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Corrente Positivista

ESCOLA DE CHICAGO
Surge o Funcionalismo por Spencer. Comparação com o corpo biológico, onde cada órgão tem
sua função e deve exerce-la para a manter harmonia. O corpo social é basicamente a mesma
coisa, cada órgão da sociedade deve cumprir sua função para que tudo funcione bem. Se algum
falhar, já era. Sistema Vascular (Distribuidor) e Sistema Nervoso (Regulador).

Park com “O Público e a Massa”, baseado nas ideias de Gabriel Tarde. Estuda o papel da
imprensa e da propaganda na sociedade.

Pragmatismo é estar preocupado com o que existe, ter os seus objetivos bem definidos. Não se
perde tempo com coisas que não vão afetar nossa vida.

Empirismo é o conhecimento baseado nas experiências vividas através dos sentidos humanos.
Conhecimento adquirido unicamente da experiência.

Mass Media Communication Research, onde Lasswell desenvolve pesquisas quantitativas e


qualitativas. Instituto Gallup aplica essas pesquisas de sondagem da opinião pública.

Lasswell desenvolve modelos de comunicação a serem usado nos meios. Foca muito na
propaganda de guerra (Propaganda Techniques in The World War, 1927) e política. Também cria
o seu Paradigma: “Quem? Diz o que? Em que canal? Para quem? Com que efeito?”; e a Bullet
Theory (Agulha Hipodérmica).

Shannon cria a teoria da informação. A The Mathematical Theory Of Communication (1948), diz
que o problema da comunicação era reproduzir em um ponto, a mensagem lançada de outro,
com neutralidade de informações sobre o emissor e receptor. No modelo de comunicação de
Shannon & Weaver, existe a mensagem original, que passa pelo canal e poder ser afetada por
ruídos, e ao chegar ao receptor, a mensagem é recuperada)

COLUMBIA
Lazarsfeld faz oposição ao Paradigma de Lasswell, e foca os estudos de comunicação para o
mercado. Considera o entretenimento como função da comunicação. A “disfunção narcotizante” é
o excesso de informações a qual somos submetidos, e esse exagero faz com que nossas
emoções sejam passageiras e quase impossíveis de assimilar. Teoria “The People’s Choice”:
medição da influência da mídia em eleitores. Teoria do “Two-Step-Flow”: “No primeiro degrau,
estão as pessoas relativamente bem informadas, por que diretamente expostas à mídia; no
segundo, há aquelas que frequentam menos a mídia e dependem dos outros para obter
informação” (Mattelart). Teoria do formador de opinião (gatekeeper).
ESCOLA DE PALO ALTO
Iniciam-se os American Cultural Studies, baseado nos estudos ingleses, se opõem aos
positivas e voltam para a discussão de Park – onde existe um marxismo crítico, e dá voz ao povo”

Corrente Marxista
Teoria Marxista é contrária à lógica pragmática, que só tem um objetivo: alienação/dominação, e
o quanto isso pode afetar a cultura de uma sociedade.
Escola de Frankfurt (1923)
Buscavam complexificar os temas, defender os pontos a partir de uma tese. Investigação crítica
da sociedade capitalista moderna nas relações de comunicação e cultura.
Primeira geração: HORKHEIMER, ADORNO
Nos Estados Unidos, desenvolvem a teoria crítica aos meios de comunicação (Columbia
University). Rejeitam a racionalidade técnica e industrial. Abordam de forma problemática os
aspectos sociais e físicos da comunicação. Essa crítica é elitista – eram contra cinema, disco, e
qualquer coisa popular.
A Dialética do Esclarecimento contradiz o pensamento lógico que foi trazido pelo iluminismo. A
racionalidade não liberta. A técnica e os princípios econômicos são formas de exploração do
homem e da natureza. Critica os meios de comunicação:

