de 1gdl mx ' ' (t ) + kx (t ) = 0 )
[M ]{x' ' (t )}+ [K ]{x(t )}= {0}
 X s (ω)e jωt 
a solução é do tipo {x (t )} =   = {X (ω)}e
jωt

 X a (ω)e jωt 
Derivando {x(t )} vem {x ' (t )} = jω{X (ω)}e jωt e {x ' ' (t )} = −ω2 {X (ω)}e jωt
e substitui ndo na equação matricial
− [M ]ω2 {X (ω)}e jωt + [K ]{X (ω)}e jωt = {0}

xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 83

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Recordemos a equação matricial deste problema:
Pondo em evidência o deslocamen to
(− [M ]ω + [K ]){X (ω)}e = {0}
2 jωt

que é o mesmo que (− [M ]ω + [K ]){X (ω)}= {0} pois e


2 jωt
nunca é zero.
Substituem os pelas matrizes e vectores
 − ms ω 2 + k s + k a − ka   X s (ω) 0 
  = 
 − ka − ma ω2 + k a   X a (ω) 0 
 X s (ω) 0 
Ora esta equação só tem solução,   , diferente de  , se não existir inversa
X
 a  (ω ) 0 
da matriz, o mesmo é dizer se o seu determinan te for nulo.

xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 84

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Recordemos a equação matricial deste problema:
 − ms ω2 + k s + k a − ka 
Calculemos o determinan te de   e igualemos a zero :
 − ka − ma ω 2 + k a 
( )( )
k s + k a − ms ω k a − ma ω − (− k a )(− k a ) = 0
2 2

Se na equação anterior fizermos os arranjos necessário s e substituirm os


m ω
por µ = a e β = n a
ms ωn s
obtem − se
4 2
ω  ω 
[ ]
β 2  n  − 1 + β 2 + β 2µ  n  + 1 = 0
 ωn a   ωn a 
onde ωn é a frequência natural do sistema com 2 gdl.

xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 85

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Recordemos a equação matricial deste problema:
4 2
ω  ω 
[
β 2  n  − 1 + β 2 + β 2µ  n ]  +1 = 0

 ωn a   ωn a  1
ω 
pondo em evidência µ µ n  β 1

obtemos a função :  ωn a 
0.5
2
ω  1 ω  1
µ n =
 2
+  n  − 2 − 1
 ωn a   ω   na  ω β
β 2  n 
 ωn a 
0
0 0.5 ω n1 1 ωn 2 1.5
ωn 2
ωn a

xa(t) ma
ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 86

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Recordemos a equação matricial deste problema:
4 2
ω  ω 
ω
[ ]
β 2  n  − 1 + β 2 + β 2µ  n  +1 = 0

 na   ωn a  1
ω  β =1
pondo em evidência µ µ n 

obtemos a função :  ωn a 
0.5
2
ω  1 ω  1
µ n =
 2
+  n  − 2 − 1
 ωn a   ω   ωn a  β
β 2  n 
 ωn a 
0
0 0.5 ω n1 1 ωn 2 1.5
ωn 2
ωn a
Pelo gráfico podemos concluir que quanto maior fôr µ
mais separadas estarão as frequências
x (t) mnaturais e,
a
a

portanto, mais improvável será que qualquer pequena


k a
m
variação da frequência de excitação
x (t)
caia fnuma destas
(t)=F cos(ωt)
s
s

s s
frequências. k s

Escola Náutica I.D.Henrique 87

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Recordemos a equação matricial deste problema:
4 2
ω  ω 
[ ]
β 2  n  − 1 + β 2 + β 2µ  n  +1 = 0

 ωn a   ωn a  1
ω 
pondo em evidência µ µ n 

obtemos a função :  ωn a 
0.5
2
ω  1 ω  1
µ n =
 2
+  n  − 2 − 1
 ωn a   ω   na  ω β
β 2  n 
 ωn a 
0
0 0.5 ω n1 1 ωn 2 1.5
ωn 2
ωn a

A experiência dita que os melhores valores de µ se


situam entre 0.05 e 0.25. x (t) m
a
a

ka
xs (t) ms
fs (t)=Fscos(ωt)
ks
Escola Náutica I.D.Henrique 88

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Como já foi referido, o amortecimento está sempre
presente e tem o efeito de destruir a capacidade do
absorsor em reduzir a zero a vibração da estrutura. Por
outro lado, tem o efeito de evitar grandes amplitudes
de vibração em ressonância e de aumentar o intervalo
de variação da frequência de excitação para o qual o
absorsor é eficaz.

