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São Paulo
2014
Ten Cel PM João Alves Diniz Neto
São Paulo
2014
Ten Cel PM João Alves Diniz Neto
_________________________________
Cel PM Álvaro Batista Camilo
_________________________________
Cel PM Marco Aurélio Alves Pinto
_________________________________
Cel PM Glauco Silva de Carvalho
_________________________________
Cel PM Ricardo Ferreira de Jesus
_________________________________
Cel PM Antônio Carlos Biazotto Filho
Este trabalho é dedicado:
Aos meus pais, Salvador Alves Diniz e Maria Nazaré Soares Diniz, pelo
amor e dedicação incondicional pelos quais ofertaram tudo o que não tiveram, a fim
de que eu chegasse a este momento, guiando-me pelos caminhos da luz e da
retidão.
Aos Senhores Oficiais, Cel PM Marco Aurélio Alves Pinto, Cel PM Glauco
Silva de Carvalho, Cel PM Ricardo Ferreira de Jesus e Cel PM Antônio Carlos
Biazotto Filho, por me darem a honra de compor a presente banca, enriquecendo os
trabalhos com tão nobres contribuições.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................13
2 A URBE E O URBANISMO....................................................................................16
2.1 Origem das cidades brasileiras............................................................................19
2.2 Registros históricos do planejamento urbano......................................................20
2.3 O urbanismo em tempos modernos.....................................................................23
2.4 A causa da degradação das cidades...................................................................26
4 AS DOENÇAS DA CIDADE....................................................................................39
4.1 Especulação imobiliária........................................................................................39
4.2 Causas da criminalidade......................................................................................42
4.3 O crime e o mapa da urbanização na cidade de São Paulo................................44
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................86
11
1 INTRODUÇÃO
espaço público perfeito também não encontrará sucesso, caso não se considere o
principal ingrediente de formação do conjunto harmônico, o comportamento humano.
Foram utilizados dados teóricos extraídos dos diversos livros, teses, artigos,
matérias jornalísticas escritas e virtuais; opinativos, obtidos através de pesquisas
indiretas e entrevistas envolvendo oficiais da Policia Militar; e quantitativos, pela
análise de dados estatísticos extraídos do site da Secretaria de Segurança do
Estado de São Paulo, fundação Seade e do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE).
14
2 A URBE E O URBANISMO
Embora não se possa precisar que tais eventos tenham se dado em partes
específicas do globo ou que tenham ocorrido simultaneamente em várias regiões,
alguns estudos em sítios arqueológicos indicam que, as primeiras evidências do
surgimento do homem teriam se dado no continente africano (DARWIN, 1871).
1
Informação disponível em <http://www.infoescola.com/pre-historia/periodo-neolitico/>. Acesso em:
10 Mar. 2014.
16
2
Informação disponível em < http://www.historialivre.com/antiga/importancia_dos_rios.pdf>. Acesso
em: 16Mar. 2014.
3
Informação disponível em < http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/
26/artigo145825-1.asp>. Acesso em: 16 Mar. 2014.
17
4
Informação disponível em <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/periodo-pre-colonial-
pau-brasil-capitanias-hereditarias-e-governo-geral.htm> Acesso em: 16 Mar. 2014.
18
Mesmo assim, ainda que o principal ciclo econômico iniciado pelo sistema
das capitanias hereditárias, o da cana-de-açúcar, demandasse a exploração de mais
terras para cultivo, a produção e a logística de escoamento do produto final ainda
encontrava coerência em continuar priorizando a concentração populacional ao
longo das áreas litorâneas (PEIXOTO, 1944).
5
Cidade-estado da Grécia antiga.
6
Informação disponível em <http://revistas.ulusofona.pt/index.php/revlae/article/viewFile/1828/1689>
Acesso em: 18 Mar. 2014.
7
Informação disponível em <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/06.069/3106>
Acesso em: 18 Mar. 2014.
20
8
Informação disponível em <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/06.069/3106>
Acesso em: 18 Mar. 2014.
21
9
Tecido Urbano refere-se a um determinado tipo de urbanização de uma região urbana.
22
São expoentes desta fase do urbanismo, Frank Lloyd Wright com sua
utópica “Broadacre City”, Le Corbusier e a “Ville Radieuse” (Cidade Radiante),
Ebenezer Howard e a Cidade Jardim e Tony Garnier (Cidade Industrial),
profissionais que estabeleceram em suas propostas suas visões particulares das
cidades ideais, tentando desenhá-las de modo completo, com a interação do ser
humano e suas necessidades urbanas, integrando-os à terra e às novidades
tecnológicas surgidas no período vivido, objetivando obter o todo desejado num
grande modelo sistêmico de funções a serem exercidas num só lugar (CHOAY,
1979).
10
Informação disponível em <http://www.mobilizacuritiba.org.br/files/2014/04/Curitiba-constru
%C3%A7%C3%A3o-e-desconstru%C3%A7%C3%A3o-de-um-mito.pdf> Acesso em: 20 Mar. 2014.
