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NACIONAL DA AMAZÔNIA
- STEBNA -
APOSTILA DE
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA
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sujeito a medidas legais. Todos os direitos reservados ao Seminário Batista Nacional da Amazônia - STEBNA
Sumário
DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA .............................................................................................................. 4
A HISTÓRIA DA TEOLOGIA ............................................................................................................. 5
Como a teologia se desenvolveu no decorrer da história? ....................................................... 5
b) Erros nas Escrituras ............................................................................................................... 6
c) Mito ....................................................................................................................................... 6
d) Separação dos Dois Testamentos ......................................................................................... 7
e) A Pluralidade da Verdade...................................................................................................... 7
f) A Defesa do Inclusivismo ....................................................................................................... 7
g) O Conceito do "Politicamente Correto" ................................................................................ 7
ALGUMAS TENDÊNCIAS TEOLÓGICAS ........................................................................................... 8
a) Teologia Católica ................................................................................................................... 8
b) Teologia Protestante ............................................................................................................. 8
c) Teologia da Libertação .......................................................................................................... 9
d) Teologia da Prosperidade ................................................................................................... 10
e) Teologia Neopentecostal .................................................................................................... 10
A POSSIBILIDADE DA TEOLOGIA .................................................................................................. 12
DIVISÕES DA TEOLOGIA .............................................................................................................. 18
A TEOLOGIA EXEGÉTICA .......................................................................................................... 19
A TEOLOGIA HISTÓRICA .......................................................................................................... 19
A TEOLOGIA BÍBLICA ............................................................................................................... 19
A TEOLOGIA DOGMÁTICA ....................................................................................................... 19
A TEOLOGIA PRÁTICA .............................................................................................................. 19
A TEOLOGIA NATURAL ............................................................................................................ 19
A TEOLOGIA SISTEMÁTICA ...................................................................................................... 19
OBJETIVOS DA TEOLOGIA ............................................................................................................ 20
RELAÇÃO DA TEOLOGIA COM A RELIGIÃO .................................................................................. 21
RELAÇÃO DA TEOLOGIA COM A FILOSOFIA ................................................................................ 23
POR QUE OS CRISTÃOS DEVEM ESTUDAR TEOLOGIA? ............................................................... 24
TODO CRISTÃO É TEÓLOGO ........................................................................................................ 26
CRISTIANISMO REFLEXIVO .......................................................................................................... 30
TEOLOGIA POPULAR................................................................................................................ 31
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TEOLOGIA LEIGA...................................................................................................................... 32
TEOLOGIA MINISTERIAL .......................................................................................................... 33
TEOLOGIA PROFISSIONAL........................................................................................................ 33
TEOLOGIA ACADÊMICA ........................................................................................................... 34
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 35
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DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA
O termo teologia foi criado pelo grego Ferécides (escritor grego,
nasceu na ilha de Siros, nas Cíclades, em meados do século VI a.C.)
“Etimologicamente” falando, o termo “teologia” vem do vocábulo grego
“theos”, que significa “deus”, e “logos” que denota “estudo”. De origem
grega, a palavra teologia quer dizer simplesmente “estudos sobre Deus”.
Embora não encontremos nas Escrituras, a palavra teologia é bíblica
em seu caráter. Em Rm.3:2 encontramos “ta logia tou Theou” (os oráculos
de Deus); em 1Pe.4:11 encontramos “logia Theou” (oráculos de Deus), e
em Lc.8:21 temos “ton Logon tou Theou” (a Palavra de Deus).
Platão (427-347 a.C.) usou esse vocábulo com o sentido de história
de mitos e lendas dos deuses contados pelos poetas. Na Grécia antiga, os
poetas foram os primeiros a se intitular teólogos “por comporem versos
em honra aos deuses”, uma vez que teologia se referia às discussões
filosóficas a respeito de seres divinos (teogonias) e do mundo
(cosmogonias).
No final do século II, Clemente de Alexandria (150-215) contrapôs
theologia a mythologia. Aquela, na condição de verdade cristã a respeito
de Deus, era superior às histórias da mitologia pagã.
A palavra “teologia” parece ter sido incorporada à linguagem cristã
nos séculos IV e V. Referia-se à genuína compreensão das Escrituras.