xa(t) ma
ka ca
xs(t) ms
fs(t)=Fs cos(ωt)
ks cs
Escola Náutica I.D.Henrique 89

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura inicial α (ω) = (ω)
F
1 gdl
A equação diferencia l é mx' ' (t) + cx' (t) + kx(t) = Fcos( ωt)
A sua solução particular é a resposta estacionár ia que é a que
procuramos (abandonem os o subescrit o p) : x(t ) = X e jωt = Xe jωt -θ
Sabendo que, pela fórmula de Euler, Fe iωt = F cos(ωt ) + iFsen (ωt )
e devido à facilidade da manipulaçã o matemática de números complexos
podemos substitui r na equação a força por Fe iωt . No final obteremos
uma solução complexa cuja parte real será a resposta, x(t), do sistema :
fs(t)=Fscos(ωt) mx' ' (t) + cx' (t) + kx(t) = Fe iωt
A solução é do tipo x (t ) = X (ω)e iωt onde X (ω) = X (ω)e iθ
xs(t) ms
θ - desfasamen to entre a resposta, x(t), e a força, f(t).
ks cs Derivando
x' (t) = jωX (ω)e iωt e x' ' (t) = -ω 2 X (ω)e iωt
Escola Náutica I.D.Henrique 90

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura inicial α (ω) = (ω)
F
1 gdl
e substitui ndo na equação diferencia l
- mω2 X (ω)e jωt + cωjX (ω)e jωt + kX (ω)e jωt = Fe jωt
pondo em evidência X (ω)e jωt
(- mω 2
)
+ cωj + k X (ω)e jωt = Fe jωt
logo
X (ω) 1
=
F (
- m ω 2 + k + cωj )
fs(t)=Fscos(ωt)
(
ou relembrand o que X (ω) = X (ω)e

)
X (ω) iθ 1
xs(t) ms e =
F (
- mω2 + k + cωj )
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 91

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura inicial α (ω) = (ω)
F
1 gdl

X 1
(ω)e jθ =
F (
- m ω 2 + k + cωj )
donde

X 1
(ω) = = α (ω)
F (k − mω ) + (ωc )
2 2 2

fs(t)=Fscos(ωt)
e
 − ωc 
xs(t) ms θ(ω) = atan  2 
 k − mω 
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 92

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
Estrutura inicial
1 gdl α ( ω ) 0.002

0
0 1 2 3 4
ω
ωn

X 1
(ω) = = α (ω)
F (k − mω ) + (ωc )
2 2 2

fs(t)=Fscos(ωt)
e
 − ωc 
xs(t) ms θ(ω) = atan  2 
 k − mω 
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 93

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
100

Estrutura inicial
1 gdl
180
θ(ω ) ⋅ 0
π

100
0 1 2 3 4
ω
ωn

X 1
(ω) = = α (ω)
F (k − mω ) + (ωc )
2 2 2

fs(t)=Fscos(ωt)
e
 − ωc 
xs(t) ms θ(ω) = atan  2 
 k − mω 
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 94

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura + absorsor α (ω) = (ω)
F
2 gdl
ms x' ' s (t ) + (cs + ca )x' s (t ) − ca x' a (t ) + (k s + k a )xs (t ) − k a xa (t ) = f s (t )

ma x' ' a (t ) − ca x' s (t ) + ca x' a (t ) − k a xs (t ) + k a xa (t ) = 0
cuja equação matricial equivalent e é
 ms 0   x' ' s (t ) cs + ca − ca   x' s (t ) k s + k a − k a   xs (t )  f s (t )
0  +  +  = 
 ma   x' ' a (t )  − ca ca   x' a (t )  − k a k a   xa (t ) 0 

xa(t) ma
ka ca
xs(t) ms
fs(t)=Fs cos(ωt)
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 95

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura + absorsor α (ω) = (ω)
F
2 gdl
 F e jωt   X s (ω)e jωt 
como {f (t )} =  s  = {F }e e {x (t )} =   = {X (ω)}e
iωt jωt