26
junto ao litoral mais ao norte do Brasil era palco dos ciclos econômicos à época da
colonização, era o nordeste brasileiro o foco das maiores concentrações
populacionais do país. Exaurido o inicial ciclo econômico atrator e eleito novo eixo
propulsor da economia, facilmente a região mais populosa passou à região de Minas
Gerais e, no contexto mais moderno, ao estado paulista (SILVA) 11.
11
Informação disponível em <http://www.brasilescola.com/brasil/principais-migracoes-inter-regionais-
no-brasil.htm> Acesso em: 22 Mar. 2014.
12
Informação disponível em <http://lei3l.files.wordpress.com/2010/06/as-cidades-insustentaveis.pdf>
Acesso em: 21 Mar. 2014.
27
O estudo ora realizado fará referência à capital paulista, cidade que por sua
expressão no cenário internacional, reúne as características próprias das maiores
metrópoles do mundo, sendo cenário bastante representativo do todo nacional.
Uma das principais missões formadas neste período e que serviu de base
para as principais incursões ao interior do Brasil através das “Bandeiras”
(expedições formadas por particulares denominados “Bandeirantes”, em busca de
riquezas), fruto das iniciativas jesuítas no planalto paulista; deu origem à Vila de São
Paulo em 25 de janeiro do ano de 1554 (REVISTAS.USP.BR) 13.
13
Informação disponível em <http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/viewFile/36094/38815>
Acesso em: 02 Abr. 2014.
28
14
Informação disponível em <http://veja.abril.com.br/230507/pompeu.shtml> Acesso em: 29 Mar.
2014.
15
Conflito armado ocorrido na região das Minas Gerais entre os anos de 1707 e 1709, envolvendo os
bandeirantes paulistas e os emboabas (portugueses e imigrantes de outras regiões do Brasil).
29
16
Primeiro caminho pavimentado que ligou São Paulo a Santos, construído a mando de Bernardo
José Maria de Lorena, então governador-geral da Capitania.
17
Informação disponível em <http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/ecofotos/boletins/caminhada-na-
calcada-do-lorena-6109.asp> Acesso em: 30 Mar. 2014.
18
Informação disponível em <http://hid0141.blogspot.com.br/2012/02/os-povos-no-brasil-
miscigenacao.html> Acesso em: 30 Mar. 2014.
19
Estima-se que houve mais de 200.000 escravos indígenas na capitania de São Vicente até meados
do século XVII.
30
20
As áreas das Minas de ouro faziam parte da Capitania de São Paulo.
21
Informação disponível em <http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/escravos-povo-
marcado-491017.shtml> Acesso em: 05 Abr. 2014.
31
22
Informação disponível em <http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2007/jusp814/pag12.htm> Acesso em:
20 Abr. 2014.
23
Informação disponível em <http://www.direito.usp.br/faculdade/index_faculdade_historia_01.php>
Acesso em: 12 Mai. 2014.
24
Informação disponível em <http://sempla.prefeitura.sp.gov.br/historico/tabelas/pop_brasil.php>
Acesso em: 17 Mai. 2014.
33
25
Informação disponível em <http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/
edicao10/materia03/> Acesso em: 02 Jun. 2014.
26
Informação disponível em <http://revistadinheirorural.terra.com.br/secao/estilo-no-campo/a-historia-
nos-trilhos-do-cafe> Acesso em: 15 Mai. 2014.
34
27
Informação disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/historia/index.php?
p=4673> Acesso em: 28 Mai. 2014.
35
Até o fim dos anos trinta, ainda que fossem construídas casas para
moradias, a insuficiência salarial era proibitiva para seu uso unifamiliar, quer nas
áreas centrais, quer em diversos bairros que já haviam se estabelecido como
operários. Para minimizar os problemas, foram criados programas para que as
indústrias construíssem casas para funcionários, no entanto, o modelo fracassou
pois não havia casas suficientes e não houve gratuidade nas vilas construídas
(BLAY, 1985). A predominância do cortiço como moradia ainda se deveu ao fato de
que muitos proprietários de casas, cientes de que ganhariam muito mais sublocando
seus cômodos, tornaram se grandes especuladores imobiliário desta modalidade
(SANTOS, 1992).
4 AS DOENÇAS DA CIDADE
28
Lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, foi a primeira iniciativa no sentido de organizar a
propriedade privada no Brasil.
38
29
Informação disponível em <http://urbanidades.arq.br/2008/09/o-que-e-especulacao-imobiliaria/>
Acesso em: 06 Jun. 2014.
30
Informação disponível em <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.058/487>
Acesso em: 30 Mai. 2014.
39
31
Informação disponível em <http://www.cartacapital.com.br/politica/avancos-e-retrocessos-na-
operacao-urbana-agua-branca-4691.html> Acesso em: 10 Jun. 2014.
40
desordenamento urbanístico das grandes cidades que possa ser arcado pelo próprio
contribuinte que dela necessita (FOLHA, 1998) 32.
