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FACULDADE DE DIREITO
Monografia
Brasília, DF
2023
EDUARDO LIMA GENTIL
Banca Examinadora:
Brasília, DF
2023
EDUARDO LIMA GENTIL
Brasília, DF
2023
AGRADECIMENTOS
À minha esposa Karolina, que sempre me incentiva e me apoia em tudo. A minha base!
A meu filho querido, João Vítor, que tanto amo. Meu anjo!
À minha orientadora, a Profa. Dra. Daniela Marques de Moraes, que, desde os primeiros
semestres da faculdade, sempre a admirei.
Ao colega Rodrigo Nery, que me fez despertar, em sala de aula, o interesse sobre o tema e
pelas várias referências bibliográficas que, gentilmente, me indicou.
RESUMO
The Constitutional Amendment 125/2022 instituted the so-called relevance of the infra-
constitutional federal law issue as a new admissibility requirement for the Special Appeal to
the Superior Court of Justice (STJ). This course conclusion work navigates the origins of this
institute, presenting some general notions about the Special Appeal and its admissibility criteria.
It also brings a comparison with other similar mechanisms, such as the general repercussion for
the Extraordinary Appeal in the STF and the transcendence for the Review Appeal in the TST.
This new procedural system still needs to be regulated, which will probably occur both through
legislation and through changes in the internal regulations of the STJ. In view of this, this work
will briefly present the draft regulation for the relevance filter that was suggested by the STJ to
the Federal Senate. Finally, we will reflect together on possible impacts arising from the
adoption of this new appeal filter, with emphasis on possible barriers to access to Justice.
Key-words: Special Appeal. Relevance of the infra-constitutional federal law issue. Appeal
filter. General repercussion. Transcendence. Access to Justice.
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................................................ 8
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 41
ANEXO I .................................................................................................................................. 46
ANEXO II ................................................................................................................................ 48
1. Introdução
Assim, vemos que se trata de uma norma jurídica de eficácia limitada, visto que
carece de elaboração pelo Congresso Nacional de uma lei regulamentadora. O art. 105, § 2º, da
CF/1988, cita claramente que essa exigência da demonstração da relevância será “nos termos
da lei”. O STJ já apresentou algumas sugestões ao Legislativo para o aprimoramento e
regulamentação da aplicação dos critérios de relevância para a admissão de Recursos Especiais
(BONFANTI, 2022).
De acordo com Bonfanti e Mengardo (2022):
A mudança contou com amplo apoio dos ministros do STJ e tem como objetivo
reduzir o número de casos que chegam ao tribunal superior, fazendo com que a
Corte foque seus esforços em processos relevantes. Sistemática semelhante é
adotada no STF por meio da repercussão geral. As alterações trazidas na PEC, por
outro lado, desagradam parte da classe advocatícia. Profissionais que atuam no
STJ temem que as mudanças, na prática, dificultem o acesso ao tribunal.
No ano de 2022, o Superior Tribunal de Justiça recebeu cerca de 400 mil novos
processos. Para ser mais preciso, foram 399.455, de acordo com balanço divulgado pela própria
Corte Superior (STJ, 19/12/2022). Isso revela o grave cenário e urgência que levaram à
aprovação, em julho de 2022, da Emenda Constitucional nº 125/2022. Esta EC criou o filtro de
relevância para a admissão de Recursos Especiais, também chamado de requisito da relevância.
O entendimento dos ministros do STJ é o de que o filtro de relevância deverá ter
um impacto muito positivo nas atividades jurisdicionais do Tribunal, uma vez que ajudará na
redução do alto volume de processos que chegam todos os anos à Corte. Este novo filtro
restringirá o acesso ao STJ daqueles Recursos Especiais que impugnam decisões de segundo
grau, que eventualmente “não tenham maior relevância para a formação da jurisprudência” (STJ,
19/12/2022).
Porém, para concretizar e pôr em prática a implementação deste novo filtro, o
Congresso Nacional precisará regulamentar o funcionamento desta nova sistemática. Após a
aprovação da EC nº 125/2022, o STJ tem se debruçado sobre o assunto, e propôs, já no segundo
semestre de 2022, algumas sugestões para a regulamentação destas novas regras (STJ,
5/12/2022).