0   X a (ω)e jωt 
Derivando {x(t )} vem {x ' (t )} = jω{X (ω)}e jωt e {x ' ' (t )} = −ω2 {X (ω)}e jωt
e substitui ndo na equação matricial
− [M ]ω2 {X (ω)}e jωt + [C ] jω{X (ω)}e jωt + [K ]{X (ω)}e jωt = {F }e jωt
ou
(− [M ]ω + [C ] jω + [K ]){X (ω)}e = {F }e
2 jωt jωt

e finalmente {X (ω)}= (− [M ]ω + [C ] jω + [K ]) {F }
2 −1
xa(t) ma
ka ca
xs(t) ms
fs(t)=Fs cos(ωt)
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 96

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura + absorsor α (ω) = (ω)
F
2 gdl
nesta expressão {X (ω)}= (− [M ]ω2 + [C ] jω + [K ]) {F }
−1

reconhece − se a função de resposta em frequência , [α (ω)]


{X (ω)}= [α(ω)]{F }
com
 α ss (ω) α sa (ω)
[α(ω)] = (− [M ]ω2 + [C ] jω + [K ])−1 e naturalmen te α (ω) =  
α as (ω) α aa (ω)
como {X (ω)}= [α (ω)]{F } tem - se
 X s (ω) = α ss (ω)Fs + α sa (ω)Fa
xa(t) ma  Nota : Fa = 0 no caso do absorsor
ka ca  X a (ω) = α as (ω)Fs + α aa (ω)Fa
xs(t) ms
fs(t)=Fs cos(ωt)
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 97

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura + absorsor α (ω) = (ω)
F
2 gdl
logo, o significa do de cada elemento da matriz é :
α ss (ω) - resposta da massa s para uma força unitária aplicada na massa s
α sa (ω) - resposta da massa s para uma força unitária aplicada na massa a
α as (ω) - resposta da massa a para uma força unitária aplicada na massa s
α aa (ω) - resposta da massa a para uma força unitária aplicada na massa a

xa(t) ma
ka ca
xs(t) ms
fs(t)=Fs cos(ωt)
ks cs

Escola Náutica I.D.Henrique 98

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura + absorsor α (ω) = (ω)
F
2 gdl
logo, o significa do de cada elemento da matriz é :
α ss (ω) - resposta da massa s para uma força unitária aplicada na massa s
α sa (ω) - resposta da massa s para uma força unitária aplicada na massa a
α as (ω) - resposta da massa a para uma força unitária aplicada na massa s
α aa (ω) - resposta da massa a para uma força unitária aplicada na massa a
0.004

α (ω)
0.003

0.002

0.001

ω
0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 ωn s
Escola Náutica I.D.Henrique 99

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Calculemos as funções de resposta em frequência, frf:
X
Estrutura + absorsor α (ω) = (ω)
F
2 gdl

Estrutura
(sem absorsor)

0.004 Intervalo de variação da


α (ω) frequência de excitação ou
0.003 zona de eficácia do
Estrutura absorsor
(com absorsor montado)
0.002
Absorsor

0.001

ω
0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 ωn s
Escola Náutica I.D.Henrique 100

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração Nesta figura verificamos que o sistema de


Absorsor de vibração 2 gdl (estrutura + absorsor) tem 2
frequências naturais as quais não são
Calculemos as funçõescoincidentes
de respostacom em frequência,
a frequência frfde:
excitação (normalmente próxima da
Estrutura + absorsor frequência natural da estrutura). Também
2 gdl constatamos que a resposta da estrutura
(encarnado) é menor do que quando não
tinha o absorsor montado (preto).
Também verificamos que será o absorsor
Estrutura a vibrar com maiores amplitudes (azul).
(sem absorsor)

0.004 Intervalo de variação da


α (ω) frequência de excitação ou
0.003 zona de eficácia do
Estrutura absorsor
(com absorsor montado)
0.002
Absorsor

0.001

ω
0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 ωn s
Escola Náutica I.D.Henrique 101

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
Calculemos uma viga encastrada cuja
frequência natural seja igual à frequência de
vibração do encanamento.

