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 Bem vindos a 3 balas

“3 Balas” é um suplemento para Tormenta 20, criado por José Fernando. É um material baseado no
mundo de Tormenta – todos os direitos reservados aos seus criadores, todo esse material foi feito sem
aprovação ou orientação da Jambô editora e sem fins lucrativos. Parte do material utilizado é propriedade
da Jambô Editora.

Todas as regras e descrições aqui presentes servem para ajudar o mestre a organizar toda a campanha e
fixa-la em sua mente, nenhuma regra apresentada neste livro pode ser considerada oficial, pois as mes-
mas não foram criadas pela Jambô Editora, todas as imagens são apenas para referência e melhor com-
preensão, além de harmonizar com o texto.

3 Balas não pode ser jogada com apenas o módulo básico de Tormenta20, pois também é necessário ter
as fichas e regras presentes no Ameaças de Arton também sendo necessário o Atlas de Arton, não des-
cartando também que pode ser jogada com outros suplementos.

Smokestone
 Aventura*Breve

3 balas
Sumário

Introdução ................................................................................................................................................. 4
Onde cair duro........................................................................................................................................... 7
Galeria dos Cafajestes ............................................................................................................................ 8
Smokestone ............................................................................................................................................. 16
Em terra de abutre urubu não mete o bico ......................................................................................... 16
Contingências ...................................................................................................................................... 23
 Introdução
Uma Aventura Pronta é uma série de aventuras
interligadas que formam uma história maior. Ao
término dela, seu grupo terá avançado do pata-
mar de aventureiros novatos ao de verdadeiras
lendas e terá alterado o mundo de Arton! Em
outras palavras, mais do que diversas aventuras,
uma Aventura pronta traz uma campanha pronta
para você.
Assim, este livro traz todo o cenário, história,
NPCs e desafios que os heróis encontrarão pelo
caminho. Entretanto, ele ainda exige o livro bá-
sico Tormenta20, e se quiser, o Atlas e Ameaças de
Arton. A campanha apresentada aqui tem nome
de 3 balas, é dividida em 5 arcos, cada arco con-
tendo 4 aventuras. Cada uma delas é dividida
em partes que terminam em pontos relevantes
da história, no final de cada aventura os perso-
nagens sobem de nível. O fim de cada arco traz
uma listagem de todas as fichas usadas nela.
A campanha começa no nível 1 e pode ser
jogada por grupos iniciantes. Ela foi planejada
para navegar entre todas as opções do sistema,
seguindo o conceito de “aprender jogando”.
E bota jogo nisso! Cada aventura requer em
média de três a seis sessões de jogo — conside-
rando jogadores experientes, já familiarizados
com o sistema.
Se essa é sua primeira vez conduzindo uma
campanha longa como mestre, não se preocupe.
A seguir vamos dar dicas para lidar com situa-
ções mais complicadas na mesa, como por
exemplo lidar com a morte de personagens.
Começando
3 Balas inicialmente é para ser uma aventura
com temática faroeste que se passa em Smokes-
tone O covil dos pistoleiros uma cidade de foras da
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lei, onde tudo que você já fez no Reinado pode
ser apagado e você pode viver uma vida nova,
sem ter que se preocupar se a guarda imperial
está atrás de você. Aqui, todo mundo é honrado,
exceto... Ladrões de cavalos.
Dito isso, seja muito bem-vindo à 3 Balas. Se
você está lendo isso e é um jogador: PARE! Esse
livro é feito para o mestre, e ler daqui pra frente
irá estragar sua experiência!
Agora que colocamos esses malditos bisbilho-
teiros para longe de nossas janelas, vamos ao
que interessa. A preparação de jogo pode pare-
cer difícil, mas tudo é uma questão de organizar
a mesa. Para ajudar mestres de primeira viagem,
a seguir está um “roteiro” do que você precisa
fazer para começar a campanha, junto com dicas
para que seu grupo possa partir em aventuras
com o pé direito.
Converse
com os jogadores
Antes de se debruçar sobre as regras e decidir
suas raças, classes e atributos, é muito impor-
tante estabelecer as regras da mesa entre os jo-
gadores.
Estabeleça coisas básicas do jogo, como peri-
odicidade, duração das sessões, até a permissão
de comidas e bebidas em cima da mesa! Como
diz o ditado: o combinado não sai caro. Esses
pequenos detalhes, quando devidamente respei-
tados, evitam estresses desnecessários entre os
jogadores. Lembre-se que RPG é um hobby feito
para ser divertido!
Estabeleça limite
Pergunte aos seus jogadores o que eles não
gostam. Algumas partes dessa campanha envol-
vem crânios explodindo, mortos-vivos, cenas de
assassinato e outras coisas que podem ser
desagradáveis para certas pessoas. Peça uma
lista de situações que seus jogadores não gosta-
riam de ver em jogo e remova esses itens. Ne-
nhum deles vai estragar a história.
Pode parecer um termo sério demais para um
jogo de interpretação, mas o contrato social da
mesa pode poupar o grupo de situações desagra-
dáveis que podem estragar a diversão de todo
mundo.
Defina o clima
da narrativa
É importante deixar claro para os jogadores
qual vai ser o clima esperado durante a campa-
nha como um todo. Alguns grupos gostam de
deixar a mesa mais leve e fazer piadinhas toda
hora, enquanto outros apreciam uma interpreta-
ção mais imersiva. Pense em um filme: em
Django Livre, por exemplo, existem momentos
de alívio cômico, mas se o Django ou o Dr. King
Schultz fizesse piadinhas o tempo todo, o tom
do filme seria totalmente diferente.
Esse também é o momento de definir como
cenas violentas serão narradas: alguns jogadores
gostam de descrições detalhadas sobre como as
vísceras do orc saíram do corpo dele ao tomar
um tiro, expondo seus órgãos esverdeados pela
relva, mas nem sempre esse nível de detalhe é
do agrado da mesa toda. Veja mais no box Tinha
que ser tudo isso? Na página XX.
Leia o livro
Você não precisa decorar o livro básico, mas
ter um entendimento geral das regras é impor-
tante para manter o fluxo de jogo — parar a ação
para consultar regras o tempo todo pode estra-
gar a empolgação das cenas! Também é respon-
sabilidade dos jogadores conhecerem as regras
tão bem quanto o mestre, principalmente as ha-
bilidades de seu personagem.
Alguns grupos gostam de alterar regras para
deixar o jogo mais do seu agrado. Para isso é im-
portante compreender bem a dinâmica do jogo
e, mais importante, deixar claras todas as mu-
danças pretendidas para os jogadores da mesa!
Nunca é uma boa ideia fazer ajustes em regras
Preciso ser de Origem Escravo?
O resumo da campanha afirma que o jogador é
um ex escravo, mas ele precisa pegar a Origem
escravo ao criar um personagem para a campa-
nha? A resposta é rápida: Não! Não necessaria-
mente o jogador precisa ter a origem escravo, ele
poder ser um Gladiador da arena imperial ou até
mesmo um Minotauro membro das Legiões
Tauricas que desgostoso com o modo que era
tratado revoltou-se e na saída da cidade resolveu
ajudar o restante do grupo. A única parte impor-
tante é que os membros do grupo tenham um
pouco de raiva ou até mesmo ódio do mesmo
homem: Secundius Maximus Galthon.
“em cima da hora”, pois as coisas podem sair do
controle.
Sobre este livro em particular, não se preo-
cupe em ler a história completa. Basta ler essa
introdução e todo o primeiro arco para começar
a jornada.
Sessão zero
É muito útil fazer uma primeira sessão com
os jogadores apenas para explicar a proposta da
campanha e criar os personagens. Claro que os
jogadores são livres para criar seus persona-
gens como quiserem, mas é sempre importante
lembrar que RPG é um jogo colaborativo, ou
seja, é necessário que todos estejam dispostos
a se ajudar para tornar a experiência divertida.
Deixe claro que os personagens são um grupo
de aventureiros ou como são chamados em Smo-
kestone se não utilizarem armas de pólvora, Sel-
vagens. Eles são um time! Então, por mais que
seja legal pensar em um personagem secreta-
mente maligno que é um espião da Supremacia
Purista, isso pode atrapalhar a proposta da cam-
panha e a diversão dos outros jogadores.
Incentive um grupo diverso, mas coeso. Ex-
plique para os jogadores que o interessante é
possuir habilidades complementares que cu-
bram uma boa gama de situações. O bardo fo-
cado em perícias sociais terá sua utilidade e sua
hora de brilhar tanto quando o caçador
5
especializado em matar monstros... Ou até
mesmo pessoas!
Resumo da
campanha
3 Balas é uma história de como um grupo de
ex escravos chegam numa cidade, que acham até
o momento pacata, fugindo de seu escravagista,
e a primeira coisa que veem são sete cavalos
montados por humanos mal encarados saindo
da cidade às pressas seguidos por um tiroteio e
uma enorme nuvem de poeira que se levanta do
chão.
O que começa com a cidade movimentada de
homens selando seus cavalos para irem atrás da-
queles que fugiram termina de um jeito que nin-
guém imaginaria. Duelos, disputa por território,
casos sobrenaturais, caçada a cri-
minosos e muito mais é o que se
deve esperar dessa maravi-
lhosa aventura.
Será que o grupo
é capaz de des-
viar desses dis-
paros?
Regras adicionais
Bang-Bang: Ao entrar em um duelo, seja de
honra, ou até mesmo por mulheres você sempre
estará em risco, os aventureiros podem enfren-
tar um demônio da tormenta e saírem vivos,
mas será que irão sobreviver ao duelo? A priori
um duelo funciona como um combate, rola-se
iniciativa e o de maior resultado começa fazendo
um teste de pontaria para ver se acerta o alvo, a
vítima tem uma chance de morrer instantanea-
mente. Esta chance é de 25% (1 em 1d4) para
personagens e NPCs importantes e de 75% (1 a
3 em 1d4) para NPCs secundários.
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Conhecendo o autor
Olá me chamo Fernando, prazer em poder
tê-lo aqui lendo essa magnitude que chamo de
3 balas, vamos, sente-se, pegue uma caneca de
café e seja bem vindo.
Ao longo do livro, em alguns momentos o
texto vai falar diretamente com o leitor e se re-
ferir a um “eu”. Esse “eu” sou eu. Essa história,
tem uma pegada mais faroeste, mas não um fa-
roeste estilo Cowboys vs Aliens, mas sim um es-
tilo mais Django livre.
Se você é um mestre, sinta-se livre para mu-
dar o que quiser, afinal, a mesa é sua. Ao longo
do livro você vai encontrar alguns quadros cha-
mados Contingência, nesse quadro você vai poder
encontrar os principais dilemas de personagens
e mestres. Mas... parando de falar toda essa ba-
boseira, tem algumas sessões, como essa de re-
gras adicionais que foram regras criadas por
mim, então não se preocupe se você acha que
estão desbalanceadas... realmente podem estar,
mas não se preocupe, tudo pode dar errado ou
até mesmo certo, lembre-se, você como um
mestre pode permitir ou negar qualquer regra
extra que quiser.
Mas bem, chega dessa tolice cabrunco, ar-
rume seu lugar na mesa e peça uma dose, apro-
veite, dessa vez é de graça.
 Onde cair duro
Smokestone é uma cidade como outra, tem
praça, tavernas, hospedarias e até mesmo uma
funerária. Aqui você vai encontrar tudo que pre-
cisa saber sobre cada lugar da cidade!
Praça do barril o que se pode chamar de cen-
tro da cidade também é o lugar das execuções
públicas, onde se cruzam as duas ruas princi-
pais.
A Rua da Poeira leva diretamente a uma es-
trada e ao pórtico da cidade, aqui também fica
localizada a taverna Buraco no bucho propriedade
de Warrick O taverneiro é uma das pessoas mais
ricas e influentes de Smokestone, rivalizando
com as famílias originais. Warrick, além de cer-
veja e hidromel, vende proteção, informações e
“solução de problemas” em geral. Caso você te-
nha um inimigo, mas não queira duelar, Warrick
pode garantir que seu desafeto seja desafiado
por alguém, pelo preço certo.
Na mesma rua também fica localizado o açou-
gue do Wu Nau, um tipo esquisito que se diz
refugiado de Tamu-ra mas que fala um idioma
que nunca foi escutado por ninguém. Dizem que
Wu Nau é lefou, ou mesmo um agente da Tor-
menta disfarçado, seja como for, também cria
porcos... e esses animais são bons em devorar
cadáveres inconvenientes e pessoas que preci-
sam desaparecer sem deixar rastros. Na rua
também ficam localizados cassinos, hospedarias
e outros comércios com pouco ou quase ne-
nhum risco a explodir.
A Rua da Fumaça, outra principal via de Smo-
kestone leva à maior concentração de minas,
aqui fica localizadas as oficinas de armeiros e la-
boratórios de alquimistas. Obviamente
os armeiros se dedicam quase só a armas
de pólvora e os alquimistas passam o
dia fabricando pólvora. A passagem e
totalmente tomada por barracas im-
provisadas de alquimistas de rua,
que fazem pólvora rápida, barata e
duvidosa. Aqui você pode comprar matéria
prima para fabricar munição, porém tem
penalidade de -5 nos testes por usar uma pól-
vora de pior qualidade possível. Poucos cidadãos
de Smokestone se arriscam com esses mascates,
mas forasteiros desprevenidos podem cair na lá-
bia dos mascates.
Os maiores comércios da cidade são a Oficina
fumaça, operada pelo anão Thungamm Beiço-de-
Ferro, onde são vendidas as melhores armas da
cidade, — na página XX você pode encontrar al-
gumas armas que podem ser compradas aqui
juntamente com suas regras —. Na rua também
tem o boticário Mestre Raldo, um hynne muito
velho e bastante rabugento, porém que fabrica
pólvora excelente, mas insulta e expulsa todos
os clientes que tentam compra-la, porem sua as-
sistente, uma elfa chamada Ullana é mais sociá-
vel, mas Raldo a demite quase todos os dias por
alguma desavença, mas acaba recontratando-a
ao fim do dia. Um dos melhores comércios da rua
é conhecida como Armeria verde, ela é regida por
um goblin de nome Rezin, lá você pode encon-
trar armas custando a metade do preço, porém
como tudo que vem fácil vai fácil as armas fun-
cionam apenas metade das vezes, aqui você tam-
bém pode encontrar Granadas de Nimb, alugar
armas, vender armas usadas por seu pai, conser-
tar armas defeituosas — exceto as que foi com-
prada com ele mesmo — enfim, faz qualquer ne-
gócio. Mas pra onde todos os corpos dos enxeri-
dos ou dos ladrões de cavalos vão? Claramente
para a funerária de Lutien, o papa-defunto, aqui
você pode encomendar um paletó de madeira
pra vitímas de toda essa confusão, Lutien é um
elfo (e, dizem, um vampiro) sinistro, acusado de
vender cadáveres para serem reanimados e tra-
balhar nas minas. Veja a sessão
“Galeria dos cafajestes” para saber
mais sobre cada figura dessa.
7