Esta mudança irá trazer diversas alterações e impactos no funcionamento de toda
a Justiça, não somente para o STJ. Conseguimos vislumbrar pontos positivos e negativos. Este
trabalho de conclusão de curso visa trazer o leitor à reflexão, a partir dos insights que grandes
doutrinadores tiveram sobre o tema.
Luiz Guilherme Marinoni, por exemplo, entende que o requisito da relevância é
imprescindível para que o Superior Tribunal de Justiça possa assumir a sua verdadeira função.
Em coluna publicada no Conjur, ele discorre sobre um dos principais papéis do STJ, que é o de
analisar recursos repetitivos e firmar teses. Porém, ele guarda certa preocupação quanto a esta
prática. Para ele, o STJ deve se preocupar a decidir sobre as questões essenciais que permitam
esclarecer determinado instituto jurídico:
Não basta ao recorrente demonstrar que a decisão é contrária aos seus interesses
para que esteja aberta a via do recurso extraordinário e do recurso especial. É
mister que a decisão, além disto, cause a ele um específico gravame previamente
indicado na própria Constituição Federal (apud FUGA, TESOLIN, LEMOS et al,
2022, p. 264).
Um outro ponto que merece destaque é que o Recurso Especial deverá ser
interposto no tribunal a quo, e direcionado ao presidente ou vice-presidente – conforme estiver
regulado pelo respectivo regimento interno –, o qual decidirá sobre o juízo de admissibilidade.
Mas, vale ressaltar que, “por óbvio, a palavra final sobre a admissibilidade ou não do Recurso
Especial, relativamente a quaisquer requisitos intrínsecos ou extrínsecos, caberá ao STJ, motivo
por que o juízo no tribunal a quo se mostra provisório” (ASSIS, 2022, Jusbrasil).
Além destes, estão elencadas na CF/1988, no art. 105, III, alíneas “a” a “c”, os
casos em que se aplicam o Recurso Especial (o chamado cabimento):
Contudo, Alvim, Uzeda e Meyer (2022, p. 2) nos resgatam que houve uma
diferença significativa entre a criação de ambos os institutos (repercussão geral para o Recurso
Extraordinário e este da relevância para o Recurso Especial). No art. 7º da Emenda
Constitucional nº 45/2004, constava que:
Nenhum recurso será inadmitido pela ausência da respectiva preliminar, até que
a matéria seja regulamentada por lei e, muito possivelmente, pelo regimento. De
todo modo, todos os recursos interpostos, a partir da publicação da Emenda à
Constituição, poderão ser submetidos a referido regime (da relevância)
(complemento meu).
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho
das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos
Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe
houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a
Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem
súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo
Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho,
Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância
obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional
prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e
literal à Constituição Federal.
Desse modo, o recorrente deve demonstrar que no acórdão combatido há uma
interpretação de lei federal de modo diverso a adotada por outro Tribunal ou, de outra forma,
este se manifestou contrariamente às súmulas ou às orientações jurisprudenciais do TST ou STF.
Para tanto, tal divergência deve ocorrer entre Tribunais Regionais distintos.
Por fim, quando recurso se referir a dissenso de julgado incumbe ao recorrente
o ônus da produção da prova desta divergência jurisprudencial através de certidão, cópia, ou
citação da jurisprudência, bem como o referido deve evidenciar as circunstâncias que
identifiquem ou se assemelham ao caso confrontado.
Como explicamos anteriormente, além de ser necessário que o Recurso de
Revista atenda aos pressupostos gerais, é preciso que ele satisfaça os pressupostos específicos
do prequestionamento e da transcendência. Sobre o prequestionamento, já tratamos acima.
Agora, iremos detalhar um pouco melhor sobre a exigência da transcendência.
O requisito da transcendência para o Recurso de Revista está previsto no Art.
896-A da CLT, que informa que a causa deverá oferecer transcendência “com relação aos
reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica”.