Contudo, o emprego estava restrito ao conhecimento a respeito da pessoa
de Deus. A partir de Theologia christiana, obra de Abelardo (1079-1142),
passou a designar um corpo de doutrina. Os pais da Igreja cognominaram
o evangelista João de “o teólogo”, por tratar mais detalhadamente do
“relacionamento interno das pessoas da Trindade”. Gregório de Nazianzo
(c. 330-389) também recebeu esse título, especialmente pela defesa da
divindade de Cristo. João Calvino (1509-1564) foi denominado “o Teólogo”
por Filipe Melanchthon (1497-1560).
A palavra TEOLOGIA refere-se ao estudo de Deus. Quando usada
num sentido mais amplo, a palavra pode incluir todas as outras doutrinas
reveladas na Escritura. Ora, Deus é o supremo ser que criou e até agora
sustenta tudo o que existe, e a teologia procura entender e articular, de
uma maneira sistemática, a informação por ele revelada a nós.
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A HISTÓRIA DA TEOLOGIA
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promovida por Mary Baker depois por Essek William Kenyon ao misturar o
gnosticismo das religiões metafísicas com o cristianismo pentecostal.
A POSSIBILIDADE DA TEOLOGIA
A teologia só é possível por três motivos:
▪ Na existência de um Deus que tem relações com o universo criado
por Ele. “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1).
A REVELAÇÃO DE DEUS
Pascal (teólogo francês) falou de Deus como um Deus Absconditus
(um Deus escondido); mas afir-mou que este Deus escondido se revelou e,
portanto, pode ser conhecido. Isto é verda-de, pois nunca poderíamos
conhecer a Deus se Ele não se tivesse revelado a nós.
Mas, o que queremos dizer com "revelação"? Para nós, é o ato de
Deus pelo qual Ele Se mostra ou comunica verdade à mente; ato pelo qual
Ele torna manifesto às Suas criaturas aquilo que não pode ser conhecido
de nenhuma outra maneira.
A revelação pode ocorrer através de um ato único, instantâneo ou
pode se estender por um longo período; e esta comunicação de Si Próprio
e de Sua verdade pode ser percebida pela mente humana em vários graus
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presença e o poder de Deus (Ex. 4:2-5; 1Reis 18:24; João 5:36; 20:30,31;
Ato:.2:22). Um milagre verdadeiro não é mero produto das chamadas leis
naturais. Em relação à natureza, os milagres se dividem em dois tipos: -
aqueles nos quais as leis naturais são intensifica-das ou aumentadas,
como no dilúvio, em algumas pragas do Egito, na força de Sansão, etc.; e, -
aqueles nos quais toda participação da natureza fica excluída: como no
florescimento da vara de Arão, a obtenção de água da rocha, a
multiplicação dos pães e dos peixes, a cura dos doentes, a ressurreição
dos mortos.
Milagres genuínos são uma revelação especial da presença e do
poder de Deus. Provam Sua existência, cuidado e poder. São ocasiões nas
quais Deus como que sai de seu esconderijo e mostra ao homem que é um
Deus vivo, que ainda está no trono do universo e que é suficiente para
todos os problemas do homem. Se um milagre não produz essa convicção
no tocante a Deus, então provavelmente não é um milagre ge-nuíno.
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DIVISÕES DA TEOLOGIA
O vasto campo de estudo da Teologia pode ser dividido nas seguintes
partes:
• Teologia Exegética
• Teologia Histórica
• Teologia Bíblica
• Teologia Dogmática
• Teologia Prática
• Teologia Natural
• Teologia Sistemática
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OBJETIVOS DA TEOLOGIA
Demonstrar a existência de Deus: O mundo revela-se imperfeito, por isso
não pode ter em si a causa do seu ser e do seu operar. Logo, deve-se
remontar a um ser perfeito, Deus, que é, sem dúvida, o criador do mundo
que Ele tira do nada. Conclui-se, então, que a finalidade primeira da
Teologia é demonstrar a existência de Deus, posto que provada já está e
dispensa qualquer esforço nesta direção, e produzir conhecimento correto
da sua personalidade e do seu caráter.
Explicar o homem e sua queda: Entre as coisas criadas, o ser humano
merece destaque especial em razão das peculiaridades curiosas e
impressionantes do seu existir. Sendo assim, a Teologia procura explicar
quem é, o que é e para quê o homem, demonstrando e explicando suas
peculiaridades existenciais e buscando sempre sua origem primeira e seu
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fim último.
