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MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS

Conjunto dos números inteiros - z


O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos-
tos dos números naturais e o zero. Representamos pela letra Z.

N C Z (N está contido em Z)

Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos
+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negativos
*e+ Z*+ Conjunto dos números inteiros positivos
- Z_ Conjunto dos números inteiros não positivos
*e- Z*_ Conjunto dos números inteiros negativos

Observamos nos números inteiros algumas características:


• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de
qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.
• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto significa que eles estão a mesma distância da origem
(zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0

Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser
dispensado.

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• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quan- Exemplo:
tidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos (PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten-
saber quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quan- do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros
tidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem
outra. A subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
será do maior número. (A) 10
ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., (B) 15
entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal inverti- (C) 18
do, ou seja, é dado o seu oposto. (D) 20
(E) 22
Exemplo:
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para Resolução:
zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade- São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
quado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em ativida- Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm,
des educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma temos:
dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no 52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um 36 : 3 = 12 livros de 3 cm
classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
(+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Resposta: D
Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes
anotadas, o total de pontos atribuídos foi • Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida
(A) 50. como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
(B) 45. base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multi-
(C) 42. plicado por a n vezes. Tenha em mente que:
(D) 36. – Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
(E) 32. – Toda potência de base negativa e expoente par é um número
inteiro positivo.
Resolução: – Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um nú-
50-20=30 atitudes negativas mero inteiro negativo.
20.4=80
30.(-1)=-30 Propriedades da Potenciação
80-30=50 1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
Resposta: A e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a
• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos. base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se
por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e
1
• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú- (+a) = +a
mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo 5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual
pelo módulo do divisor. a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1

ATENÇÃO: Conjunto dos números racionais – Q m


1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa Um número racional é o que pode ser escrito na forma n , onde
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro. m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero.
2) Não existe divisão por zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.

Na multiplicação e divisão de números inteiros é muito impor-


tante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.


Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q)

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Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Q* Conjunto dos números racionais não nulos
+ Q+ Conjunto dos números racionais não negativos
*e+ Q*+ Conjunto dos números racionais positivos
- Q_ Conjunto dos números racionais não positivos
*e- Q*_ Conjunto dos números racionais negativos

Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2
= 0,4
5

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:

1
= 0,333...
3

Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado.
Ex.:
0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente.
Exemplos:

Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.


a)

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Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.
b)

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.

Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

Resolução:

Resposta: B

Caraterísticas dos números racionais


O módulo e o número oposto são as mesmas dos números inteiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi-
nador numerador (b/a)n.

Representação geométrica

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

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Operações Exemplo:
• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
entre os números racionais a e c , da mesma forma que a soma dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
de frações, através de: b d mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a (E) 120
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
p – q = p + (–q) Resolução:

ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual,


conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen-
tada.

Exemplo:
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4 Resposta: A
(B) 3/10
(C) 2/9 • Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos núme-
(D) 4/5 ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú-
(E) 3/2 meros racionais.

Resolução: A) Toda potência com expoente negativo de um número ra-


Somando português e matemática: cional diferente de zero é igual a outra potência que tem a base
igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do
expoente anterior.

O que resta gosta de ciências:

B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da


Resposta: B base.

• Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou


pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o produto de
b d
frações, através de:

C) Toda potência com expoente par é um número positivo.

• Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria


operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p
÷ q = p × q-1

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Expressões numéricas Múltiplos
São todas sentenças matemáticas formadas por números, suas Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei-
operações (adições, subtrações, multiplicações, divisões, potencia- ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig-
associação, que podem aparecer em uma única expressão. nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se
existir algum número natural n tal que:
Procedimentos x = y·n
1) Operações:
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e
ordem que aparecem; podemos escrever: x = n/y
- Depois as multiplicações e/ou divisões;
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que apare- Observações:
cem. 1) Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
2) Todo número natural é múltiplo de 1.
2) Símbolos: 3) Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- Primeiro, resolvemos os parênteses ( ), até acabarem os cál- 4) O zero é múltiplo de qualquer número natural.
culos dentro dos parênteses, 5) Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares,
-Depois os colchetes [ ]; e a fórmula geral desses números é 2k (k ∈ N). Os demais são cha-
- E por último as chaves { }. mados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k
+ 1 (k ∈ N).
ATENÇÃO: 6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k ∈ Z.
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col-
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou Critérios de divisibilidade
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou
com os seus sinais originais. não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos a divisão.
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col- No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
com os seus sinais invertidos.

Exemplo:
(MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243

O valor, aproximado, da soma entre A e B é


(A) 2
(B) 3
(C) 1
(D) 2,5
(E) 1,5

Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

(Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de-divisibili-
dade/ - reeditado)

Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por


7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, sub-
traído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a quantida-
de de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Resposta: E

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Outros critérios Máximo divisor comum (MDC)
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é É o maior número que é divisor comum de todos os números
divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo. dados. Para o cálculo do MDC usamos a decomposição em fatores
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é primos. Procedemos da seguinte maneira:
divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo. Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos FA-
TORES COMUNS obtidos, cada um deles elevado ao seu MENOR
Fatoração numérica EXPOENTE.
Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para de-
compormos este número natural em fatores primos, dividimos o Exemplo:
mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente MDC (18,24,42) =
e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até
obtermos o quociente 1. O produto de todos os fatores primos re-
presenta o número fatorado. Exemplo:

Divisores
Os divisores de um número n, é o conjunto formado por todos Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então
os números que o dividem exatamente. Tomemos como exemplo o pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor
número 12. Comum entre 18,24 e 42 é 6.

Mínimo múltiplo comum (MMC)


É o menor número positivo que é múltiplo comum de todos
os números dados. A técnica para acharmos é a mesma do MDC,
apenas com a seguinte ressalva:
O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS,
cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE.
Pegando o exemplo anterior, teríamos:
Um método para descobrimos os divisores é através da fato- MMC (18,24,42) =
ração numérica. O número de divisores naturais é igual ao produto Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7
dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1. Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo
Logo o número de divisores de 12 são: Múltiplo Comum entre 18,24 e 42 é 504.

Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC


(A,B). MMC (A,B)= A.B

Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e sub-


Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada trações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro-
fator da decomposição e seu respectivo expoente natural que varia blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos,
de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na decom- isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos
posição do número natural. (letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com
12 = 22 . 31 = utilização da álgebra.
22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos: É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4

O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}


A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

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Exemplos: Resolução:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa- B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )
be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e
que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura: , ou seja, 7.Q = 2.B ( II )
(A) 1,52 metros.
(B) 1,58 metros. Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:
(C) 1,54 metros. 7.Q = 2. (360 – Q)
(D) 1,56 metros. 7.Q = 720 – 2.Q
7.Q + 2.Q = 720
Resolução: 9.Q = 720
Escrevendo em forma de equações, temos: Q = 720 / 9
C = M + 0,05 ( I ) Q = 80 (queimadas)
C = A – 0,10 ( II ) Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
A = D + 0,03 ( III ) Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63 Resposta: B
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma
Resposta: B a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fra-
ção é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
(CEFET – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Em
três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua ca-
derneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00
a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do
que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês?
(A) R$ 498,00 O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi
(B) R$ 450,00 dividida a unidade.
(C) R$ 402,00 O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a
(D) R$ 334,00 unidade.
(E) R$ 324,00 Lê-se: um quarto.

Resolução: Atenção:
Primeiro mês = x • Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
Segundo mês = x + 126 tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78 • Frações com denominadores potências de 10: décimos,
Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176 centésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de
3.x = 1176 – 204 milésimos etc.
x = 972 / 3 • Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enun-
x = R$ 324,00 (1º mês) cia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da pa-
* No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00 lavra “avos”.
Resposta: B
Tipos de frações
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE – Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.
DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos Ex.: 7/15
testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o – Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi-
número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era nador. Ex.: 7/6
2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra- – Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador.
ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven- As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem Ex.: 6/3
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de – Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e
(A) 1 / 4. outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na
(B) 1 / 3. forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
(C) 2 / 5. – Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam
(D) 1 / 2. a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2
(E) 2 / 3. – Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denomi-
nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ;

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Operações com frações
• Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so- (D)
ma-se ou subtrai-se os numeradores.

(E)

Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas,
então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan-
Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mesmo tidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:
denominador através do MMC entre os denominadores. Usamos
tanto na adição quanto na subtração.

Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de


suco é de 3/5 de suco da garrafa.

Resposta: B
O MMC entre os denominadores (3,2) = 6
PROBLEMAS DE CONTAGEM
• Multiplicação e Divisão
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores
dados. Ex.: A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desen-
volve meios para trabalharmos com problemas de contagem. Ve-
jamos eles:

Princípio fundamental de contagem (PFC)


É o total de possibilidades de o evento ocorrer.
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É
um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem.
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o
princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra.

– Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da Exemplos:


segunda fração. Ex.: (BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas-
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade
B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma,
passando necessariamente por B?
(A) Oito.
(B) Dez.
(C) Quinze.
Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da (D) Dezesseis.
fração resultante de forma a torna-la irredutível. (E) Vinte.

Exemplo: Resolução:
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IADES) Observe que temos uma sucessão de escolhas:
O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5 pes- Primeiro, de A para B e depois de B para Roma.
soas. Cada uma recebeu 1ª possibilidade: 3 (A para B).
Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a
(A) primeira opção.

2ª possibilidade: 5 (B para Roma).


(B) Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo,
uma sucessão de escolhas.
Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades.
(C) Resposta: C.

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MATEMÁTICA
(PREF. CHAPECÓ/SC – ENGENHEIRO DE TRÂNSITO – IOBV) Em • Com repetição
um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 tipos de carnes, Os elementos que compõem o conjunto podem aparecer re-
4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o petidos em um agrupamento, ou seja, ocorre a repetição de um
cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobre- mesmo elemento em um agrupamento.
mesa e 1 tipo de suco, então o número de opções diferentes com A fórmula geral para o arranjo com repetição é representada
que ele poderia fazer o seu pedido, é: por:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90
Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D},
Resolução: tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o arranjo
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo com repetição quantos agrupamentos podemos obter em relação
vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedido: ao conjunto P.
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras. Resolução:
Resposta: B. P = {A, B, C, D}
n=4
p=2
Fatorial A(n,p)=np
Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial) A(4,2)=42=16
a expressão:
n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2. Permutação
É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência. Utili-
Exemplos: zamos todos os elementos.
5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040. • Sem repetição

ATENÇÃO
0! = 1
Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser
1! = 1
resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC).
Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6. Exemplo:
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL –
Arranjo simples IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão entre
Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p o número de anagramas de seus nomes representa a diferença en-
é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos dentre tre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos se (A) 24.
diferenciam pela ordem e natureza dos elementos. (B) 25.
(C) 26.
Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos (D) 27.
arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e (E) 28.
assim sucessivamente.
Resolução:
• Sem repetição Anagramas de RENATO
A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por: ______
6.5.4.3.2.1=720

Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
Onde:
n = Quantidade total de elementos no conjunto. Razão dos anagramas: 720/120=6
P =Quantidade de elementos por arranjo Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos.
Resposta: C.
Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão
escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó- • Com repetição
gico. Quantas as possibilidades de escolha? Na permutação com elementos repetidos ocorrem permuta-
n = 18 (professores) ções que não mudam o elemento, pois existe troca de elementos
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico) iguais. Por isso, o uso da fórmula é fundamental.

86
MATEMÁTICA
Exemplo:
(CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas coloridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitrine de
uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistinguíveis e 1
faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no máximo, 140 formas diferentes com essas faixas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas.

Resposta: Certo.

• Circular
A permutação circular é formada por pessoas em um formato circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular) de 4 lugares.

Exemplo:
(CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocupados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o número
de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os participantes da reunião é superior a 102.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
É um caso clássico de permutação circular.
Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
Resposta: CERTO.

Combinação
Combinação é uma escolha de um grupo, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO a ordem dos elementos envolvidos.

• Sem repetição
Dados n elementos distintos, chama-se de combinação simples desses n elementos, tomados p a p, a qualquer agrupamento de p
elementos distintos, escolhidos entre os n elementos dados e que diferem entre si pela natureza de seus elementos.

Fórmula:

Exemplo:
(CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3 deles. Como
esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo
é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

87
MATEMÁTICA
Resolução:
Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:

Onde n = 12 e p = 3

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
Resposta: B.

As questões que envolvem combinação estão relacionadas a duas coisas:


– Escolha de um grupo ou comissões.
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, escolha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas.

• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repetir elementos na hora de escolher.

Exemplo:
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as possibi-
lidades:
n=3ep=2

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

MÚLTIPLOS UNIDADE FUNDAMENTAL SUBMÚLTIPLOS


Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

88
MATEMÁTICA
Medidas de superfície e área
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

Em resumo temos:

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

89
MATEMÁTICA
Resolução: Razões Especiais
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
logo: mas:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unida- Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-
de: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa to para percorrê-la.
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C

(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um


veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu-
Se a carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas me ocupado por esse corpo.
cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas
Proporção
Resolução: É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

Lemos: a esta para b, assim como c está para d.


RAZÕES E PROPORÇÕES; DIVISÃO PROPORCIONAL Ainda temos:

Razão
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que:

Exemplo:
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação • Propriedades da Proporção
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto – Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou produto dos extremos:
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma a.d=b.c
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava – A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri-
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em – A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-
forma de razão , logo : rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente.

Resposta: C

90
MATEMÁTICA
Exemplo: De acordo com essas informações, o número de casos regis-
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO – trados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve um
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está aumento em relação ao número de casos registrados em 2007,
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso aproximadamente, de
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros, (A) 70%.
revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do (B) 65%.
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni- (C) 60%.
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi (D) 55%.
igual a (E) 50%.
(A) 588.
(B) 350. Resolução:
(C) 454. Utilizaremos uma regra de três simples:
(D) 476.
(E) 382. ano %
Resolução: 11442 100
17136 x

11442.x = 17136 . 100


Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos: x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)
149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%
Resposta: E
4L = 28 . 3
L = 84 / 4 (PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Numa
L = 21 ladrilhos transportadora, 15 caminhões de mesma capacidade transportam
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588 toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebras-
Resposta: A sem, em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo tra-
balho?
(A) 3 h 12 min
REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS (B) 5 h
(C) 5 h 30 min
Regra de três simples (D) 6 h
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou (E) 6 h 15 min
inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um
processo prático, chamado REGRA DE TRÊS SIMPLES. Resolução:
• Duas grandezas são DIRETAMENTE PROPORCIONAIS quando Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto me-
ao aumentarmos/diminuirmos uma a outra também aumenta/di- nos caminhões tivermos, mais horas demorará para transportar a carga:
minui.
• Duas grandezas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quan- caminhões horas
do ao aumentarmos uma a outra diminui e vice-versa.
15 4
Exemplos: (15 – 3) x
(PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Em 3 de maio
de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte informação 12.x = 4 . 15
sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas. x = 60 / 12
x=5h
Resposta: B

Regra de três composta


Chamamos de REGRA DE TRÊS COMPOSTA, problemas que
envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais.