Galeria dos Cafajes-
tes
Taverneiro Warrick: com exceção das fa-
mílias ricas, o sujeito mais importante da cidade
deve ser o Warrick. Isso mesmo, o taverneiro.
Aquele ali, atrás do balcão!
Se esta é a maior taverna de Smokestone,
foi pelo trabalho duro de Warrick. Ele che-
gou à cidade há pouco mais de dez anos.
Logo depois de abrir este ótimo estabeleci-
mento — e batizá-lo com o esse nome encan-
tador — Warrick percebeu que o povo
precisa de outras coisas além de hidro-
mel.
O povo precisa de amor e compa-
nhia, certo? Então, ele contratou algu-
mas beldades de Smokestone para for-
necer esse carinho. O povo precisa de
dinheiro. Ele passou a emprestar tibares
para os necessitados. O povo precisava
de proteção! Como eu disse... ou me esqueci,
nem todos podem duelar, tem os aleijados, os ce-
gos... mas esses a gente ignora... kof kof, brincadeira.
Warrick emprega duelistas contratados para
isso.
Oras, o povo precisa de um monte de coisas diferen-
tes, tem um monte de problemas, e nem sempre sabe
como resolvê-los. Warrick é um verdadeiro “re-
solve-problema”. Você precisa de uma bala má-
gica especial, que não está à venda? Warrick tem
contatos, pode consegui-la. Precisa saber o
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nome do desgraçado que vem falando pelas suas
costas? Provavelmente Warrick sabe até o nome
da avó — aquela velha carcomida — do infeliz.
Precisa se livrar de uma evidência comprome-
tedora, acabar com uma maldição, passar para
outro trouxa um item mágico inútil? Warrick
providencia tudo isso. Ele conhece gente que
conhece gente, enfim, ele arranja o fim dos
problemas. Dizem as más línguas que os
Harringer não ficam muito felizes com o
poder que o Warrick vem reunindo na ci-
dade...
Lutien, o papa-defunto: Existe outro
sujeito muito rico na cidade: papa-de-
funto, é óbvio!
O agente mortuário — digamos assim
— mas bem-sucedido da cidade é Lu-
tien. Um elfo sinistro, que anda de
preto o tempo todo, com uma cartola
enorme e luvas cobrindo as mãos. Não
falta trabalho para ele, pessoas vivem
morrendo em Smokestone o tempo todo.
— Vivem morrendo, hein? Entendeu? Eu devia
ter me tornado um bardo mesmo...
Falando sério, há quem diga que Lutien vende ca-
dáveres para os MCMullard transformarem em
zumbis trabalhadores. Também há quem diga
que o próprio papa-defunto seria um vampiro.
— O que eu já vi com mesmo próprios olhos, foi aquele
elfo fazendo uns gestos e dizendo umas palavras e coi-
sas esquisitas acontecendo.Ele pode ser um mago
ou feiticeiro, mas aqui em Smokestone, vai sa-
ber! A única certeza é que, quando você abotoa
o paletó de madeira aqui, acaba nas mãos de Lu-
tien. O que vem depois... ninguém nunca sabe.
Armas e munições: Outras pessoas úteis
para conhecer são os grandes armeiros. Thun-
gamm Beiço-de-Ferro. Se você puder pagar por
uma das belezinhas dele, pode ter certeza que
seus desafetos terão vida curta. Se ocê quer econo-
mizar, ou tá muito pobre, tem a outra loja, mas eu não
recomendo. Você já tem armas? Mas ainda precisa de
pólvora, certo? Vá ali fora e olhe
em volta: as ruas estão repletas
de vendedores ambulantes,
cada um com uma barraqui-
nha mais imunda que a
outra, cobrando barato
pela chance de explodir
seus inimigos.
O mestre Raldo reclama
muito, e de tudo, desde que
estão sujando a loja, inter-
rompendo seus estudos ou
respirando alto demais. Se
puder aguentar os insul-
tos dele, talvez ele venda
sua pólvora — que junto com as armas de Thun-
gamm, é a melhor garantia de morte que você en-
contra na cidade... Até o Garth ficaria honrado
de matar alguém que usa as melhores coisas da
cidade!
Com sorte, você pode ser atendido pela as-
sistente do Raldo, Ullana, uma meio-
elfa de virar a cabeça de qualquer
homem.
Presuntos: Seus problemas são
de algum outro tipo? Você pode ir fa-
lar diretamente com Wu-Nau, o açou-
gueiro
Açougueiro? Isso mesmo, o pessoal de Smokestone
também come carne, sabia? Wu-Nau vende carne
quase fresca e cria porcos em seu chiqueiro. Tu
matou alguém? Acha que não devia, e precisa se livrar
do corpo? Fala com ele. Por uma pequena quantia,
você fica aliviado, os porcos ficam mais gordos,
Wu-Nau com mais dinheiro, e todo mundo fica
feliz
Ele se diz refugiado de Tamu-ra — Eu já disse isso
porra, pula logo pra a parte legal... A fofoca! — Uns
dizem que ele nunca viu a Tormenta, já havia
fugido daquela terra por ter envenenado um co-
merciante rival. — Eu não sei se é verdade. De re-
pente, Wu-Nau pode ser também a pessoa certa pra
procurar se tu quiser veneno. —
A única dificuldade de falar com ele: Wu-Nau
nunca aprendeu o idioma Valkar, e fala um dia-
leto que nem outros refugiados de Tamu-ra en-
tendem. — Vai se acostumando, forasteiro, dizem
cada coisa nesta cidade... É capaz de falarem até que
tu tem chifres sem nem mesmo ser um Minotauro.
Igrejas e cultos: Ah, tu fez coisa errada e
agora quer se redimir pra não perder tua alma? Me
segue minino, não escuta esses outros não, uns dizem
por aí que nem os deuses prestam atenção aqui. Pode
ser verdade, mas às vez alguém no Pantião resolve óia
pra cá.
Thydas, nosso bom e velho padre de Khalmyr.
Gosta tanto de seu Deus quanto de uma boa cer-
veja, pode ser encontrado tanto na igreja quanto
no fim da rua — Ou se a noite foi boa... largado
numa sarjeta, falando coisa com coisa — Você pode
dizer que um clérigo desses não cura nem
resfriado, certo? Grande engano! Thydas
tem magia da boa, consegue verdadeiros
milagres. No passado, foi um capelão de
um batalhão do exército de Tyrondir. Parece
que ficou traumatizado com alguma bata-
lha ou coisa assim, desertou e parou na ci-
dade para afogar as mágoas. —Se você tiver
sorte ( ou azar ) também pode ver o véio padre
quando tá furioso com Khamyr, gritando contra ele
na igreja ou na rua. Mesmo assim se diz devoto...
Estrain.
Dizem que há um grande culto a Hyninn aqui.
Sabe como é né... cidade de bandidos, Deus
dos bandidos... são coisas que combinam. — Se
eu conheço algum membro do culto? Nunca ouvi falar.
Também tem os Inocentes, uma comunidade
isolada nos arredores da cidade. —Um povo esqui-
sito... Quer dize, mais esquisito que o normal. São de-
votos de Lena. Por causa disso, entre eles, as cri-
anças mandam e os adultos obedecem! —E você
pensa que eles são alegres, sempre cantando e brin-
cando? Coisa nenhuma! Aquelas crianças são sinis-
tras! — Todo mundo se veste de preto, e nin-
guém fala muito com os vindos da cidade nem
com forasteiros. Dizem que é para não macular
a alma deles.
9
 Eles também não usam magia arcana, nem demôin, em troca de aprender a tocar, mas isso parece
pólvora, nem nada. Dizem que nada disso é mentira —
puro, não é o modo de Lena. Vivem uma vida
Entre os tipos perigosos, existem os Carniceiros.
simples, — Mas eu me cago toda vez que vejo um
Um bando de centauros que vaga pelas planí-
deles. — Por que vivem perto de Smokestone,
cies, atacando e roubando viajantes. Depois,
você pergunta? Ora, porque o mundo lá fora é
vendem os espólios na cidade. —Mas não os
governado por adultos, e Smokestone está fora
chame de Carniceiros, e nem mencione os roubos perto
desse governo.
deles, forasteiros! Os desgraçados são selvagens, nunca
A única coisa boa que esses tipos oferecem aprenderam a usar armas de fogo, mas retalham um
são suas clérigas de Lena. Elas fazem o buraco homem em dois tempos com machadinhas. — Quando
da bala fechar de novo depois de estourada por alguém pergunta onde conseguiram as coisas
um mosquete! Mas veja bem, clérigas de Lena que vendem, a resposta é sempre a mesma:
precisam ser mães antes de ganhar sua mágica, Achamos.
então só as adultas são clérigas. Ou seja, elas
Claro, tem os pistoleiros também. Smokestone
obedecem às crianças. Então, se você precisa de
está cheia deles. Zach Hullden (Veja mais sobre
cura mágica poderosa, ou curar alguém de algo
o Zach Hullden mais a frente), Tillipeg Tettel-
que machucou muito, procure os Inocentes. —
baum, — O almofadinha de Valkaria, parece um pol-
Mas esteja preparado para obedecer às crianças sinis-
trão, mas é rápido no gatilho e já matou mais de vinte.
tras. —
— Garth, o Vaqueiro do inferno —Alguns dizem
Por último, dizem —isso mesmo, dizem — que, que não pode morrer com um tiro; outros dizem que é
às vezes uma sombra sinistra aparece na cidade, o Deus Menor da Pólvora.
ninguém fica nas ruas quando ele aparece, uns
Sir Custer, ex-cavaleiro da Ordem da Luz, que
dizem que carrega uma foice enorme, e tem um
usa lança, armadura e pistolas. Billy-Bob, o Não-
crânio brilhante embaixo de um capuz. — Sei
Canhoto —Essa peste atira com a mão trocada, só
também que é um grande jogador de Wyrt, ocê sabe,
pra ter um pouco mais de desafio nos duelos—
o jogo com cartas e dados. — Dizem que ele
Polly Coiote, uma garota criada por bi-
visita a cidade em busca de um desafio.
chos selvagens nos ermos, que mal
Se você vencer, pode se tornar imortal, ou
sabe falar, —mas atira como ninguém —
trazer alguém de volta da morte! Se perder,
Asiman um kliren que foi escravizado
ele te leva embora.
pelos minotauros e conquistou sua
Alvos: Se você quer diversão liberdade aprendendo a juntar pis-
com menos sangue, sujeira e álcool, tolas e magia arcana.
um grupo de bardos costuma se
Doutor Dillon um médico rene-
apresentar por aqui. São os Pés-de-
gado de Salistick, que usa sua pis-
Fumaça —Embora eu não saiba ao
tola com precisão cirúrgica —E
certo por que escolheram esse nome. —
quando leva um tiro, ele mesmo se
Quatro ou cinco sujeitos, muito
costura. —Colt “Réquiem”, um
bons de alaúde e com vozes de-
bardo sem igual, que compõe
centes, cantam músicas antigas
uma nova música para homena-
de Petrynia e arredores. Dizem
gear cada um que mata. — Esse
que, quando o trabalho de
fi da mãe tem pra mais de dez músi-
bardo está fraco, eles assal-
cas. — Tom Mulligan, especia-
tam caravanas e fazem pe-
lista em atirar montado em seu
quenos roubos pelas redon-
cavalo, Gatilho. Os Irmãos
dezas. —Ou seja, nada de-
Reny, uma quadrilha familiar de
mais, também já ouvi dizer que
assaltantes de caravanas,
um deles vendeu a alma pra um

