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Com a evolução da legislação com base nos Direitos da Família, a Psicologia vem

recebendo cada vez mais espaço para sua aplicação. Nestes espaços, o psicólogo
poderá mediar em diverssas situações, como no esclarecimento de fatos,
proporcionando uma visão mais ampla e objetiva sobre eles, e, em inúmeras situações
de litígio conjugal de acordo com seus conhecimentos científicos relacionados à
estruturação psíquica familiar.

Além de todo suporte que o psicólogo pode oferecer à estrutura judicial, ele também é
responsável por realizar as perícias psicológicas. Sobre a perícia psicológica podemos
dizer que: "A perícia significa destreza, habilidade. Consiste num aporte especializado
que pressupõe um conhecimento técnico/científico específico que contribui no sentido
de esclarecer algum ponto considerado imprescindível para o procedimento
processual." (DIAS, 2011, p.01)

Tendo isto, podemos dizer que a perícia psicológica proporciona um exclarecimento


documentado, pautado na ciência em relação aos fatos pontuados pelo profissional
como indispensável de atenção no processo em questão. Podendo haver elaboração
de observações, entrevistas, visitas domiciliares e institucionais, aplicação de testes
psicológicos, utilização de recursos lúdicos e outros instrumentos e métodos.

Segundo Dias (2011), o psicólogo é o profissional competente para a realização de


avaliações e laudos que auxiliam o juiz nas suas decisões, pois utiliza-se de provas
periciais que permitem incluir nos autos, informações técnicas que o juiz desconhece
por execderem seus conhecimentos técnicos.

Com isto, Os juízes têm buscado cada vez mais o apoio de peritos para justificarem
suas decisões. A perícia psicológica é solicitada em processos judiciais, em diferentes
campos da Justiça, especialmente nas áreas Civil, Penal e Trabalhista, mas ela é
também relevante no âmbito extrajudicial, na fase do inquérito e em função e demanda
específica do Ministério Público.

Podemos dizer que as situações em que há mais indicação para a realização de


perícia psicológica, em geral, são solicitadas em processos judiciais, no entanto, em
campos distintos no âmbito da Justiça, em especial nas áreas Civil, Penal e
Trabalhista. Entretanto, ela também é relevante na esfera extrajudicial, na fase do
inquérito e em função de uma demanda específica do Ministério Público. Além disto,
ela é altamente solicitada nos processos relativos ao direito de família e das crianças e
adolescentes, na área Penal/Criminal, em função da investigação da imputabilidade
penal e dos aspectos psicológicos ligados ao crime, á violência e ao abuso, embora
não seja tão conhecida na área trabalhista, na investigação do nexo de causalidade
entre a atividade de trabalho a possibilidade de comprometimento ou dano psicológico
no trabalhador, Além disso, é praticamente desconhecida a perícia psicológica em
acidentes com vítimas ou, no caso da autópsia psicológica, que é uma espécie de
perícia psicológica post mortem, a perícia psicológica tem significativas contribuições
nessas áreas.

Em se tratando de ética profissional na atuação do psicólogo, em alguns contextos, que


de acordo com a própria lei, será cabível a indicação de outras formas de trabalho em
situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores,
possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da
avaliação. – "O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que
preserve sua especificidade e limite de intervenção, não se subordinando técnica e
profissionalmente a outras áreas." Art. 5º - RESOLUÇÃO CFP nº 017/2012

Em suma, podemos concluir que as possibilidades de atuação do profissional psicólogo


e os limites da mesma devem estar alicerçados com a lei, e, principalmente,
carregando consigo os valores éticos, estéticos e morais que regem a sua profissão.

REFERÊNCIAS:

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos Psicólogos.


Brasília: CFP,2005. Disponível em:
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

PENNA, Paula, perícia psicológica e o Direito de Família, IBDFAM, Ago, 2011.


disponível em: https://ibdfam.org.br/artigos/758/A+per%C3%ADcia+psicol
%C3%B3gica+e+o+Direito+de+Fam%C3%ADlia

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