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Serial killer: o novo héroi da pós-modernidade

Serial Killer: the new hero of the postmodernity


Miriam Elza Gorender1

Palavras-chave
Serial killer, canibalismo, capitalismo, reificação.

Resumo
Este trabalho busca alcançar melhor compreensão do fenômeno do serial killer na mídia,
usando como exemplos Hannibal Lecter e Dexter (filmes e livros), e fazendo uma correlação
com os conceitos de sociedade de consumo, canibalismo, reificação e o gozo lacaniano.
Um dia, os homens olharão para a história e sua quarta temporada.
dirão que eu gerei o século 20. O serial killing é, como prática, antigo,
Jack, o Estripador e a mudança ocorreu na ênfase dada pela
mídia ou é um tipo novo de crime típico da
Este trabalho procura investigar o surgi- cultura atual? Seja como for, o fascínio que o
mento da figura do serial killer como herói fenômeno exerce sobre o imaginário atual é
na mídia contemporânea. O termo serial kil- inegável, a começar pelo ponto de origem da
ler não se refere a qualquer tipo de assassino. figura moderna do serial killer, ou seja, Jack,
Não é igual também ao assassino em massa o Estripador. Apesar de real, a história que
(ou spree killer), que mata indiscriminada- o cerca tomou já características verdadeira-
mente grande número de pessoas como visto mente mitológicas.
por exemplo no incidente da escola de Co- Os personagens do mito parecem exis-
lumbine. A característica que marca o serial tir em uma realidade que lhes é própria,
killer como tal é precisamente a que lhe dá o que tira sua força da realidade psíquica e
nome: a serialidade das mortes. Essas se in- do desejo que os alimenta e os faz perma-
serem em uma sequência na qual qualquer necer. Um fenômeno que vem se repetindo
das partes pode ser substituída por qualquer na modernidade é a criação de histórias e
outra. Dentro das propriedades comuns de personagens, não por comunidades, mas
cada série, qualquer de seus elementos é in- por indivíduos ou por pequenas equipes
tercambiável. de pessoas, personagens criados com in-
E quero comentar não os serial killers tenção artística ou de entretenimento, e
reais, mas sua incidência na mídia, através que acabam por atingir dimensões míti-
de dois exemplos paradigmáticos: Hannibal cas. Adquirem uma realidade tão palpável
Lecter e Dexter, tendo o primeiro dedicada que recebem correspondência e podem ser
a si uma série de livros de autoria de Tho- noticiados na imprensa como pessoas re-
mas Harris (1983; 1989) e pelo menos qua- ais. Exemplos antigos seriam Dom Quixote
tro filmes; e o segundo também uma série ou Robinson Crusoé, e mais recentemente
de livros, por Jeff Lindsay (2004; 2005; 2007; Sherlock Holmes, Super-Homem ou Tar-
2009; 2010), e um seriado de televisão, já em zan. (WATT, 1997).

1 Psicanalista, membro do Círculo Psicanalítico da Bahia, professora adjunta do Departamento de Neuroci-


ências e Saúde Mental da UFBA, doutora em Psicanálise pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ.

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Serial killer: o novo héroi da pós-modernidade