Exemplos:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO
– FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m² de calçada é feita em
um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia.
Mantendo-se as mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500
m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

91
MATEMÁTICA
Resolução: Exemplo:
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANA-
LISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O
M² ↑ varredores ↓ horas ↑ departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcio-
nários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de
6000 18 5 Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
7500 15 x relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fra-
ção de estagiários é igual a
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais) (A) 1/5.
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente pro- (B) 1/6.
porcionais) (C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

Resolução:

Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 ho-


ras e 30 minutos.
Resposta: D
Resposta: B
(PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma equipe cons-
tituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por dia durante 60 Lucro e Prejuízo em porcentagem
dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se
equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA,
por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área igual a: temos PREJUÍZO (P).
(A) 4500 m² Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

Resolução:

Operários ↑ horas ↑ dias ↑ área ↑

20 8 60 4800
15 10 80 x

Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:


Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de
16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de com-
pra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em
quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior
ao de compra?
Resposta: D (A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
PORCENTAGENS (D) 63%.
(E) 69%.
São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
“por cento”).

92
MATEMÁTICA
Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.


Resposta: A

Aumento e Desconto em porcentagem


– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos fato-
res de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).
Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

93
MATEMÁTICA

LÓGICA PROPOSICIONAL

Caro(a) candidato(a), para que você possa entender o conteúdo de Álgebra das Proposições (ou Lógica Proposicional), é necessário
ficar atento a alguns itens que estão diretamente relacionados, muito abordado em concursos.
Lógica Proposicional é formada por combinação das proposições, que utiliza conectivos lógicos e um sistema de regras de derivação.
Para isso é necessário estudarmos conceitos de proposições (simples ou atômicas, abertas ou fechadas, etc.), tabela verdade, os ope-
radores lógicos e suas propriedades, implicações lógicas.
Portanto é um amplo conhecimento necessário, assim sendo, esse assunto você poderá encontrar nos conceitos apresentados em
nosso material.

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO


Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver problemas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das diferentes
áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte consiste nos
seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.
- Geometria básica.
- Álgebra básica e sistemas lineares.
- Calendários.
- Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.

RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO


Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.

ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL


O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação tem-
poral envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários

RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.
Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga.
Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento
por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirmações,
selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

94
MATEMÁTICA
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Proposições Compostas – Conectivos


As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

95
MATEMÁTICA
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F
Resposta: Certo

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

96
MATEMÁTICA
Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?

Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

97
MATEMÁTICA
Conectivos (conectores lógicos)
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

98
MATEMÁTICA
Resolução: R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o regime fechado.
conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre- S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa- qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
da pelo símbolo (→). Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item
Resposta: B. que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, in-
Tabela Verdade dependentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determi- falsas.
namos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a ( ) Certo
compõe. O valor lógico de qualquer proposição composta depen- ( ) Errado
de UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples com-
ponentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados. Resolução:
Considerando P e Q como V.
• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do nú- (V→V) ↔ ((F)→(F))
mero de proposições simples que a integram, sendo dado pelo se- (V) ↔ (V) = V
guinte teorema: Considerando P e Q como F
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* pro- (F→F) ↔ ((V)→(V))
posições simples componentes contém 2n linhas.” (V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Exemplo: Resposta: Certo.
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições sim-
ples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da pro- Equivalência
posição (A → B) ↔ (C → D) será igual a: Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quan-
(A) 2; do mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a
(B) 4; mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
(C) 8; Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLO-
(D) 16; GIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima,
então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade
(última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia,
então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que
sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela ver-


dade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da
Tautologia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, Exemplo:
então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que 5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é
sejam as proposições P0, Q0, R0, ... rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição (C) João é rico, e Maria não é pobre.
composta que não é tautologia e nem contradição. (D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o
objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na
qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto
à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposi-
ções). No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.

99
MATEMÁTICA
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

100
MATEMÁTICA
Conectivo “ou” (v)
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente.
(Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando


a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.

Conectivo “Se e somente se” (↔)


Conectivo “ou” (v) Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada
Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é
Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa). condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição
necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somen-
te se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela
verdade:

• Mais sobre o Conectivo “ou”


– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as pro-
proposições é verdadeira, podendo ser ambas. posições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeira ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a
tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qual-
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusi- quer questão referente ao assunto.
vo”(considera apenas um dos casos)
Ordem de precedência dos conectivos:
Exemplo: O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos
R: Paulo é professor ou administrador ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica mate-
S: Maria é jovem ou idosa mática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das


proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das Em resumo:
proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada
subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer
sol, então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não dis-
se o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade:

101
MATEMÁTICA
Exemplo: Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou
operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbo-
los (da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de
acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa
que apresenta exemplos de conjunção, negação e implicação, res-
pectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p Observe:
(D) p v p, p -> q, ¬ q
- Toda proposição implica uma Tautologia:
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o
conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposi-
ção simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representa-
da pelo símbolo (→).
Resposta: B - Somente uma contradição implica uma contradição:

CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais propo-
sições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente
do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua
tabela-verdade:

Propriedades
• Reflexiva:
– P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
Exemplo:
– Uma proposição complexa implica ela mesma.
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia. • Transitiva:
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p. – Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
(C) uma contradição. Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
(D) uma contingência. P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
(E) uma disjunção. – Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

Resolução: Regras de Inferência


Montando a tabela teremos que: • Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
P ~p ~p ^p tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.
V F F
V F F Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
F V F
F V F

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante


de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C

A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,- • Silogismo Disjuntivo


q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira.
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente
temos:
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-


tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica
que pode ou não existir entre duas proposições.

102
MATEMÁTICA
• Modus Ponens A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposi-
ções com quantificadores. Numa proposição categórica, é impor-
tante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coeren-
te e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira
ou falsa.

Vejamos algumas formas:


• Modus Tollens - Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas


proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.
– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição
categórica em afirmativa ou negativa.
– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.
Tautologias e Implicação Lógica

• Teorema
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

• Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”


Teremos duas possibilidades.

Observe que:
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica.

Inferências Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no


• Regra do Silogismo Hipotético conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
“Todo B é A”.

• Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”


Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
Princípio da inconsistência entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes-
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica mo que dizer “nenhum B é A”.
p ^ ~p ⇒ q
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo-
sição q.

103
MATEMÁTICA
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia- – Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos,
grama (A ∩ B = ø): sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
uma proposição de natureza afirmativa.
Em síntese:

• Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”


Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
posição:

Exemplos:
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir-
mação anterior é:
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par-
dos.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A” (D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con- (E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo pardo.
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.
Resolução:
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
representações possíveis: O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

(CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a


afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao (A) Todos os não psicólogos são professores.
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo (B) Nenhum professor é psicólogo.
que Algum B não é A. (C) Nenhum psicólogo é professor.
(D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
• Negação das Proposições Categóricas (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as
seguintes convenções de equivalência: Resolução:
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega-
uma proposição categórica particular. ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra-
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo
categórica particular geramos uma proposição categórica universal. menos um professor não é psicólogo.
Resposta: E

104
MATEMÁTICA
• Equivalência entre as proposições Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
resolução de questões. TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB
Se um elemento pertence ao conjunto A,
então pertence também a B.

NENHUM
E
Exemplo: AéB
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual Existe pelo menos um elemento que pertence
a cinco”? a A, então não pertence a B, e vice-versa.
(A) Todo número natural é menor do que cinco.
(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(C) Todo número natural é diferente de cinco.
(D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
(E) Existe um número natural que é diferente de cinco.

Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação. Existe pelo menos um elemento comum aos
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o conjuntos A e B.
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe Podemos ainda representar das seguintes for-
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To- ALGUM mas:
I
dos e Nenhum, que também são universais. AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D ALGUM
O
A NÃO é B
Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
Perceba-se que, nesta sentença, a atenção está
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
sobre o(s) elemento (s) de A que não são B (en-
dem ser formadas por proposições categóricas.
quanto que, no “Algum A é B”, a atenção estava
sobre os que eram B, ou seja, na intercessão).
ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para
Temos também no segundo caso, a diferença en-
conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.
tre conjuntos, que forma o conjunto A - B

105
MATEMÁTICA
Exemplo: (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama nos
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de afirma isso
cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de: (D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-
Cinema = C cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
Casa de Cultura = CC (E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
Teatro = T reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que todo
Analisando as proposições temos: cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também
- Todo cinema é uma casa de cultura não é cinema.

- Existem teatros que não são cinemas Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

- Algum teatro é casa de cultura

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC Q: Martiniano é um cientista.
Segundo as afirmativas temos:
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento
diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe pelo formado por duas premissas e a conclusão).
menos um dos cinemas é considerado teatro. A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
ria do seu conjunto de premissas.

(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.

106
MATEMÁTICA
Exemplo: NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
O silogismo... será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
P1: Todos os homens são pássaros. necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
P2: Nenhum pássaro é animal. junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
Q: Portanto, nenhum homem é animal. conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido!
... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um
argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da Argumentos Inválidos
conclusão sejam totalmente questionáveis. Dizemos que um argumento é inválido – também denominado
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade das
ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CON- premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.
TEÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão! Exemplo:
P1: Todas as crianças gostam de chocolate.
• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli- P2: Patrícia não é criança.
do? Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé- Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. Patrícia
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois a primeira
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa premissa não afirmou que somente as crianças gostam de chocolate.
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade
essa frase da seguinte maneira: do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo arti-
fício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela pri-
meira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.

Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho-


mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO. criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa- primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Pa-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é trícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
de uma total dissociação entre os dois conjuntos. facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das
crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do
diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença “Ne-


nhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em comum.
Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não


gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este ar-
gumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado
(se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:

107
MATEMÁTICA
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de chocolate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não! Pode
ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círculo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)! Enfim, o
argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a veracidade da conclusão!

Métodos para validação de um argumento


Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO, AL-
GUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocorre quan-
do nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se na construção
da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a desvantagem de ser mais
trabalhoso, principalmente quando envolve várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e considerando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a validade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibilidade
do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades. Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobriremos o
valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em verdade, para que o argumento seja considerado válido.
4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, considerando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da con-
clusão de maneira direta, mas somente por meio de análises mais complicadas.

Em síntese:

108
MATEMÁTICA
Exemplo: • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido: • Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
(p ∧ q) → r
_____~r_______ Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o
~p ∨ ~q item subsecutivo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
Resolução: ( ) Certo
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ( ) Errado
ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos Resolução:
à pergunta seguinte. A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre-
- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposi- missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas:
ções simples? A = Chove
A resposta também é não! Portanto, descartamos também o B = Maria vai ao cinema
2º método. C = Cláudio fica em casa
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposi- D = Faz frio
ção simples ou uma conjunção? E = Fernando está estudando
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar F = É noite
então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
seguir adiante com uma próxima pergunta, teríamos: Lembramos a tabela verdade da condicional:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição
simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta
também é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso
queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo
3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão
verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa! A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa,
- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa, utilizando isso temos:
concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando
conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou am- estava estudando. // B → ~E
bas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores Iniciando temos:
lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B
adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove
argumento é ou NÃO VÁLIDO. tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V).
Resolução pelo 4º Método // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria
Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Tere- vai ao cinema tem que ser V.
mos: 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verda- = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio
deiro! sai de casa tem que ser F.
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V).
verdadeiras! Teremos: // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são ver- ser V ou F.
dadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo:
r é verdadeiro. Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi! dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada,
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca
é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma
Exemplos: bruxa.
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
seguintes proposições sejam verdadeiras. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.

109
MATEMÁTICA
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

Resolução:
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão o
valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)

Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)

Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

110
MATEMÁTICA
3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).

– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

111
MATEMÁTICA
4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.

112
MATEMÁTICA
Resolução: Tipos de quantificadores
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; • Quantificador universal (∀)
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo Exemplo:
Todo homem é mortal.
− Mariana viajou para Curitiba; A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será
mortal.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Na representação do diagrama lógico, seria:

Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;


ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho-
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador mem.
A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões:
Luiz N N 1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.
Arnaldo N N 2ª) Se José é homem, então José é mortal.
Mariana N N S N
A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.
Paulo N N A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀
(x) (A (x) → B).
− Luiz não viajou para Fortaleza. Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão
de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional.
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Aplicando temos:
Luiz N N N x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
Arnaldo N N ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
Mariana N N S N
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
Paulo N N a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul-
gar, logo, é uma proposição lógica.
Agora, completando o restante:
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- • Quantificador existencial (∃)
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Exemplo:
Paulo N N N S “Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase
é:
Resposta: B

Quantificador
É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.
O quantificador existencial tem a função de elemento comum.
QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co-
muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃
(x)) (A (x) ∧ B).

113
MATEMÁTICA
Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈ NOÇÕES DE CONJUNTOS
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença Um conjunto é uma coleção de objetos, chamados elementos,
será verdadeira? que possuem uma propriedade comum ou que satisfazem determi-
A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador, nada condição.
a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
julgar, logo, é uma proposição lógica. Representação de um conjunto
Podemos representar um conjunto de várias maneiras.
ATENÇÃO:
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B” ATENÇÃO: Indicamos os conjuntos utilizando as letras maiúscu-
é diferente de “Todo B é A”. las e os elementos destes conjuntos por letras minúsculas.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”. Vejamos:
1) os elementos do conjunto são colocados entre chaves sepa-
Forma simbólica dos quantificadores rados por vírgula, ou ponto e vírgula.
Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B). A = {a, e, i, o, u}
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B). 2) os elementos do conjunto são representados por uma ou
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B). mais propriedades que os caracterize.

Exemplos:
Todo cavalo é um animal. Logo,
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
(C) Todo animal é cavalo. 3) os elementos do conjunto são representados por meio de
(D) Nenhum animal é cavalo. um esquema denominado diagrama de Venn.

Resolução:
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu-
sões:
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça
de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma
de conclusão).
Resposta: B

(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi- Relação de pertinência


ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V. Usamos os símbolos ∈ (pertence) e ∉ (não pertence) para rela-
cionar se um elemento faz parte ou não do conjunto.
Resolução:
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais Tipos de Conjuntos
(R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R) • Conjunto Universo: reunião de todos os conjuntos que esta-
tal que x + y = x.
mos trabalhando.
– 1º passo: observar os quantificadores.
• Conjunto Vazio: é aquele que não possui elementos. Repre-
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos
senta-se por 0/ ou, simplesmente { }.
os valores de x devem satisfazer a propriedade.
• Conjunto Unitário: possui apenas um único elemento.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne-
• Conjunto Finito: quando podemos enumerar todos os seus
cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
elementos.
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos
x e y. • Conjunto Infinito: contrário do finito.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais. Relação de inclusão
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x). É usada para estabelecer relação entre conjuntos com conjun-
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x? tos, verificando se um conjunto é subconjunto ou não de outro con-
Existe sim! y = 0. junto. Usamos os seguintes símbolos de inclusão:
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de
x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está cor-
reto.
Resposta: CERTO

114
MATEMÁTICA
Igualdade de conjuntos • Intersecção de conjuntos: é o conjunto formado por todos os
Dois conjuntos A e B são IGUAIS, indicamos A = B, quando pos- elementos que pertencem, simultaneamente, a A e a B. Represen-
suem os mesmos elementos. ta-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}
Dois conjuntos A e B são DIFERENTES, indicamos por A ≠ B, se
pelo menos UM dos elementos de um dos conjuntos NÃO pertence
ao outro.

