Programa de Parcerias para o Impacto

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA IIES

Nome da IIES: Natureza e Socioterapia

NIPC da Organização Promotora/Coordenadora da IIES: 507172183

Nome ou designação social da Organização Promotora/Coordenadora da IIES: Semente de

Futuro Cooperativa de Solidariedade Social

O Plano de Desenvolvimento da IIES (PD) é um documento que apresenta a estratégia de

desenvolvimento de uma Iniciativa de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES). Este PD é a
peça central da candidatura ao Programa de Parcerias para o Impacto e deve ser anexo em pdf
à candidatura submetida online ao Portugal2020, através do Balcão2020.
Antes da preparação e submissão do PD recomenda-se a leitura detalhada do Aviso de Abertura
de Candidaturas ao Programa de Parcerias para o Impacto.
O PD está organizado em cinco secções:
A – Problema, Solução e Impacto Social
B – Objetivos, Atividades e Orçamento
C – Equipa, Entidade Implementadora e Investidores Sociais
D – Sustentabilidade e Cidadania
E – Breve Resumo do Projeto

A Entidade candidata deverá completar cada uma das secções deste documento, podendo
inserir livremente conteúdos em cada subcampo.
Sugere-se que o PD não ultrapasse as 20 páginas no total.
Em caso de dúvidas, consulte os documentos de apoio à elaboração de candidatura disponíveis
em www.inovacaosocial.portugal2020.pt. Em caso de persistência de dúvidas pode enviar
mensagem para geral@inovacaosocial.portugal2020.pt.

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A - Problema, Solução e Impacto Social

1. Qual o Problema Social?

Descreva o problema social principal que a iniciativa pretende resolver, identificando as suas
principais causas e efeitos (embora a iniciativa possa resolver múltiplos problemas da sociedade,
descreva aquele que é o foco prioritário da iniciativa).

O principal problema social que a nossa IIES responde é o isolamento social dos idosos
num concelho particularmente envelhecido. A população idosa representa mais de 20%
da população total do concelho de Arouca.
Apesar de estar inserido na Área Metropolitana do Porto, este concelho assume uma
paisagem sobretudo rural, constituído por um pequeno centro mais urbano, mas com
difícil ligação entre as localidades mais distantes, seja pelas infraestruturas rodoviárias,
seja pela fraca rede de transportes. Estas constituem-se barreiras físicas para a
população mais velha que está em situação de isolamento.
Este contexto de isolamento social carrega consigo problemas conexos sobre os quais a
IIES acabará por intervir de forma secundária.
Os pais, mas em particular as mulheres mais velhas que assumiram durante grande
parte da sua vida o papel de domésticas, dedicaram o seu tempo ao cuidado dos filhos.
Com a emancipação dos mais jovens, enfrentam agora várias dificuldades de
relacionamento e de manutenção das atividades diárias, experimentando sentimentos
de desorientação e depressão.
A esta questão junta-se a solidão de pessoas que viram os seus filhos emigrar para
outros países cujo efeito psicológico da distância física é superior. Dificilmente estas
pessoas se apropriam dos meios tecnológicos com facilidade suficiente para pelo menos
combater esta distância.
Outra questão causadora deste problema social revela-se ao nível da fase da reforma.
Pessoas que se dedicam em absoluto ao trabalho e que com o fim da vida profissional
ficam expostos a contextos de isolamento social.
A par destas, o isolamento social é também uma realidade vivida por pessoas mais
velhas que pelas suas capacidades físicas e psicológicas prevalecem nesse contexto.
A velhice comporta obviamente um processo de maior fragilidade, mas não tem de ser
vista como uma etapa da vida de declínio das capacidades funcionais, e desvalorização
social. Com a tendência do envelhecimento demográfico que se verifica julgamos ser
urgente romper com os estereótipos em relação aos idosos, e transformar o processo
de envelhecimento, potenciando a sua qualidade de vida.
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2. A quem se destina a iniciativa?
Especifique a abrangência territorial do problema e identifique com clareza a que público-alvo
se destina a iniciativa (indivíduos, famílias, comunidades, segmento da população, etc.).

Estamos perante um problema social que atinge todo o território nacional. 22% da
população portuguesa é idosa. A nossa IIES compromete-se a resolver e combater este
problema social no concelho de Arouca, sendo o seu público alvo a população idosa que
experiência contextos de isolamento social.
Este público-alvo é sinalizado e encaminhado para a nossa IIES pela Rede Social do
concelho.

3. Qual a gravidade do Problema Social?

Descreva os efeitos negativos do problema no público-alvo, demonstrando a sua gravidade e os
custos pessoais e sociais a ele associados.