Nessa busca, a mais drástica constatação em conexão ao homem, e que
produz consequências tanto no presente, quanto no futuro; é sua queda.
Portanto, deve a Teologia explicar a origem, a extensão e a natureza dessa
queda.
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Suprema acima dele, e ao Ser invisível com quem o homem é capaz de ter
comunhão.
Religião é vida em Deus; porque este Ser invisível, esta Autoridade
Suprema, este Poder com Quem o homem se relaciona, são um em Deus,
e conhecê-lo, na genuína expressão do termo, é ter vida eterna.
A religião é sempre a vida do homem como um ser dependente de
um poder, responsável para com uma autoridade e adaptável a uma
comunhão íntima com uma realidade invisível. Esta definição exclui a ideia
que prevalece, de que a religião é um corpo de doutrinas. Quem assim
define a religião confunde-a com a teologia, confusão que, se não justifica,
não tem razão de ser: religião é vida; teologia é doutrina. E, como já
dissemos, a religião precede a teologia.
Funda-se a religião na própria constituição do homem. O ser
humano é essencialmente religioso. O salmista revelou bem claramente
esta verdade quando escreveu: «Assim como o cervo brama pelas
correntes das águas, assim brama a minha alma por Ti, ó Deus» (Salmos
42:1).
Não se deve confundir a religião com as suas manifestações, como
aconteceu com os fariseus - «E então lhes direi abertamente: Nunca vos
conheci: apartai-vos de mim, vós que obrais a iniquidade» (Mateus 7:23).
E verdade que a religião envolve culto, sacrifício próprio, oração, e, não
raro, se manifesta em obras de beneficência; estas coisas, porém, não
formam a essência da religião, pois são apenas manifestações do espírito
religioso. A glória da religião não se acha naquilo que podemos fazer e
fazemos, senão na realidade de um Deus bondoso e misericordioso e
numa comunhão íntima entre Ele e o homem. Reiterando o que já
dissemos, a religião é vida em Deus, que se manifesta em obras várias,
para beneficio da humanidade e para honra e glória do Criador.
A Teologia estuda aquilo de que a religião é a realidade. A religião,
como já observamos, é a vida em Deus, vida em que tomam parte ativa o
intelecto, a vontade e as afeições. A vida religiosa envolve o homem em
todo o seu ser, e os fatos apurados das suas experiências com Deus, no
transcurso da vida, constituem a sua teologia. O homem é um ser que
reflete, que pensa sobre as suas experiências. A teologia é, portanto, coisa
necessária e natural.
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O homem não pode deixar de ter uma teologia, salvo se ele deixar
de meditar nas experiências mais sublimes e mais preciosas desta vida.
Temos como exemplo o Salmo 23. Que bela experiência! Que bela
teologia!
Além das nossas experiências, a nossa teologia consta também das
revelações de Deus. Deus é muito mais do que podemos experimentar. Se
se limitasse, portanto, a nossa teologia exclusivamente àquilo que
podemos experimentar de Deus, sem dúvida seria ela muito deficiente.
Baseando-a, porém, nas nossas experiências da revelação divina, ser-nos-á
possível chegar a um conhecimento muito mais elevado deste assunto.
A teologia é, então, um estudo acerca de Deus, baseado na
experiência do homem com Deus e na revelação divina.
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coisas verdadeiras e não iríamos nos rebelar ou nos recusar a aceitar algo
que descobríssemos ali. Mas com o pecado em nosso coração,
conservamos alguma rebeldia contra Deus. Em vários pontos existem —
para todos nós — ensinos bíblicos que por uma razão ou outra não
queremos aceitar. O estudo da teologia sistemática ajuda a vencer essas
ideias rebeldes.