E por que indicar um assassino como A relação entre Lecter e Starling tem se-
herói de um mito moderno? melhanças com as “consultas” entre o profi-
Freud (2006 [1921] ) fala do surgimen- ler (agente especializado em compreender e
to da figura de herói como consequência do ajudar a capturar criminosos) do FBI Robert
assassinato do pai. Segundo um dos mitos Keppel e o serial killer Ted Bundy. Aí Bun-
fundadores da teoria psicanalítica, nos pri- dy se ofereceu para ajudar o FBI a capturar
mórdios da humanidade os agrupamentos o serial killer Green River (WIKIPEDIA,
humanos eram dominados por um pai que 2010a).
detinha o poder de vida e de morte, excluin- O retrato que Harris pinta de Dr. Lecter
do seus filhos das possibilidades de gozo da é vívido e aterrorizante. Seus olhos são cas-
tribo, como mulheres e alimento. Assim, os tanhos, e sua voz tem um som com algo de
filhos se uniram para matá-lo e o comeram. metálico. Seus dentes são pequenos e bran-
Mas o pai, uma vez morto, e através da cul- cos. Um homem maduro bem entrado na
pa, tomou uma envergadura na lembrança meia-idade, Lecter é pequeno e compacto
dos filhos que o tornou mais poderoso do e se move com graça e silêncio incomuns.
que poderia ter sido quando vivo. Ele tem seis dedos em uma mão, o dedo do
meio “perfeitamente replicado... a forma
Foi então que talvez algum indivíduo, na
urgência de seu anseio, tenha sido levado a mais rara de polidactilia”. Seu sentido de
libertar-se do grupo e a assumir o papel do olfato é altamente desenvolvido (HARRIS,
pai. Quem conseguiu isso foi o primeiro poe- 1989, p. 20-21).
ta épico e o progresso foi obtido em sua ima- Por que dotar Lecter de características
ginação. Esse poeta disfarçou a verdade com tão extraordinárias? Sabemos que o herói
mentiras consoantes com seu anseio: inventou
mitológico não é em geral um homem co-
o mito heróico. O herói era um homem que,
sozinho, havia matado o pai - o pai que ainda
mum, ele tem seu destino marcado por ca-
aparecia no mito como um monstro totêmico racterísticas que o põem em relevo, as quais
(FREUD, 2006 [ 1921], p. 146-147). são de origem divina, demoníaca ou animal.
No caso de Lecter, saltam aos olhos carac-
O herói é, portanto, desde sua origem, terísticas animais (como o olfato, a graça e
um assassino. Mas é importante notar que o silêncio do predador, sua rapidez) aliadas
um assassino pode ser colocado no papel a uma extrema sofisticação cultural e inteli-
do herói ou da ameaça enfrentada. Como e gência sobre-humanas. É de notar também
por que Lecter é um herói? E que ele seja a sua afirmação, no início do filme, quando
um herói mítico não pode ser negado. Não Clarice lhe pergunta se não quer encarar
há como não vibrar quando, no final do fil-
o que quer que tenha lhe acontecido para
me, o personagem, já liberto, parte ao en-
transformá-lo em um monstro: “Nada me
calço de um jantar com um velho amigo. Os
aconteceu, agente Starling. EU aconteci”.
dois filmes subsequentes, Dragão Vermelho
O cinema moderno tem utilizado de for-
e Hannibal, são construídos em volta dele.
O último filme tem inclusive seu nome. Na ma livre as histórias dos mitos gregos. Uma
internet há cerca de 750.000 páginas rela- lenda que se assenta firmemente na tradição
cionadas ao personagem criado por Thomas cinematográfica americana é a de Theseus
Harris como coadjuvante em Dragão Ver- percorrendo o labirinto de Creta para ma-
melho (1981). Como costuma acontecer aos tar o monstruoso Minotauro, homem com
melhores produtos de nosso inconsciente, cabeça de touro, que anualmente devorava
nosso bom doutor logo ganhou vida pró- jovens virgens de Atenas. Há uma frequen-
pria. te combinação desse mito, também, com o

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de Orfeu; neste, um herói deve arriscar sua e vestia os resultados. Gein também con-
vida para resgatar uma donzela em peri- feccionou abajures e braceletes das sobras
go, viajando ao escuro submundo (o infer- e até fez uma vasilha de um crânio de mu-
no ou Hades), onde um monstro mortal o lher. Harris também usou um pouco de Ted
aguarda. Nos filmes do final do século 20, o Bundy na criação de Jame Gumb. Bundy
submundo do desconhecido tem sido subs- também usava um gesso falso no braço para
tituído pelo Hades da paisagem urbana, e atrair e atacar suas vítimas (HOME PAGE
o serial killer tornou-se o novo Minotauro: FOR TIMOTHY MASON, 2010).
uma besta odiosa que caça os jovens, tem No entanto, não há e não pode haver
poderes super-humanos e apenas pode ser qualquer modelo da vida real para Lecter.
localizada e morta por um herói excepcio- E minhas conclusões têm a ver justamente
nal. O minotauro é um monstro assassino com a diferença entre os dois. Lecter é não
que representa um mundo onde reinam o apenas refinado, sofisticado e inteligente.
caos e a escuridão. Ele se coloca contra toda espécie de rudeza
Cada filme também apresenta um labi- e mediocridade. Veremos breve em que isso
rinto, uma zona de perigo física em que o importa.
herói deve entrar sozinho sem qualquer ga- Há outra dimensão na imagem do serial
rantia de retorno. killer que aponta diretamente para sua
Enquanto Clarice é a que deve entrar modernidade, a do canibalismo, embora não
só no labirinto tenebroso da casa de Buffa- aquele que se mostra de forma evidente em
lo Bill, Lecter torna-se ao mesmo tempo a Hannibal, o Canibal, e que também começou
imagem do Minotauro e de seu destruidor. a ser conhecido com Jack, o Estripador. Trata-
É dele a mão que guia Clarice, sem a qual ela se aqui do conceito de capitalismo enquanto
nada faria (THE UNIVERSITY OF MEL- canibalismo. O canibal, como ferramenta
BOURNE, 2006). retórica, foi primeiro utilizado a partir da
Mas é muito importante notar que, no colonização do Novo Mundo, tendo origem
filme, figuram dois serial killers, comple- nas histórias sobre os nativos do Caribe
tamente distintos entre si, Lecter e Jame contadas pelos vizinhos e inimigos. Carib
Gumb. transformou-se em Canib e daí a canibal.
Thomas Harris claramente usou mo- A antropofagia, entendida como prática
delos da vida real para o outro serial killer socialmente sancionada, é em si um mito
do Silêncio dos Inocentes. Jame Gumb (ou segundo William Arens (apud LEFEBVRE,
Buffalo Bill) lembra o serial killer Ed Gein, 2005), um construto imaginário de
que também serviu de modelo para Norman alteridade e que à época se traduzia por não
Bates em Psicose, de Hitchcock. Gein, que branco e colonizável. Este conceito irá sofrer
vivia no interior de Wiscosin na década de sua primeira torção às mãos de Montaigne,
50, foi um homem quieto e introvertido, que o utilizou para elaborar uma crítica não
criado por uma mãe dominadora. Ele havia dos povos colonizados, mas da selvageria de
considerado uma operação de mudança de seus próprios compatriotas.
sexo para aliviar sua miséria, mas, conside- Irá infiltrar-se na literatura a partir de
rando as limitações de sua vida em uma ci- uma das personagens mais citadas como
dade pequena, acabou por decidir não fazê- ilustrativas dos mecanismos do capitalis-
la. O que ele fez, em lugar disso, foi se vestir mo, Robinson Crusoé. Apesar de Marx já
com a pele de mulheres. Gein, como Gumb, chamar a atenção para ambos os polos, por
matava mulheres, tirava sua pele, curtia-a várias décadas o interesse maior dentro do