Este ploblema social assume grande preponderância no território do concelho de

Arouca, estendendo-se de forma generalizada ao nível nacional. Atualmente 22% da
população total é idosa, uma percentagem já avassaladora para reposição do saldo
demográfico que coloca em causa a sustentabilidade da segurança social nacional. Mais
preocupante é verificar que se prevê um aumento continuado do número de idosos,
estimando-se que em 2050, cerca de 40% depopulação portuguesa tenha mais de 60
anos. Prevê-se que aí, o segundo país mais envelhecido da Europa, logo a seguir à Grécia.
O problema do isolamento social é um fenómeno que pode ser determinado através de
vários indicadores. Segundo alguns autores, são mais importantes, em termos de
felicidade pessoal, os contactos sociais do que dispor de rendimentos. Numa perspetiva
cultural e psicológica, não é bom, sob vários ângulos, viver-se de uma forma isolada.
Além disso, as pessoas que nunca se encontram com amigos ou familiares terão mais
dificuldades em receber ou prestar ajuda. Basta ter-se pelo menos um contacto por ano
para que a capacidade para receber apoio/ajuda se mostre diferente.
Entre os indicadores citados no trabalho “Income and Living conditions in EU” e que se
referem ao isolamento social temos: falta de apoio se necessário, não encontrar
parentes, não encontrar amigos, não ter contactos com familiares nem amigos.
Em fevereiro 2018, na conferência "Reaprender a Idade: Contributos interdisciplinares",
a médica e vice-presidente da Comissão de Proteção ao Idoso, Antonieta Dias, afirmou
que "Portugal é o país da Europa que menos investe nas pessoas da terceira idade”,

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 acrescentando que "neste momento somos o país que tem piores condições para cuidar
dos idosos, porque falta fazer o investimento credível e acompanhado do idoso".
Os principais custos pessoais do isolamento social prendem-se com a depressão,
ansiedade, baixa autoestima, sentimento solidão e abandono, influenciando o estado
de saúde, a qualidade de vida e até a dignidade das pessoas idosas.
Do ponto de vista dos custos sociais revela-se o agravamento de estado de saúde
refletindo-se numa sobrecarga do SNS, instituições e associações existentes, na
longevidade e a na diminuição da esperança de vida.
Os papéis sociais tão importantes da pessoa idosa na sociedade no que diz respeito à
retaguarda familiar, à comunidade providência e à capacidade produtiva deixam de ser
desempenhados, deixando a descoberto estas necessidade para o Estado.

4. Qual a Solução proposta para o Problema Social?

Descreva com clareza qual a solução proposta para tentar resolver o problema social, bem como
os recursos (humanos, materiais, parcerias…) que pretende mobilizar para a respetiva
implementação.

A solução da IIES para responder ao problema social do isolamento dos idosos é a sua
integração num programa absolutamente inovador e único que combina o
desenvolvimento de ações semiprofissionais e lúdicas na natureza, que garante uma
continuidade do ponto de vista identitário da perceção de utilidade da pessoa idosa na
sociedade.
O cenário de implementação da solução decorre na Quinta da Semente de Futuro,
integrada no espaço do Geoparque de Arouca, dando-lhe aqui particularidades e
benefícios especiais na intervenção junto do público-alvo. A quinta e as instalações
físicas da IIES consistem num laboratório vivo em plena natureza, totalmente adaptado
às necessidades de cada idoso, no qual poderão redescobrir a importância do seu papel
na comunidade e romper com a condição de isolamento social.
Os idosos em situação de isolamento social são integrados num grupo heterogéneo de
pessoas que desenvolverão de modo terapeuticamente orientado atividades de caráter
semiprofissional e lúdicas. No âmbito das atividades semiprofissionais irão realizar a
transformação da lã extraída do rebanho da quinta, o cultivo e desenvolvimento de
horticultura biológica com pequenas tarefas de jardinagem e horticultura, e cozinha
criativa com produção alimentar biodinâmica de elevada qualidade, permitindo aos
participantes desenvolver um contacto vivo com a natureza e os seus ritmos. Em
simultâneo desenvolverão atividades de caráter mais lúdico, nomeadamente pintura
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socio terapêutica, artes performativas, workshops com recursos a metodologia world
café sobre lideranças partilhadas, expressão dramática, e observação e experiência de
cuidados dos animais da quinta, promovendo um contacto vivo que permita trocas
simbólicas e maior aproximação comunitária. Proporcionamos um contacto privilegiado
com a natureza, reconhecendo todos os seus benefícios para o equilíbrio emocional e
bem-estar das pessoas.
A combinação de atividades semiprofissionais com atividades lúdico-terapêuticas
resultarão no desenvolvimento da autoestima, da capacidade de trabalho em grupo e
do sentido de pertença e utilidade, facilitando a comunicação e inter-relacionamento
com a comunidade. Em consequência disso, estaremos também a combater a questão
dos défices cognitivos associados ao envelhecimento, atuando de forma inovadora na
sua prevenção. Esta, constitui-se uma resposta única na Área Metropolitana do Porto.
A nossa solução passa por várias fases. Em primeiro lugar, tirar os idosos de casa, sendo
este o ponto de partida para a resolução do problema social, e de extrema importância.
Por norma o idoso isolado está sempre dentro de casa, disfarçando o seu isolamento
com o recurso à televisão. O facto de passar a ter um local para se deslocar com um
horário em torno do qual irá refazer a sua rotina, é importante.
Numa segunda fase dá-se a integração da pessoa num grupo heterogéneo de pessoas
com interesses comuns. Este facto é fundamental pelo sentimento de pertença a um
espaço e a grupo com objetivos comuns, sendo elemento catalisador fundamental para
retirar as pessoas idosas da situação de isolamento social.
Num terceiro momento dá-se o planeamento de atividades de caráter semiprofissional
que têm como principal objetivo empoderar as pessoas com sentimento de utilidade
social. Pretende-se mobilizar os idosos que tem capacidade para estar ao serviço da
comunidade. Constitui-se este um fator muito importante porque os mais idosos em
situação de isolamento tendem a desenvolver sentimentos de inutilidade.
Paralelamente às atividades semiprofissionais são desenvolvidas atividades de caráter
mais lúdico com enfoque na componente artística e na natureza que potenciam o bem-
estar e felicidade destas pessoas.
É nosso objetivo que no fim, estes mesmos idosos já se sintam suficientemente aptos e
empoderados para poderem seres eles próprios a apoiar novos idosos que, entretanto,
são identificados pela nossa IIES como estando em situação de isolamento social.
Os idosos que completam o nosso plano, serão sempre convidados a ficar no apoio a
atividades realizadas na nossa quinta, permitindo que a nossa equipa faça um
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 acompanhamento de proximidade do idoso. Em qualquer caso, continuarão a ser
acompanhados através de um contacto semanal.
Por fim, cabe-nos mencionar a importância desta resposta no concelho de Arouca, dado
que no município e nos concelhos limítrofes não existe qualquer tipo de resposta
integrada e diferenciada para o isolamento social dos idosos.

