Você está na página 1de 8

Como Encarar as Tribulações?

I Pe. 1.6-9

Objetivo: Incentivar o cristão em meio a problemas e


tribulações aflitivas, a descansar no socorro e no propósito de
Deus junto às tribulações por que passamos.

Introdução: Ninguém há que viva sem problemas; mesmo


havendo diferentes conceituações, graus e apresentações das
tribulações, todos os humanos passam por momentos
aflitivos, que nos trazem medos, insegurança, traumas e dor.

Contexto: Possivelmente no ano de 65 d.C. esta carta de


Pedro foi escrita paras as Igrejas da Ásia e regiões próximas.
Nesse período a Igreja era afligida e, muitos cristãos já
estavam sendo perseguidos por causa de sua fé.
Naquele contexto, ser cristão era pertencer a um grupo de
risco.

Transição: A partir deste contexto quero compartilhar com


vocês nesta oportunidade o seguinte tema: Como Encarar
as Tribulações?

I – Devemos Encarar as Tribulações na Consciência


de Que São Terrenas.

1. Todas as tribulações são decorrentes do pecado, sendo


assim, o sofrimento humano é decorrente do pecado.
1.1 – É importante se fazer distinção entre pecado
original e pecado factual.
a)Pecado original é a culpa e corrupção que herdamos
pela transgressão de Adão.
b) Pecado factual, são os pecados que praticamos ao
longo de nossa vida.
1.2 – Muito do sofrimento humano está ligado ao pecado
original pois somos herdeiros de uma raça caída.
1.3 – Muito do sofrimento humano está ligado aos
pecados factuais pois nos ferimos e ferimos outros com
nossos pecados diretos ou com suas consequências.

2. É preciso que tenhamos cuidado em olhar as coisas por


esse ângulo para não impormos culpa sobre a pessoa que
já está sofrendo.

3. Qual é o prisma pelo qual se deve olhar então?


3.1 – Todo tipo de morte e desordem surgiu com a
Queda, a entrada do pecado na vida e na história
humana.
a)Gn. 2.16-17 ‘E o Senhor Deus lhe deu esta ordem:
De toda árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás’.
b) Rm. 6.23 ‘O salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus’.

3.2 – As tribulações são decorrentes da desordem e caos


que se instalou no mundo a partir da entrada do
pecado pela desobediência de nossos primeiros pais.

4. As tribulações são coisas deste tempo presente.


4.1 – Ler as Escrituras na busca do entendimento do
sofrimento humano nos leva a compreender que
tribulações e sofrimentos são resultantes do pecado e
que são pertinentes a este tempo presente.
a)I Pe. 1.6 ‘... no presente...’.
b) Rm. 8.18 ‘... os sofrimentos do tempo presente
não para comparar com a glória por via a ser
revelada em nós...’.
c) Jo. 16.33 ‘No mundo passais por aflições...’.
d) Sl. 103.14 ‘Pois Ele conhece a nossa estrutura e
sabe que somos pó’.

5. Por mais duro e difícil que seja o momento da dor é


preciso lembrarmos sempre que as tribulações são
passageiras.

II – Devemos Encarar as Tribulações na Consciência


de Que São Temporais.

1. As tribulações são terapias de Deus para a alma humana.


1.1 – Deus trabalha fibras intocáveis em nossa alma
usando muitas vezes a dor provocada pelas
tribulações.
1.2 – São como bisturis na mão do Grande e Onipotente
Médico.
1.3 – São incisões temporárias.
a)I Pe. 1.6 ‘... por breve tempo... ’.
b) II Co. 4.17 ‘... nossa leve e momentânea
tribulação...’
2. Ilustração: Uma breve olhada na vida de Jó nos ajuda a
compreender a transitoriedade das provações:
• Dor da perda dos bens.
• Dor da perda dos filhos.
• Dor da perda dos amigos.
• Dor do desprezo da esposa e parentes.
• Dor do desprezo da sociedade.
• ‘Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus
olhos te vêem’ (Jó 42.5).

3. As provações são terapias de Deus para a alma humana e


Deus sabe a dosagem e o tempo necessário.

4. Precisamos aprender as lições que Deus nos ensina


através das provações e tribulações.

III – Devemos Encarar as Tribulações na


Consciência de Que Existem a Juízo de Deus.

1. Deus é quem julga se precisamos passar ou não pela dor.


1.1 – O sofrimento humano não é mera contingência do
destino cego, ou do diabo como tirano, mas está no
poder de Deus permitir ou não, e se Ele o faz é
porque sabe ser necessário.
1.2 – I Pe. 1.6 ‘... Se necessário... ’.