ωn=ω
ω

Escola Náutica I.D.Henrique 102

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
A deflexão estática da viga encastrada pode ser
considerada resultado da combinação da massa
distribuída da haste mais a massa concentrada
da extremidade. Temos então que considerar
dois casos:
ωn=ω
ω
w

wL4 w - peso da haste


δst = L - compr.haste
8EI
L
Escola Náutica I.D.Henrique 103

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
e...
F
FL3
δst =
L 3EI
F - peso montado
na haste ωn=ω
ω
L - compr.haste

bh3 Momento de inércia da haste


I= h
12 de secção rectangular b
Escola Náutica I.D.Henrique 104

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
A deflexão estática total é então:
FL3 wL4
δst = +
3EI 8EI

ωn=ω
ω

e a frequência natural será: w+ F


ωn = δst
m
Escola Náutica I.D.Henrique 105

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
Como a massa total é:
w+ F
m=
g

ωn=ω
ω

a frequência natural resume-se a: g


ωn =
δst
Escola Náutica I.D.Henrique 106

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
O que pretendemos é o valor do peso da
extremidade e as dimensões da haste uma vez
que a frequência que queremos sintonizar é ω:

ωn=ω
ω

o problema é então calcular δst que g


satisfaz a igualdade: δst =
ω2
Escola Náutica I.D.Henrique 107

Supressão de vibração
Absorsor de vibração
Exemplo de cálculo de um absorsor
ou seja, que valores de L, w e F satisfazem a
relação: 3 4
FL wL g
+ =
3EI 8EI ω2
ωn=ω
ω

AbsorsorDinamico.mcd
Mathcad Document

Escola Náutica I.D.Henrique 108

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário

Escola Náutica I.D.Henrique 109

Formulário x(t)
m
Vibração livre sem amortecimento k
mx' ' (t ) + kx(t ) = 0
1
Tn = [s ] Período
fn 2
2  x ' (0 ) 
 + x (0 )2
x ' (0 )
X = 
 ωn 
0 Pico
x( t)
0 1 2 3

x (0 )ω n
2
α = atan [rad ]
x ' (0 )
t
k
ω n = 2 πf n = [rad/s ] Fase
m
Frequência natural

x (t ) = X sen (ω n t + α )

Escola Náutica I.D.Henrique 110

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário x(t)
m
Vibração livre com amortecimento k c
mx' ' (t ) + cx' (t ) + kx(t ) = 0

x ' (0 )
1
declive 2 Td = [s ] Período amortecido
fd
ωd = 2 πf d = ωn (1 - ζ 2 ) [rad/s ]
1
x (0 ) Freq. natural amortecida
c
ζ=
2 k m x( t)
0 2 4 6
α
Factor de amortecimento
ωd 1
ζ<1 - subamortecido

k x (0 )ω d
ω n = 2 πf n = [rad/s ] 2 α = atan
m x ' (0 ) + ζω n x (0 )
t
Frequência natural não amortecida Fase

2
 x ' (0 ) + ζω n x (0 ) 
 + x (0 )
2
X = 

x (t ) = e - ζω n t Xsen (ω d t + α )
 ωd 

Escola Náutica I.D.Henrique 111

Formulário f(t)=Fcos(ωt)
Vibração forçada harmónica, sem
amortecimento
mx' ' (t ) + kx(t ) = F cos(ωt )
x(t)
m
k
0.05

ω
0 2 4 6 8 10
Frequência de excitação
x( t)

0.05

k 0.1
ω n = 2 πf n = [rad/s ]
Frequência natural não amortecida t

 
 
F /k  F /k  x ' (0 )
x (t ) = 2
cos (ωt ) +  x(0 ) − 2 
cos (ω n t ) + sen (ωn t )
 ω    ω  ωn
1 −    1 −   
 ωn    ωn  
Escola Náutica I.D.Henrique 112

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário f(t)=Fcos(ωt)
Vibração forçada harmónica, com
amortecimento x(t)
mx' ' (t ) + cx' (t ) + kx(t ) = F cos(ωt ) m
ω k c
0.04 ωd = 2 πf d = ωn (1 - ζ 2 ) [rad/s ]
Frequência de excitação
Freq. natural amortecida
k
ω n = 2 πf n = [rad/s ] 0.02
m
Frequência natural não amortecida x( t)
c
ζ=
2 k m 0 1 2 3 4 5

Factor de amortecimento
ζ<1 - subamortecido 0.02
 ω
F /k x ' (0 ) t 2ζ  
A1 = x (0 ) − cos (θ ) e A2 =  ωn 
  ω 2 2
   ω ωd θ = atan
1 −    +  2ζ    ω
2
   1 −  
  ω n     ω n 
 
   ωn 
F /k
x (t ) = cos (ωt − θ ) + e -ζω n t [A1 cos (ω d t ) + A2 sen (ω d t )]
2 2
  ω 
2
   ω 
1 −    +  2ζ   
  ω n     ω n 

 

