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Escola Portuguesa de Luanda

Centro de Ensino de Língua Portuguesa


Teste de Avaliação de Português – 7.º ano (A) 2023/24

Nome: __________________________________________________n.º _____ Turma: __________

Avaliação: __________________________________ A Professora: __________________________

GRUPO I – Leitura e Educação Literária

Lê, atentamente, o texto.

Texto A
Proteção das Espécies

Os animais e as plantas estão a desaparecer a uma velocidade surpreendente. Muitos


seres vivos extinguiram-se ao longo da história da Terra – frequentemente, devido a mudanças
drásticas no clima –, mas hoje os homens são os maiores culpados desse fenómeno. Milhares de
animais e plantas estão em risco de extinção, porque nós destruímos florestas e secamos
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pântanos para obter terras de cultivo ou destinadas à construção. Mudamos tanto o meio
ambiente que os animais e as plantas não conseguem sobreviver. Chama-se a isso destruição dos
habitats naturais. Outro ato responsável pela extinção de espécies é a caça: os homens matam
animais para obterem peles, couros, chifres e carne ou, simplesmente, porque eles lhes podem
ser prejudiciais. A poluição provocada pelos homens é também outro grave fator de alteração de
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mares, rios e florestas. A preservação é o estudo e a proteção da vida selvagem; inclui a
construção de abrigos naturais e a tentativa de salvar animais e plantas da destruição provocada
pelos homens. Hoje, contudo, as pessoas estão mais informadas do que nunca dos problemas
que ameaçam as espécies. Existem organizações de preservação espalhadas pelo mundo inteiro,

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que trabalham para proteger as espécies em perigo, criando reservas onde animais e plantas
possam viver em segurança.

A Minha Primeira Enciclopédia, Volume V, Lisboa, Verbo (adaptado)

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. Indica se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o sentido do texto.
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1.1. A extinção dos seres vivos selvagens não é um fenómeno recente.


1.2. A extinção dos seres vivos selvagens deve-se unicamente à ação dos seres humanos.
1.3. A expressão «habitat natural» refere-se ao lugar onde o ser vivo encontra as condições para se
desenvolver.

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2. Seleciona, para responderes a cada item, a única opção que permite obter uma afirmação adequada
ao sentido do texto.

2.1. A expressão “Os animais e as plantas estão a desaparecer a uma velocidade surpreendente.”
transmite o valor de…
(A) lentidão.
(B) facilidade.
(C) rapidez.
(D) dúvida.

2.2. A palavra “drásticas” (l. 2) ilustra a ideia de que as mudanças são…


(A) superficiais.
(B) repentinas.
(C) decisivas.
(D) profundas.

3. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa de acordo com o sentido do texto.

O ser humano contribui para a extinção de animais e plantas por causa…

(A) da poluição sonora e da destruição dos habitats naturais.


(B) da poluição que provoca a alteração dos mares, rios e florestas.
(C) do comércio de peles, couros, chifres e carne de animais selvagens.
(D) da desflorestação, da caça e da poluição.

4. Indica o nome que o pronome “eles” (l.8) está a substituir.

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Texto B

Lê o texto com atenção e, de seguida, responde às questões com frases completas:

1 “Era uma ave muito suja. Tinha todo o corpo impregnado de uma substância escura e
malcheirosa.
Zorbas aproximou-se e a gaivota tentou pôr-se de pé arrastando as asas.
─ Não foi uma aterragem muito elegante. ─ miou.
5 ─ Desculpa. Não pude evitar ─ reconheceu a gaivota.
─ Olha lá, tens um aspeto desgraçado. Que é isso que tens no corpo? E que mal cheiras! ─
miou Zorbas.
─ Fui apanhada por uma maré negra. A peste negra. A maldição dos mares. Vou morrer ─
grasnou a gaivota num queixume.
10 ─ Morrer? Não digas isso. Estás cansada e suja. Só isso. Porque é que não voas até ao jardim
zoológico? Não é longe daqui e lá há veterinários que te poderão ajudar ─ miou Zorbas.
─ Não posso. Foi o meu voo final ─ grasnou a gaivota numa voz quase inaudível, e fechou os
olhos.
─ Não morras! Descansa um pouco e verás que recuperas. Tens fome? Trago-te um pouco da
15 minha comida, mas não morras ─ pediu Zorbas, aproximando-se da desfalecida gaivota.
─ Vencendo a repugnância, o gato lambeu-lhe a cabeça. Aquela substância que a cobria, além
do mais, sabia horrivelmente. Ao passar-lhe a língua pelo pescoço notou que a respiração da ave se
tornava cada vez mais fraca.
─ Olha, amiga, quero ajudar-te mas não sei como. Procura descansar enquanto vou pedir
20 conselho sobre o que se deve fazer com uma gaivota doente ─ miou Zorbas, preparando-se para
trepar ao telhado.
Ia a afastar-se na direção do castanheiro quando ouviu a gaivota a chamá-lo.
─ Queres que te deixe um pouco da minha comida? ─ sugeriu ele algo aliviado.
─ Vou pôr um ovo. Com as últimas forças que me restam vou pôr um ovo. Amigo gato, vê-se
25 que és um animal bom e de nobres sentimentos. Por isso, vou pedir-te que me faças três promessas.
Fazes? ─ grasnou ela, sacudindo desajeitadamente as patas numa tentativa falhada de se pôr de pé.
Zorbas pensou que a pobre gaivota estava a delirar e que com um pássaro em estado tão
lastimoso ninguém podia de deixar de ser generoso.
─ Prometo-te o que quiseres. Mas agora descansa ─ miou ele compassivo.
30 ─ Não tenho tempo para descansar. Promete-me que não comes o ovo ─ grasnou ela abrindo
os olhos.
─ Prometo que não como o ovo ─ repetiu Zorbas.
─ Promete-me que cuidas do ovo até nascer a gaivotinha. E promete-me que a ensinas a voar.
─ grasnou ela fitando o gato nos olhos.
35 Então Zorbas achou que aquela infeliz gaivota não só estava a delirar, como estava
completamente louca.
─ Prometo ensiná-la a voar. E agora descansa, que vou em busca de auxílio ─ miou Zorbas
trepando de um salto para o telhado.
Kengah olhou para o céu, agradeceu a todos os bons ventos que a haviam acompanhado e,
justamente ao exalar o último suspiro, um pequeno ovo branco com pintinhas azuis rolou junto ao
seu corpo impregnado de petróleo.”
Luis Sepúlveda, História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

