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Einstein não foi apenas o homem que “criou” a teoria da relatividade e isso o levou a ganhar o

Nobel, mas não foi bem assim.


Albert Einstein foi um homem que teve várias contribuições de bastante peso e significância para a
física, mas esquecemos dela e focamos na Teoria da Relatividade, mas a teoria que o fez ganhar o
Nobel foi a Teoria do Efeito Fotoelétrico. No começo dos anos 1900 os físicos tentavam resolver um
problema que tinha torturado as mentes mais brilhantes da época, a Catástrofe Ultravioleta,
nenhuma teoria existente na época conseguia explicar o que era observado experimentalmente. Nós
temos um corpo negro, cuja definição física é um corpo que absorve toda a luz que incide sobre ele,
por isso ele é negro, só que quando esse corpo emite essa luz ele forma um gráfico bem específico
que só existe quando essa luz é emitida por um corpo negro, só que todas as teorias existentes até
então criavam um problema de conservação de energia, elas diziam que qualquer corpo negro
deveria emitir uma quantidade infinita de raios gama, só que isso não é verdade, se isso fosse
verdade você morreria de uma dose letal de raios gama acendendo um fósforo, o que não acontece.
Esse problema foi resolvido em 1900, por um físico chamado Max Planck, Planck postulou que os
corpos negros não poderiam emitir luz de qualquer frequência, e só luz que fosse múltipla inteira de
uma frequência fundamental, essa foi a base da física quântica, dizer que alguma coisa é quântica ou
quantizada simplesmente quer dizer que essa coisa não pode assumir qualquer valor, ela tem que
ser um múltiplo de um número fundamental, o que nós chamamos de ‘um valor discreto’, por
exemplo, entre o número 1 e 2 existem infinitos números, como, 1,15,1,115, 1,8975 e assim vai,
você entende a ideia, mas numa teoria quântica os valores só podem ser números que são múltiplos
inteiros de um número fundamental, se por acaso esse número fundamental for um, o próximo será
2, depois 3, 4 e assim vai, só que essa teoria quântica ia direto de encontro com a teoria clássica da
luz. De acordo com a teoria clássica da luz, a luz é uma onda continua que varria o espaço e
preenchia ele como um todo, só que uma das consequências da quantização é que a luz mais
continua, ela é formada por pequenos pacotes que hoje em dia chamamos de fótons.
Agora voltando ao Nobel de Einstein, a teoria clássica previa que emitindo uma luz qualquer sobre
uma chapa metálica, essa luz deveria excitar os elétrons e arranca-los da superfície da chapa
metálica, como nós temos cargas se movendo, isso gera uma corrente elétrica e a intensidade dessa
corrente deveria depender da intensidade da luz e da energia de onda da luz, mantendo a
intensidade da luz emitida constante, nós esperamos que a corrente gerada parta de um valor
mínimo, que pode ser zero quando não houver luz, e aumente conforme nós aumentamos a energia
da luz sobre a chapa, como a energia de uma onde depende da frequência dessa onda, então isso
equivale a dizer que a intensidade dessa corrente gerada deveria depender da frequência de
luz(E=hf), agora quando nós vamos repetir esse experimento na vida real nós observamos algo bem
inesperado, pra maior parte das baixas frequências de luz não importa a intensidade da mesma, a
corrente gerada é sempre zero, ou seja, mesmo se emitirmos uma quantidade gigantesca em uma
chapa de cobre, e ainda assim não arrancar nenhum elétron, certas frequências de luz conseguem
arrancar elétrons de chapas metálicas aparentemente sem fazer nenhum esforço, só que outras
frequências de luz por mais intensas que sejam não conseguem arrancar nenhum elétron, e isso não
consegue ser explicado pela teoria clássica, então o que exatamente está acontecendo?
E é aqui que entra Einstein, utilizando a ideia da quantização de Planck, Einstein reafirmou a
hipótese de que a luz é formada por pequenos pacotes de energia bem definidas e essa energia só
depende da frequência ou cor da luz, a grande sacada de Einstein foi não interpretar a luz por seu
caráter ondulatório e sim pelo corpuscular com que ela é absorvida ou emitida, ou seja, ele trata a
luz como pequenos pacotes de energia, ele também supôs que no processo que gera o efeito
fotoelétrico, um elétron sempre vai absorver completamente um fóton, isso é extremamente
importante, porque significa que fótons nunca vão ser metade absorvido ou um valor quebrado, é
essa caraterística que explica porque algumas frequências de luz conseguem arrancar elétron do
metal e outras não, todo elétron fica ligado nesse metal por um certa energia de ligação, isso
significa que para remover esse elétron dessa chapa precisamos fornecer a ele uma energia maior
que a de ligação, como elétrons só absorvem fótons inteiros, isso significa que se o fóton foi
absorvido e o elétron foi desprendido do metal, evidentemente ele absorveu um fóton que possui
uma energia maior que sua energia de ligação

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