 Industria cultural: tudo confere um ar de semelhança, a civilização de massa é idêntica. O


dinheiro é mais importante do que a “necessidade social de seus produtos”.
 Cinema e atrofia da imaginação: todas as produções são iguais, mecanicamente
diferenciadas pelo numero de atores, obras, figurinos ou decorações. Já se sabe como o
filme termina. Os filmes vetam a atividade mental do espectador (filmes de ação por
exemplo). A vida não se distingue do filme.
 Cultura e lazer: necessidade de sempre fazer alguma coisa, sem lazer, fugindo do ócio.
Isso é causado pela ideia da fábrica e do escritório na vida da sociedade.
 TV e animação: desenhos são “expoentes da fantasia contra o racionalismo”. As histórias
só se resolviam no final da sequência. “Prazer da violência contra o personagem
transforma-se em violência contra o espectador”.
 Publicidade: existe um padrão ideal de comportamento, onde as maiores empresas
definem as tendências. A realidade é substituída pela representação. Só o que a câmera
reproduz é belo.
 Jazz: serve a cultura de elite, apaga a resistência do negro/gueto/pobre. Vira ornamento da
vida cotidiana (música sempre secundária, não é feita pra pensar ou prestar atenção).
BENJAMIN diz que a obra de arte quando é reproduzida, perde sua aura, seu significado.
MARCUSE diz que existe o homem é unidimensional, com um único comportamento e
pensamento. Toda reflexão surge a partir do confronto de diferentes ideias. Valoriza-se a
aparência, não a essência.
Ideias centrais da Industria Cultural
 Racionalidade técnica
 Dominação com fins econômicos
 Produtos culturais segue a mesma racionalidade técnica (Taylorismo, Fordismo)
 Cultura é atividade econômica
 Obra de arte e cultura passa a ser mercadoria
 Perca da função critica
 Os meios de comunicação substituem a religião em seu papel de ópio do povo
 Deterioração dos padrões culturais e passividade dos indivíduos

Ao termino da guerra, surgem novas gerações marxistas. Estão sempre questionando a geração
anterior. Concordam que os meios de comunicação pertencem a elite, que explora o proletariado
e desenvolve a alienação.

HABERMAS defende o interesse comunicativo, nossos interesses são ligados aos desejos
empíricos. O conhecimento é conduzido pelo interesse. Defende o espaço público como um lugar
de mediação entre Estado e sociedade para discussão pública, troca e confronto de argumentos.
Há um declínio desse espaço devido a massificação, padronização e manipulação, onde a
comunicação se baseia em estereótipos.

ENZESBERG critica a falta de solução dos teóricos marxistas. Evidência a existência de um


“poder mobilizados dos meios eletrônicos”.

Em 1960, Umberto Eco escreve Apocalípticos e Integrados, uma crítica tanto aos positivistas
quanto os frankfurtianos.
Diz que os apocalípticos acham que tudo é mal, e que tudo é o fim do mundo (por isso a
referência ao apocalipse), acreditam que os meios de comunicação ameaçam a cultura e a
democracia. Sobrevivem elaborando teorias sobre a decadência da cultura, e que o super-homem
(nós), deveríamos nos opor ao silêncio e estar sempre atento as ações que podem modificar as
coisas.

Os integrados estão sempre dispostos ao programa vigente, ao sistema estabelecido, e que os


meios de comunicação apenas democratizam o acesso à cultura e ao lazer. Eles raramente
teorizam, preferem atuar, produzir e emitir suas mensagens a todos os níveis. Dada essas
condições, qualquer um pode florescer e virar um Ubermensch (super-homem), e que este
renuncia a todo projeto que não seja reconhecido como bom para o comportamento oficial.
Conclui seu livro dizem que ambos falam como a mídia deve agir para a massa, de maneira
vertical, “as pessoas são desse jeito, então vamos produzir coisas desse jeito”. A mídia se
converte a massa, e não a massa se converse a mídia. Ambos agem de jeito superior. Duas
faces de uma mesma moeda – os dois fazem “critica popular da cultura popular”.

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