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estudo do capitalismo voltou-se para a pro- pridos, sendo nisso intercambiáveis. Daí ter
dução e seus meios. Mas o “pecado original” surgido inclusive a ciência da vitimologia.
do capitalismo é tanto de produção como de Sua individualidade, sua condição de su-
consumo. E se o canibalismo representa o jeito, é por este ato completamente apaga-
consumo sem reserva, segundo Bartolovich, da. Ao escolher suas vítimas e consumi-las
“então o capital deve encontrar no canibalis- em série, o serial killer age da mesma forma
mo não apenas seu próprio limite – ao qual que qualquer um pode escolher sempre uma
deve renunciar – mas também a figura de mesma marca de um produto nas prateleiras
seu próprio desejo.” (BARTOLOVICH apud do supermercado, identificando-o pela em-
LEFEBVRE, 2005. p. 5). balagem, seguro de que seu conteúdo será
O serial killing, como vimos, requer re- sempre idêntico.
petição, serialidade. De fato, o agente do FBI Os serial killers transformam, então, suas
Robert Ressler (WIKIPEDIA, 2010 b), que vítimas em objetos seriais, de consumo em
criou o termo, diz que nisso foi inspirado série. Marx descreve o fetichismo de merca-
em parte “pelas aventuras seriais que costu- doria como o que acontece quando “uma re-
mávamos ver aos sábados no cinema”. Cabe lação social definida entre homens... assume
aqui um comentário sobre séries: interessa a forma fantasmagórica de uma relação en-
diferenciá-las dos conceitos de conjunto e tre coisas” (MARX apud LEFEBVRE, 2005,
cadeia significante. Em um conjunto, há vá- p. 8). No contexto do capitalismo, canibalis-
rios elementos idênticos, mas o que os re- mo e serial killing se tornam eles mesmos
úne é uma espacialidade. Um conjunto o é imagens de reificação.
dentro de um determinado momento, o que Se a questão se torna consumir ou ser
não implica a passagem do tempo. Todos os consumido, uma forma de manter uma
elementos que exercem uma determinada individualidade ilusória seria manter-se
função dentro de uma estrutura, por exem- como consumidor. Nesse sentido o serial
plo. Já em uma cadeia, por outro lado, há o killer é um alvo à identificação.Também
desenrolar do tempo em uma sequência de nesse sentido tanto Hannibal Lecter quan-
elementos, mas estes são necessariamente to Dexter Morgan podem ser vistos como
diferentes para que possa haver produção de cavalheiros e mesmo honoráveis, seguindo
sentido. Uma série é uma sequência tempo- regras de conduta e tendo gostos discri-
ral de elementos idênticos naquilo que os ca- minados. Há também em ambos os casos
racteriza, constituindo-se portanto em pura a insinuação de que as atividades de am-
manifestação do gozo no tempo. Ao falar em bos seriam desculpáveis e quem sabe até
gozo e repetição, com frequência tem-se a mesmo louváveis por implicarem, em sua
impressão de algo estático e atemporal, mas execução, um bem público. Lecter, em seu
em sua realização há uma dinâmica tempo- terceiro filme, é descrito como escolhendo
ral muito bem figurada na série. O principal como vítimas apenas aqueles que conside-
objetivo desta é manter uma cena fantasmá- ra como ofensivos à sociedade. Dexter, que
tica o mais imutável possível. Como isto se trabalha para a polícia de Miami como es-
manifesta no serial killer? pecialista em padrões de sangue, mata ape-
As vítimas são escolhidas por possuir nas assassinos.
em comum certos traços que satisfazem E aqui vai uma última observação. Assim
determinadas condições internas para o as- como Freud comenta, em seu Personagens
sassino; por exemplo, mulheres morenas de Psicopáticos no palco (2006 [1942] ), que o
uma certa idade, baixas e de cabelos com- herói se presta à identificação por parte do