10
Tinha que ser isso tudo?
Os NPC’s de 3 balas são extremamente cruci-
ais para a campanha, trazendo diversos elemen-
tos do cenário faroeste. Então, ao interpretar um
dos NPC’s você não precisa seguir nenhum
ponto da história, porém quanto mais próximo
da história do NPC você estiver melhor.
Dito isso, além de uma boa dominada do livro
por completo também seria necessário um estilo
de narração específico, nada muito elaborado e
cheio de “fru fru”, mas que tal ao invés de dizer
que o homem está armado com uma pistola, que
tal dizer “O indivíduo possui um objeto pendurado no
seu cinto, como uma bainha, porém menor, dentro do
objeto é possível ver um outro objeto, alongado apa-
rentemente feito de metal. Ao apontar esse objeto para
vocês é possível ver uma abertura, indicando que algo
sai por ali. Na parte de trás, uma alça de madeira serve
de empunhadura...” como pôde ver, nada muito
elaborado, em ambos os casos seria a mesma
arma, porém, para alguém que nunca viu uma
arma de perto, maiores detalhes ajuda-
rão o personagem a entender do que se
trata, facilitando até mesmo o
lado criativo do jogador!
liderada por sua mãe Ermengarde —A velha mais
durona que eu já vi na vida. — E, é claro, o velho
Jack Banguela aqui —Quer saber por que eu sou cha-
mado assim? Óia e de perto: todos os meus dentes são
de aço. Eu tinha o costume de arrancar um dente pra
cada homem que eu matava. Depois eu derretia as pis-
tolas do infeliz e forjava um dente de aço pra colocar
no lugar. Óia bem, o espaço pra pôr os dentes novos
acabou faz ano.
Então, acho que você já sabe de tudo que pre-
cisa, forasteiro. Já pode se virar aqui na cidade,
só tem cuidado em perguntar as leis pra alguém.
O quê?!
Ei, forasteiro, aponte esse cospe-chumbo para
outro ladro. Então, foi pra isso que ocê veio aqui?
O que eu fiz? Matei teu irmão?
Forasteiro, eu matei o irmão de muita gente...
Não me alembro. Ele era aventureiro? Seja mais
específico. Usava pistola mágica? Seja mais espe-
cífico. Francamente, forasteiro! Já matei mais de
dez homens com esse mesmo nome!
Tem certeza que não quer mesmo mudar de
ideia? Beber mais um trago?
...
Uma pena. Eu até tinha gostado desse desgra-
çado
11
 Tabela 1-1: Novos Itens