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1. Kengah foi cair na varanda da casa dos donos de Zorbas.
1.1. Que acontecimento provocou a sua queda?
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1.2. A que se refere o narrador quando fala de uma “substância escura e malcheirosa”
(l.1)?
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1.3. Por que motivo estava Zorbas sozinho em casa?


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2. Como reagiu o gato quando se apercebeu do estado da gaivota?


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3. A pensar no salvamento da gaivota, o que lhe sugeriu o gato e porquê?


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4. Refere as promessas que Zorbas fez à gaivota.


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5. Por que razão confiou a gaivota naquele gato desconhecido?


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6. Zorbas pensou que a gaivota “não só estava a delirar”, como também estava “completamente
louca” (l.30/31). Porquê?
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7. Caracteriza o gato Zorbas, tendo em conta este capítulo da obra.


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8. Classifica o narrador quanto à presença. Justifica a tua resposta com elementos do texto.
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Grupo II - Gramática
1. Classifica as orações sublinhadas nas frases seguintes, selecionando a alínea

1.1. O gato criou a gaivotinha e ensinou-a a voar.


a) oração subordinada adverbial causal.
b) oração subordinada adverbial temporal.
c) oração coordenada copulativa.

1.2. Ia a afastar-se na direção do castanheiro quando ouviu a gaivota a chamá-lo.


a) oração subordinada adverbial causal.
b) oração subordinada adverbial temporal.
c) oração coordenada copulativa.

1.3. Kengah fez um enorme esforço, pois queria pôr o seu ovo.
a) oração subordinada adverbial causal.
b) oração coordenada copulativa.
c) oração coordenada explicativa.

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1.4. Como Zorbas era um animal bom e de nobres sentimentos, Kengah confiava nele.
a) oração subordinada adverbial causal.
b) oração subordinada adverbial condicional.
c) oração coordenada explicativa.

1.5. A gaivota estava muito mal, logo faleceu pouco tempo depois.

a) oração coordenada explicativa.

b) oração subordinada adverbial condicional.

c) oração coordenada conclusiva.

1.6. Zorbas deixou a gaivota para ir à procura de ajuda.

a) oração subordinada adverbial causal.

b) oração subordinada adverbial condicional.

c) oração subordinada adverbial final.

2. Indica a classe e subclasse das palavras seguintes, conforme o exemplo:


«e» conjunção coordenativa copulativa.
a) «para» _________________________________________________________________

b) «como» ________________________________________________________________

c) «logo» _________________________________________________________________

d) «quando» ______________________________________________________________

e) «pois» ________________________________________________________________

3. Identifica os recursos expressivos presentes nas frases seguintes e refere o seu valor.
a. Tinha todo o corpo impregnado de uma substância escura e malcheirosa.
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b. Kengah foi vítima da maldição dos mares.


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4. Indica a função sintática dos elementos sublinhados.
4.1. “Olha, amiga, quero ajudar-te, mas não sei como.”
a) sujeito simples.
b) predicado.
c) vocativo.

4.2. “Vou pôr um ovo.”


a) complemento direto.
b) complemento oblíquo.
c) sujeito simples.

4.3. “Kengah olhou para o céu…”


a) modificador do grupo verbal.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto.

4.4. “um pequeno ovo branco com pintinhas azuis rolou junto ao seu corpo…”
a) sujeito simples.
b) complemento oblíquo.
c) complemento direto.

4.5. “Fui apanhada por uma maré negra.”


a) complemento direto.
b) complemento agente da passiva.
c) complemento oblíquo.

4.6. “Zorbas, és um animal bom…”


a) complemento direto.
b) predicativo do sujeito.
c) sujeito simples.

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Grupo III - Escrita

“Uma promessa é uma promessa” Concordas com a perspetiva de Zorbas?

Escreve um texto de opinião com um mínimo de 160 e máximo de 200 palavras, no qual apresentes a
tua opinião sobre a importância de se cumprir uma promessa.

O teu texto deve incluir:


• um título
• a indicação do teu ponto de vista;
• a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem a tua posição;
• uma conclusão adequada.

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Bom Trabalho!
A professora, Ana Quelhas

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