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público, aquilo com que o público se iden- Referências


tifica no caso dos serial killers não é apenas
o consumidor, refinado ou não, mas o assas-
sino em si. Lacan (1995), ao falar de Sade, FREUD, S. Psicologia de grupo e análise do ego
lembra o sistema filosófico, trazido por este, [1921]. In: ______. Edição standard brasileira das
obras psicológicas completas. Trad. de Jayme Salomão.
do papa Pio VI, que defende o crime como
Rio de Janeiro: Imago, 2006. v.XVIII. p. 79-156.
colaborador para a harmonia da natureza,
para logo reconhecer o argumento como ______. Personagens psicopáticos no palco [1942].
In: ______. Edição standard brasileira das obras psi-
tolo, utilizado para disfarçar a maldade no cológicas completas. Trad. de Jayme Salomão.Rio de
cerne do humano. Mais importantes são os Janeiro: Imago, 2006. p. 289-298
derivados que daí surgem. Um dos motivos
HARRIS, T. Dragão Vermelho. Rio de Janeiro:
mais citados, além de sexual, para os serial Record,1983.
killers, é a sensação de poder, de sentir-se
______. O Silêncio dos Inocentes. Rio de Janeiro:
um deus. E justamente Lecter traz este ra- Record,1989.
ciocínio: se Deus é o maior dos assassinos,
HOME PAGE FOR TIMOTHY MASON. Disponí-
por que não pode o homem também matar? vel em: http://www.timothyjpmason.com/WebPa-
E mais, se o homem foi criado por Deus à ges/Publications/Serial_Killers.htm. Acessado em
sua imagem e semelhança, criado em seu 25/09/2010.
âmago com uma maldade fundamental que LACAN, J. O seminário, Livro 7. A ética da psicanáli-
parte de seu gozo sobre o outro, o que o im- se. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
pediria de matar? LEFEBVRE, M. Conspicuous consumption: the figu-
Em todos os tempos, as narrativas de re of the serial killer as cannibal in the age of capita-
morte e assassinato sempre fascinaram e lism. Theory, Culture & Society, Inglaterra, v. 22, n. 3,
atraíram. Citando Hitchcock (MODERN p. 43-62, Jun. 2005.
MYTHOLOGY, 2010), quanto melhor o vi- LINDSAY, J. Darkly dreaming Dexter. New York:
lão, melhor o filme. O que diz de nossa cul- Doubleday, 2004.
tura que este fascínio tenha tomado precisa- ______. Dearly devoted Dexter. New York: Double-
day, 2005.
mente esta forma?
______. Dexter in the dark. New York: Doubleday,
2007.

Keywords ______. Dexter by design. New York: Doubleday,


2009.
Serial killer, cannibalism, capitalism, reifica-
______. Dexter is delicious. New York: Doubleday,
tion. 2010.
MODERN MYTHOLOGY. Disponível em: http://
Abstract
www.insidesocal.com/modernmyth/2009/03/. Aces-
This paper endeavors to achieve a better sado em 25/09/2010.
understanding of the serial killer phenomenon
THE UNIVERSITY OF MELBOURNE. Disponível
in the media, using as examples Hannibal
em: http://www.ahcca.unimelb.edu.au/Superheroes/
Lecter and Dexter (from books and movies) abstracts-full-S.html. Acessado em junho de 2006.
and relating the concepts of serial killer to
WATT, I. Mitos do individualismo moderno. Rio de
those of consumer society, cannibalism,
Janeiro: Zahar, 1997.
reification and the lacanian lust (Jouissance).
WIKIPEDIA. Disponível em: http://en.wikipedia.org/
wiki/Robert_D._Keppel. Acessado em 25/09/2010.
______. Disponível em: http://en.wikipedia.org/
wiki/Robert_Ressler. Acessado em 25/09/2010.

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Tramitação

Recebido: 29.09.2010
Aprovado: 25.11.2010
Nome da autora: Miriam Elza Gorender
Endereço: Rua Marques de Caravelas,
217/901 – Barra
CEP : 40140-241 – Salvador – BA
E-mail : miriamgorender@gmail.com

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