Santos e Hajel Filho (2020, p. 604) nos trazem uma explicação sobre o alcance
e a finalidade da transcendência para o julgamento dos Recursos de Revista:
Araújo e Nery (22/8/2022) fazem uma prospecção até um pouco mais ousada:
Com a EC nº 125/2022, será necessário refletir sobre o papel das Cortes de Justiça
no cenário constitucional, notadamente no que diz respeito à atuação dessas cortes
como, quem sabe, cortes de precedentes “regionais” em questões constitucionais
(sem repercussão geral) e infraconstitucionais (sem relevância) (ARAÚJO e
NERY, 22/8/2022).
Ele nos informa também que, “estatisticamente, a ação mais ajuizada no Superior
Tribunal de Justiça – o agravo em Recurso Especial, ação que justamente impugna decisões de
tribunais a quo de juízo de inadmissibilidade de Recursos Especiais – tem apenas 4,2% de
provimento” (ABBOUD, STRECK, MARINONI, et al, 2022, p. RB-5.1). Este é um número
que, por si só, já revela a extrema dificuldade de conseguir chegar até o STJ.
Lenio Streck sintetiza, de maneira primorosa, quais são os cidadãos
majoritariamente afetados por esse movimento, cada vez maior, de restrição de acesso às Cortes
extraordinárias:
Alguns podem até discordar deste ponto de vista, alegando que tal barreira
poderia ser superada adotando-se os incisos VI e V do mesmo dispositivo, que nos dizem,
respectivamente, que outras hipóteses previstas em lei poderão caracterizar tal relevância, ou
ainda, nas “hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante do
Superior Tribunal de Justiça”.
Em esteira diversa, grande parte da doutrina entende que a exigência da
relevância não prejudicará o acesso à Justiça, já que a missão do STJ não é analisar casos
concretos, e entendem que a prestação jurisdicional já foi devidamente realizada pelas
instâncias de 1º e 2º grau, que são aquelas destinadas a tratar do caso concreto. Assim, não faria
sentido alegar tratar-se de nova barreira no acesso à Justiça, uma vez que a jurisdição
devidamente prestada pelas duas instâncias iniciais.
O doutrinador Daniel Mitidiero se filia a esta corrente de que o filtro de
relevância para o Recurso Especial não prejudicará o acesso à Justiça. Segundo ele:
(...) a exigência de relevância da questão federal como condição de acesso aos
corredores do STJ está muito longe de violar o direito de ação (...) porque o direito
de ação – ainda que dogmaticamente contemple o direito ao recurso – se satisfaz
com a realização da primeira dimensão da tutela dos direitos: a viabilização de
uma decisão justa para o caso concreto, cuja tarefa é confiada ao duplo grau de
jurisdição (MITIDIERO, 2022, e-book, p. RB-2.2, adaptado).
Por sua vez, Lenio Streck entende que o desenvolvimento de cada vez mais
filtros recursais, com a intenção precípua de mitigar o acesso às Cortes Superiores, com objetivo
de “reduzir o número de recursos, e consequentemente o acesso à justiça, parece ser justamente
a solução simples para um problema complexo” (ABBOUD, STRECK, MARINONI, et al,
2022, p. RB-5.4).
Dentre algumas sugestões, ele cogita, inclusive o aumento no número de
Ministros no STJ. Para ilustrar, ele cita o quantitativo adotado em outros países:
Uma possível solução, que também parece ser um cenário alcançável, refere-se a
um problema estrutural. Por que não é discutido, com a devida importância, o
aumento do número de integrantes do STJ? Eu já tratei sobre essa possibilidade
em 1999, no meu livro Jurisdição Constitucional e Hermenêutica. O órgão similar
ao STJ na Itália – país com um terço da população do Brasil – possui 350
membros. Em Portugal, tal corte similar possui 60 integrantes, e a sua população
corresponde à do Rio Grande do Sul. Isso precisa dizer algo ao modelo brasileiro
(ABBOUD, STRECK, MARINONI, et al, 2022, p. RB-5.5).
Por fim, o jurista Lenio Streck revela uma compreensão bastante ampla sobre
todo este problema, e que parece ser compartilhada por vários doutrinadores, corrente dentre as
quais eu me filio:
ABBOUD, Georges; STRECK, Lenio Luiz; MARINONI, Luiz Guilherme; ALVIM, Teresa
Arruda; UZEDA, Carolina; et al. Relevância no REsp: pontos e contrapontos. 1. ed. São
Paulo: Thomson Reuters Brasil, Revista dos Tribunais, 2022. E-book (ePub). Disponível em:
https://proview.thomsonreuters.com/launchapp/title/rt/monografias/301404751/v1. Acesso
em: 5/6/2023.