5. Quais os aspetos inovadores da Solução proposta?

Identifique os elementos mais inovadores da solução face a soluções já existentes.

A nossa solução é inovadora na resolução do problema social, em particular no território

em que se desenvolve, dado que não compete com outras apresentando-se como única
na Área Metropolitana do Porto.
A metodologia usada é em si um fator inovador face às restantes respostas.
Tem por base o empoderamento da pessoa idosa através do seu desenvolvimento
pessoal em torno de lideranças partilhadas. Este empoderamento ocorre num autêntico
laboratório vivo na natureza adaptado ao público-alvo, com verdadeiros benefícios
terapêuticos, equilíbrio e harmonia refletindo-se diretamente na alteração da condição
social de isolamento.
Combina atividades artísticas com atividades semiprofissionais. Estas últimas são um
fator totalmente diferenciador, na medida em que potenciam o sentido de pertença, de
valorização pessoal, e inserção num grupo, fundamental para recuperar o significado
simbólico atribuído ao trabalho ou papel social durante toda a vida. Em consequência
estaremos também a combater a questão dos défices cognitivos associados ao
envelhecimento, atuando de forma inovadora na sua prevenção.
Pretendemos estabelecer metas ambiciosas no desempenho de todas as atividades que
desenvolvemos, pois acreditamos que é enfrentando limites e superando dificuldades,
que a mudança ocorre e a autoconfiança e autoestima se desenvolvem.
É ainda de referir a inovação no âmbito do aproveitamento dos recursos naturais
produção artística e alimentar biodinâmica, tendo sempre em mente a sensibilização
para o reaproveitamento e o uso de materiais sustentáveis, aproveitando saberes
ancestrais que os participantes trazem e privilegiando os princípios da economia circular
e um estilo de vida saudável.

6. Por que a Solução proposta é mais eficaz e mais eficiente?

Explique por que a solução proposta é mais eficaz (combate melhor o problema) e por que é mais
eficiente (tem custos menores) do que outras.
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 A nossa solução parece-nos efetivamente mais eficaz na resolução do problema social
do isolamento dos idosos. A construção desta iniciativa envolveu e baseou-se na própria
experiência da população alvo, recolhida especificamente através de entrevistas a
pessoas e grupos locais e nas ações anteriormente desenvolvidas pela entidade
implementadora, no âmbito do desenvolvimento de projetos artísticos, sustentáveis,
terapêuticos e workshops de lideranças partilhadas.

A sua eficácia revela-se em particular pelo recurso à natureza. Quando integradas na

natureza, as atividades, pelo ritmo e pela harmonia e pelo belo, facilitam à pessoa
renovar-se no sentido da inteireza perdida. As pessoas experimentam a inserção num
grupo encontrando um lugar na comunidade, enfrentam limites, superam dificuldades,
aprendem a adaptar-se ao material que usam, aceitam as falhas, e desenvolvem a
autoconfiança e autoestima.
O facto de trabalharmos com um grupo de pessoas com um problema social comum e
objetivos comuns facilita a criação de novas redes de sociabilidade, que se podem
estender além do tempo em que os beneficiários permanecem na IIES. Empoderados
pela metodologia de liderança partilhadas, estão aptos a encabeçar pequenas
alterações na sua vida diária, como por exemplo recuperar os seus quintais de casa,
aplicando técnicas observadas na IIES, e até criar novos produtos com os recursos da
natureza, ao serviço da sua criatividade.
Propomos uma solução mais eficiente. A nossa metodologia e atividades exigem baixos
recursos para atingir os objetivos a que se propõem, estando comprometida com uma
utilização sustentável dos mesmos, e o seu reaproveitamento. Exemplo disso é a
reutilização de material, e utilização dos recursos que a natureza oferece, como a lã que
depois de trabalhada origina produtos como palmilhas de lã, elementos decorativos, ou
a transformação de produtos agrícolas em compotas, elixires, chás e pão. A médio e
longo prazo, a eficiência dessa solução também se reflete na diminuição da sobrecarga
das respostas tradicionais, e menos eficientes para o estado.

7. Quais os resultados já alcançados com a implementação desta Solução em outros contextos?

Caso exista, descreva a experiência anterior com a implementação da solução proposta (quando
foi implementada, por quem e com que resultados). Apresente elementos que demonstrem os
impactos sociais diretos da implementação anterior da solução.