Armas de fogo Preço Dano Crítico Alcance Tipo Espaços

Bacamarte T$450 4d6 X3 Especial Perfuração 2
Bazuca* T$1500 2d8+granada x2 Médio Impacto 2
Barril de pólvora T$500 12d6 — — Impacto 5
Canhão T$2000 4d12 x3 Médio Perfuração 10
Munição (1) T$50 — — — — 5
Canhão portátil T$600 3d10 x3 Curto Perfuração 5
Munição (10) T$100 — — — — 2
Mosquetão T$700 2d10 18/x3 Médio Perfuração 2
Balas (10) T$15 — — — — 1
Mosquete de rolete T$3000 2d8 x2 Curto Perfuração 5
Pistola punhal* T$100 2d6 19/x3 — Perfuração 1
Pistola de tambor T$1000 2d6 19/x3 Curto Perfuração 1
Traque T$75 2d6 19/x3 Curto Perfuração 1
vestuário preço espaços funcionar até ser consertada (veja a perícia ofí-
Colete a prova de bala* T$100 1 cio)
Mochila de compartimento T$25 —
oculto Bacamarte: Esta arma de fogo foi criada para
Alquímicos-preparados atingir múltiplos alvos. Faça uma jogada de ata-
Bomba de fumaça T$15 0,5 que e compare o resultado contra a Defesa de
Granada de Nimb T$100 0,5 todas as criaturas em um cone de 6m. aqueles
Descrição das armas atingidos sofrem 4d6 pontos. Recarregar um ba-
A seguir há uma tabela com alguns itens de- camarte exige uma ação completa e 2 munições.
senvolvidos nas áreas sem lei do Império de Tau- Duas mãos.
ron, especialmente em Smokestone, com o uso
Bazuca: Este item é alvo de muitos boatos. Al-
de pólvora. A sustância é tão ilegal nessa região
guns dizem que foi uma arma desenvolvida pelo
quanto no Reinado, mas existe muito menos con-
mestre armeiro Ingram Brassbones. Outros
trole e seus usuários muitas vezes não têm al-
apontam que é uma aplicação marcial de ferra-
ternativa.
mentas duyshidakk. O que praticamente todos
As armas apresentadas aqui são algumas ex- concordam é se tratar de uma arma grande, ba-
perimentais, e quase não existem de forma fácil. rulhenta, desajeitada e muito pouco prática...
Personagens com proficiência em armas de fogo mas extremamente letal. Uma bazuca requer o
são proficientes com as mesmas, mas precisam uso das duas mãos, tem alcance médio e usa
ter seu uso explicado ou se acostumar com elas bombas como munição. Um acerto causa 2d8 de
na prática. Em termos de regras, caso não tenha dano de perfuração e a explosão da bomba. Um
sido instruído no uso de uma dessas armas, um alvo atingido sofre -2 em seu teste de Reflexos
personagem sofre -2 em seus testes de ataque contra a explosão ou -5 no caso de um acerto
exceto com o Bacamarte, Pistola punhal e o Tra- crítico. Recarregar uma bazuca requer duas
que, além da penalidade de cada arma. Quando ações completas. Duas mãos.
usar a arma em uma cena e tiver pelo menos um
Barril de pólvora: Esta forma muito simples de
acerto usando-a, considera-se que ele entende
explosivo funciona com o princípio básico de
seu uso e não sofre mais penalidades.
acender um pavio e sair correndo para não ser
Justamente por serem experimentais, essas apanhado na explosão. Um barril de pólvora
armas são quase nada seguras. Caso obtenha um causa 12d6 de dano de impacto em um raio de
resultado 1 no teste de ataque o usuário sofre 6m. Um teste de Reflexos CD Des reduz à me-
1d6 pontos de dano de impacto e a arma para de tade. O tamanho do pavio determina o número