Subconjuntos
Quando todos os elementos de um conjunto A são também
elementos de um outro conjunto B, dizemos que A é subconjunto
de B. Exemplo: A = {1,3,7} e B = {1,2,3,5,6,7,8}.

OBSERVAÇÃO: Se A ∩ B = φ , dizemos que A e B são conjun-


tos disjuntos.

Propriedades da união e da intersecção de conjuntos

1ª) Propriedade comutativa


Os elementos do conjunto A estão contidos no conjunto B. A U B = B U A (comutativa da união)
A ∩ B = B ∩ A (comutativa da intersecção)
ATENÇÃO:
1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio; 2ª) Propriedade associativa
2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer (A U B) U C = A U (B U C) (associativa da união)
conjunto; (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) (associativa da intersecção)
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os
subconjuntos de A. 3ª) Propriedade associativa
4) O número de seu subconjunto é dado por: 2n; onde n é o nú- A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C) (distributiva da intersecção em
mero de elementos desse conjunto. relação à união)
A U (B ∩ C) = (A U B) ∩ (A U C) (distributiva da união em relação
Operações com Conjuntos à intersecção)
Tomando os conjuntos: A = {0,2,4,6} e B = {0,1,2,3,4}, como
exemplo, vejamos: 4ª) Propriedade
• União de conjuntos: é o conjunto formado por todos os ele- Se A ⊂ B, então A U B = B e A ∩ B = A, então A ⊂ B
mentos que pertencem a A ou a B. Representa-se por A ∪ B. Sim-
bolicamente: A ∪ B = {x | x ∈ A ou x ∈ B}. Exemplo: Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos
E dado pela fórmula abaixo:

115
MATEMÁTICA
Exemplo: Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE NM –
FCC) Dos 43 vereadores de uma cidade, 13 dele não se inscreveram AOCP) Considere dois conjuntos A e B, sabendo que assinale a al-
nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos ternativa que apresenta o conjunto B.
vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles (A) {1;2;3}
se inscreveram apenas nas comissões de Educação e Saúde e oito (B) {0;3}
deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e Saneamen- (C) {0;1;2;3;5}
to Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma (D) {3;5}
dessas comissões. O número de vereadores inscritos na comissão (E) {0;3;5}
de Saneamento Básico é igual a
(A) 15. Resolução:
(B) 21. A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
(C) 18. A – B são os elementos que tem em A e não em B.
(D) 27. Então de A ∪ B, tiramos que B = {0; 3; 5}.
(E) 16.
Resposta: E
Resolução:
De acordo com os dados temos: • Complementar: chama-se complementar de B (B é subcon-
7 vereadores se inscreveram nas 3. junto de A) em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não elementos de A que não pertencem a B. Exemplo: A = {0,1,2,3,4} e
deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos conjuntos, pois ele já B = {2,3}
desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois
13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

RELAÇÕES E FUNÇÕES; FUNÇÕES POLINOMIAIS;


FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS

Funções lineares
Chama-se função do 1º grau ou afim a função f: R  R definida
por y = ax + b, com a e b números reais e a 0. a é o coeficiente an-
gular da reta e determina sua inclinação, b é o coeficiente linear da
Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18 reta e determina a intersecção da reta com o eixo y.

Resposta: C

• Diferença: é o conjunto formado por todos os elementos que


pertencem a A e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para
determinar a diferença entre conjuntos, basta observamos o que
o conjunto A tem de diferente de B. Tomemos os conjuntos: A =
{1,2,3,4,5} e B = {2,4,6,8} Com a ϵ R* e b ϵ R.

Atenção
Usualmente chamamos as funções polinomiais de: 1º grau, 2º
etc, mas o correto seria Função de grau 1,2 etc. Pois o classifica a
função é o seu grau do seu polinômio.

A função do 1º grau pode ser classificada de acordo com seus


gráficos. Considere sempre a forma genérica y = ax + b.

Note que: A – B ≠ B - A

116
MATEMÁTICA
• Função constante • Função Sobrejetora
Se a = 0, então y = b, b ∈ R. Desta maneira, por exemplo, se y É quando todos os elementos do domínio forem imagens de
= 4 é função constante, pois, para qualquer valor de x, o valor de y PELO MENOS UM elemento do domínio.
ou f(x) será sempre 4.

• Função identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Nesta função, x e y têm sempre
os mesmos valores. Graficamente temos: A reta y = x ou f(x) = x é • Função Bijetora
denominada bissetriz dos quadrantes ímpares. É uma função que é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Mas, se a = -1 e b = 0, temos então y = -x. A reta determinada


por esta função é a bissetriz dos quadrantes pares, conforme mos-
tra o gráfico ao lado. x e y têm valores iguais em módulo, porém
• Função Par
com sinais contrários.
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos
f(x)=f(-x), ∀ x ∈ D(f). Ou seja, os valores simétricos devem possuir
a mesma imagem.

• Função linear
É a função do 1º grau quando b = 0, a ≠ 0 e a ≠ 1, a e b ∈ R.
• Função ímpar
• Função afim
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos
É a função do 1º grau quando a ≠ 0, b ≠ 0, a e b ∈ R.
f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja, os elementos simétricos do domínio
terão imagens simétricas.
• Função Injetora
É a função cujo domínio apresenta elementos distintos e tam-
bém imagens distintas.

117
MATEMÁTICA
Gráfico da função do 1º grau Exemplos:
A representação geométrica da função do 1º grau é uma reta, por- (PM/SP – CABO – CETRO) O gráfico abaixo representa o salário bru-
tanto, para determinar o gráfico, é necessário obter dois pontos. Em to (S) de um policial militar em função das horas (h) trabalhadas em certa
particular, procuraremos os pontos em que a reta corta os eixos x e y. cidade. Portanto, o valor que este policial receberá por 186 horas é
De modo geral, dada a função f(x) = ax + b, para determinarmos
a intersecção da reta com os eixos, procedemos do seguinte modo:

(A) R$ 3.487,50.
(B) R$ 3.506,25.
1º) Igualamos y a zero, então ax + b = 0 ⇒ x = - b/a, no eixo x (C) R$ 3.534,00.
encontramos o ponto (-b/a, 0). (D) R$ 3.553,00.
2º) Igualamos x a zero, então f(x) = a. 0 + b ⇒ f(x) = b, no eixo y
encontramos o ponto (0, b). Resolução:
• f(x) é crescente se a é um número positivo (a > 0);
• f(x) é decrescente se a é um número negativo (a < 0).

Resposta: A

(CBTU/RJ - ASSISTENTE OPERACIONAL - CONDUÇÃO DE VEÍ-


CULOS METROFERROVIÁRIOS – CONSULPLAN) Qual dos pares de
pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
Raiz ou zero da função do 1º grau (A) Q(3, 3) e R(5, 5).
A raiz ou zero da função do 1º grau é o valor de x para o qual y = (B) N(0, –2) e P(2, 0).
f(x) = 0. Graficamente, é o ponto em que a reta “corta” o eixo x. Por- (C) S(–1, 1) e T(1, –1).
tanto, para determinar a raiz da função, basta a igualarmos a zero: (D) L(–2, –3) e M(2, 3).

Resolução:
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescen-
te, o primeiro ponto deve estar em uma posição “mais alta” do que
o 2º ponto.
Estudo de sinal da função do 1º grau Vamos analisar as alternativas:
Estudar o sinal de uma função do 1º grau é determinar os valo- ( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma
res de x para que y seja positivo, negativo ou zero. posição mais baixa que o ponto R, e, assim, a função é crescente.
1º) Determinamos a raiz da função, igualando-a a zero: (raiz: x =- b/a) ( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no
2º) Verificamos se a função é crescente (a>0) ou decrescente (a eixo x à direita do zero, mas N está em uma posição mais baixa que
< 0); temos duas possibilidades: o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º
quadrante, e L está em uma posição mais baixa do que o ponto M,
sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º qua-
drante, e S está em uma posição mais alta do que o ponto T, sendo,
assim, decrescente.
Resposta: C

Equações lineares
As equações do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3 + .....+ anxn = b, são equa-
ções lineares, onde a1, a2, a3, ... são os coeficientes; x1, x2, x3,... as
incógnitas e b o termo independente.

118
MATEMÁTICA
Por exemplo, a equação 4x – 3y + 5z = 31 é uma equação linear. Os coeficientes são 4, –3 e 5; x, y e z as incógnitas e 31 o termo inde-
pendente.
Para x = 2, y = 4 e z = 7, temos 4.2 – 3.4 + 5.7 = 31, concluímos que o terno ordenado (2,4,7) é solução da equação linear
4x – 3y + 5z = 31.

Funções quadráticas
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática, de domínio R e contradomínio R, a função:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente

Atenção:
Chama-se função completa aquela em que a, b e c não são nulos, e função incompleta aquela em que b ou c são nulos.

Raízes da função do 2ºgrau


Analogamente à função do 1º grau, para encontrar as raízes da função quadrática, devemos igualar f(x) a zero. Teremos então:
ax2 + bx + c = 0

A expressão assim obtida denomina-se equação do 2º grau. As raízes da equação são determinadas utilizando-se a fórmula de Bhaska-
ra:

Δ (letra grega: delta) é chamado de discriminante da equação. Observe que o discriminante terá um valor numérico, do qual temos de
extrair a raiz quadrada. Neste caso, temos três casos a considerar:
Δ > 0 ⇒ duas raízes reais e distintas;
Δ = 0 ⇒ duas raízes reais e iguais;
Δ < 0 ⇒ não existem raízes reais (∄ x ∈ R).

Gráfico da função do 2º grau

• Concavidade da parábola
Graficamente, a função do 2º grau, de domínio r, é representada por uma curva denominada parábola. Dada a função y = ax2 + bx + c,
cujo gráfico é uma parábola, se:

• O termo independente
Na função y = ax2 + bx + c, se x = 0 temos y = c. Os pontos em que x = 0 estão no eixo y, isto significa que o ponto (0, c) é onde a pará-
bola “corta” o eixo y.

119
MATEMÁTICA
• Raízes da função
Considerando os sinais do discriminante (Δ) e do coeficiente de x2, teremos os gráficos que seguem para a função y = ax2 + bx + c.

Vértice da parábola – Máximos e mínimos da função


Observe os vértices nos gráficos:

O vértice da parábola será:


• o ponto mínimo se a concavidade estiver voltada para cima (a > 0);
• o ponto máximo se a concavidade estiver voltada para baixo (a < 0).
A reta paralela ao eixo y que passa pelo vértice da parábola é chamada de eixo de simetria.

Coordenadas do vértice
As coordenadas do vértice da parábola são dadas por:

Estudo do sinal da função do 2º grau


Estudar o sinal da função quadrática é determinar os valores de x para que y seja: positivo, negativo ou zero. Dada a função f(x) = y =
ax2 + bx + c, para saber os sinais de y, determinamos as raízes (se existirem) e analisamos o valor do discriminante.

120
MATEMÁTICA
Exemplos: (TRANSPETRO – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE
(CBM/MG – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – FUMARC) Duas JÚNIOR – CESGRANRIO) A raiz da função f(x) = 2x − 8 é também raiz
cidades A e B estão separadas por uma distância d. Considere um da função quadrática g(x) = ax²+ bx + c. Se o vértice da parábola, grá-
ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, fico da função g(x), é o ponto V(−1, −25), a soma a + b + c é igual a:
em quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar (A) − 25
ao seu destino em função do tempo t, em horas, é dada pela função (B) − 24
. Sendo assim, a velocidade média desenvolvida (C) − 23
(D) − 22
pelo ciclista em todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a (E) – 21
(A) 10 Km/h Resolução:
(B) 20 Km/h 2x-8=0
(C) 90 Km/h 2x=8
(D) 100 Km/h X=4

Resolução:
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:

Agora, vamos substituir na função:

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1) Lembrando que para encontrar a equação, temos:
t² = 100 (x - 4)(x + 6) = x² + 6x - 4x - 24 = x² + 2x - 24
t= √100=10km/h a=1
Resposta: A b=2
c=-24
(IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP)
a + b + c = 1 + 2 – 24 = -21
A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB sobre a porta da
Resposta: E
entrada de um salão:
Função exponencial
Antes seria bom revisarmos algumas noções de potencializa-
ção e radiciação.
Sejam a e b bases reais e diferentes de zero e m e n expoentes
inteiros, temos:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro


em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto mais alto do
arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse
arco sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é
f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a distância ,
em metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8. Equação exponencial
(C) 1,6. A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incóg-
(D) 1,9. nita no expoente. Exemplos:
(E) 1,4.

Resolução:
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
0=-x²+0,81
X²=0,81
X=±0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8
Resposta: B

121
MATEMÁTICA
Para resolver estas equações, além das propriedades de potências, utilizamos a seguinte propriedade:
Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais: am = an ⇔ m = n, sendo a > 0 e a ≠ 1.

Gráficos da função exponencial


A função exponencial f, de domínio R e contradomínio R, é definida por y = ax, onde a > 0 e a ≠1.