Desconhecemos até ao momento outras experiências de implementação desta solução.

A IIES tem promovido estas atividades e o acompanhamento a alguns idosos, numa base

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 de voluntariado, pelo que não conseguimos fazer uma avaliação do impacto gerado
suficientemente robusta. Daquilo que observamos através de estudo de casos, verifica-
se existe um aumento da autoestima, maior integração social pela participação da vida
em comunidade, e um elevado compromisso dos idosos com as nossas intervenções, o
que revela a importância da nossa resposta para a vida de cada uma destas pessoas.

Trazemos para comprovar a geração de impacto outros projetos que julgamos ter
pontos de contacto com a nossa IIES.

O Projeto “A Vida Vale” – concelho de Odemira. A solução proposta desenrola-se em

duas vertentes sendo uma delas a dinamização de atividades lúdicas, num Centro
Comunitário cedido para o projeto, nomeadamente, oficinas de artesanato, oficina de
jogos tradicionais, recolha de histórias e memórias pessoais, almoços comunitários e
atividades culturais. Todas estas atividades permitem o entre os idosos e também
idosos/comunidade. Desde a sua criação, o projeto já abrangeu 300 idosos do concelho
de Odemira sendo que cerca de 200 participam regularmente nas atividades tendo
diminuído o seu isolamento social.
Projeto “Viva Saudável Vendas Novas” – Alentejo. O concelho de Vendas Novas é
caracterizado pela sua ruralidade e dispersão geográfica sendo o isolamento social e
baixa qualidade de vida dos idosos um grave problema social. A Associação de
Intervenção Comunitária criou um projeto integrado que, por um lado, resolvesse o
problema do isolamento social e, por outro, aumentasse a qualidade de vida dos idosos.
A solução passou pela criação de rastreios de saúde, atendimento e encaminhamento
social, realização da “Feira do Idoso” permitindo o convívio intergeracional e a inclusão
social dos idosos ao envolvê-los também como voluntários na organização, entre outros
serviços gratuitos. Desde 2013 já foram realizamos mais de 5000 rastreios e 4 feiras
onde participaram mais de 600 idosos.

8. Qual o Impacto Social esperado?

Descreva o impacto social positivo que se pretende alcançar e como é que a solução proposta
pode gerar esse impacto.

O impacto positivo da Quinta Semente de Futuro nos beneficiários será observado pela
melhoria da autoestima, maior integração social pela participação da vida em
comunidade, aumento do nº de interações sociais, diminuição do risco de depressão e
ansiedade, aumento da participação comunitária, aumento do bem-estar e felicidade.

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 Na quinta da Semente de Futuro, as pessoas recebem acompanhamento personalizado,
e experimentam um conjunto de atividades nas quais, o indivíduo enfrenta limites,
supera dificuldades, aprende a adaptar-se, aceita as falhas, desenvolve a autoconfiança
e a autoestima.
Para medição do impacto temos prevista parceria com uma Universidade.

9. Qual o Indicador e respetiva Meta propostas?

Indique o Indicador e a respetiva Meta propostos para este projeto (incluindo o número de
pessoas que se pretende atingir). O Indicador e a Meta devem ser mensuráveis e verificáveis
imediatamente após a intervenção e devem estar relacionados com o impacto social que se
pretende alcançar. Ambos são contratualizados entre a Autoridade de Gestão e as entidades
promotoras da candidatura e servirão de critério na aferição do cumprimento da implementação
do PD.

O indicador proposto é o nº de beneficiários do projeto que corresponde a 60 idosos. A

meta de resultado é que 80% dos beneficiários deixe de estar em situação de isolamento
social no final do projeto. Este número prende-se com facto de desenvolvermos um
trabalho com um grupo de 20 pessoas por ano. Pela experiência que temos de terreno,
na implementação das atividades propostas e de acompanhamento e poio a idosos,
sabemos que a qualidade das atividades e a apropriação dos seus benefícios e a
incorporação de novos hábitos devida é necessário um trabalho prolongado no tempo
para que ocorra uma mudança efetiva. Outra razão explicativa deste indicador prende-
se com facto de que manteremos um acompanhamento continuado de todos os
beneficiários, dada a complexidade do problema social que pretendemos combater.

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B – Objetivos, Atividades e Orçamento

1. Qual o Objetivo da iniciativa?

Indique se o objetivo é de criação, crescimento, replicação ou disseminação da iniciativa de
inovação social e qual a sua abrangência territorial (onde as intervenções vão ser realizadas).
Apenas são elegíveis ações realizadas em Portugal, nas regiões Norte, Centro e Alentejo.

O objetivo da IIES é de criação. A sua implementação representa a existência de uma

resposta nova e inovadora para o território, em particular para o nosso público alvo. No
âmbito do presente projeto a sua abrangência é de âmbito concelhio, abarcando todos
os idosos em situação de isolamento ou em risco de do concelho de Arouca.

2. Quais as Atividades a realizar?

Identifique os principais conjuntos de atividades que serão realizadas ao longo do tempo para
implementar a Solução e o cronograma da sua implementação.