12
de rodadas até que o barril exploda. Estimar
esse tempo exige um teste de inteligência CD
10. Em caso de falha, o barril explode 1d4 roda-
das mais cedo ou mais tarde que o esperado (de-
cida aleatoriamente). Uma trilha de pólvora no
chão também serve como pavio improvisado.
Acender um pavio (ou trilha) exige uma ação
padrão.
Canhão: Usado em navios piratas e da marinha
de Tapista (mais um ponto de conflito entre os
minotauros e os demais reinos), canhões são pe-
sados e lentos, mas oferecem grande poder de
destruição. Um canhão é uma arma enorme.
Atacar com um canhão exige um teste de ponta-
ria, mas recebe penalidade de acordo com o ta-
manho do atirador (-6 para personagens Peque-
nos, -4 para Médios, -2 para Grandes). Disparar
um canhão exige uma ação completa; recarrega-
lo exige duas pessoas e três rodadas completas.
Canhão portátil: Uma versão muito menor do
seu primo Enorme, o canhão de mão é suficien-
temente pequeno para ser utilizado como uma
arma de alcance de duas mãos. O canhão fica
pendente do lado do corpo enquanto uma longa
alça de couro serve de apoio. Também há dois
cabos — um do lado e um embaixo — para au-
xiliar na mira. O canhão dispara uma bola de
metal maciço e demora uma ação completa para
ser recarregado. Criaturas com força menor que
3 sofrem -4 no teste de pontaria com o canhão e
são arrastados 3 metros para trás no momento
do disparo.
Mosquetão: Este mosquete tem seu cano mais
grosso, concentrando a força do tiro. Conse-
quente causando mais dano. Usar esta arma
com uma munição de mosquete normal impõe
penalidade de -2 nos testes de ataque e rolagem
de dano. Recarregar um mosquetão é uma ação
padrão.
Mosquete de rolete: uma maravilha tecnológica,
esta arma consiste de vários mosquetes em um
cilindro que vai girando à medida que cada mos-
quete dispara, alinhando seu próximo mos-
quete. A arma permite que o personagem atire
sem precisar recarregar por até 6 vezes. Depois
dos doze tiros, a arma demora 6 rodadas
completas para ser recarregada. A arma precisa
de um tripé para ser disparada (50T$), uma cri-
atura com força 3 ou mais pode disparar esta
arma com as duas mãos utilizando uma alça,
mas sofre -4 nas jogadas de ataque por não ter
um tripé. Além de ser proficiência em armas de
fogo, exige treinamento em ofício (engenharia
ou armeiro). Personagens sem esse devido trei-
namento que tentem usar a arma sofrem -5 de
penalidade no teste, como se não soubessem
utilizá-la.
Pistola punhal: Esta arma de fogo é semelhante
a uma cimitarra grossa com um cano curto ao
longo da lâmina e um gatilho na à empunha-
dura. Pode ser usada como espada curta ou
como pistola; nesse caso, ela tem a habilidade
desbalanceada, devido à influência do peso da
lâmina sobre os disparos. Além disso, quando
faz um ataque corpo a corpo com a pistola-pu-
nhal, você pode pressionar o gatilho como parte
do ataque; se acertar, causa +2d6 pontos de
dano de perfuração. A pistola-punhal é uma
arma ágil.
Pistola de Tambor: Esta maravilha tecnológica
conta com um tambor capaz de girar, alinhando
cargas de pólvora e balas com o cano repetidas
vezes. Depois de dar um tiro o usuário pode usar
uma ação de movimento para girar o tambor e
realizar outro tiro com a mesma pistola, até um
máximo de quatro tiros por pistola. Esta arma é
quase desconhecida, uma das mais raras armas
de fogo. Além de proficiência com armas de fogo
o usuário tem que ser treinado no Ofício (Ar-
meiro). Personagens sem esta perícia que ten-
tem usar a arma sofrem -5 de penalidade no
teste de ataque. Esta arma pode ser comprada
pronta ou modificada através de um bom ar-
meiro ou inventor — Veja em “Armas de fogo
superiores” na página XX.
Traque: Esta arma de fogo leve, feita com sucata
e materiais de segunda mão, é suscetível a falhar
nos piores momentos. Se errar um ataque com
um resultado ímpar no d20, ela se torna destru-
ída. Recarregar um traque é uma ação padrão.
13
Vestuário
Colete à prova de balas: Essa chapa de metal de-
sajeitada e acolchoada é um item de vestuário
que pode ser combinado armaduras Leves em
um processo equivalente a vestir uma armadura.
O colete aumenta a penalidade de armadura em
-2 e concede redução 5 contra armas de fogo,
mas não fornece proteção contra acertos críti-
cos. Quando o usuário reduzir um total de 20 de
dano em uma cena, precisa ser consertado (veja
a perícia Ofício) antes de oferecer redução de
dano novamente
Mochila com compartimento oculto: como uma
mochila normal, mas tem em alguma parte sua
um compartimento oculto onde o usuário pode
esconder uma pistola, um pergaminho, um anel.
Passa totalmente desapercebida por guardas in-
cautos, mas dificilmente resiste a uma revista
completa.
Alquímicos
Preparados
Bomba de fumaça: Um saco de estopa com um
pavio contendo pólvora especial que faz mais fu-
maça do que fogo. Para usá-la você precisa em-
punhá-la, gastar uma ação de movimento para
acender seu pavio e uma ação padrão para arre-
messa-la em um ponto em alcance curto. Ela
gera uma nuvem de fumaça espessa de 6m de
raio, que obscurece a visão — criaturas a até
1,5m têm camuflagem e criaturas a partir de 3m
têm camuflagem total, a nuvem de fumaça dura
1d4 rodadas.
Bomba de Nimb: Uma versão maior e mais po-
tente de uma bomba comum, conhecida por esse
nome por sua imprevisibilidade e risco ao usuá-
rio. Possui um pavio que precisa ser aceso antes
do uso. A granada tem alcance curto. Qualquer
criatura a até 4,5m do alvo sofre 10d6 pontos de
dano. Um teste de Reflexos (CD Des) reduz à
metade. Infelizmente, sempre que o pavio é
aceso, há 10% de chance de que a granada ex-
ploda nas mãos do usuário, antes que ele possa
arremessa-la.
14
Armas de fogo
superiores
Itens superiores são equipamentos de alta
qualidade, fabricados com as melhores técnicas
e matérias-primas. Quando se trata de armas de
fogo, porém, esse é um propósito ainda muito
experimental. As melhorias apresentadas a se-
guir são inovações recentes, exclusivas para uso
com armas de fogo, que as tornam ainda mais
perigosas e imprevisíveis. Qualquer arma com
melhorias a seguir está sujeita às regras de falha
dos novos itens de pólvora (ver anteriormente),
mas a margem para essa falha aumenta a cada
melhoria. Então um item com duas melhorias
falha com um resultado 2, um item com três me-
lhorias falha com um resultado 3 e assim por di-
ante. Alguns dos novos itens apresentados
nesse artigo já apresentam uma chance de falha,
mesmo sem melhorias. Qualquer um desses
itens, quando tem apenas uma melhoria, falha
somente com um resultado 1; a chance de falha
sempre é igual ao número de melhorias. A exce-
ção é a melhoria cartucho de papel, que efetiva-
mente aumenta em um o número de melhorias
para cálculo de chance de falha.
Cano duplo: Você pode ter duas balas carrega-
das por vez. Cada cano requer uma ação de re-
carga separada. Só pode ser aplicado a armas que
disparem balas.
Cartucho de papel: Essa melhoria pode ser apli-
cada apenas a balas como pacotes de munição.
Trata-se de um pequeno tubo de papel tratado
alquimicamente que contém tanto a pólvora
quanto a bala. A recarga é muito mais rápida
com cartuchos de papel, diminuindo em um
passo. Porém, a chance de falha aumenta em um
(além do normal pela melhoria) e carregar qual-
quer quantidade de cartuchos de papel impõe
um redutor de -2 em testes de resistência contra
qualquer efeito de fogo. Caso obtenha um resul-
tado 1 em um teste de resistência contra efeitos
de fogo, o portador fica em chamas e todos os
seus cartuchos de papel são destruídos. Só pode
ser aplicado a balas.
Engraxado: Uma solução alquímica permite que
a arma seja sacada rapidamente, concedendo +2
em iniciativa. O usuário sofre -2 em testes para
resistir contra a manobra desarmar.

Munição expansiva: Essa melhoria cruel faz com

que a munição se expanda e torne um ferimento
ainda pior depois de acertar. Até que o alvo re-
cupere todos os seus pontos de vida, qualquer
teste de Medicina para ajuda-lo sofre penalidade
de -5 e qualquer magia de cura tem efeito pela
metade (o conjurador pode gastar +1PM para
causar efeito total.) Só pode ser aplicado em balas.

Tambor: Essa evolução do cano duplo permite

que até quatro tiros sejam armazenados em um
tambor, que é girado conforme a arma dispara.
Só pode ser aplicado a armas que disparem ba-
las. Pré-requisito: cano duplo.

Saque rápido: Assim como o poder, você recebe

+2 em iniciativa e pode sacar esta arma como
ação livre, infelizmente, essa modificação não
facilita a recarga da arma, essa modificação não
conta como pré-requisito para outros poderes,
porém o bônus fornecido por ela soma com o
bônus fornecido pelo poder.