Exemplos:
01. Considere a função y = 3x.
Vamos atribuir valores a x, calcular y e a seguir construir o gráfico:

02. Considerando a função, encontre a função: y = (1/3)x

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = ax:


• se a > 1, a função exponencial é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Graficamente temos:

Inequação exponencial
A inequação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Analisando seus gráficos, temos:

122
MATEMÁTICA
Observando o gráfico, temos que: (A) 20 anos.
• na função crescente, conservamos o sinal da desigualdade (B) 25 anos.
para comparar os expoentes: (C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

Resolução:

• na função decrescente, “invertemos” o sinal da desigualdade


para comparar os expoentes:

Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoen-


tes. Assim:
0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
Desde que as bases sejam iguais. t = 20 anos
Resposta: A
Exemplos:
(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/MT – OFICIAL BOMBEIRO Função logarítmica
MILITAR – COVEST – UNEMAT) As funções exponenciais são muito • Logaritmo
usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional O logaritmo de um número b, na base a, onde a e b são positi-
de uma determinada região em um determinado período de tem- vos e a é diferente de um, é um número x, tal que x é o expoente de
po. A função P(t) = 234(1,023)t modela o comportamento de uma a para se obter b, então:
determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em
um determinado período de tempo, em que P é a população em
milhares de habitantes e t é o número de anos desde 1980.
Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa
cidade?
(A) 1,023% Onde:
(B) 1,23% b é chamado de logaritmando
(C) 2,3% a é chamado de base
(D) 0,023% x é o logaritmo
(E) 0,23%
OBSERVAÇÕES
Resolução: – loga a = 1, sendo a > 0 e a ≠ 1
– Nos logaritmos decimais, ou seja, aqueles em que a base é
10, está frequentemente é omitida. Por exemplo: logaritmo de 2 na
base 10; notação: log 2
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t
= 0: Propriedades decorrentes da definição

• Domínio (condição de existência)


Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1: Segundo a definição, o logaritmando e a base devem ser positi-
vos, e a base deve ser diferente de 1. Portanto, sempre que encon-
tramos incógnitas no logaritmando ou na base devemos garantir a
existência do logaritmo.
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População----------% – Propriedades
234 --------------- 100
239,382 ------------ x

234.x = 239,382 . 100


x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)
Resposta: C
Logaritmo decimal - característica e mantissa
(POLÍCIA CIVIL/SP – DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL – VU- Normalmente eles são calculados fazendo-se o uso da calcula-
NESP) Uma população P cresce em função do tempo t (em anos), dora e da tabela de logaritmos. Mas fique tranquilo em sua prova as
segundo a sentença P = 2000.50,1t. Hoje, no instante t = 0, a popu- bancas fornecem os valores dos logaritmos.
lação é de 2 000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos
daqui a

123
MATEMÁTICA
Exemplo: Determine log 341.

Resolução:
Sabemos que 341 está entre 100 e 1.000:
102 < 341 < 103
Como a característica é o expoente de menor potência de 10, temos que c = 2.
Consultando a tabela para 341, encontramos m = 0,53275. Logo: log 341 = 2 + 0,53275  log 341 = 2,53275.

Propriedades operatórias dos logaritmos

Cologaritmo
cologa b = - loga b, sendo b> 0, a > 0 e a ≠ 1

Mudança de base
Para resolver questões que envolvam logaritmo com bases diferentes, utilizamos a seguinte expressão:

Função logarítmica
Função logarítmica é a função f, de domínio R*+ e contradomínio R, que associa cada número real e positivo x ao logaritmo de x na
base a, onde a é um número real, positivo e diferente de 1.

Gráfico da função logarítmica


Vamos construir o gráfico de duas funções logarítmicas como exemplo:
A) y = log3 x
Atribuímos valores convenientes a x, calculamos y, conforme mostra a tabela. Localizamos os pontos no plano cartesiano obtendo a
curva que representa a função.

124
MATEMÁTICA
B) y = log1/3 x
Vamos tabelar valores convenientes de x, calculando y. Localizamos os pontos no plano cartesiano, determinando a curva correspon-
dente à função.

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = logax:


• se a > 1, a função é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Equações logarítmicas
A equação logarítmica caracteriza-se pela presença do sinal de igualdade e da incógnita no logaritmando.
Para resolver uma equação, antes de mais nada devemos estabelecer a condição de existência do logaritmo, determinando os valores
da incógnita para que o logaritmando e a base sejam positivos, e a base diferente de 1.

Inequações logarítmicas
Identificamos as inequações logarítmicas pela presença da incógnita no logaritmando e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Assim como nas equações, devemos garantir a existência do logaritmo impondo as seguintes condições: o logaritmando e a base
devem ser positivos e a base deve ser diferente de 1.
Na resolução de inequações logarítmicas, procuramos obter logaritmos de bases iguais nos dois membros da inequação, para poder
comparar os logaritmandos. Porém, para que não ocorram distorções, devemos verificar se as funções envolvidas são crescentes ou de-
crescentes. A justificativa será feita por meio da análise gráfica de duas funções:

Na função crescente, os sinais coincidem na comparação dos logaritmandos e, posteriormente, dos respectivos logaritmos; porém,
o mesmo não ocorre na função decrescente. De modo geral, quando resolvemos uma inequação logarítmica, temos de observar o valor
numérico da base pois, sendo os dois membros da inequação compostos por logaritmos de mesma base, para comparar os respectivos
logaritmandos temos dois casos a considerar:
• se a base é um número maior que 1 (função crescente), utilizamos o mesmo sinal da inequação;
• se a base é um número entre zero e 1 (função decrescente), utilizamos o “sinal inverso” da inequação.

125
MATEMÁTICA
Concluindo, dada a função y = loga x e dois números reais x1 e x2:

Exemplos:
(PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então o valor de n tal que log n =
3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

Resolução:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500
Resposta: C

(MF – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na base 10, calcule o valor
da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

Resolução:
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2
Resposta: D

Funções trigonométricas
Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral
abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno, função cosseno e função tangente.

126
MATEMÁTICA
• Função Seno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = sem x. O sinal da função f(x) = sem x é positivo no 1º
e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.

• Função Cosseno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cos x. O sinal da função f(x) = cos x é positivo no
1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes.

127
MATEMÁTICA
• Função Tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tg x.
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

MATRIZES. DETERMINANTES. SISTEMAS LINEARES

Matriz
Uma matriz é uma tabela de números reais dispostos segundo linhas horizontais e colunas verticais.
O conjunto ordenado dos números que formam a tabela, é denominado matriz, e cada número pertencente a ela é chamado de ele-
mento da matriz.

• Tipo ou ordem de uma matriz


As matrizes são classificadas de acordo com o seu número de linhas e de colunas. Assim, a matriz representada a seguir é denominada
matriz do tipo, ou ordem, 3 x 4 (lê-se três por quatro), pois tem três linhas e quatro colunas. Exemplo:

128
MATEMÁTICA
• Representação genérica de uma matriz
Costumamos representar uma matriz por uma letra maiúscula (A, B, C...), indicando sua ordem no lado inferior direito da letra. Quan-
do desejamos indicar a ordem de modo genérico, fazemos uso de letras minúsculas. Exemplo: Am x n.
Da mesma maneira, indicamos os elementos de uma matriz pela mesma letra que a denomina, mas em minúscula. A linha e a coluna
em que se encontra tal elemento é indicada também no lado inferior direito do elemento. Exemplo: a11.

Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ª CLASSE – FUNCAB) A matriz abaixo registra as ocorrências policiais em uma das regiões da cidade durante
uma semana.

Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o número de ocorrência no turno i do dia j da semana.
O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando como 3º turno do 6º dia e com o 1º turno do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
(E) 62

Resolução:
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19
Somando:18+25+19=62
Resposta: E

• Igualdade de matrizes
Duas matrizes A e B são iguais quando apresentam a mesma ordem e seus elementos correspondentes forem iguais.

• Operações com matrizes


– Adição: somamos os elementos correspondentes das matrizes, por isso, é necessário que as matrizes sejam de mesma ordem.
A=[aij]m x n; B = [bij]m x n, portanto C = A + B ⇔ cij = aij + bij.

129
MATEMÁTICA
Exemplo:
(PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sentença envolvendo matrizes:

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.

Resolução:

y=10
Resposta: D

– Multiplicação por um número real: sendo k ∈ R e A uma matriz de ordem m x n, a matriz k . A é obtida multiplicando-se todos os
elementos de A por k.

– Subtração: a diferença entre duas matrizes A e B (de mesma ordem) é obtida por meio da soma da matriz A com a oposta de B.

– Multiplicação entre matrizes: consideremos o produto A . B = C. Para efetuarmos a multiplicação entre A e B, é necessário, antes de
mais nada, determinar se a multiplicação é possível, isto é, se o número de colunas de A é igual ao número de linhas de B, determinando
a ordem de C: Am x n x Bn x p = Cm x p, como o número de colunas de A coincide com o de linhas de B(n) então torna-se possível o produto, e a
matriz C terá o número de linhas de A(m) e o número de colunas de B(p)

De modo geral, temos:

130
MATEMÁTICA
Exemplo:
(CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa que apresente o resultado da multiplicação das matrizes A e B abaixo:

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

Resolução:

Resposta: B

• Casos particulares
– Matriz identidade ou unidade: é a matriz quadrada que possui os elementos de sua diagonal principal iguais a 1 e os demais ele-
mentos iguais a 0. Indicamos a matriz identidade de Ιn, onde n é a ordem da matriz.

– Matriz transposta: é a matriz obtida pela troca ordenada de linhas por colunas de uma matriz. Dada uma matriz A de ordem m x n,
obtém-se uma outra matriz de ordem n x m, chamada de transposta de A. Indica-se por At.

Exemplo:
(CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA) Para que a soma de uma matriz e sua respectiva matriz transposta At
em uma matriz identidade, são condições a serem cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(E) b=-c e a=d=1/2

131
MATEMÁTICA
Resolução:

2a=1
a=1/2
b+c=0
b=-c
2d=1
D=1/2
Resposta: E

– Matriz inversa: dizemos que uma matriz quadrada A, de ordem n, admite inversa se existe uma matriz A-1, tal que:

Determinantes
Determinante é um número real associado a uma matriz quadrada. Para indicar o determinante, usamos barras. Seja A uma matriz
quadrada de ordem n, indicamos o determinante de A por:

• Determinante de uma matriz de 1ª- ordem


A matriz de ordem 1 só possui um elemento. Por isso, o determinante de uma matriz de 1ª ordem é o próprio elemento.

• Determinante de uma matriz de 2ª- ordem


Em uma matriz de 2ª ordem, obtém-se o determinante por meio da diferença do produto dos elementos da diagonal principal pelo
produto dos elementos da diagonal secundária.

Exemplo:
(PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) É correto afirmar que o determinante é igual a zero para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.

Resolução:
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2
Resposta: C

• Regra de Sarrus
Esta técnica é utilizada para obtermos o determinante de matrizes de 3ª ordem. Utilizaremos um exemplo para mostrar como aplicar
a regra de Sarrus. A regra de Sarrus consiste em:
a) Repetir as duas primeiras colunas à direita do determinante.
b) Multiplicar os elementos da diagonal principal e os elementos que estiverem nas duas paralelas a essa diagonal, conservando os
sinais desses produtos.

132
MATEMÁTICA
c) Efetuar o produto dos elementos da diagonal secundária e dos elementos que estiverem nas duas paralelas à diagonal e multipli-
cá-los por -1.
d) Somar os resultados dos itens b e c. E assim encontraremos o resultado do determinante.

Simplificando temos:

Exemplo:
(PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO – CETRO) Dada a matriz

, assinale a alternativa que apresenta o valor do determinante de A é

(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.

Resolução:

detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9

Resposta: A

• Teorema de Laplace
Para matrizes quadradas de ordem n ≥ 2, o teorema de Laplace oferece uma solução prática no cálculo dos determinantes. Pelo teo-
rema, o determinante de uma matriz quadrada A de ordem n (n ≥ 2) é igual à soma dos produtos dos elementos de uma linha ou de uma
coluna qualquer, pelos respectivos co-fatores. Exemplo:

Dada a matriz quadrada de ordem 3, , vamos calcular det A usando o teorema de Laplace.
Podemos calcular o determinante da matriz A, escolhendo qualquer linha ou coluna. Por exemplo, escolhendo a 1ª linha, teremos:
det A = a11. A11 + a12. A12 + a13. A13

Portanto, temos que:


det A = 3. (-21) + 2. 6 + 1. (-12) ⇒ det A = -63 + 12 – 12 ⇒ det A = -63

133
MATEMÁTICA
Exemplo:
(TRANSPETRO – ENGENHEIRO JÚNIOR – AUTOMAÇÃO – CESGRANRIO) Um sistema dinâmico, utilizado para controle de uma rede
automatizada, forneceu dados processados ao longo do tempo e que permitiram a construção do quadro abaixo.

1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3

A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O valor do determinante associado à
matriz M é
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50

Resolução:

Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso precisamos, calcular os cofatores. Dica:
pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula: . Para o determinante é usado os números

que sobraram tirando a linha e a coluna.

Resposta: D

• Determinante de uma matriz de ordem n > 3


Para obtermos o determinante de matrizes de ordem n > 3, utilizamos o teorema de Laplace e a regra de Sarrus.

Exemplo:

134
MATEMÁTICA
Escolhendo a 1ª linha para o desenvolvimento do teorema de Laplace. Temos então:
det A = a11. A11 + a12. A12 + a13. A13 + a14. A14

Como os determinantes são, agora, de 3ª ordem, podemos aplicar a regra de Sarrus em cada um deles. Assim:
det A= 3. (188) - 1. (121) + 2. (61) ⇒ det A = 564 - 121 + 122 ⇒ det A = 565

• Propriedades dos determinantes


a) Se todos os elementos de uma linha ou de uma coluna são nulos, o determinante é nulo.

b) Se uma matriz A possui duas linhas ou duas colunas iguais, então o determinante é nulo.

c) Em uma matriz cuja linha ou coluna foi multiplicada por um número k real, o determinante também fica multiplicado pelo mesmo
número k.

d) Para duas matrizes quadradas de mesma ordem, vale a seguinte propriedade:

det (A. B) = det A + det B.


e) Uma matriz quadrada A será inversível se, e somente se, seu determinante for diferente de zero.

Sistemas lineares
Entendemos por sistema linear um conjunto de equações lineares reunidas com o objetivo de se obterem soluções comuns a todas
essas equações.

• Equação linear
Chamamos de equações lineares as equações do 1º grau que apresentam a forma:
a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b,

onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais


x1, x2, x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3..., an são chamados de coeficientes e b é o termo independente.

135
MATEMÁTICA
ATENÇÃO: TODOS os expoentes de todas as variáveis são • Sistema normal
SEMPRE iguais a 1. É o sistema em que o número de equações é igual ao número
de incógnitas (m = n) e o determinante da matriz dos coeficientes é
• Solução de uma equação linear diferente de zero.
Dada uma equação linear com n incógnitas:
a1x1 + a2x2 + ... + anxn = b, temos que sua solução é a sequência Exemplo:
de números reais (k1, k2, ..., kn) que, colocados correspondentemen- Dado o sistema S: , temos
te no lugar de x1, x2, ..., xn, tornam verdadeira a igualdade.
Quando a equação linear for homogênea, então ela admitirá
pelo menos a solução (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial.

• Representação genérica de um sistema linear


Um sistema linear de m equações nas n incógnitas x1, x2, ..., xn
é da forma:

Logo, o sistema linear S é normal.

• Classificação de um sistema linear


Classificar um sistema linear é considerá-lo em relação ao nú-
mero de soluções que ele apresenta. Assim, os sistemas lineares
podem ser:
a) Sistema impossível ou incompatível: quando não admite so-
lução. O sistema não admite solução quando o det A for nulo, e pelo
onde a11, a12 , ..., an e b1, b2 , ..., bn são números reais. menos um dos determinantes relativos às incógnitas for diferente
de zero, isto é: det A 1 0 ou det A2 0 ou ... ou det An 0.
Se o conjunto de números reais (k1, k2, ..., kn) torna verdadeiras b) Sistema possível ou compatível: quando admite pelo menos
todas as equações do sistema, dizemos que esse conjunto é solu- uma solução. Este sistema pode ser:
ção do sistema linear. Como as equações lineares são homogêneas – Determinado: quando admitir uma única solução. ‘O sistema
quando b = 0, então, consequentemente, um sistema linear será é determinado quando det A 0.
homogêneo quando b1 = b2 = ... = bn = 0. Assim, o sistema admitirá Em resumo temos:
a solução trivial, (0, 0, ... 0).