As principais atividades a realizar ao longo da implementação do projeto são:

1) Plano de comunicação e angariação de parcerias. Pretende-se divulgar o projeto e
despertar o interesse de várias entidades públicas e privadas para o projeto.
2) Seleção dos beneficiários do projeto. Para isso serão realizadas reuniões com as
entidades da Rede Social do município de Arouca para identificar os casos mais
severos de isolamento social do município.
3) Contacto e entrevistas aos beneficiários. Pretende-se analisar o contexto e
severidade de cada um dos casos.
4) Desenvolvimento das atividades semiprofissionais:

- Maravilhas com Lãs - Trabalho artístico de transformação de lã do rebanho da quinta.

- Horticultura biológica – Execução de pequenas tarefas de jardinagem e horticultura,
permitindo aos participantes desenvolver um contacto vivo com a natureza e os seus
ritmos.
- Culinária criativa – desenvolvimento de produtos com base nos recursos locais,
reaproveitamento de e produção sustentável.
5) Desenvolvimento de atividades lúdicas:
- Intervenção artística na natureza;
- Pintura sócio terapêutica;
- Observação e experiência de cuidados dos animais da quinta, promovendo o contacto
vivo que permita trocas e maior aproximação ao real.

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- Expressão dramática com recurso ao teatro e expressão corporal com vista ao
desenvolvimento da autoestima, capacidade de trabalho em grupo, facilitar a
comunicação e inter-relacionamento com a comunidade;
- Workshops prático de lideranças partilhadas com metodologia World café.
6) Comemorações sazonais ligadas à tradição local, como forma de religar as pessoas
aos ritmos das estações do ano. Celebramos especialmente as festas de Natal (inverno),
Páscoa (Primavera), são João (Verão) e São Miguel (Outono).
7) Avaliação de impacto.
8)Divulgação de resultados.

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 Ano
2020 2021 2022
Atividade J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
A E A B A U U G E U O E A E A B A U U G E U O E A E A B A U U G E U O E
N V R R I N L O T T V Z N V R R I N L O T T V Z N V R R I N L O T T V Z
1

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 3. Qual o Orçamento e as Necessidades Líquidas de Financiamento (NLF) do PD?
Apresente o orçamento previsto para o projeto por cada ano de implementação do PD,
indicando:
(i) os CUSTOS previsionais com recursos humanos, com a aquisição/aluguer de bens e serviços,
e ainda custos previsionais gerais;
(ii) eventuais RECEITAS que se prevê que o projeto venha a gerar durante o período de
implementação do PD;
(iii) e as Necessidades Líquidas de Financiamento (CUSTOS – RECEITAS)
Para mais fácil leitura e organização da informação, pode inserir neste campo uma tabela com
os Custos e Receitas discriminados, e respetivas NLF, por ano de implementação do projeto.
Apenas são elegíveis candidaturas com necessidades de financiamento público mínimas (70%
das NLF) superiores a 50.000 euros durante o período de implementação do PD que é de 1 a 3
anos.
NOTA: As aquisições de bens móveis, equipamentos e software encontram-se limitadas a um
máximo de 50% do custo total elegível da operação, pelo que terá que especificar o montante
previsto para as mesmas. Para o efeito, deverá dividir a rubrica “Encargos diretos com a aquisição
de bens e serviços” entre Aquisições de bens móveis, equipamentos e software, e Restantes
encargos diretos.
Orçamento Natureza e Socioterapia
2020 2021 2022 TOTAL
Recursos Humanos 57 722,08 € 58 645,64 € 59 583,97 €

Aquisição/aluguer de bens e serviços

22 576,00 € 13 919,62€ 13 943,61 € 245 290,10€

Encargos gerais 6 200,00 € 6 299,20 € 6 399,98 €

Receitas
2020 2021 2022 TOTAL
Venda de produtos 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
Necessidades Líquidas de Financiamento
2020 2021 2022 TOTAL

86 498,08€ 78 864,46€ 79 927,56 245 290,10€

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 4. Qual o Plano de Financiamento?
Indique qual o plano de financiamento proposto: o valor e percentagem de financiamento
assegurado por cada Investidor Social; o valor de financiamento público solicitado.

Este projeto terá o valor total estimado de 245 290,10 €. Será financiado da seguinte forma:
1 – Portugal Inovação Social (70%) que corresponde a 171 703,07€.
2 – Câmara Municipal de Arouca como Investidor Social (30%) que corresponde a 73 587,03 €.

C – Equipa, Entidade Implementadora e Investidores Sociais

1- Qual a Entidade Implementadora (ou Coordenadora, no caso de Candidatura em Parceria) da

iniciativa?
Descreva a entidade responsável pela iniciativa e a experiência que já tem na implementação de
projetos de inovação social (projetos implementados e resultados alcançados). Descreva ainda o
respetivo compromisso com a IIES, nomeadamente os recursos próprios que lhe serão alocados.