15
 Smokestone
Conhecida como “Covil dos Pistoleiros”, “Ci-
dade dos Fora da Lei”, “Capital da Pólvora”,
“Aquele Buraco Desgraçado Onde Tentaram me
Matar Várias Vezes” e outros epítetos menos
elegantes, Smokestone fica em algum lugar per-
dido nas planícies da província de Petrynia, no
que resta do Império de Tauron. Mas não pertence
ao Império, nem ao Reinado ou a nenhum reino.
Não respeita nenhuma lei de fora, não tem no-
bres ou governantes e se rebela contra tudo e
todos que tentem controlá-la.
Aqui ficam as maiores minas conhecidas de pe-
dra-de-fumaça, o minério instável e (dizem) de-
moníaco que é a base para a fabricação da pól-
vora. Aqui também se fabrica a melhor pólvora
e se forjam as melhores armas de fogo do
mundo. É o esconderijo, lar ou paradouro ocasi-
onal dos maiores pistoleiros de Arton, além de
palco de alguns dos mais notórios duelos.
Para quem vive aqui, é o único lugar onde vale a
pena viver. Para quem morre aqui, é um lugar
onde se pode morrer de cabeça erguida.
Em terra de abu-
tre urubu não
mete o bico
Depois de enfrentar os perigos
de uma fuga mal planejada o
grupo se depara com um pórtico,
onde se podem ver um letreiro os-
tentando ao que se parece, dois crâ-
nios de boi (Um teste de conheci-
mento ou Sobrevivência CD 15
mostra que na verdade os dois crâ-
nios se tratam de crânios de mino-
tauros que se deram muito mal).
“Ao longe, uma nuvem de fumaça ala-
ranjada é levantada do chão, e após al-
guns poucos segundos a origem da fumaça é
revelada, sete humanos montados em cavalos
trotam vindo na direção do grupo, logo
após, alguns homens saem da taverna e só
16
é possível ver disparos vindo na direção de vocês.”
É necessário um teste de reflexo ou acrobacia
CD20 para desviar das balas e não tomar dano,
em caso de falha perdem 2d6 de vida provenien-
tes de balas perdidas.
“O grupo foge rindo da cara de vocês e só é pos-
sível ver o rastro de poeira que fica para trás.”
Assim que o grupo é visto pelos homens que sa-
íram da taverna são logo recebidos com armas
na cabeça, e um homem mais velho, com apa-
rência firme e um bigode longo de cor branca
toma a frente da multidão e com uma voz impo-
nente fala: “Forasteiros... Vieram nos infernizar
como aqueles malditos ladrões de cavalos? Mas
dessa vez não irão conseguir, Zach Hullden tá
aqui pra meter uma bala na cabeça de cada um”
Para ajudar os aventureiros um menininho que
estava vendo tudo escondido intervêm “Esses
daí não tem nada a ver com os homens mascarado
não sinhô, eles acabaram de chegar.” Zach é um
homem de poucas palavras, ao notar que o
grupo não é culpado grita ordens “Va-
mos homens, eles pegaram nossos cavalos,
vamos atrás desses malditos agora
mesmo”, com a comoção de muitos mo-
radores terem perdido seus cavalos,
Zach Hullden, Tillipeg Tettelbaum,
Asiman e o Doutor Dillon montam
rapidamente em seus cavalos e par-
tem em busca dos que acabaram de
sair em fuga da cidade. Após resol-
vido o mal entendido os aventurei-
ros estão livres para conhecer a ci-
dade, dependendo do local que
o grupo for ele estará descrito
na sessão “Onde cair duro,
na página XX” porém em
alguns locais descritos lá
terá algo diferente e
único que pode estar
acontecendo no mo-
mento, veja na tabela
“Acontecimentos locais”. Deixe
os personagens soltos para explo-
rarem a cidade, porém no fim do dia, faça-os
irem para a taverna Buraco no bucho, veja após a
tabela “Presunto” a continuação.