Exemplo:
Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução,
pois ao substituirmos esses valores na equação obtemos uma igual-
dade.
4. 3 – 10 → 12 – 10 = 2
Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2

• Representação de um sistema linear por meio de matrizes


Um sistema linear de m equações com n incógnitas pode ser
escrito sob a forma de matrizes, bastando separar seus componen-
tes por matriz.
Sejam:
Amn ⇒ a matriz dos coeficientes das incógnitas; • Regra de Cramer
Xn1 ⇒ a matriz das incógnitas; Para a resolução de sistemas normais, utilizaremos a regra de
Bn1 ⇒ a matriz dos termos independentes. Cramer.

Consideramos os sistemas .

Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta


desse sistema é

, cujo determinante é indicado por D = ad – bc.

Portanto, podemos escrever o sistema sob a forma matricial: Escalonando o sistema, obtemos:

Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela


coluna dos coeficientes independentes, obteremos , cujo de-
terminante é indicado por Dy = af – ce.

136
MATEMÁTICA
Assim, em (*), na 2ª equação, obtemos D. y = Dy. Se D ≠ 0, se

gue que

Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e conside

rando a matriz , cujo determinante é indicado por Dx =

ed – bf, obtemos , D ≠ 0.

Em síntese, temos:

O sistema é possível e determinado quando , e a solução desse sistema é dada por:

Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas lineares possíveis e determinados, especialmente quando o escalona-
mento se torna trabalhoso (por causa dos coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.

Exemplo:
Aplicando a Regra de Cramer para resolver os sistemas

Temos que , dessa forma, SPD.

Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x por -2 e y por 3 em qualquer uma das equações do sistema.
Assim, S = {(-2,3-1)}.

Exemplos:
(UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE) Considere o seguinte sistema de equações lineares

Assinale a alternativa correta.


(A) O determinante da matriz dos coeficientes do sistema é um número estritamente positivo.
(B) O sistema possui uma única solução (1, 1, -1).
(C) O sistema possui infinitas soluções.
(D) O posto da matriz ampliada associada ao sistema é igual a 3.
(E) Os vetores linha (1, 2, 3/2) e (2, 4, 3) não são colineares.

137
MATEMÁTICA
Resolução: • Cálculo da razão
A razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qual-
quer pelo termo imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
O sistema pode ser SI(sistema impossível) ou SPI(sistema pos- - (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
sível indeterminado) - (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.
Para ser SI Dx = 0 e SPI Dx ≠ 0
• Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

Se r > 0 ⇒ Se r < 0 ⇒ Se r = 0 ⇒
CRESCENTE. DECRESCENTE. CONSTANTE.
Dx ≠ 0, portanto o sistema tem infinitas soluções.
• Fórmula do Termo Geral
Resposta: C
Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão,
então temos:
(SEDUC/RJ - PROFESSOR – MATEMÁTICA – CEPERJ) Sabendo-
1° termo: a1
-se que 2a + 3b + 4c = 17 e que 4a + b - 2c = 9, o valor de a + b + c é:
2° termo: a2 = a1 + r
(A) 3.
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
(B) 4.
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
(C) 5.
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
(D) 6.
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
(E) 7.
. . . . . .
. . . . . .
Resolução:
. . . . . .
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
n° termo é:
(II) 4a + b – 2c = 9
Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a
segunda, cancelando a variável a:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)

Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) b +2c = 5
Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e
indeterminado (tem infinitas soluções), então fazendo a variável c =
Exemplo:
α (qualquer letra grega).
(PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO) Descubra o
Substituímos c em (II):
99º termo da P.A. (45, 48, 51,...)
b + 2α = 5
(A) 339
Resposta: D
(B) 337
(C) 333
SEQUÊNCIAS. PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E (D) 331
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
Resolução:
Progressão aritmética (P.A.)
É toda sequência numérica em que cada um de seus termos,
a partir do segundo, é igual ao anterior somado a uma constante
r, denominada razão da progressão aritmética. Como em qualquer
sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4,.......,an,....
Resposta: A

Propriedades
1) Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é
igual à soma dos extremos.
2) Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é
igual à média aritmética entre os extremos.

138
MATEMÁTICA
Exemplo:

3) A sequência (a, b, c) é P.A. se, e somente se, o termo médio é igual à média aritmética entre a e c, isto é:

Soma dos n primeiros termos

Progressão geométrica (P.G.)


É uma sequência onde cada termo é obtido multiplicando o anterior por uma constante. Essa constante é chamada de razão da P.G.
e simbolizada pela letra q.

Cálculo da razão
A razão da P.G. é obtida dividindo um termo por seu antecessor. Assim: (a1, a2, a3, ..., an - 1, an, ...) é P.G. ⇔ an = (an - 1) q, n ≥ 2

Exemplos:

139
MATEMÁTICA
Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

CRESCENTE DECRESCENTE ALTERNANTE CONSTANTE SINGULAR


a1 > 0 e q > 1 a1 > 0 e 0 < q < 1 Cada termo apresenta sinal contrário q = 1. a1 = 0
ou quando ou quando ao do anterior. Isto ocorre quando. (também é chamada de Esta- ou
a1 < 0 e 0 < q < 1. a1 < 0 e q > 1. q<0 cionária) q = 0.

Fórmula do termo geral


Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

Exemplo:
(TRF 3ª – ANALISTA JUDICIÁRIO - INFORMÁTICA – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse possível colocar 1 grão de
arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64 grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de
grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

Resolução:
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
a64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64

Resposta: B

Propriedades
1) Em qualquer P.G., cada termo, exceto os extremos, é a média geométrica entre o precedente e o consequente.
2) Em toda P.G. finita, o produto dos termos equidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos.

140
MATEMÁTICA
3) Em uma P.G. de número ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica entre os extremos.
Em síntese temos:

4) Em uma PG, tomando-se três termos consecutivos, o termo central é a média geométrica dos seus vizinhos.

Soma dos n primeiros termos


A fórmula para calcular a soma de todos os seus termos é dada por:

Produto dos n termos

Temos as seguintes regras para o produto:


1) O produto de n números positivos é sempre positivo.
2) No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Soma dos infinitos termos


A soma dos infinitos termos de uma P.G de razão q, com -1 < q < 1, é dada por:

Exemplo:
A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

Resolução:
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4
Resposta: E

141
MATEMÁTICA
4. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
QUESTÕES CIAL/2021/”PROVA C”
De quantas formas diferentes, em relação à ordem entre as
1. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- pessoas, dois homens e quatro mulheres poderão ser dispostos em
CIAL/2021/”PROVA A” fila indiana, de modo que entre os dois homens haja, pelo menos,
Antes de iniciar uma campanha publicitária, um banco fez uma uma mulher?
pesquisa, entrevistando 1000 de seus clientes, sobre a intenção de (A) 10
adesão aos seus dois novos produtos. Dos clientes entrevistados, (B) 20
430 disseram que não tinham interesse em nenhum dos dois pro- (C) 48
dutos, 270 mostraram- -se interessados no primeiro produto, e 400 (D) 480
mostraram-se interessados no segundo produto. (E) 720
Qual a porcentagem do total de clientes entrevistados que se
mostrou interessada em ambos os produtos? 5. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
(A) 10% CIAL/2018
(B) 15% Uma professora do jardim da infância entregou um mesmo de-
(C) 20% senho para cada um de seus 10 alunos e distribuiu vários lápis de
(D) 25% cor entre eles. A tarefa era pintar o desenho, que possuía diversas
(E) 30% regiões. Cada uma dessas regiões apresentava a cor com a qual de-
veria ser pintada. Todos os alunos receberam a mesma quantidade
2. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- de lápis de cor, mas nenhum aluno recebeu todas as cores neces-
CIAL/2021/”PROVA B” sárias para pintar todo o desenho e, portanto, eles precisavam se
Um banco está selecionando um novo escriturário e recebeu agrupar para conseguir completar a tarefa. Formando qualquer gru-
um total de 50 currículos. Para o exercício desse cargo, três habi- po de 6 alunos, uma região não poderia ser pintada, mas qualquer
lidades foram especificadas: comunicação, relacionamento inter- grupo de 7 alunos conseguiria completar a tarefa. Todas as regiões
pessoal e conhecimento técnico. As seguintes características foram deveriam receber cores diferentes, e a professora distribuiu o me-
detectadas entre os candidatos a essa vaga: nor número de lápis de cor para cada aluno.
• 15 apresentavam habilidade de comunicação; Quantos lápis de cor cada aluno recebeu?
• 18 apresentavam habilidade de relacionamento interpessoal; (A) 42
• 25 apresentavam conhecimento técnico; (B) 63
• Seis apresentavam habilidade de relacionamento interpesso- (C) 210
al e de comunicação; (D) 105
• Oito apresentavam habilidade de relacionamento interpesso- (E) 84
al e conhecimento técnico;
• Dois candidatos apresentavam todas as habilidades; 6. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
• Oito candidatos não apresentavam nenhuma das habilidades. CIAL/2018
Um professor elaborou 10 questões diferentes para uma prova,
Com base nessas informações, qual o número total de candida- das quais 2 são fáceis, 5 são de dificuldade média, e 3 são difíceis.
tos que apresentam apenas uma das três habilidades apontadas? No momento, o professor está na fase de montagem da prova. A
(A) 28 montagem da prova é a ordem segundo a qual as 10 questões serão
(B) 38 apresentadas. O professor estabeleceu o seguinte critério de distri-
(C) 21 buição das dificuldades das questões, para ser seguido na monta-
(D) 13 gem da prova:
(E) 15

3. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-


CIAL/2018
Considere o conjunto A cujos 5 elementos são números intei-
ros, e o conjunto B formado por todos os possíveis produtos de três
elementos de A.
Se B = {–30, –20, –12, 0, 30}, qual o valor da soma de todos os
elementos de A?
(A) 5
(B) 3
(C) 12
(D) 8
(E) –12

142
MATEMÁTICA
De quantas formas diferentes o professor pode montar a prova
seguindo o critério estabelecido?
(A) 2520
(B) 128
(C) 6
(D) 1440
(E) 252

7. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-


CIAL/2021/”PROVA B”
Uma empresa paga um salário bruto mensal de R$ 1.000,00 a
um de seus funcionários. Além desses honorários, a empresa deve Considerando-se que, ao longo do ano de 2020, essa empresa
recolher o FGTS desse empregado. reparou 1.000 unidades do modelo A, 600 unidades do modelo B
Sabendo-se que o valor pago corresponde a, aproximadamen- e 400 unidades do modelo C, qual foi a porcentagem destes aten-
te, 8,33% do salário bruto, qual o valor pago, a título de FGTS, por dimentos, nesse período, que tiveram tempo de serviço Curto ou
esse funcionário? Médio?
(A) R$ 1.008,33 (A) 29%
(B) R$ 8,33 (B) 48%
(C) R$ 83,30 (C) 52%
(D) R$ 991,67 (D) 58%
(E) R$ 1.083,30 (E) 96%

8. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- 11. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-


CIAL/2021/”PROVA C” CIAL/2018
Uma profissional liberal comprou dois apartamentos com o ob- O dono de uma loja deu um desconto de 20% sobre o preço de
jetivo de vendê-los. Na venda do primeiro deles, obteve um lucro venda (preço original) de um de seus produtos e, ainda assim, obte-
de 36% sobre o preço de compra e, na do segundo, um lucro de ve um lucro de 4% sobre o preço de custo desse produto.
12%, também sobre o preço de compra. Ela recebeu por essas duas Se vendesse pelo preço original, qual seria o lucro obtido sobre
vendas uma quantia 27% maior do que a soma das quantias pagas o preço de custo?
na compra dos dois apartamentos. (A) 40%
Nessas condições, sendo P a quantia paga pelo primeiro apar- (B) 30%
tamento, e S a quantia paga pelo segundo, a razão P/S é igual a (C) 10%
(A) 8/5 (D) 20%
(B) 5/3 (E) 25%
(C) 12/5
(D) 17/14 12. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
(E) 9/8 CIAL/2018
Uma empresa cria uma campanha que consiste no sorteio de
9. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO- cupons premiados. O sorteio será realizado em duas etapas. Primei-
LOGIA/2021 ramente, o cliente lança uma moeda honesta:
Durante um atendimento, o cliente de um banco relata ao geren- se o resultado for “cara”, o cliente seleciona, aleatoriamente,
te de atendimento sua disponibilidade para investir R$400.000,00. um cupom da urna 1;
O gerente tem ao seu dispor 5 opções de investimento: renda fixa, se o resultado for “coroa”, o cliente seleciona, aleatoriamente,
CDB, fundo de ações, LCI e LCA. Ao cliente foi oferecida uma carteira um cupom da urna 2.
diversificada de 20%, 10%, 30%, 15% e 25%, respectivamente. Sabe-se que 30% dos cupons da urna 1 são premiados, e que
Sendo assim, verifica-se que o valor sugerido para 40% de todos os cupons são premiados.
(A) renda fixa foi de R$80.000,00
(B) CDB foi de R$60.000,00 Antes de começar o sorteio, a proporção de cupons premiados
(C) fundo de ações foi de R$40.000,00 na urna 2 é de
(D) LCI foi de R$100.000,00 (A) 50%
(E) LCA foi de R$120.000,00 (B) 25%
(C) 5%
10. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO- (D) 10%
LOGIA/2021 (E) 15%
Uma central de assistência técnica de celulares trabalha com
três modelos de um mesmo fabricante. Para melhor organizar seu
sistema, foi medido o tempo de serviço para o conserto de cada
aparelho, desde a chegada do pedido de manutenção até a entrega
do aparelho consertado, e cada um desses prazos foi classificado
como Curto, Médio ou Longo.
A Tabela abaixo mostra a distribuição dos tempos de serviço
para cada um dos três modelos aos quais a empresa prestou assis-
tência em 2020.