32
Informação disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff23049814.htm> Acesso em:
20 Jul. 2014.
33
Informação disponível em <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/10/roubos-crescem-19-e-
assassinatos-sobem-22-em-setembro-em-sp.html> Acesso em: 27 Set. 2014.
41
Não se pode mais afirmar que o crime está diretamente ligado à pobreza,
vez que em momentos de maiores dificuldades econômicas vivenciados no país, os
índices criminais se encontravam em patamares mais baixos. Pelas condições
ambientais, também se depreende que, como vimos, o desarranjo urbano no Brasil
data de várias décadas e em momentos pretéritos os índices criminais não
preocupavam tanto à sociedade. Sob a ótica da presença policial, alguns locais
atuais que recebem maciça atenção dos aparatos fiscalizatórios não conseguem
reduzir os índices criminais a níveis satisfatórios.
34
Informação disponível em <http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,so-2-5-dos-paulistanos-
vivem-em-areas-totalmente-urbanizadas,1100220> Acesso em: 15 Ago. 2014.
43
35
Informação disponível em <http://super.abril.com.br/ciencia/origem-criminalidade-442835.shtml>
Acesso em: 22 Set. 2014.
44
Figura 01: Mapa comparativo: Local de Residência das vítimas de homicídio X Local
dos homicídios.
36
Informação disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/arquitet/arqui22.htm> Acesso
em: 12 Out. 2014.
45
Fonte: IBGE.
Deste modo, verifica-se que a maior parte das áreas onde ocorreram os
crimes, recebeu avaliação de IDH médio, o que não corresponderia a uma
classificação tão privilegiada, uma vez que as regiões consideradas como de baixo
IDH, numa escala de 0 a 1, estariam abaixo do valor 5 e indicam tratar-se de áreas
com condições de sobrevivência comparadas aos piores locais do globo terrestre.
37
A Universidade de Stanford (EUA), realizou experiência de psicologia social, deixando dois carros
idênticos, abandonados numa rua do Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e o outro em Palo
Alto, área nobre de Los angeles, tendo como resultado a vandalização do primeiro veículo.
Sequencialmente, após a quebra de um vidro do segundo carro, o mesmo também foi vandalizado.
51
urbana existente nas ruas das grandes cidades fosse vital para a segurança das
mesmas, entendendo que quando todos são responsáveis por tudo, ninguém cuida
de qualquer coisa.
A análise sob a ótica dos conceitos anteriores poderia até alcançar bons
resultados, quando se detectasse a participação única do ambiente como gerador
dos comportamentos antissociais, sendo facilmente atenuado com a adoção de
todas as medidas de alteração urbana. No entanto, algumas manifestações e
relações comportamentais podem não depender unicamente do ambiente existente
e, deste modo, poder-se-ia obter soluções perfeitas de desenho urbano e ainda
assim, continuar a experimentar o surgimento de atos criminosos partidos de
membros da localidade ou pessoas externas ao espaço avaliado.
Fonte: https://www.google.com.br/maps/search/floripa.
Deste modo, Crowe adiciona uma “não tão nova” variável para os
comportamentos em espaços urbanos; vez que já eram elementos essenciais para
Jacobs e Wood; as características sociais, sendo fundamental que se considere que
os utilizadores devem conferir funcionalidades para os diversos espaços públicos,
devendo, tal conceito, ser incorporado ao trabalho do planejador urbano, para que
se exerça realmente a prática na obtenção de espaços mais seguros.
59
38
SSP/SP.
66
No Brasil, esses conceitos têm sido pauta de estudo por vários especialistas
das áreas correlatas à segurança pública, pertencentes a seguimentos variados
entendidos como necessários à composição do CPTED, no entanto, em sua maioria,
restringem-se a citar as bases de seus fundamentos e ressaltar sua importância,
sem aprofundar sobre as formas que sua filosofia devesse ser incorporada à rotina
dos administradores de segurança pública, quem deveria fazer parte das comissões
que realizariam os planejamentos, ou como as determinações ou orientações
deveriam ser difundidas a todos os interessados.
68
serão reduzidos aos números desejados pela sociedade paulista, enquanto não
agirmos nas reais causas de sua produção.
6 CONCLUSÃO
evento não ocorra. “Queremos mais policiamento na rua”. No entanto, tal visão deve
ser desconstruída.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FISHMAN, Robert. Beyond Utopia: Urbanism after the end of Cities. Urbanitats.
Barcelona, 1998.
HALL, Peter. Urban and regional planning. 4th ed. New York: Routledge, 2002.
JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
LIMA, Renato Sérgio de. Conflitos Sociais e Criminalidade Urbana: Uma Análise
dos Homícidios Cometidos no Município de São Paulo. São Paulo: Sicurezza, 2002.
MALTA, Cândido. Práticas cidadãs para uma nova cidade. In PINSKY, Jaime
(org). Práticas de cidadania. São Paulo: Contexto, 2004.
MESQUITA NETO, Paulo de. Ensaios sobre segurança cidadã. São Paulo:
Fapesp, 2011.
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http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/arquivos/Quadro_da_Desigualdade_em_SP.
pdf.
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Magazine. March-1982.