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TEOLOGIA DE COSMOVISÃO
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TEOLOGIA CRISTÃ
É deste modo que a vida cristã começa: com graça e fé, não com a
razão, A razão pode exercer um papel e ser um instrumento no chamado
de Deus, no entanto ninguém se tomará cristão simplesmente por chegar
ao fim de uma corrente puramente humana de argumentos e concluir;
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CRISTIANISMO REFLEXIVO
O leitor pode estar pensando: “Por que a reflexão deveria fazer
parte do cristianismo? Afinal, não se presume que os cristãos creiam como
crianças e simplesmente concordem, mediante a fé cega, com o que lhes
proscreve a Palavra de Deus?”. Acima definimos teologia como fé em
busca de entendimento. E quando citamos a reflexão referimo-nos ao
esforço intelectual, que se inicia com a certeza acerca de Deus e sua
Palavra e tenta descobrir o que realmente está subentendido no crer e no
viver, A teologia de fato admite a possibilidade de termos crido incorreta
ou incompletamente. Nem Deus nem sua Palavra podem estar errados,
mas com certeza pode haver equívocos de nossa parte na interpretação e
aplicação das Escrituras. A reflexão é imprescindível a qualquer processo
de amadurecimento de ideias.
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TEOLOGIA POPULAR
Que é teologia popular? Empregamos o termo para descrever a
crença não refletida, baseada na fé cega e em alguma espécie de tradição,
Não pretendemos com esse rótulo criticar a fé singela dos santos que
nunca foram instruídos em teologia formal.
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TEOLOGIA LEIGA
A teologia leiga representa, quanto ao nível de reflexão, um passo
acima e além da teologia popular. Na realidade, se a reflexão caracteriza a
diferença entre a teologia popular e a teologia leiga, a última pode ser
descrita como o avanço radical em relação à primeira! A teologia leiga
surge quando o cristão comum começa a questionar os clichês e lendas
simplistas da teologia popular. Ela emerge quando o cristão escava
profundamente os recursos de sua fé, reunindo mente e coração na
sincera tentativa de examinar e entender essa fé. A teologia leiga pode
carecer das sofisticadas ferramentas dos idiomas bíblicos e da consciência
lógica e histórica, porém busca, com os recursos de que dispõe, integrar as
crenças cristãs num todo bem fundamentado e coerente, questionando
tradições infundadas e eliminando flagrantes contradições.
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TEOLOGIA MINISTERIAL
A teologia ministerial é a fé refletida por ministros treinados e
educadores nas igrejas cristãs. Eleva-se acima da teologia leiga quanto ao
nível de reflexão exigido. A teologia ministerial não é exclusiva de obreiros
ordenados ou profissionais eclesiásticos.
TEOLOGIA PROFISSIONAL
A teologia profissional é um passo adiante no leque da reflexão e do
preparo teológico. O teólogo profissional é alguém cuja vocação requer
habilidade com as ferramentas mencionadas no parágrafo anterior e
consiste em instruir leigos e obreiros a utilizá-las. É natural que os
teólogos profissionais visem elevar seus alunos a um patamar
acima da teologia popular, formando neles a consciência crítica que
questione pressupostos e crenças infundados. Para fazê-lo, precisam ter
consciência crítica. Isso, às vezes, parece a outros ceticismo e hostilidade à
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TEOLOGIA ACADÊMICA
Na extremidade do leque — além da teologia profissional e
totalmente oposta à teologia popular —, está a teologia acadêmica. É
altamente especulativa, quase filosófica e visa, sobretudo, a outros
teólogos. Nem sempre está ligada à igreja e pouca relação tem com a vida
cristã autêntica.
Os teólogos profissionais podem beneficiar-se com o estudo da
teologia acadêmica, e normalmente exige-se deles que a estudem até o
ponto de obterem seus títulos, contudo, a igreja e os cristãos individuais
que lutam no mundo real pouco lucram com ela. Considerando que o
teólogo acadêmico se dedica intensamente à reflexão, ele pode levar essa
reflexão, que é uma coisa boa, longe demais, separando-a da fé e
buscando o entendimento em proveito próprio. Em sua pior versão, a
teologia acadêmica segue a lenda “Acreditarei somente no que posso
entender”, o que é bem diferente da “fé em busca do entendimento”.
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BIBLIOGRAFIA
▪ STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. SÃO Paulo:
Hagnos,2007.
▪ GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova,
1999.
▪ THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática. São
Paulo: Editora Batista Regular, 1999.
▪ STANLEY J. Grenz & Roger E. Olson. Iniciação à Teologia: um convite
ao estudo acerca de Deus e de sua relação com o ser humano. São
Paulo: Editora Vida, 2006.
▪ Apostila de Introdução ao Estudo da Teologia. Seminário Teológico
Casa de Profetas.
▪ LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática. Rio de Janeiro:
Editora JUERP, 1988.
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