143
MATEMÁTICA
13. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO- III - a partir desse ponto, aplica-se o intervalo de seleção da
LOGIA/2021 amostra: o segundo elemento selecionado é o 35º (15+20), o ter-
André, Bianca e Carol precisam pintar um painel de 50m2. Para ceiro é o 55º (15+40), o quarto é o 75º (15+60), e assim sucessiva-
pintar 1m2, André gasta 12 minutos, Bianca gasta 20 minutos, e Ca- mente.
rol, 15 minutos.
Supondo-se que os três pintaram, juntos, o mesmo painel, sem O último elemento selecionado nessa amostra é o
fazer pausas e a velocidades constantes, quanto tempo eles leva- (A) 19.997º
ram para a conclusão da tarefa? (B) 19.995º
(A) 3h 40min (C) 19.965º
(B) 4h 10min (D) 19.975º
(C) 5h 50min (E) 19.980º
(D) 6h
(E) 6h 20min 17. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
CIAL/2021/”PROVA B”
14. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO- Um banco está planejando abrir uma nova agência em uma
LOGIA/2021 cidade do interior. O departamento de Marketing estima que o nú-
Um escriturário mantém um desempenho de preencher 30 re- mero de clientes da agência (NC) em função do número de meses
latórios por hora e faz uma pausa de 10 minutos às 13h. Durante a decorridos (t) desde a inauguração seguirá a seguinte função expo-
pausa, seu chefe pergunta a que horas receberá todos os relatórios nencial:
preenchidos. NC(t)=100×(2t)
Se falta apenas 1 relatório e meio, e o escriturário pretende
manter seu desempenho, a partir de que horas o chefe pode contar Quantos meses completos, após a inauguração, o número esti-
com todos os relatórios preenchidos? mado de clientes da agência será superior a 2.000?
(A) 13h02min (A) 1
(B) 13h03min (B) 2
(C) 13h10min (C) 3
(D) 13h12min (D) 4
(E) 13h13min (E) 5

15. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- 18. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
CIAL/2021/”PROVA B” CIAL/2018
Um garçom ganha um salário fixo por mês mais gorjetas diá- Sabe-se que g é uma função par e está definida em todo do-
rias. Como regra, ele se propôs a cada dia do mês guardar um pouco mínio da função f, e a função f pode ser expressa por f(x) = x 2 + k
do que ganha de gorjetas para fazer uma reserva financeira, que é . x . g(x).
depositada no banco ao fim do dia 30, exceto em fevereiro. No dia Se f(1) = 7, qual o valor de f(–1)?
1, ele guarda R$ 1,00; no dia 2, guarda R$ 2,00; no dia 3, R$ 3,00, (A) 7
e assim, sucessivamente, até que no dia 30, ele junta R$ 30,00 ao (B) 5
que vinha guardando e faz o depósito. Em um determinado mês de (C) –7
30 dias, ele precisou gastar tudo que havia juntado até o fim do dia (D) –6
15, mas quis repor esse gasto. Para isso, guardou do dia 16 até o dia (E) –5
30 um valor fixo de x reais por dia, de modo que, no fim do mês,
depositou a mesma quantia que vinha depositando todos os meses, 19. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
exceto em fevereiro. CIAL/2021/”PROVA A”
Qual é o valor de x? Uma loja vende um produto em dois tipos de embalagem: uni-
(A) 20 tária (com uma unidade do produto) e dupla (com duas unidades
(B) 23 do produto). Em certo mês, foram vendidas 16 embalagens duplas
(C) 25 e 20 unitárias, gerando uma receita para a loja de R$ 488,00. No
(D) 27 mês seguinte, foram vendidas 30 embalagens duplas e 25 unitárias,
(E) 31 gerando uma receita de R$ 790,00.
Qual foi a porcentagem do desconto dado em cada unidade do
16. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- produto ao se comprar a embalagem dupla?
CIAL/2018 (A) 5%
Para obter uma amostra de tamanho 1.000 dentre uma popu- (B) 8%
lação de tamanho 20.000, organizada em um cadastro em que cada (C) 10%
elemento está numerado sequencialmente de 1 a 20.000, um pes- (D) 12%
quisador utilizou o seguinte procedimento: (E) 15%
I - calculou um intervalo de seleção da amostra, dividindo o
total da população pelo tamanho da amostra: 20.000/1.000 = 20;
II - sorteou aleatoriamente um número inteiro, do intervalo [1,
20]. O número sorteado foi 15; desse modo, o primeiro elemento
selecionado é o 15º;

144
MATEMÁTICA
20. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- ANOTAÇÕES
CIAL/2021/”PROVA C”
Um banco tem agências em três regiões do país. Em cada re-
gião, trabalha-se com a comercialização de três segmentos: segu- ______________________________________________________
ros (X), previdência (Y) e consórcios (Z). Cada equação linear que
compõe o sistema abaixo representa a capacidade de uma regional ______________________________________________________
produzir valor agregado para o banco, em cada segmento de atua-
ção (lado esquerdo das equações), visando ao alcance das metas de ______________________________________________________
lucro operacional em milhares de reais (lado direito das equações).
______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

De acordo com esses dados, verifica-se que a contribuição de ______________________________________________________


um dado segmento que atinge exatamente a meta de sua região é
de ______________________________________________________
(A) R$160.000,00 no segmento seguros, na região Sul
______________________________________________________
(B) R$400.000,00 no segmento previdência, na região Sudeste
(C) R$180.000,00 no segmento consórcio, na região Norte ______________________________________________________
(D) R$90.000,00 no segmento seguros, na região Norte
(E) R$180.000,00 no segmento previdência, na região Sul ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________
1 A ______________________________________________________
2 A
______________________________________________________
3 D
4 D ______________________________________________________

5 E ______________________________________________________
6 D ______________________________________________________
7 C
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8 B
9 A ______________________________________________________
10 B ______________________________________________________
11 B
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12 A
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13 B
14 E _____________________________________________________
15 E ______________________________________________________
16 B
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17 E
18 E ______________________________________________________
19 C ______________________________________________________
20 A
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MATEMÁTICA
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146
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO

Facilitam na rapidez e no sentido de evitar idas nas agências, ape-


OS BANCOS NA ERA DIGITAL: ATUALIDADE, nas para tais serviços. Promove também o conforto e a segurança do
TENDÊNCIAS E DESAFIOS. INTERNET BANKING. cliente que não necessita da utilização de dinheiro em espécie para
MOBILE BANKING. OPEN BANKING. NOVOS MODELOS suas operações financeiras. Reduz custos para as instituições financei-
DE NEGÓCIOS. FINTECHS, STARTUPS E BIG TECHS. ras e promove a garantia do recebimento para os comerciantes.
SISTEMA DE BANCOS-SOMBRA (SHADOW BANKING). Os cartões mais utilizados são:
O DINHEIRO NA ERA DIGITAL: BLOCKCHAIN, BITCOIN • Cartões de débito – Débito automático na conta do cliente
E DEMAIS CRIPTOMOEDAS. SEGMENTAÇÃO E do valor referente a compra. Segurança também para o estabele-
INTERAÇÕES DIGITAIS. TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO cimento, pois tem a certeza que o pagamento já saiu da conta do
SISTEMA FINANCEIRO cliente.
• Cartão de crédito – Incentiva o consumo, pois o pagamento
Presente, tendências e desafios de suas compras ocorrerá apenas no vencimento da fatura, inclusi-
Os bancos “tradicionais” já utilizam a tecnologia para oferecer ve em parcelas.
serviços e facilidades aos seus clientes. Seja através de internet • Cartões múltiplos – Que exercem duas funções simultâneas
banking ou móbile banking. No entanto, esses bancos precisam ino- (débito e crédito).
var tecnologicamente o mais rápido possível, caso contrário, serão
substituídos pelos bancos digitais. Mobile banking
O maior desafio de um banco digital no Brasil é transformar É a tecnologia do banco voltada para a tela do celular ou outros
uma cultura de muitos anos de contatos diretos com atendentes, dispositivos móveis, 365 dias por ano, permitindo a realização de
gerentes e pagamentos via operadores de caixa em agências físi- diversas transações financeiras através de aplicativos que são bai-
cas para o atendimento virtual. Pois ainda existe a desconfiança de xados em smartphones, relógios inteligentes, etc.
muitos clientes, principalmente aqueles com idades mais elevadas; Possibilita aos clientes rapidez e comodidade, devido acesso
inclusive a dificuldade e insegurança para o acesso. em qualquer localidade e sem a necessidade de idas as agências
Para conquistarem mais clientes, os bancos digitais inovam físicas; o que também reduz custos das instituições financeiras.
cada vez mais em tecnologia e resolução de problemas de forma
mais simples e rápido, trazendo um conceito de valor e utilidade Open banking e o modelo de bank as a service
para seus usuários.
Open Banking
Internet banking, banco virtual e “dinheiro de plástico” É um conjunto de práticas que torna o cliente detentor de seus
dados financeiros, como por exemplo, datas e valores de transfe-
Internet Banking rências, pagamentos, ou produtos que selecionou para investimen-
É a plataforma bancária que utiliza a tecnologia como sua alia- tos. O que proporciona inovação e concorrência entre os serviços
da. É o ambiente que fica na internet em que os clientes realizam financeiros.
operações bancárias, em ambiente fora da agência. Em abril de 2019, o Banco Central do Brasil, iniciou a imple-
No site do banco, os clientes podem realizar operações de ex- mentação do Open Banking no Brasil.
tratos, saldos, pagamentos, empréstimos, etc.; permitindo que as Essas novas ações possibilitam que o consumidor tenha o po-
movimentações sejam realizadas com mais conforto e comodidade, der de escolha de transferir seus dados do banco A para o banco
pois não há necessidade de se deslocar até uma agência. B; pois acredita, por exemplo, que no segundo banco terá melhor
condições de taxas de juros, tarifas ou até mesmo, melhor atendi-
Banco virtual mento.
São plataformas tecnológicas, também conhecidas como finte- Assim, o usuário tem a propriedade de seus dados e escolhe
chs (empresas que inovaram no modelo de negócios e operação) do com quem compartilhá-los.
Sistema Financeiro Nacional.
Foram criados para com a intenção de permitir o acesso ao siste- Modelo de bank as a service
ma bancário aos brasileiros que não tem acesso aos bancos comuns. Também conhecido por “banco como serviço”, é uma solução
Toda sua operação é realizada de modo virtual, sem agências fí- que tem o potencial de ampliar a competitividade e a colaboração
sicas abertas. Desde a abertura de contas até as movimentações de na prestação de serviços financeiros.
pagamentos, consultas diversas, transferências são realizadas por Com o bank as a service, empresas de qualquer segmento de
meio de sites ou aplicativos. mercado, passam a ter condições de oferecer serviços bancários de
uma forma simples e rápida.
“Dinheiro de plástico” Os grandes benefícios para o consumidor é a variedade de em-
É o meio físico de pagamento, mais conhecido como “cartão”, presas oferecendo serviços bancários, as filas em bancos ficam ape-
utilizado para pagamentos, saques e diversas movimentações em nas na lembrança, pois tudo é realizado por meio digital.
caixas eletrônicos.

147
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
O comportamento do consumidor na relação com o banco Fintechs, Startups e Big Techs
Cada vez mais ligados as tecnologias, consumidores tem bus- As fintechs (finanças + tecnologia) são startups que trabalham
cado facilidade, comodidade e rapidez nos serviços em geral. Em para otimizar o processo tradicional dos serviços financeiros e tam-
relação aos serviços bancários não seria diferente. bém resolver através da tecnologia, problemas específicos de pes-
Os bancos digitais preencheram grande parte dessas necessi- soas físicas ou jurídicas.
dades, através da redução de burocracia, fim das filas e idas em Em geral, trazem produtos altamente inovadores, simples e mui-
agências físicas dos bancos tradicionais. Com essas instituições já é to eficientes. Muitas vezes, analisando e preenchendo espaços que
possível abrir contas, realizar aplicações, obter financiamentos por deveriam ser dos bancos tradicionais, atendendo um público que em
aplicativos de forma rápida e segura. muitos casos, não tem acesso as instituições financeiras comuns.
Desde a entrada dos bancos virtuais, os clientes mudaram o Big Techs são grandes empresas de tecnologia que dominam o
relacionamento e o comportamento com os bancos, deixando a de- mercado, moldam como as pessoas compra, vendem, consomem
pendência física das agências, passando a se comunicar pelo inter- e trabalham. Tem como motor a inovação, sempre definindo novas
net banking e móbile banking na utilização dos serviços financeiros. tecnologias e serviços. Entre as principais estão a Apple, Amazon e
Microsoft.
A experiência do usuário
A experiência do usuário (user experience – UX) é o termo uti- Soluções mobile e service design
lizado para mencionar a relação de uma pessoa com um produto,
serviço, objeto, etc. Essa relação de utilidade vai definir se a expe- Soluções Mobile
riência foi boa ou ruim. Utilização de aplicativos na tecnologia da resolução das necessi-
Os bancos digitais tem concentrado todos os esforços para que dades dos clientes. Para que esse processo ocorra de maneira mais
a experiências de seus clientes seja a melhor possível. Para isso, de- eficaz, é necessário identificar quais serviços e produtos os usuários
senvolvem a todo momento, produtos e serviços que atendam às mais precisam.
necessidades dos usuários, tanto na forma de redução de burocracia No sistema bancário, são os aplicativos que permitem abertura
de atendimento, facilidade e rapidez na solução de problemas, reali- de conta e a realização de todas as transações bancárias e atendi-
zação de tarefas de maneira mais ágil. mento ao cliente no local em que estiver, através de um smartpho-
São produtos e serviços cada vez mais inovadores e tecnológicos, ne.
que proporcionam aos clientes e as empresas geração de valor.
Service Design
Inteligência artificial cognitiva Serviço capaz de oferecer aos clientes utilidade, eficiência, efi-
É a utilização da inteligência de computadores (robôs) que ad- cácia, ou seja, o serviço que é reconhecido pelos clientes a ponto de
quirem conhecimento com o passar do tempo. Ao utilizar essa tecno- gerar valor para ambas as partes.
logia em seus serviços, as instituições financeiras tem como objetivo No setor financeiro, os bancos digitais procuram oferecer servi-
principal, a eficácia, rapidez no atendimento. E personalização dos ços de qualidade, otimizando tempo e custos de clientes e trazendo
serviços oferecidos. soluções simples e rápidas para problemas financeiros.
A cada acesso, o computador é abastecido com as informações
do cliente, percebendo suas necessidades e preferências, por isso O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais cripto-
que o sistema fica cada vez mais inteligente; por exemplo, ao acessar moedas
o internet banking. É a tecnologia em constante desenvolvimento.
Essa tecnologia é utilizada principalmente no atendimento tele- Blockchain
fônico das instituições, nos caixas eletrônicos através da leitura bio- É a tecnologia que permite o registro de informações de forma
métrica e também na internet e móbile banking. segura. Através dela, ocorre a transferência de valores digitalmente
mesmo sem a intermediação de instituições financeiras. Devido seu
Banco digitalizado versus banco digital nível de segurança, não há necessidade da confiança entre terceiros
Banco digitalizado é a modalidade já conhecida de bancos “tra- para as transações.
dicionais” (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, etc.) que utili- Essa tecnologia pode ter outras funções, como a utilização na
zaram a tecnologia para modernizar o atendimento e inovar o modo indústria, para que a cadeia produtiva seja mais passível de rastrea-
como seus clientes realizam as transações. Através da digitalização, mento e suas informações fiquem registradas de forma imutável e,
conseguiram mudar o foco das agências para internet banking e mó- ainda, para que seus dados seu se percam.
bile banking. Tudo pode ser registrado na blockchain, pois sua composição
Porém, mesmo passando por essa inovação, não são totalmente se assemelha a uma grande biblioteca e a chave pública pode ser
digitais e ainda possuem agências físicas para apoio presencial com comparada a pastas de arquivos.
operadores de caixa, atendentes e gerentes. Para utilizar seus recursos, os usuários devem possuir um ende-
Os bancos digitais são aqueles totalmente virtuais, não possuem reço na própria blockchain.
atendimento em agências físicas, por exemplo, Nubank e Neon.
Já foram criados nesse novo conceito e seus clientes utilizam Bitcoin
100% de internet banking e móbile banking para realizar operações Bitcoin é uma moeda em forma de código, que não existe fisi-
como pagamentos, transferências, consultas, etc.; o saque ocorre em camente e não tem um banco central que organize sua organização.
caixas eletrônicos espalhados por estabelecimentos diversos. Ou seja, só existe no mundo virtual.
Para abrir uma conta nos bancos digitais, todo o processo é via Ela surgiu em 2008, tendo sua criação associada a um grupo de
ambiente virtual. O interessado se cadastra, faz a solicitação e após a um grupo de programadores, usando um pseudônimo de Satoshi
aprovação; envia os documentos e assinatura digitalizados. Nakamoto. Para isso, seus criadores utilizaram a soma do processa-
mento de seus computadores para acelerar tal ação; pois um com-
putador apenas levaria aproximadamente um ano para a realização
de uma fração de bitcoin.