ALVIM, Teresa Arruda; UZEDA, Carolina; MEYER, Ernani. Mais um filtro, agora para o
STJ: uma análise da EC 125/2022. Revista de Processo. vol. 330. ano 47. São Paulo: Ed. RT,
agosto 2022. Disponível em: https://www.academia.edu/resource/work/84642311. Acesso
em: 30/5/2023.
ARAÚJO, José Henrique Mouta; NERY, Rodrigo. Questões sem “relevância”: jurisdição
cooperada e redefinição de competência. Revista Consultor Jurídico. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2022-ago-22/araujo-nery-ultima-palavra-questoes-relevancia.
Publicado em: 22/8/2022. Acesso em: 10/5/2023.
ASSIS, Araken de. Processo civil brasileiro: parte geral, institutos fundamentais - II, vol. III.
3. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, Revista dos Tribunais, 2022. E-book (ePub).
Disponível em: https://proview.thomsonreuters.com/launchapp/title/rt/monografias/
107537709/v3. Acesso em: 1/6/2023.
ASSIS, Araken de. Relevância no Recurso Especial: Primeiras Impressões. In: ASSIS,
Araken de. Processo Civil Brasileiro - Vol. III - Ed. 2022. São Paulo (SP): Editora Revista
dos Tribunais. 2022. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/doutrina/secao/introducao-
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2022/1728399733. Acesso em: 3/6/2023.
BONFANTI, Cristiane. Portal Jota. STJ entrega ao Senado proposta para regulamentar
filtro de relevância. Disponível em: https://www.jota.info/justica/stj-entrega-ao-senado-
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DIDIER JR., Fredie; e CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil –
Meios de impugnação às decisões judiciais e processo nos tribunais. v. 3. 20 ed. São Paulo:
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entrega-ao-Senado-proposta-para-regulamentar-filtro-de-relevancia-do-recurso-especial.aspx.
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STJ. Tribunal encerra 2022 com recorde de julgamentos e reduz estoque processual pelo
quinto ano seguido. Disponível:
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/2022/19122022-Tribunal-
encerra-2022-com-recorde-de-julgamentos-e-reduz-estoque-processual-pelo-quinto-ano-
seguido.aspx. Publicado em: 19/12/2022. Acesso em: 7/7/2023.
VITAL, Danilo. Cinco tribunais já aplicam filtro da relevância para admitir recurso
especial. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2022-out-08/cinco-tribunais-aplicam-
filtro-relevancia-admitir-resp. Publicado em: 8/10/2022. Acesso em: 2/6/2023.
ANEXO I
Art. 1º O art. 105 da Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:
§ 1º ...............................................................................................................
I - ações penais;
III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos;
Art. 2º A relevância de que trata o § 2º do art. 105 da Constituição Federal será exigida
nos recursos especiais interpostos após a entrada em vigor desta Emenda Constitucional,
ocasião em que a parte poderá atualizar o valor da causa para os fins de que trata o inciso III do
§ 3º do referido artigo.
CAPÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1º Esta Lei insere dispositivo à Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de
Processo Civil), a altera, a fim de regulamentar o § 2º do art. 105 da Constituição Federal, e dá
outras providências.
CAPÍTULO II
DA RELEVÂNCIA DA QUESTÃO DE DIREITO FEDERAL INFRACONSTITUCIONAL
CAPÍTULO III
DA COMPATIBILIZAÇÃO COM O RITO DA RELEVÂNCIA
Art. 3º. A Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), passa a
vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 932.…………………………………………………………….……
IV – ..................................................................................................
V – ……………………………………………………………………......
“Art. 979.............................................................................................
V – .................................................................................................
a) o recurso ainda não tenha sido submetido aos regimes de repercussão geral,
de relevância da questão de direito federal infraconstitucional ou de julgamento de
recursos repetitivos;” (NR)
(…)
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS