O movimento tropeirismo, que ocorreu no Brasil entre o final do século XVII e as

primeiras décadas do século XX, desempenhou um papel crucial na história do Paraná

e teve um impacto significativo na formação social e econômica da região. Durante
esse período, os tropeiros eram responsáveis pelo transporte de mercadorias e
riquezas em longas jornadas por meio de trilhas e caminhos improvisados.
Os tropeiros eram comerciantes ambulantes que desempenharam um papel
fundamental na história do Brasil, especialmente durante os séculos XVIII e XIX. Eles
eram responsáveis por transportar mercadorias, principalmente gado e produtos
agrícolas, de uma região para outra do país. Para realizar suas atividades, esses
homens utilizavam uma série de utensílios e equipamentos específicos.

Uma das ferramentas mais importantes era a “cangalha”, que consistia em um

dispositivo colocado nas costas das mulas ou burros que distribuía o peso das
mercadorias adequadamente, permitindo que os animais transportassem as cargas de
maneira eficiente. As “bruacas” eram sacos ou bolsas feitas de couro cru nas quais
eles acondicionavam as mercadorias para o transporte. Essas bolsas eram presas à
cangalha.

Durante as viagens noturnas, os tropeiros dependiam de “lanternas de óleo” para

iluminar o caminho. Essas lanternas eram essenciais para acampamentos e para
manter o controle sobre as tropas durante a noite. Além disso, eles usavam “pilões”
para triturar grãos, especialmente o milho, que era uma parte fundamental de sua dieta.
A farinha de milho resultante era usada para preparar várias refeições.

Outros utensílios incluíam facas e facões, que eram usados para cortar carne, vegetais
e realizar várias tarefas, como preparação de alimentos e reparos. Para controlar os
animais de carga, como mulas e burros, os tropeiros utilizavam “esporas”, que eram
presas às botas e usadas para dar comandos aos animais.

Para cozinhar durante as viagens, eles carregavam “panelas e utensílios de cozinha”,

incluindo caldeirões e panelas de ferro fundido. Eles também levavam consigo “redes e
barracas” para descansar e se proteger das intempéries durante as paradas ao longo
do caminho. E, é claro, não podemos esquecer dos “arreios e selas”, que eram
essenciais para montar e controlar os animais de carga com segurança.

Esses utensílios eram essenciais para a vida dos tropeiros, pois permitiam que eles
realizassem suas longas jornadas comerciais pelo Brasil, transportando mercadorias
de grande importância de uma região para outra. Suas atividades desempenharam um
papel crucial na expansão e no desenvolvimento do país, contribuindo para a
integração territorial e econômica do Brasil.
A viola desempenhou um papel fundamental no tropeirismo brasileiro, sendo um
instrumento essencial para entretenimento, socialização e preservação da cultura. Os
tropeiros a usavam para tocar músicas tradicionais, improvisar letras sobre suas
experiências e se reunir em rodas de viola durante as jornadas. Além disso, a viola tinha
um papel importante em celebrações religiosas e permitia a expressão artística
individual dos tropeiros, contribuindo assim para a identidade cultural desse grupo
histórico.

Entre os itens que os tropeiros levavam, destacam-se as mercadorias destinadas ao

comércio, como alimentos, tecidos, ferramentas e até mesmo escravos, dependendo
da época e da região. Além disso, carregavam uma variedade de alimentos para sua
própria subsistência e para venda, como feijão, arroz, carne seca, farinha de mandioca,
açúcar, café e rapadura.

Para garantir sua sobrevivência ao longo das viagens, os tropeiros também

transportavam utensílios de cozinha, como panelas, chaleiras, pratos e talheres. Esses
utensílios eram fundamentais para preparar suas refeições durante as paradas ao
longo do trajeto.

fontes:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/Histo
ria/artigos/frasson_artigo.pdf

https://ppgh.ufba.br/sites/ppgh.ufba.br/files/2001._paes_jurema_mascarenhas._tropas
_e_tropeiros_na_primeira_metade_do_seculo_xix_no_alto_sertao_baiano.pdf