148
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Para ser dono de bitcoins é necessário possuir uma carteira vir- O material genético de uma Startup é a palavra “inovação”, e o
tual, representada por um aplicativo em que fica armazenado uma objetivo principal é a transformação com vistas a um “melhor servir”. Por
sequência de letras, que representa o dinheiro do comprador. Caso serem segmentos novos no mercado, o futuro é incerto, mas altamente
esse código seja perdido, o resultado será a perda do investimento. promissor, tanto que a cada ano o crescimento é exponencial.
Atualmente existem diversas corretoras que trabalham com a Ainda que diante de toda incerteza verifica-se que as Startups
venda de bitcoins. estão presentes em todos os segmentos da sociedade, como exemplo:
saúde, lazer, agronegócios, alimentação, vestuário, financeiros,
Demais criptomoedas bancário, entre outros.
As principais criptomoedas negociadas são: Dando ênfase ao segmento bancário tem-se que as Startups
• XRP Ripple – Criptomoeda centralizada, projetada para au- atuantes neste contexto são denominadas de Fintechs, as quais são
xiliar instituições financeirasa movimentar dinheiro de forma mais empresas que inovam quanto à forma de dispor os serviços financeiros
rápida, global e também com redução de custos. e bancários, trazendo facilidades atribuídas pelo rompimento da
• Litecan – Criptomoeda criada para transações mais rápidas e burocracia dos métodos tradicionais de fornecimento de bens e serviços.
com menos custos que a bitcoin, para ser utilizada em pagamentos Das definições apresentadas entende-se que, as Fintechs são
do dia a dia. Startups especializadas no setor financeiro/bancário tendo como
• Bitcoin Cash – Projetada para transações mais rápidas e roti- propósito a desburocratização e capilarização dos serviços e produtos
neiras, com taxas mais baixas. financeiros. O objetivo maior é o fornecimento de soluções ágeis e
• Ethereum – Blockchain que permite o armazenamento de eficazes para cada usuário, melhorando assim, a experiência no consumo
contratos inteligentes e aplicativos em sua rede. Utiliza como crip- de bens e produtos do segmento.
tomoeda a Ether, lançada em 2017. Atualmente, atribui-se às Startups e Fintechs, a fonte impulsionadora
dos grandes movimentos tecnológicos, já que figuram como agentes
Sistema de bancos-sombra (shadow banking) de transformação. A demanda pelo universo digital vem crescendo a
É um conjunto de operações não-regulamentadas de intermediá- passos largos, devido as facilidades oferecidas e a boa aceitação dos
rios financeiros, que fornecem crédito no sistema financeiro global de usuários.
forma “informal”. Ou seja, de forma indireta, sem passar por supervisão As Startups e Fintechs vieram para revolucionar a forma de
ou regulamentação bancária, algumas instituições conseguem realizar como se executa algo, seu objetivo principal é facilitar a vida de seus
financiamentos e empréstimos com suas atividades paralelas ao sistema usuários em busca da satisfação, ingrediente primordial para o
bancário tradicional. sucesso de qualquer organização no mercado.
Operações desse tipo oferecem maiores riscos de mercado, visto que, Nesse contexto, a disputa ente as Fintechs e os grandes bancos
na maior parte das vezes, não possuem uma garantia de capital reserva, o no Brasil são acirradas, já que aquelas são estruturas enxutas
que não impediu seu crescimento à nível global, de modo que se estima e altamente dinâmicas no quesito digital, o que lhes garantem
que há que quase 100 trilhões de dólares circulam em ativos financeiros maior flexibilidade e possibilidade de desenvoltura, já os bancos
desse tipo, tornando-o importante e relevante na estrutura financeira glo- tradicionais precisam se reinventar a cada dia, para fazer frente à
bal, como fornecedor de capital e crédito para investidores e corporações. manutenção de seus clientes e usuários, de forma a garantir que no
Contudo, observa-se um papel crítico atender esse tipo de deman- futuro tenham espaço no mercado.
da, de modo que muitos argumentam que esses mercados paralelos co-
laboraram para grandes crises financeiras, como a de 2008 nos Estados O desenvolvimento tecnológico aplicado ao segmento
Unidos, por isso tenta-se desde então aprovar uma série de medidas bancário
para regular ou limitar esse tipo de operação, visto que seus números A evolução digital vem revolucionando a forma de como se
alavancados e sem garantia seguem expondo os sistemas financeiros do realiza negócios em todos os segmentos do mercado. Em especial,
mundo todo em risco. o setor bancário tradicional é altamente afetado pelos reflexos
das variações tecnológicas, e por conta disso, busca a cada dia
Segmentação e interações digitais se adequar às inovações, para garantir sua permanência em um
A era dos avanços tecnológicos traz em seu bojo inúmeras mercado altamente competitivo.
transformações, em especial na forma de como os negócios tradicionais Em uma análise de contexto específico sobre essas mudanças
no mercado se realizam. Quanto a transformação digital do setor que a era digital vem ocasionando no mercado financeiro, área
bancário, por muitos anos, esse era um setor cheio de formalidades, onde circulam grande volume de negócios, pode-se perceber a
com muitas agências físicas, grandes filas e alguns procedimentos ocorrência de uma constante ruptura do formalismo bancário
exigiam retorno duas ou mais vezes às agências, ou seja, era sinônimo tradicional, exigido pela legislação que afeta ao segmento, para
de preocupação ao usuário. O cenário era de concentração de mercado, muitas flexibilizações e facilidades na forma de disponibilizar seus
pautada no domínio centrado em poucas instituições contribuindo para produtos e serviços a seus consumidores de forma eficiente e com
desbancarização de muitas pessoas1. rapidez.
Diante da mudança de cenário, onde o modelo digital de negócios Essas mudanças de paradigmas demonstradas com o avanço da
cresce a cada dia surgem as Startups voltadas ao meio financeiro tecnologia impulsionaram os bancos tradicionais a se adaptarem às
denominadas de Fintechs, que são empresas de tecnologia financeira mesmas, por conta do desenvolvimento tecnológico responsável por
com o objetivo de cobrir os gargalos do sistema financeiro tradicional, despontar no mercado, em especial o financeiro, novos prestadores
com o lema “inovação”. A ideia vem apresentando forte crescimento e se de produtos e serviços carregados de novidades e transformações
demonstrando como tendência mundial. O sucesso das Fintechs se deve aos usuários, como as Startups e Fintechs, disputando o competitivo
ao fato das facilidades e efetividade do suprimento das necessidades dos e pouco aberto mercado financeiro.
clientes e usuários. Neste cenário, pode-se perceber que a expansão das Fintechs no
Brasil é recente, por volta de 2010, a mudança ainda era silenciosa,
mas hoje essas empresas comandam uma grande transformação
nesse mercado. Com o surgimento das primeiras Fintechs, observa-
1 https://www.famaqui.edu.br/app/webroot/ojs/index.php/saberes/article/
download/26/25/.

149
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
se no mercado um vertiginoso crescimento destas, impulsionando O cenário de atuação bancária é de risco, e, portanto, são
e influenciando mudanças aos participantes do mercado financeiro, extremamente necessários os investimentos de tecnologia aliados
em especial os bancos tradicionais. com a segurança, com vistas a garantir que seus usuários e clientes
É importante salientar que no desenvolvimento tecnológico no tenham a proteção necessária, o que culminará com o sucesso da
segmento bancário despontam as Fintechs, empresas 100% (cem instituição no mercado.
por cento) digitais, que se dedicam a área financeira, facilitando a A iminente concorrência de mercado ocasionada pelos players
concessão de produtos e serviços, como por exemplo: digitais, como as Fintechs, bem como o acelerado mundo dos negócios
→ a disponibilização de crédito rápido, menos burocrático e traz o despertar e a necessidade de incorporar a tecnologia aos
com reduzidas taxas de juros; processos bancários. Junto a esta necessidade, os bancos investem
→ abertura de conta corrente sem custos; maciçamente em segurança, pois de nada adiantaria tecnologia que
→ concessão de cartões de créditos com limites que agradam colocasse em risco os usuários e clientes.
os usuários e sem anuidades;
→ serviços bancários como: transferências, pagamentos, As parcerias digitais como forma de cooperação
seguros e investimentos; É notória a presença crescente das Startups e Fintechs em
→ atendimento remoto e muito ágil, facilitando a rotina dos parcela significativa do mercado financeiro, e a principal causa desse
usuários, já que não é necessário atendimento presencial, ou seja, crescimento, é sem dúvida, a facilitação na contratação de serviços
agradável ao público a que se destina. ou na aquisição de produtos do segmento.
Nesse cenário de crescimento digital no ramo dos negócios,
Diante dessas facilidades, verifica-se o crescimento das os bancos no movimento de observar os players do mercado
Startups e Fintechs por atuarem e buscarem parcela de clientes tecnológico (aqui definidos como grupos com muita expertise no
não bancarizados, ou descontentes com a forma de prestação de ramo, investidores em mercados não tão promissores, mas com
serviço bancário tradicional. Parcela de clientes que na maioria das grande perspectiva de desenvolvimento), adotam a posição para
vezes possui ampla voz ativa no mercado, aliados com contribuição mitigação de riscos inerentes à atividade, cuja forma mais comum se
que o marketing digital disponibiliza para a expansão crescente dá por meio das parcerias.
deste modelo de negócio. Consta-se que muitas das Fintechs ainda não contabilizam lucros,
Verifica-se que as Startups e Fintechs possuem hoje presença por dependerem de aportes pecuniários externos, fator determinante
mínima no mercado financeiro, porém suficiente para impulsionar para sua sobrevivência. Os bancos tradicionais conhecedores dessa
as mudanças no segmento, já que disponibiliza facilidades nunca realidade frequentemente firmam parcerias em forma de capital
antes vistas na forma de ofertar produtos e serviços financeiros x tecnologia, onde injetam recursos financeiros em troca de toda
aos diversos clientes, que precisam de novidades como medida de tecnologia desenvolvida para aplicarem em seus negócios. Os
atração e segurança, e uma forma de fidelização em negócios de alta resultados geralmente são de altas performances financeiras.
competitividade. Sobre a relação de parceria entre as Fintechs e bancos, a
Neste cenário, as instituições bancárias tradicionais cientes das mesma se restringe a preocupação de Fintechs com uma chamada
evoluções tecnológicas buscam moldar-se às tendências de mercado, deexperiência do cliente, algo que os bancos também estão buscando
para assegurar sua permanência no competitivo mercado financeiro. alcançar um novo desenvolvimento de serviços.
Observa-se que por meio das parcerias se obtêm grande
Transformação digital no Sistema Financeiro compartilhamento de informações, e essas permitem o crescimento
e fortalecimento das organizações. Importante destacar, que
Disruptura do método tradicional de atendimento bancário as parcerias entre as Fintechs e grandes bancos, ocorrem em
Sobre a conceituação do termo disruptura, que significa ruptura formatos variados das mais rápidas e pontuais: como maratonas de
ou quebra da continuidade, diante do poder de influência das programação, conhecidas por hackathons; até níveis mais profundos
Startups e Fintechs, os bancos a cada dia criam formas de se ajustar de relacionamento e investimento, exemplo: a constituição de fundos
a oferta de produtos e serviços seguindo as tendências de mercado, para aporte em startups.
que em termos de avanços tecnológicos muitas mudanças deverão Os grandes bancos e correlatas do segmento que patrocinam as
ocorrer para melhorias continuas dos processos. Para tanto, a prática hackathons (maratonas de programação) buscam encontrar soluções
mais adotada pelas instituições financeiras é a implementação dos inovadoras para seus produtos e serviços. Complementando
canais digitais. Hoje os principais players do mercado financeiro estão tem-se os aportes financeiros vultosos de grandes bancos e suas
altamente digitalizados2. subsidiárias nos chamados laboratórios de inovação, responsáveis
Nesse sentido, as principais ferramentas implementadas foram: pela experimentação de novas tecnologias a serem aplicadas através
acesso ao mobile banking; internet banking; correspondentes de testes.
bancários e terminais de autoatendimento. Destes canais, o que mais Hoje existe uma única certeza no mercado financeiro: que
cresceu foi o mobile banking devido aos smartphones ganharem todo grande banco precisa pensar como Fintech se não quiser
significativo espaço no quotidiano das pessoas. ser incomodado por elas. Diante dessa constatação as grandes
Os negócios bancários digitais, ou seja, aqui entendidos como instituições bancárias no Brasil, já sinalizaram que entenderam o
os produtos e serviços bancários transacionados por meios digitais, recado do mercado, e por conta disso, percebe-se a evolução digital
se solidificam a cada dia, devido à percepção ao usuário externo nos negócios bancários.
da segurança e agilidade que possuem. Neste sentido, os bancos, Pode-se afirmar que nesse regime de parceria, os bancos detêm
se consubstanciam como o setor de mercado que mais investe em uma vantagem em relação às Fintechs, que é o requisito confiança. Por
segurança no meio digital. representarem solidez no mercado vislumbra-se que ao adequarem
a tecnologia ao meio digital, podem atingir resultados sustentáveis
e crescentes. Os grandes conglomerados bancários despontam na
vanguarda da tecnologia digital, modernizando sua estrutura de
atendimento de forma a proporcionar a melhor experiência a seus
2 https://www.famaqui.edu.br/app/webroot/ojs/index.php/saberes/article/ usuários.
download/26/25/.