17
Zach Hullden
Um homem simpático, chegou faz um bom
tempo em Smokestone, diz-se que era do exér-
cito do Reinado, mas rebelou-se contra os igno-
rantes que usavam armas de bárbaros para con-
seguir fazer seu trabalho, então ao tentar adqui-
rir um novo estilo de vida utilizando armas de
pólvora, infligiu as leis do Reinado e se tornou
um fora-da-lei.
Zach também conhecido como Cabo da
Guarda é um humano de mais ou menos 60
anos, porém, por conta do sol sua aparência o
torna bastante mais velho. O homem chegou na
cidade sem dizer um bom dia, nem todo mundo
sabe sua verdadeira história, apenas NPC’s
como Jack Banguela, Mestre Raldo, Lutien papa-de-
funto e Garth realmente se importaram quando
ele chegou na cidade.
A verdadeira história do Zach é que o mesmo
era um pistoleiro membro de uma quadrilha co-
nhecida como Destrói crânios, a quadrilha era
pequena, formada apenas por 6 pessoas, ho-
mens e mulheres, um dia cercado por membros
do exército do Reinado fugiu juntamente com
sua esposa, Milian Hullden, durante a fuga, sua
amada foi morta por um virote, ao virar-se, Zach
percebeu que o disparo veio do próprio bando,
um homem alto, de feições frias, e utilizando
um grande sombreiro — leia mais sobre ele na
aventura XX.
Zach é um fugitivo, chegou em Smokestone
depois de criar esperanças que aqui ele poderia
recomeçar, esquecer do que houve com sua vida,
mas infelizmente, o azar gosta de brincar com
ele, fazendo-o lembrar do passado.
Quem perguntar a ele o que está buscando na
cidade simplesmente ele dirá “Estou em busca de
viver.”
18
Tabela 1-2 Acontecimentos recentes
1d6 Praça do barril
1 Ele é o culpado
2 Olha a bomba!
3 Nada
4 Casos de família
5 Discurso do louco
6 Nada
1) Ele é o culpado. Um homem está sendo
preso dentro do barril, a população local
grita frases como “culpado”, “foi ele que
fez isso”, “esse filho da puta merece explodir”
enquanto ele pede perdão. Se pergunta-
rem a população local muitos dirão que
não sabem o que ele fez, os poucos que
sabem estão chorando e se recusam a fa-
lar.
2) Olha a bomba! O acontecido de número
1 prossegue, porém o homem agora já
foi pendurado e muitos já estão prepa-
rando suas armas e mirando para o bar-
ril para praticar tiro ao alvo, pouquís-
simo tempo passa até uma enorme ex-
plosão que pode ser ouvida do lado de
fora da cidade acontecer. Personagens
próximos perdem 2d6 pontos de vida vindo
dos destroços do barril.
3) Nada. Nada acontece.
4) Casos de família! Uma mulher de meia
idade dispara xingamentos para um
meio orc local, o meio orc chama-se
Brunx e a mulher é sua esposa, Taliana,
a mesma grita que o orc quer enlouque-
cer ela, se os personagens procurarem
sobre ouvirão duas respostas: Taliana
dirá que Brunx não faz nada dentro de
casa, vive as custas dela e não faz nada
dentro de casa, já Brunx diz o contrário,
ele afirma que a mulher não cuida da
casa, e que vai se separar dela.
5) Discurso do louco. O louco é um perso-
nagem que sempre irá aparecer ao longo
da campanha, ele é nada mais nada
 menos que Tydas o clérigo bêbado, e
como o título insinua, nesse exato mo-
mento ele está bêbado, e diz o seguinte:
Bendito seis o que tem a justiça para si, ben-
dito seis aquele que a vida é justa e calma,
porém maldito seja o que tem uma vida con-
turbada, louca, Khalmyr protege aquele que
é justo, seja justo e irás para Ordine. Ou
seja, nada com nada, o homem bêbado
não tem muito o que falar, ele é tratado
como um louco, porém respeitado por
ser um clérigo do Deus da justiça.
6) Nada. Nada acontece.
1d6 Buraco no bucho
1 Nada
2 Dia de festa
3 Nada
4 Brigaaaa!
5 Eu te desafio
6 Dia de promoção
1) Nada. Nada acontece.
2) Dia de festa. Hoje o dia é animado, a ta-
verna do Warric tá cheia, um bardo
canta em cima de um tablado, o bardo é
nada mais nada menos que Colt Ré-
quiem, um bardo sem igual, ele tá to-
cando uma de suas melodias tranquilas
e relaxadas, até algo estranho acontecer.
Vá para a missão “Eu fui amaldiçoado” na
página XX.
3) Nada. Nada acontece.
4) Brigaaaa! Após os personagens chega-
rem no grupo a taverna parece calma,
até um homem levantar-se de uma mesa
e dizer “a mulher é minha, você não é porra
nenhuma dela, seu verme de merda” e um
combate se inicia entre os dois, porém a
taverna vai na emoção, e tudo acontece.
Este é um perigo complexo presente no
Ameaças de Arton Briga de Taverna ND 2
na página XX
5) Eu te desafio. Garth está na taverna, ao
adentrarem os personagens sentem
uma presença forte, afinal ele não é cha-
mado de deus menor da pólvora atoa,
um homem entra pela porta e diz “Va-
mos ver se você é realmente o vaqueiro do in-
ferno, eu te desafio para um duelo, aqui e
agora” ele puxa uma arma e espera, am-
bos se preparam para um duelo, mesmo
com Warric pedindo para que não façam
isso dentro da taverna, o homem tenta
atirar, mas parece que a bala dele que ia
acertar o Garth desvia misteriosamente
do alvo, ao perceber que errou o homem
tenta fugir, porém, Garth sem nem
olhar para o alvo dispara e só é possível
ver a cabeça do homem explodindo,
Garth então volta a beber, como se não
houvesse acontecido nada.
6) Dia de promoção. Warric em busca de
atrair novos fregueses propôs um dia es-
pecial, tudo na taverna hoje custa me-
tade do preço!
1d6 Presunto
1 Nada
2 Porcos me mordam
3 Nada
4 Negociação suspeita
5 Nada
6 Dia da carne
1) Nada. Nada acontece.
2) Porcos me mordam. O grupo chega no
açougue do Wu Nau, e são surpreendi-
dos por uns gritos seguidos de barulhos
de porcos, se tentarem investigar mais
sobre o lugar o Wu Nau não deixará, e
colocará o grupo inteiro para fora.
3) Nada. Nada acontece.
4) Negociação suspeita. Ao chegarem no
açougue um homem estranho estará fa-
lando com o Wu Nau, primeiramente é
quase impossível saber o que estão
19
 falando, a menos que algum persona- Porém não será necessário rolar acontecimento
gem esteja sob efeito da magia compreen- aleatório. A taverna estará quase vazia, o taver-
são. Se conseguirem fazer isso poderão neiro Warric estará juntamente com as garçone-
ouvir: tes do local limpando toda a bagunça do dia, um
homem de sobretudo é a única pessoa que
— A mercadoria tá nos fundos, tem certeza chama mais a atenção, ele usa um chapéu preto
que seus porcos poderão dar conta? Eles são com abas longas o que com certeza chama aten-
bem gordos, a carne dos porcos deve ganhar ção também dos bêbados que estão na taverna,
um pouco do gosto, a população vai gostar. o homem está sentado em uma mesa próximo a
— Eu tenho certeza que sim, esses porcos são parede, pede um drink se vira e encara o grupo,
novos, vão ficar gordos logo e com o gosto que a essa altura ser encarado já se tornou comum,
todo mundo daqui vai gostar. se o grupo tentar dialogar com o homem de so-
Ao fim desse diálogo os personagens se- bretudo, observa que o mesmo possui todos os
rão vistos e colocados para fora do açou- dentes de metal, ele não fala com o grupo a me-
gue — Esse encontro pode ser gancho nos que ofereçam uma bebida para ele. Esse ho-
para a missão Banquete das sombras pro- mem é nada mais nada menos que Jack Banguela, veja
fundas na página XX. mais sobre ele na página XX. Não deixe o grupo
ter muitas interações com Jack nesse momento, isso
5) Nada. Nada acontece. será importante no futuro. Após alguns minutos na
taverna, entra o mesmo menino que disse que o
6) Dia da carne. Wu Nau resolveu misteri- grupo era inocente no começo do dia gritando
osamente sair da cidade, porém ele dei- “Eles chegaraaaaam” o que se parece uma frase
xou seu “sobrinho” fazer frente de seu comum logo é interrompida por um estampido,
açougue enquanto ele não está na ci- logo após, o menino cai no chão e o crânio dele
dade, o menino deve ter entre começa a jorrar sangue e pedaços do cérebro,
17 e 20 anos de idade, ele é logo quem estava do outro lado da arma aparece,
um pouco abobado e vende um homem grande entra na taverna gri-
a mercadoria do açougue tando “Todo mundo com as mãos para
por metade do preço, cima, não adianta fazer escândalo, sa-
porém o que nin- bemos que os homens estão fora da ci-
guém sabe é que dade” então se dirigem até o balcão e
a carne do açou- também pede drinks, todos estão
gue é na verdade armados e se tratam de 4x Bandoleiro
carne humana pistoleiros (Pág. XX) e 1x Pistoleiro ini-
misturada com ciante (Pág. XX). Se tiverem ofere-
carne de porco — Esse cido um drink para Jack, no combate
encontro também ele será um aliado Atirador Mestre
pode dar gancho para (Tormenta20 Pág. 261). Ao fim do
a missão Banquete das combate, Jack chegará próximo ao
sombras, porém os per- grupo e perguntará sobre eles.
sonagens não saberão o “Vocês não são daqui, são? Nunca vi
diálogo do Wu Nau com aqui pela cidade, prazer, pode me cha-
o fornecedor de carne mar de Jack Banguela, esses daí não se
humana, que na ver- preocupem, vocês não fizeram nada de er-
dade é um chapéu preto rado.” Nesse momento aproveite para
que mora fora da cidade e fornece a explicar as Leis da fronteira presentes nos
carne dos homens que ele mata pelo ca- textos de Smokestone encontrada no Atlas
minho, para saber mais leia a missão na de Arton.
página XX.