2. Como bem afirma a poética do Hino 164 HNC:


‘As tuas mãos dirigem meu destino,
Acasos para mim não haverá!
O grande Pai vigia o meu caminho,
E sem motivo não me afligirá!’
3. Veja as tribulações como bênçãos de Deus.
3.1 – Olhe para esse momento de tribulação como
oportunidade de Deus para lhe abençoar.
3.2 – Não alimente um espírito de revolta contra a vida,
contra Deus ou contra o próximo, mas alimente um
espírito de gratidão.
3.3 – Calvino: ‘Senhor, a Tua mão me esmaga, mas Te
exalto, porque é a Tua mão’.
3.4 – Sl. 119.71 ‘Foi-me bom ter eu passado pela
aflição, para que aprendesse os teus decretos’.
3.5 – Tg. 1.2-3 ‘Meus irmãos, tende por motivo de toda
alegria o passardes por várias provações, sabendo
que o valor da vossa fé, uma vez confirmado,
produz perseverança’.
3.6 – Tg. 1.12 ‘Bem aventurado o homem que suporta,
com perseverança, a provação, porque depois de ter
sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o
Senhor prometeu aos que o amam’.

IV – Devemos Encarar as Tribulações na


Consciência de Que Tem Um Alvo a Alcançar.

1. As provações são permitidas ou direcionadas por Deus


para que se confirme a fé.

2. Ilustração: Mt. 7.22-27.


2.1 – Duas casas.
2.2 – O mesmo tipo de provação.
2.3 – A prova serviu para indicar a qualidade de uma
casa e deficiência da outra.
2.4 – Fé que não é provada, como saber sua qualidade?
2.5 – Horatius Bonnar1: ‘Fé em tempo de bonança
não é fé’.

3. É na tempestade que se conhece as melhores


embarcações.
3.1 – I Pe. 1.7 ‘... para que, uma vez confirmado o valor
da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo... ’

4. As provações são permitidas ou direcionadas por Deus


para que se redunde em louvor a Deus.
4.1 – As tribulações realçam nossa fé que redunda em
louvor, honra e glória para Deus.
4.2 – I Pe. 1.7 ‘... redunde em louvor, glória e honra na
revelação de Jesus Cristo, a quem não havendo visto,
amais; no qual, não vendo agora, mas crendo,
exultais com alegria indizível e cheia de glória... ’.

5. Exemplos de resultados da tribulação em vultos da


história.
5.1 – Jó 42.1-6 Então, respondeu Jó ao Senhor:
Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos
pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste,
que sem conhecimento encobre o conselho? Na
verdade, falei do que não entendia; coisas
maravilhosas demais para mim, coisas que eu não
conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei;
eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia
só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem.
1
Horatius Bonar, 1808-1889, Nascido em Edimburgo, Escócia, veio de uma longa fila de ministros que serviram um total de 364 anos
na Igreja da Escócia. Em 1853, Bonar recebeu um título honorário de Doutor em Divindade pela Universidade de Alberdeen.
Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na
cinza’.
5.2 – Dn. 4.33-37 ‘No mesmo instante, se cumpriu a
palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre
os homens e passou a comer erva como os bois, o seu
corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe
cresceram os cabelos como as penas da águia, e as
suas unhas, como as das aves. Mas ao fim daqueles
dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu,
tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o
Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para
sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de
geração em geração. Todos os moradores da terra
são por ele reputados em nada; e, segundo a sua
vontade, ele opera com o exército do céu e os
moradores da terra; não há quem lhe possa deter a
mão, nem lhe dizer: Que fazes? Tão logo me tornou a
vir o entendimento, também, para a dignidade do
meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o
meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros
e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e
a mim se me ajuntou extraordinária grandeza.
Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e
glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras
são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode
humilhar aos que andam na soberba’.

6. Olhe para a provação como um aliado de Deus que existe


e trabalha para o teu bem.
CONCLUSÃO: Pode haver alguém aqui passando pelo vale
de lágrima e dor.
Há alguém aqui em alguma tribulação ou sofrimento?
Deixa o Senhor cuidar de ti, na tua dor, na tua aflição.
Busque socorro em Deus, mas peça-lhe forças para que a
provação tenha ação completa, e traga benefícios a ti e
glórias ao nome do Senhor.
Se este é um momento de dor ou tribulações em sua vida
quero convidá-lo a vir a frente para orarmos juntos ao
Senhor.

Você também pode gostar