Escola Náutica I.D.Henrique 113

Formulário f(t)=Fcos(ωt)
Vibração forçada harmónica, com
amortecimento x(t)
mx' ' (t ) + cx' (t ) + kx(t ) = F cos(ωt ) m
k c
25

X(ω)
Q(ω) =
F / K 20
ζ=0.025
2 15
ωQmáx = ωn 1 − 2ξ
Frequência de ressonância 10
ζ=0.1
5
ζ=0.2
1 ω/ωn
0
F /k 0 1 2 3 4 5
X (ω) =
2
  ω 2    ω  2
1 −    +  2ζ  
  ω n     ω n  
 

x p (t ) = X (ω)cos (ωt − θ )
Resposta estacionária ou
solução particular

Escola Náutica I.D.Henrique 114

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário f(t)=mdω2ecos(ωt)
Vibração forçada deseq. rotativo, com
amortecimento x(t)
mx' ' (t ) + cx' (t ) + kx(t ) = md eω2 sen(ωt ) m
ω k c
ωd = 2 πf d = ωn (1 - ζ 2 ) [rad/s ]
Frequência de excitação
Freq. natural amortecida
k
ω n = 2 πf n = [rad/s ]
m md massa de desequilíb rio
Frequência natural não amortecida e excentrici dade
c
ζ=
2 k m
Factor de amortecimento
ζ<1 - subamortecido
 ω
2ζ  
A1 = x (0 ) −
(m eω )/ k
d
2
cos (θ ) e A2 =
x ' (0 )
θ = atan  ωn 
  ω 2 2
   ω  2 ωd  ω
2

1 −    +  2ζ  1 −  
  
  ω n     ω n    ωn 
 

x (t ) =
(m eω )/ k
d
2
cos (ωt − θ ) + e - ζω n t [A1 cos (ω d t ) + A2 sen (ωd t )]
2 2
  ω 
2
   ω 
1 −    +  2ζ   
  ωn     ω n 

 
Escola Náutica I.D.Henrique 115

Formulário f(t)=mdω2ecos(ωt)
Vibração forçada deseq. rotativo, com
amortecimento x(t)
mx' ' (t ) + cx' (t ) + kx(t ) = md eω2 sen(ωt ) m
k c

ωn 10
ωQmáx = X(ω)
1 − 2ξ 2 Q(ω) =
e(md / m)
ζ=0.05
Frequência de ressonância

5 ζ=0.1

X (ω) =
(m eω )/ kd
2

2 ζ=0.3
  ω 
2
   ω  2
1 −    +  2ζ   1
  ωn     ω n  
  0
0 1 2 3 4 5
ω/ωn

x p (t ) = X (ω)cos (ω t − θ ) Resposta estacionária ou


solução particular

Escola Náutica I.D.Henrique 116

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário f(t)

Vibração forçada arbitrária, com


amortecimento x(t)
mx' ' (t ) + cx' (t ) + kx(t ) = f (t ) m
k c
ωd = 2 πf d = ωn (1 - ζ 2 ) [rad/s ]
Freq. natural amortecida
0.04

0.02
c
ζ=
2 k m x( t )
Factor de amortecimento
0 2 4 6 8 10
ζ<1 - subamortecido
k 0.02
ω n = 2 πf n = [rad/s ]
m t
Frequência natural não amortecida

e - ζω n (t − τ )
t
x (t ) = f (τ )sen (ω d (t − τ ))dτ
mω d ∫0

Escola Náutica I.D.Henrique 117

Formulário
Vibração forçada por excitação m x(t)
harmónica da base k c
mx ' ' (t ) + cx´(t ) + kx(t ) = ky (t ) + cy ' (t ) y(t)
ω
X
Frequência de excitação (ω) 3
Y
c
ζ= ζ=0.25
2 k m
Factor de amortecimento 2
ζ<1 - subamortecido ζ=0.5

k
ω n = 2 πf n = [rad/s ] 1
ζ=0.75
m ω
Frequência natural não amortecida
ωn
2 0
  ω  0 2 2 4 6
1 + 2ζ 
TR =
X
(ω) =   ωn  
2
Y   ω  2    ω  2
1 −    + 2ζ 
  ωn     ωn 