20
 Em um momento ou outro Jack Banguela
ou — apenas Jack — se sentará com o grupo
na taverna do próprio Warric, que por grati-
dão dispõe uma rodada de bebida aos joga-
dores de forma gratuita, o restante da ta-
verna com medo de tudo se repetir saem do
local, deixando-a totalmente vazia, Jack en-
tão faz uma proposta inusitada ao grupo
“Óia que ocês são bão em si livrá dos pro-
blema, eu tava precisando de uns cabras as-
sim, os outro pistoleiro bão da cidade não
quer trabaiá, sempre dizem que tem mais
coisa pra fazê do que ouvi um velho com dente
de ferro, mas aqui vai, ocês pode ganhar
muito dinheiro com isso, ocês qué uns trabai?
Na verdade, meu objetivo não é esse, mas ocês
precisam ser aprovados pra eu poder ver se
podem servir pra o que eu penso.
Se os aventureiros aceitarem os traba-
lhos de Jack ele pegará uma cerveja no bar e
irá chama-los para uma das mesas e irá per-
guntar “Ocês são novos na cidade, vieram de
onde? Tem pra onde ir? Tem arma de ver-
dade? (as armas de verdade que Jack fala são
armas de fogo, se os aventureiros tiverem
pego as armas dos bandidos que entraram
na taverna Jack irá dizer como funcionam —
Dando para os personagens proficiência com
armas de fogo — e explicará onde podem en-
contrar armas melhore). A seguir estão a
lista de trabalhos que o velho Jack Banguela
disponibilizará para o grupo:
Cabeça boa é cabeça estourada
Local: Casa dos lou- Solicitante: Maria J.T.
cos, Rua da poeira
Descrição: Preciso de ajuda com um dos
loucos ele parece mais louco que os de-
mais, ele bem que poderia sumir... nin-
guém sentirá falta.
Nível de perigo: 1 Recompensa: 100T$
Jack Banguela
A vida de Jack não foi das melhores, quando
criança Jack sofria bullying por não ter alguns
dentes, perdidos por descuido do próprio. Mo-
rava nas ruas de Malpetrim, passava fome e não
conseguia nenhum lugar para comer. Na adoles-
cência Jack conheceu um homem que portava
um chapéu preto, era ele um exímio pistoleiro,
e como partilhavam de quase a mesma infância,
o velho chapéu preto se comoveu e ajudou Jack
oferecendo para o mesmo uma arma e a habili-
dade de usa-la. Uma vida de roubos e trambica-
gens foi sessada quando Jack conheceu uma bela
donzela humana de cunho Alada, Jack apaixo-
nou-se no mesmo instante que a viu. Infeliz-
mente por azar de Jack, Alada era uma seguidora
de Sszzaas o deus das traições, e não dá para es-
perar muito de gente assim, Alada assassinou
friamente Ramires, o chapéu preto que ajudou
Jack no passado fazendo com que Jack tirasse a
vida da própria amada.
Jack tomou para si o chapéu preto de seu
amigo e jogou os corpos de seus companheiros
na água. Hoje ele presa por lealdade e para ele
descobrir se alguém é leal ou não ele investiga
as ações de quem ele está “ajudando” com lon-
gas conversas profundas e proporcionando tra-
balhos onde a maioria para ele é para ser resol-
vida de uma forma não convencional. Para quê
gastar munição se eu posso simplesmente enterrar o
maldito num barril de pólvora?
Jack mora em um casebre no fim da Rua da
Poeira, na casa dele é possível encontrar deta-
lhes sobre o seu passado e também um chapéu
preto, que o mesmo é utilizado apenas em oca-
siões especiais, como uma festa de rua em que
ele deseja ir devidamente arrumado
e ou em aventuras na qual ele acha
que pode ser sua última aven-
tura. Se perguntarem a Jack o
que ele está fazendo numa
aventura mesmo bastante ve-
lho ele simplesmente irá dizer
“Eu quero viver, ainda sinto que
não vivi de verdade”.
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 A velha Maria Jhones Tannatohnorneselense ficará desapontado mesmo eu não demonstre
é uma senhora de 79 anos que um dia já fora isso, ele entregará apenas 25T$ para o grupo por
seguidora de Tanna-toh, hoje apenas mais uma ter conseguido resolver o “problema” ele ofere-
esclerosada que cuida de um quase manicômio, cerá outra missão
e quando é dito quase, realmente é quase, o lu-
gar é uma casa de três andares — uma das pou- Buraco feito é buraco grande
Local: Cemitério Solicitante: Legorin
cas da cidade que não é habitada por uma das das sombras pálidas, Cava cava, coveiro
famílias fundadoras — porém, diferente das ca- Rua da merda N°666
sas dessas famílias esta se encontra quase que Descrição: Tem muita gente morrendo
destruída por completa, os quartos mesmo que para pouca cova cavada, preciso que cavem
poucos quase destruídos, um total de quatro uns buracos e que lidem com problemas
quartos são habitadas pelo que um dia já foi um que tiverem enquanto isso.
ser com sua sanidade intacta, hoje, quase um Nível de perigo: 2 Recompensa:
10T$/buraco cavado
animal, com nomes de Kirnan, um meio elfo que
O cemitério das sombras pálidas é o único cemi-
um dia lutou contra o próprio azar, falhando em
tério da cidade que estranhamente fica um
tentar tirar a própria vida, Zhiv, um goblin que
pouco distante da mesma, quem cuida de lá é
tentou aprender a usar pólvora falsa e acabou se
Legorin Cava Cava — faça ele ser especial, faça
explodindo, Mikthelf, um trog anão que fugiu da
ele puxar assunto com o grupo, falar um pouco
floresta de Petrynia e Kzarv, um Kappa refugi-
sobre a cidade e até mesmo sobre ele, sinta-se
ado, colocado no manicômio a força por querer
livre para criar uma história cativante para ele,
arrumar briga com todo mundo. O grupo decide
no futuro esse NPC não será importante para a
quando e como fazer a missão, porém se real-
história — um Moreau da hiena que vive longe
mente matarem o Kzarv perderão 1 de 3 pontos
da cidade por ter um certo tipo de medo da po-
de respeito com Jack Banguela, deixe os jogado-
pulação local, ele é bem “acelerado” na fala e
res livres para resolverem esse caso da forma
vive reclamando do sol quente que machuca a
que acharem melhor, porém se necessário um
pele dele, ele fala que precisa da ajuda de quem
combate utilize a ficha do Kappa Brigão x1 (Ame-
tiver disposto a ajudar para cavar uns buracos
aças de Arton p.152). Se os aventureiros decidi-
(no máximo 10) no cemitério que já está ficando
rem investigar sobre a Casa dos Loucos (Inves-
superlotado, para cavar cada buraco é necessário
tigação CD 20) descobrirão que esse lugar é um
um teste de sobrevivência CD 15 e 30 minutos
inferno na terra, os internos não veem a luz do
de trabalho exaustivo (ao fim de todo o trabalho
dia comumente, vivendo em quartos escuros
é necessário um teste de fortitude CD 15 mais 5
que quase impedem a visão — aventureiros que
por buraco além de 2, se falhar o personagem
não enxergam no escuro tem penalidade de -2
fica fatigado até fazer um descanso), quando os
em testes de ataque a distância— comendo
personagens terminarem de cavar as covas uma
pouca comida e sendo forçados a trabalharem
névoa estranha surgirá ao redor do cemitério, o
nas minas locais pela velha Maria para, de
Legorin desaparecerá e um ar estranho irá pairar
acordo com ela, “manter a casa”, porém na ver-
sob os personagens “O ar começa a pesar, logo
dade ela apenas pega o dinheiro para gastar com
vocês escutam vozes nas próprias cabeças, de re-
bebidas e apostas na Buraco no Bucho.
pente sentem algo prendendo suas pernas, e logo
Ao fim da tarefa os jogadores podem descan-
esse algo começa a fazer mais força, quando
sar ou retornar até o velho Jack, se fizerem isso
olham para baixo, vocês percebem mãos que segu-
de imediato Jack ficará surpreso e terá duas pos-
ram vocês pelas pernas” o grupo é atacado por 4x
síveis reações. A primeira e mais legal aconte-
garra-zumbi (Ameaças de Arton p.234) e 1x carniçal
cerá se o grupo não tiver entrado em combate
(Ameaças de Arton p.228), ao derrotarem essas
contra o Kappa: Jack entregará uma pistola nova
criaturas o ar pesado cessará, a névoa se dissipa
para alguém que não portava uma e também
porém... Legorin não está presente, ele sumiu
150T$ para cada personagem. Porém se o grupo
misteriosamente, o que ninguém viu foi que
tiver entrado em combate contra Kzarv Jack

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Legorin foi engolido pela névoa, para encontra-
lo é necessário um teste estendido de sobrevi-
vência CD 25, 5 sucessos antes de 3 falhas. Se
passarem no teste encontrarão marcas próximas
a uma cova, como se alguém tivesse sido enter-
rado, se desenterrarem a cova encontrarão o co-
veiro, ferido, desmaiado e sem lembranças do
que aconteceu, se não encontrarem Legorin ele
irá morrer por asfixia depois de 1d3 horas, sem
poder fazer nada, nem mesmo gritar.
— Realmente é necessário criar um NPC e toda uma
história para no fim ele ter a chance de morrer se os
aventureiros forem “incompetentes”? A resposta é que
sim, 3 Balas é uma aventura onde o simples funciona,
— O que um coveiro pode ser útil na campanha? Em
muitas coisas, mas nada delas estarão descritas aqui
no livro. — O que porra tá acontecendo aqui? Leia o
box “O que aconteceu?” ao lado.
O que aconteceu?
Um cemitério amaldiçoado numa cidadezi-
nha de interior, é sério isso? Não, na realidade o
cemitério não é amaldiçoado ou existe algum
culto a Tenebra que quer acabar com tudo, o que
na realidade aconteceu foi um evento.
Mas que evento? Bem esses eventos são
acontecimentos que ocorrem não tão raramente
na cidade, as terras de Smokestone não são sim-
plesmente uma terra qualquer, e esse é o verda-
deiro motivo para que a cidade não seja encon-
trada com facilidade, Smokestone foi criada em
um local de dor, tristeza e ódio as terras de Smo-
kestone antes fora banhada de sangue, hoje... di-
gamos que não mudou muito. Essa informação
atualmente não é conhecida, mas durante essa
Jornada Heroica será revelada.
Leia mais sobre em A verdadeira história na pá-
gina XX.

Contingências Legorin estiver morto faça algum sinal da cova

que ele está como algum chacal, cachorro ou
A palavra contingência significa um fato impre-
lobo cavando.
visível, uma eventualidade que possa vir a acon-
tecer, na campanha terão inúmeros eventualida-
des desse tipo, porém para as mais comuns exis-
tirão algumas explicações de como o mestre por
se desvencilhar dessa situação.

Contingência: Fujam!
Se os personagens tentarem correr para fora
do cemitério a névoa irá impedir que eles fujam
do lugar, se mesmo assim eles insistirem per-
mita um teste de misticismo CD20 para que
possam ver que a névoa na verdade é uma bar-
reira tanto física como mental, os personagens
estão realmente presos nesse lugar!

Contingência:
Cadê o coveiro?
Se os personagens não tentarem procurar Lego-
rin no cemitério e pensarem que ele foi o cul-
pado prossiga com a cena, se os personagens
procurarem na cidade todos afirmarão que Le-
gorin é apenas um qualquer que trabalha ca-
vando para os mortos, a população não sabe
muito sobre o homem, afinal ele mora fora da
mesma, se voltarem ao cemitério depois que

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