Localizada na zona de transição entre a planície litoral e as montanhas beirãs, a meia

encosta da Serra da Freita, a Semente de Futuro é uma Cooperativa de Solidariedade
Social fundada em 2005.
Desde a sua criação que desenvolve várias iniciativas sustentáveis que respondam a
necessidades ambientais, sociais e culturais da região, nomeadamente pelo cultivo da
terra por métodos ecológicos, privilegiando a agricultura biodinâmica e a promoção de
ações integradas de apoio sociocultural e de empreendedorismo baseado nos recursos
e lideranças locais.
Tem como objetivo desenvolver projetos de prestação de serviços de proximidade, a
pessoas carecidas de cuidados especiais. Tem trabalho sobretudo com pessoas idosas e
com pessoas com doença mental.
Trabalha numa base coletiva, reflexiva e artística potenciando a livre expressão e o
desenvolvimento do que há de positivo nos indivíduos, nos grupos e no local.
Têm desenvolvido várias ações junta da comunidade nos seguintes âmbitos:
- Preparação do solo, práticas de desenvolvimento de competências no âmbito de
agricultura biodinâmica.
- Grupos de autoajuda, com base em pintura sócio terapêutica e metodologia de
lideranças partilhadas.
- Partilha de técnicas artesanais e desenvolvimento de atividades com base nos recursos
locais, de transformação de alimentos, trabalhos com lã e recuperação de tradições,
como expressão artística e base de dinâmica de desenvolvimento social.

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 - Organização de Biblioteca local e pontos de leitura no Pólo Escolar e Posto de Correios
locais.
- Animação de Círculos de Sementes e outros projetos de desenvolvimento local,
nomeadamente o Centro Comunitário do Futuro, em parceria com entidades diversas.
A Semente de Futuro não tem experiência no desenvolvimento de projetos de inovação
social, representando esta candidatura um pontapé de saída numa área onde
consideramos acrescentar valor e na qual o queremos aperfeiçoar. Posto isto a
cooperativa está totalmente comprometida com o sucesso deste projeto.
Disponibilizará vários recursos para a sua realização, nomeadamente, cedência de
espaço para realização das atividades, know how e experiência da equipa técnica,
mobilização dos parceiros para o projeto, e encaminhamento de beneficiários.

2- Caso se trate de uma Candidatura em Parceria, qual(is) a(s) Entidade(s) Parceira(s) da

iniciativa?
Descreva a(s) entidade(s) parceira(s) da iniciativa e a experiência que já tem/têm na
implementação de projetos de inovação social (projetos implementados e resultados
alcançados). Descreva ainda o respetivo compromisso com a IIES, nomeadamente os recursos
próprios que lhe serão alocados.

Não se Aplica.

3- Caso se trate de uma Candidatura em Parceria, qual a natureza da intervenção de cada uma
das entidades parcerias na iniciativa?
Descreva qual o papel, a intervenção e a contribuição (em recursos humanos, materiais e outros)
de cada uma das entidades parceiras durante o projeto.

Não se Aplica.

4- Qual a Equipa líder da iniciativa?

Descreva cada um dos membros da equipa que será responsável pela implementação do projeto
a sua experiência prévia em áreas relevantes para este projeto e na implementação de projetos
de inovação social (pessoas que exercem funções de gestão no âmbito da iniciativa com
dedicação igual ou superior a 30%).

A equipa da IIES é liderada pelos fundadores da Entidade implementadora: Brandão

Pedro e Bonina Brandão. E

Brandão Pedro – coordenador do projeto e facilitador: é licenciado em direito pela

universidade de Coimbra, com uma Pós-graduação em Gestão pela Universidade do
Porto. Exerceu advocacia, nomeadamente na Segurança Social do Porto, integrou
equipa de coordenação dos equipamentos sociais da mesma entidade. Exerceu ainda a

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 função de diretor de Serviços na Administração da Universidade do Porto e participou
na fundação e administração de várias associações e cooperativas.

Bonina Brandão – acompanhamento dos beneficiários e facilitadora: é licenciada em

Direito com formação teórica em Terapia Familiar (Instituto Abel Salazar) e prática no
Hospital de Magalhães Lemos do Porto.

Ainda nesta área fez formação e prática no Akerman Institute for Family Therapy e na
Universidade de Stoneybrook, em Nova Iorque.

A sua experiência profissional passa pela formação social, e criação de instrumentos de

formação, tendo representado Portugal em Rede de Formação Profissional de mulheres
da Comissão Europeia.

Aposentada como assessora da Comissão para a Igualdade e Direitos das Mulheres,

colabora voluntariamente na Cooperativa Semente de Futuro, há 10 anos, onde
dinamiza grupos de autoajuda com metodologia de Lideranças Partilhadas e orienta
trabalhos em investigação-ação.

Participa ainda ativamente na Rede Social do Concelho e integrou o núcleo executivo do

CLAS.

Susana Cunha – gestão de projeto: Licenciada em Serviço Social, com mestrado em

Psicologia da Saúde e Intervenção Comunitária. Tem desenvolvido ação de intervenção
social em âmbito comunitário, da natureza territorial e categorial. Privilegia a
intervenção com públicos em contexto de desfavorecimento psicossocial. Como
metodologia de intervenção no âmbito dos contextos de pobreza objetiva e subjetiva,
dos quais se destacam os adultos alvo deste projeto, tem vindo a trabalhar com práticas
de inovação social, não desvalorizando as metodologias do agir profissional tradicionais.
Privilegia ainda intervenção em contexto não formal e informal com pequenos grupos.
Pauta o agir profissional com objetivo de apoiar práticas efetivas de mudança pessoal e
comunitária/social, através de estratégias de self-empowerment e empowerment social.

5- Qual o envolvimento dos membros da Equipa líder na iniciativa?

Indique a percentagem de dedicação ao projeto de cada membro da Equipa líder responsável
pela implementação do projeto e apresente evidências do seu compromisso com os objetivos do
PD.