Escola Náutica I.D.Henrique 118

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário ft(t)
Vibração forçada – transmissão de força à m x(t)
massa por excitação tipo choque da base k c
mx ' ' (t ) + cx´(t ) + kx(t ) = ky (t ) + cy ' (t ) y(t)
∆t Duração do impulso
2
máx( x )
ζ=
c (∆t ) ζ=0.02
2 k m Y
Factor de amortecimento
1.5
ζ=0.1
ζ<1 - subamortecido
1
1

k
ω n = 2 πf n = [rad/s ] ζ=0.5
m 0.5
Frequência natural não amortecida
ω n ∆t
12 π
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Escola Náutica I.D.Henrique 119

Formulário ft(t)
Vibração forçada – transmissão de força à m x(t)
massa por excitação harmónica da base k c
mx ' ' (t ) + cx´(t ) + kx(t ) = ky (t ) + cy ' (t ) y(t)
ω
Frequência de excitação
Ft 8 ζ=0.75
ζ=
c (ω)
2 k m kY 2
6
Factor de amortecimento ζ=0.5
ζ<1 - subamortecido
4
ζ=0.25
k
ω n = 2 πf n = [rad/s ] 2
2
m ω
Frequência natural não amortecida
0
ωn
0 1 2 3 4 5

2
  ω 
2 1 +  2ζ   
Ft  ω 
=    ωn  Ft  ω 
2

kY  ω n  2
  ω 2    ω  2 =  TR
1 −   kY  ωn 
 +  2ζ 
  ωn     ω n  
 
Escola Náutica I.D.Henrique 120

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Formulário fa(t)
Vibração forçada – transmissão de força m x(t)
à base k c
mx' ' (t ) + cx´(t ) + kx(t ) = f a (t ) = Fa cos(ωt ) y(t)

 f t (t ) = Ft cos(ωt − α ) = kx(t ) + cx' (t ) ft (t)
ω
Frequência de excitação Ft
(ω) 3

ζ=
c Fa
2 k m ζ=0.25
Factor de amortecimento
2
ζ<1 - subamortecido
ζ=0.5
k
ω n = 2 πf n = [rad/s ] 1
m
Frequência natural não amortecida
ζ=0.75
ω
  ω 
2 ωn
1 +  2ζ   0
0 2 4 6
F   ωn   2
TR = t (ω) =
Fa 2 2 2
  ω    ω 
1 −    + 2ζ 
  ωn     ωn 

Escola Náutica I.D.Henrique 121

Formulário fa(t)
x(t)
Vibração forçada – transmissão de força m
à base por deseq. de massas k c
mx' ' (t ) + cx´(t ) + kx(t ) = f a (t ) = md eω2 cos(ωt ) y(t)

 f t (t ) = Ft cos(ωt − α) = kx(t ) + cx' (t ) ft (t)
ω
Frequência de excitação 8
Ft
ζ=
c
2
(ω)
2 k m md eωn
Factor de amortecimento
6 ζ=0.75
ζ<1 - subamortecido
4 ζ=0.5
k
ω n = 2 πf n = [rad/s ]
2
Frequência natural não amortecida
ζ=0.25 ω
2 0 ωn
  ω  0 2 4 6
2 1 + 2ζ   2
TR =
Ft  
(ω) =  ω    ωn  
2 2
md e ω n  ωn    ω  2    ω  2
1 −    + 2ζ  md massa de desequilíb rio
  ωn     ωn 

Escola Náutica I.D.Henrique 122

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Referências bibliográficas
Livros
Engineering Vibration, 2nd ed. 2001, Prentice Hall,
Daniel Inman

Mechanical Vibrations, 3rd ed. 1995, Addison-Wesley,


Singiresu S. Rao

Shock and Vibration Handbook, 4th ed. 1995, McGraw-Hill,


Cyril M. Harris

Escola Náutica I.D.Henrique 123

Referências bibliográficas
Internet
Colin Gordon and Associates
Fabreeka International, Inc
Gel-Mec
General Silicones Co., Ltd.
HGC Engineering
Link Engineering Co
Lord Corporation
Melles Griot Co.
Newport
Qontrol Devices, Inc
Quality Research, Development and Consulting, Inc.
Reactec
Roush Anatrol
Sachs, Salvaterra & Associates

Escola Náutica I.D.Henrique 124

por Chedas Sampaio


Supressão de vibração

Referências bibliográficas
Internet
Sound Intensity
SpectraQuest
VibraSystems Inc
quietsolution.com
vibrodynamics.com
Gujarat Cork and Rubber PVT. LTD

Escola Náutica I.D.Henrique 125

FIM

Escola Náutica I.D.Henrique 126

por Chedas Sampaio

Você também pode gostar