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Benefícios externos
Melhoria da imagem: através da implementação de um SGA, as
Autarquias demonstram o seu lado ecológico aos residentes, sendo
que contribui para salientar a necessidade de uma maior acção
ambiental por parte dos agentes locais;
Orientação pelo exemplo: As Autarquias muitas vezes encorajam, e
até mesmo exigem, a melhoria do comportamento ambiental e a
adopção de boas práticas ambientais por parte da sua população e
tecido empresarial, quando elas próprias não são por vezes capazes
de o fazer. A implementação de um SGA constitui uma ferramenta
através da qual as autoridades locais podem ‘orientar pelo exemplo’
e demonstrar como implementar medidas que conduzam a melhorias
ambientais efectivas e duradouras em vez de apenas apresentar
ambições pouco realistas. Poderá servir também como modelo para
outras cidades e governos regionais. Também salienta o conceito de
que ″a acção ambiental começa em casa”, aonde as acções locais na
população têm implicações globais.
Custos
Os principais custos resultantes da implementação de um SGA estão
associados aos seguintes aspectos:
Despesas com pessoal qualificado afecto à Autarquia: O
envolvimento do pessoal é fundamental para estabelecer e manter um
SGA eficaz, desde o fornecimento de informação operacional para o
levantamento ambiental até à implementação do programa
ambiental, monitorização e quantificação do seu desempenho, assim
como a manutenção do sistema em anos futuros. Muitas autoridades
locais estabelecem uma equipa para conduzir o desenvolvimento do
processo de implementação, utilizando muitas vezes um coordenador
para liderar o processo.
Despesas com consultores: o recurso a consultores externos poderá
ser uma decisão bastante positiva para as Autarquias. Os consultores
transmitem os conhecimentos e a experiência de outras organizações.
Um consultor compreenderá a natureza de um sistema de gestão, está
familiarizado com a identificação dos aspectos ambientais e com a
sua gestão. O coordenador da Autarquia que lidera o processo possui
o conhecimento do funcionamento da Autarquia; o consultor
compreende o funcionamento de um SGA: a junção destes dois
elementos poderá ser a solução mais eficaz para o sucesso do SGA.
Formação dos funcionários: no caso de a Autarquia decidir recorrer
a uma empresa externa, para a formação dos seus colaboradores,
deverá considerar mais este custo. Todos os colaboradores e suas
actividades têm potenciais impactes no ambiente, logo é importante
consciencializá-los para as consequências de comportamentos
incorrectos do ponto de vista ambiental. É neste sentido que a
formação ambiental pode fazer a diferença e desempenhar um papel
fundamental no sucesso da implementação de um SGA.
Implementação de melhorias ambientais: no decurso da
implementação do SGA, poderão ser detectadas algumas questões
que necessitam de ser melhoradas, o que poderá implicar
investimentos financeiros, sendo que muitas vezes as acções de
melhoria podem ser alcançadas pela simples redistribuição dos
orçamentos existentes. O investimento em melhorias ao nível
ambiental pode significar poupanças significativas de recursos, de
forma continuada.
Auditoria interna: os custos com este requisito são opcionais, pois
as auditorias internas ao SGA podem ser realizadas por pessoal
pertencente à organização ou por pessoas externas seleccionadas pela
organização, trabalhando em seu nome. No caso da Autarquia optar
pela certificação do SGA, existem alguns custos adicionais. Para a
certificação pela ISO 14001, há que considerar os seguintes custos:
Instrução do processo de certificação, junto de uma entidade
acreditada; Todas as actividades de avaliação por parte da entidade
acreditada (visita prévia, auditorias, …). Estes custos dependem da
tabela de preços de cada entidade acreditada. No caso da certificação
pelo EMAS, os custos adicionais prendem-se com o seguinte:
Declaração Ambiental: trata-se de um documento que expõe de
forma detalhada o impacto ambiental da autarquia, bem como as
metas a serem atingidas no futuro e a avaliação do seu
comportamento ao longo do tempo, tendo como referência essas
mesmas metas. A declaração deve estar disponível ao público, de
onde podem resultar custos de edição, impressão e distribuição, bem
como custos relativos ao pessoal técnico envolvido em reunir toda a
informação relevante (custos estes já considerados anteriormente).
Custos de verificação: a fase final do processo EMAS engloba a
verificação do sistema, que tem de ser necessariamente feita por um
verificador EMAS acreditado e externo à Autarquia. A verificação
inclui uma visita aos vários locais abrangidos pela Autarquia, sendo
que o custo inerente ao processo de verificação depende da dimensão
e estrutura da Autarquia.
Custos de Registo: o registo EMAS implica um pagamento inicial
de registo e uma anuidade para membros. A implementação de um
SGA numa Autarquia tem demonstrado que o retorno dos
investimentos muitas vezes supera os custos de implementação.
Assim, a capacidade de cumprimento ou melhoria dos limites
estabelecidos pela legislação ambiental aplicável às suas actividades,
o envolvimento activo de todos os funcionários na gestão autárquica
e a excelência do seu desempenho ambiental é um desafio imposto
pela implementação de um SGA e que deve ser incentivado e
aplicado pelas Autarquias. Muitas Autarquias constataram já que os
benefícios da implementação de um SGA, superam largamente os
potenciais custos, como é o exemplo que se segue.