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 Os elementos da equipa líder em regime de voluntariado, assim como a pessoa
responsável pela angariação de parcerias estarão afetos a 50% à IIES. As restantes
pessoas estarão afetas a 100% à IIES.

6- Qual(is) o(s) Investidor(es) Social(is)?

Indique qual(is) o(s) Investidor(es) Social(is) responsável(is) pelo cofinanciamento da iniciativa,
qual o seu envolvimento anterior com a entidade promotora, o seu histórico de apoio a projetos
de inovação social e o reconhecimento público desse apoio (prémios e distinções, referências na
comunicação social, etc.).

O investidor Social da IIES Natureza e Socio Terapia é a Câmara Municipal de Arouca,

reconhecendo a importância do trabalho que temos desenvolvido no território junto
da população.
Desde a fundação da Cooperativa que a Câmara Municipal de Arouca se mostrou um
ator essencial no desenvolvimento das nossas atividades, potenciando uma atuação
sinérgica na providencia de apoio à população Arouquense. Assim, tem colocado à
nossa disposição, vários equipamentos que podemos usar no âmbito da nossa
atividade como, a biblioteca, pavilhões desportivos e promovido as ações da
Cooperativa Semente de Futuro.
Assim a carta de compromisso que acompanha a presente candidatura apresenta a
continuação da manifestação do seu interesse em investir no nosso trabalho, desta vez
na nossa IIES.
A Câmara Municipal de Arouca tem já um histórico satisfatório no apoio a projetos de
inovação social, influenciando a inovação social nas várias entidades do concelho. Ao
integrar a Área Metropolitana do Porto (AMP), teve a oportunidade de participar no
mapeamento das iniciativas de inovação e empreendedorismo social na região, e
investiu na capacitação e aceleração de projetos de inovação e empreendedorismo
social no seu território desde 2014. Com o reconhecimento estratégico da importância
das iniciativas de inovação e empreendedorismo social na região, o Município de
Arouca promoveu através da AMP, a capacitação dos seus técnicos nesta temática.
Pôde ainda participar na implementação de projetos de inovação social no território
da AMP, como por exemplo o projeto “No Poupar Está o Ganho” sobre a educação
financeira, promovido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no período
2015 a 2017, enquanto instrumento de combate à exclusão social, de promoção do
consumo responsável e capaz de motivar uma relação saudável com o dinheiro, sendo
reconhecido como uma iniciativa de elevado potencial de empreendedorismo social e

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 com o reconhecimento público do Banco de Portugal, Programa PISA 2015 e do
Ministério da Educação. E o ColorADD, com a implementação de uma linguagem
simples, universal, inclusiva e não discriminatória para os daltónicos identificarem as
cores que abrange os 17 municípios nas áreas da Educação, Cultura e Turismo, já
reconhecido pelo IAPMEI, com a atribuição de uma Menção Honrosa na categoria de
Empreendedorismo Responsável e Inclusivo no âmbito da iniciativa “Prémios Europeus
de Promoção Empresarial”.
Outro exemplo da sua experiência prende-se com o apoio ao projeto (Re)Colher, que
dado o seu carácter inovador tem despertado o interesse da comunicação social
regional e nacional, sendo uma forma de visibilidade do município.

7- Que outras entidades contribuem para a iniciativa e para o cumprimento dos seus objetivos?
Indique que outras entidades, além da Entidade Implementadora e dos Investidores Sociais, têm
um contributo relevante para a iniciativa em termos de competências e recursos. Indique ainda
se o presente PD foi elaborado com o contributo ativo de destinatários, peritos ou parceiros.

Além da entidade implementadora e dos investidores sociais, existem outras entidades

que contribuem para a implementação e para o sucesso da nossa IIES.
A rede social do município assume um papel muito importante no encaminhamento e
sinalização dos idosos em isolamento social.
A rede de bibliotecas escolares de Arouca é também uma parceria fundamental, na
cedência do espaço para realização das atividades e promoção dos produtos artísticos
desenvolvidos na IIES.
O concelho de Eco escolas, ajuda-nos através da mobilização de recursos para a prática
das atividades, assim como no know how em das melhores práticas de agricultura
biodinâmica e sustentáveis.
Temos também o apoio do Instituto de Pedagogia Curativa na mobilização de recursos,
divulgação e promoção do projeto.
Além estas entidades que são essenciais para sucesso da nossa IIES, contamos com a
faculdade de Psicologia da Universidade do Porto para nos ajudar na avaliação do
impacto da nossa solução junto dos beneficiários.

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D – Sustentabilidade e Cidadania

1- Como terão continuidade as atividades da iniciativa após a conclusão deste projeto?

Indique como poderá esta iniciativa ter continuidade depois de concluído este projeto. Refira,
por exemplo, se há previsão de receitas, de financiamento, de mobilização de recursos e
competências de outras entidades, de geração de economias de escala, etc., que permitam dar
continuidade ao projeto, total ou parcialmente.

A sustentabilidade da IIES e a garantia do seu funcionamento findo o tempo do projeto

é garantida de 4 formas:
1) A venda de produtos que desenvolvemos nas atividades, artísticos, produtos
alimentares, vestuário nas festas e eventos regionais e locais, nomeadamente:
compotas, chás, elixires e pão, palmilhas me lã, bolsas, decoração, quadros. Os produtos
de origem agrícola estão certificados em Modo de Produção Biológica.
2) Organização de workshops abertos à comunidade sobre lideranças partilhadas
e técnicas
3) No final do projeto, os beneficiários são convidados a manter-se como voluntários na
IIES apoiando no desenvolvimento das várias atividades e assumindo o compromisso de
resolver o problema social nos seus pares.
4) Angariação de investimento privado. Para garantir a efetividade da mobilização
de fundos, temos previsto contratar uma pessoa com um perfil específico para trabalhar
o marketing, comunicação e a angariação de fundos para o projeto. Dessa forma
garantiremos que este trabalho, fundamental para dar continuidade à nossa missão e à
resolução do problema social do isolamento dos idosos do concelho de Arouca será feito
de forma séria e indiscutível nível de comprometimento.

2- Como se prolongarão os impactos sociais positivos gerados por este projeto após a sua
conclusão?
Indique como será assegurado que os impactos sociais positivos desta iniciativa perdurarão para
além do período de vida deste projeto. Refira se a durabilidade dos impactos sociais depois deste
projeto serão assegurados, por exemplo, pela continuidade desta iniciativa ou pela apropriação
social ou institucional da solução implementada.

Os impactos sociais positivos da IIES serão mantidos findo o projeto de 4 formas:

1- Os beneficiários criam uma Rede de sociabilidade que se prolonga alem do espaço
da IIES e se mantém findo o projeto. Além disso os beneficiários serão convidados
no final do projeto para continuarem a integrar e a apoiar o desenvolvimento de
atividades da IIES como voluntariados. Dessa forma irão prolongar o impacto,

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 mantendo fora da situação de isolamento social e serão eles próprios atores da
resolução do problema para outras pessoas da comunidade.
2- Findo o projeto os beneficiários terão adquirido um conjunto de novas técnicas
criativas, sustentáveis e potenciadoras da economia circular, assim como
competências de liderança potenciadoras da participação ativa da comunidade.
3- Os beneficiários vão apropriar-se de uma nova rotina, um novo estilo de vida que
deverão manter findo o projeto.
4- Findo o projeto, e dado o modelo de sustentabilidade da IIES, esta irá manter a sua
resposta, impactado mais pessoas, e mantendo o contacto contínuo com os
beneficiários que já integraram a IIES.

3- Como esta iniciativa contribui para os objetivos de Igualdade de Oportunidades e Igualdade de

Género?
Indique quais os mecanismos de Igualdade de Oportunidades e de Igualdade de Género
contemplados neste projeto.
Exemplos de mecanismos para prossecução dos objetivos da política da Igualdade de Oportunidades (IO): explicitação
de prioridades a públicos-alvo específicos, tais como deficientes e desfavorecidos; acessibilidades do edifício para
deficientes; instrumentos de trabalho específicos para deficientes; estratégia de divulgação da candidatura que garanta
a todos os potenciais candidatos igualdade no acesso à informação; formação prévia de formadores participantes em IO;
disponibilização de documentação relativa à temática da IO aos formandos; workshops dedicados à temática da IO.
Exemplos de mecanismos para prossecução dos objetivos da política da Igualdade de Género (IG): creche/infantário
disponível para dependentes; no caso de ativos empregados,; prioridade ao sexo sub-representado na respetiva área
profissional.

A presente iniciativa contribui para os objetivos de Igualdade de Oportunidades, dado

que garante a acessibilidade aos espaços onde decorrem as atividades da IIES para
pessoas com deficiência ou incapacidade. Promove em sede de divulgação do projeto o
acesso à informação a todas as pessoas. Na seleção de beneficiários dará prioridade às
pessoas mais desfavorecidas.

Será tida em atenção o estabelecimento de horários das atividades compatíveis com as

obrigações familiares

No que toca à igualdade de género, a IIES prevê o uso de linguagem inclusiva em toda a
comunicação, e conteúdos do projeto. Daremos ainda prioridade ao género sub-
representado na seleção dos beneficiários.

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E – Breve Resumo do Projeto

1. Breve Resumo
Escreva um resumo breve do projeto que possa servir como peça de comunicação/divulgação.
Ao preencher este campo está a autorizar a equipa da Portugal Inovação Social a divulgar esta
informação específica no âmbito da estratégia de comunicação do Programa Parcerias para o
Impacto.

A Natureza e Socio terapia consiste num laboratório vivo na natureza no qual a

população idosa em situação de isolamento social é integrada num grupo heterogéneo
constituído por outros idosos. Neste laboratório vivo, a quinta da Semente de Futuro, o
público-alvo desenvolve atividades semiprofissionais de modo a recuperar o sentido de
utilidade e um papel social produtivo assim como desenvolve atividades de caráter
lúdico e terapêutico cujo objetivo é empoderar-se com a incorporação de um novo estilo
de vida de participação social ativa. Depois de um ano de programa, são convidados a
integrar a IIES de modo voluntários prestando apoio no desenvolvimento das atividades
e no empoderamento de novos idosos em situação de isolamento social que integrem
a IIES. Dessa forma mantêm-se afastados do risco de isolamento social, prolongando o
impacto gerado pela IIES e constituindo-se atores principais na resolução do problema
social do isolamento dos idosos.

Obrigado pela preparação deste Plano de Desenvolvimento da IIES que deve ser anexo em formato
pdf ao formulário de candidatura online no Balcão do Portugal 2020.

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