150
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
Percebe-se que todo grande banco precisará pensar e agir como
uma Fintech, caso deseje perpetuar no mercado competitivo e ARRANJOS DE PAGAMENTOS
altamente digital. Trata-se de um novo processo de gestão bancária,
onde a implementação das tecnologias tem a finalidade de melhorias Arranjos de pagamentos
nos processos, bem como a fidelização com o cliente de forma a Conjunto de procedimentos e regras que regem e disciplinam a
dispor ao público produtos e serviços com segurança e rapidez. prestação de serviços de pagamento ao público. Essas regras simpli-
ficam as transações financeiras que usam dinheiro eletrônico, por
exemplo, um cliente só consegue pagar uma conta com o cartão
FUNÇÕES DA MOEDA de determinada bandeira de crédito, pois o fornecedor possui uma
máquina que aceita tal bandeira.
Funções da moeda
Moeda é definida com base em suas três funções básicas: reser-
va de valor, meio de troca e unidade de conta. SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS (PIX)
No que diz respeito à função de “meio de troca”, ela serve para
eliminar a necessidade de dupla coincidência de desejos em uma Sistema de pagamentos e transferências desenvolvido pelo
transação comercial. Antes, numa economia de escambo, dependia- Banco Central do Brasil. As transações realizadas através dele são
-se desse desejo comum relacionado a produtos para um mercado instantâneas, acontecendo no máximo em 10 segundos.
funcionar, porém com a moeda, um objeto único para esse fim, a Funciona 24 por dia, todos os dias do ano, inclusive finais de
economia se descomplicou nesse sentido. semana e feriados.
Como reserva de valor, nos referimos à capacidade que determi- As transações podem ocorrer entre pessoas físicas, pessoas fí-
nados bens possuem de preservar o poder de compra com o tempo. sicas e jurídicas, pessoas jurídicas e entre órgãos públicos para pa-
Quem troca algum bem pela moeda pode usar tal moeda em troca de gamentos de impostos e taxas.
outros bens, é claro que muitos ativos também servem como reser- A intenção é integrar o sistema bancário, assim as transferên-
va de valor, inclusive a moeda em si tende a se desvalorizar por não cias poderão ocorrer entre diferentes instituições.
pagar juros, ficando atrás da inflação, mas ela tem a vantagem de ser Para fazer um PIX é necessário ter uma conta aberta em ban-
universalmente aceita em transações. co, numa fintech ou em uma instituição de pagamento. Será criada
Por fim, como unidade de conta, disse-se que a moeda é utiliza- uma chave com alguns dados, utilizados dentro da própria conta
da como base para medir o preço dos demais bens. Ou seja, no caso bancária.
da nossa moeda, os bens em si passam a ser medidos e avaliados
em “quantos reais” são necessários para adquiri-los. • Diferença entre Pix e outros meios de transferência e de pa-
gamento
O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante am-
MARKETPLACE plo. Qualquer pagamento ou transferência que hoje é feito usando
diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser feito com o
Marketplace Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.
É uma plataforma online que conecta ofertas de produtos e As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da
serviços. Ela reúne vendedores e prestadores de serviço em um mesma instituição (transferência simples) ou entre contas de insti-
único lugar onde clientes pode acessar e fazer suas compras. Basi- tuições diferentes (TED e DOC). O Pix é mais uma opção disponível
camente, Marketplace é um shopping center online. à população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é
Um Marketplace oferece vantagens para todos os envolvidos. que, com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem
Primeiramente o fornecedor da plataforma vende produtos sem conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um te-
precisar se preocupar em possuir tais produtos, visto que recebe lefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix. Outra diferença
comissão sobre a vende dos lojistas cadastrados; em segundo os é que o Pix não tem limite de horário, nem de dia da semana e os
lojistas e fornecedores têm acesso a uma vitrine online, com pre- recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos segundos. O
ços acessíveis de assinatura, onde podem expor seu produtos para Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos,
o Brasil e o mundo, excluindo muitas vezes a necessidade de lojas de banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento,
físicas, por exemplo, e eliminando boa parte dos custos; e por fim, entre outros.
o cliente tem acesso a um universo de possibilidades nesses sho- As transações de pagamento por meio de boleto exigem a lei-
ppings centers no conforto do lar. As plataformas de venda do tipo tura de código de barras, enquanto o Pix pode fazer a leitura de um
revolucionaram a maneira de se fazer compras e vender online. QR Code. A diferença é que, no Pix a liquidação é em tempo real, o
pagador e o recebedor são notificados a respeito da conclusão da
transação e o pagamento pode ser feito em qualquer dia e horário.
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS As transações de pagamento utilizando cartão de débito exi-
gem uso de maquininhas ou instrumento similar. Com Pix, as tran-
Correspondentes bancários sações podem ser iniciadas por meio do telefone celular, sem a ne-
São empresas contratadas por instituições financeiras autori- cessidade de qualquer outro instrumento.
zadas pelo Banco Central para prestar serviços para seus clientes. O Pix tende a ter um custo de aceitação menor por sua estrutu-
São como agentes intermediários entre as instituições bancárias e ra ter menos intermediários.
clientes que buscam crédito. Entre as mais conhecidas estão loté- Mais detalhes sobre a diferenciação entre o Pix e os demais
ricas, fintechs, lojas de crédito e empréstimo pessoal, ou seja, não meios de transferência e de pagamento podem ser visualizadas na
são bancos, mas prestadores de serviços financeiros diversos e re- FAQ do Pix.
gulamentados para simplificar processos tradicionais.

151
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
• Com quem é possível fazer um Pix 3. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
O Pix pode ser utilizado para transferências e pagamentos: CIAL/2021/”PROVA A”
— entre pessoas (transações P2P, person to person); Com evidências do enorme descolamento entre as taxas de
— entre pessoas e estabelecimentos comerciais, incluindo co- juros de curto e de longo prazo no Brasil, o texto abaixo reproduz
mércio eletrônico (transações P2B, person to business); matéria jornalística, publicada no início de agosto de 2020, dando
— entre estabelecimentos, como pagamentos de fornecedo- conta da enorme incerteza futura associada aos impactos adversos
res, por exemplo (transações B2B, business to business); decorrentes da crise pandêmica da Covid-19 sobre a economia bra-
— para transferências envolvendo entes governamentais, sileira.
como pagamentos de taxas e impostos (transações P2G e B2G, per- Os juros futuros encerraram os negócios desta segunda- feira
son to government e business to government). em alta firme, afetados por um movimento de maior incorpora-
ção de prêmio de risco ao longo da curva a termo, especialmente
• Limite de valor nas transações nos trechos mais longos (com vencimento no longo prazo). No fim
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro
Pix. Isso quer dizer que você pode fazer transações a partir de (DI) para janeiro de 2021 passava de 1,87% no ajuste anterior para
R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entre- 1,88%; a do DI para janeiro de 2022 ia de 2,65% para 2,67%; a do
tanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites contrato para janeiro de 2023 subia de 3,76% para 3,79%; a do DI
máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de para janeiro de 2025 escalava de 5,40% para 5,47%; e a do contrato
fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan- para janeiro de 2027 saltava de 6,35% para 6,43%.
ciamento do terrorismo.” REZENDE, V. Risco fiscal leva a alta das taxas de juros futuros ecur-
va tem maior inclinação desde fim de junho. Valor Econômico,
10/08/2020. Disponível em: <https://valorinveste.globo.com/produ-
QUESTÕES tos/renda-fixa/noticia/2020/08/10/risco-fiscal-leva-a-alta-das-taxas-
-de-juros-futuro-e-curva-tem-maior-inclinacao-desde-fim-de-junho.
1. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- ghtml>. Acesso em: 7 fev. 2021. Adaptado.
CIAL/2021/”PROVA A”
Considere o texto a seguir para responder à questão. Para minorar os impactos da crise, a Emenda Constitucional
A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus nº 106, de 7 de maio de 2020, conhecida como o “Orçamento de
provocou a maior fuga de capitais da história do Brasil. Dados divul- Guerra”, instituiu uma diversidade de medidas nos âmbitos fiscal,
gados nesta quarta-feira (24/6) pelo Banco Central (BC) explicam financeiro e de contratações para enfrentamento da calamidade
que os investidores estrangeiros retiraram US$ 31,7 bilhões do mer- pública nacional, decorrente da pandemia da Covid-19. Dentre as
cado brasileiro de títulos e ações só em março, abril e maio deste medidas aprovadas, o Banco Central do Brasil ficou autorizado,
ano. Por isso, as retiradas somam R$ 50,9 bilhões nos últimos 12 temporariamente, a operar com instrumentos de política mone-
meses; o maior índice da série histórica do BC. tária considerados não convencionais. A medida de política mone-
Considerando-se os efeitos sanitários, econômicos e sociais de- tária não convencional, por parte do Banco Central do Brasil, que
correntes da pandemia da Covid-19 na economia global, o principal poderia ter estimulado a redução das taxas de juros de longo prazo
fator que justifica tamanha fuga de capitais do Brasil no ano passa- no ano passado é a
do é o(a) (A) redução da taxa de juros básica de curto prazo (Selic)
(A) aumento desenfreado da dívida externa brasileira. (B) venda de títulos públicos e privados no mercado secundário
(B) aumento das taxas de juros no mercado internacional. (C) compra de títulos públicos e privados no mercado secun-
(C) necessidade de recursos, no estrangeiro, para financiar as dário
pesquisas científicas de vacinas contra o coronavírus. (D) redução do percentual dos depósitos compulsórios
(D) manipulação das taxas de câmbio nos mercados globais. (E) venda de títulos mediante operações compromissadas
(E) maior percepção de risco, por parte dos estrangeiros, em
investir em ativos denominados em moeda brasileira. 4. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
CIAL/2021/”PROVA C”
2. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- A inserção dos bancos digitais no Sistema Financeiro Nacional
CIAL/2021/”PROVA A” acarreta a disseminação de tecnologias e culturas inovadoras, den-
Considere o texto a seguir para responder à questão. tre as quais merece menção o (a)
A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus (A) maior contato físico entre bancos e clientes
provocou a maior fuga de capitais da história do Brasil. Dados divul- (B) dispensa do armazenamento de dados dos clientes
gados nesta quarta-feira (24/6) pelo Banco Central (BC) explicam (C) uso de inteligência artificial
que os investidores estrangeiros retiraram US$ 31,7 bilhões do mer- (D) generalização de plataformas off-line
cado brasileiro de títulos e ações só em março, abril e maio deste (E) utilização mínima de big-data
ano. Por isso, as retiradas somam R$ 50,9 bilhões nos últimos 12
meses; o maior índice da série histórica do BC. 5. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
O principal impacto decorrente da enorme fuga de capitais do CIAL/2021/”PROVA A”
Brasil em 2020, descrita na reportagem mencionada anteriormen- A partir do início de 2021, começou a primeira fase de im-
te, foi o(a) plantação do open banking (sistema financeiro aberto) no Brasil.
(A) expressiva desvalorização do real brasileiro As instituições financeiras participantes devem obedecer a regras
(B) queda das taxas de juros internas definidas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional.
(C) aumento do preço das ações na Bovespa O open banking tem, entre outros, o objetivo de
(D) valorização dos ativos brasileiros (A) criar um mercado eletrônico exclusivo para operação das
(E) aumento da dívida interna do Tesouro fintechs.
(B) permitir que mais instituições participem como bancos co-

152
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
merciais do mercado brasileiro, abrindo esse mercado. (B) prestam serviços ao BCB, notadamente a preparação de Re-
(C) possibilitar o compartilhamento de informações, median- latórios contendo dados e informações sobre as operações de
te autorização expressa de cada cliente, e a movimentação de crédito e de câmbio de todas as instituições financeiras.
suas respectivas contas bancárias, entre diferentes instituições (C) prestam serviços ao BCB, notadamente a criação de siste-
financeiras. mas de informações on-line que permitem o compartilhamen-
(D) controlar as operações de concessão de crédito de cada ins- to de dados entre diversos órgãos reguladores, como o próprio
tituição financeira participante autorizada pelo Banco Central, BCB, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superinten-
dando mais transparência ao setor. dência de Seguros Privados (Susep).
(E) recomendar a utilização de um sistema de informações úni- (D) empregam tecnologias digitais de última geração e ofere-
co, de código aberto, para gestão de contas-correntes e suas cem serviços financeiros à margem do sistema bancário tradi-
movimentações, de modo a ser adotado por todas as institui- cional, estando, portanto, livres da regulação do BCB.
ções financeiras em operação no Brasil. (E) atuam por meio de plataformas on-line, lançando inovações
no mercado financeiro, mediante uso intenso de tecnologias
6. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO- digitais com elevado potencial de criação de novos modelos de
LOGIA/2021 negócios.
O Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Bra-
sil (BCB) vêm estabelecendo novas regras no Sistema Financeiro 10. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
Nacional. Uma delas abre a possibilidade de clientes de produtos CIAL/2021/”PROVA B”
financeiros permitirem o compartilhamento de dados cadastrais Uma pessoa estava querendo fazer um empréstimo e desco-
entre diferentes instituições financeiras autorizadas pelo BCB, bem briu que algumas instituições que praticam o shadow banking (“sis-
como a movimentação de suas contas bancárias a partir de dife- tema bancário sombra”) geralmente servem como intermediários
rentes plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco. entre credores e tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e
A essa nova modalidade denomina-se capital para investidores e corporações. Ao fazer uso dessas institui-
(A) Fintech ções para fazer um empréstimo, a pessoa incorre em riscos?
(B) Open banking (A) Não, pois vai ter toda a assessoria para fazer o empréstimo.
(C) Shadow banking (B) Não, pois o shadow banking realiza operações passando por
(D) Internet banking toda a supervisão ou regulação dos sistemas financeiros/ ban-
(E) Pix cários do país.
(C) Sim, pois essas instituições não são bancárias, não recebem
7. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- depósitos tradicionais como um banco tradicional e são estru-
CIAL/2021/”PROVA B” turas paralelas aos mercados tradicionais.
Um indivíduo abriu uma conta em um banco digital. Essa insti- (D) Sim, pois o shadow banking é uma estrutura paralela aos
tuição tem um modelo de negócio que desburocratizou o mercado mercados tradicionais, embora passe por todas as regulações e
e oferece soluções simples por meio da tecnologia, otimizando ser- seja uma instituição bancária.
viços e deixando de repassar custos operacionais da empresa para (E) Sim, pois o shadow banking não é uma instituição financei-
seus clientes. ra, embora tenha registro no Banco Central.
Como são chamadas as empresas que introduzem inovações
nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, 11. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
com potencial para criar novos modelos de negócios? CIAL/2021/”PROVA C”
(A) Nutechs Considere o texto a seguir, retirado de Relatório do Banco Cen-
(B) Inovatechs tral do Brasil.
(C) Fintechs No sistema financeiro mundial, existem muitas entidades que
(D) SmartTechs oferecem serviços de intermediação financeira, mas funcionam à
(E) HealthTechs margem do sistema de supervisão e regulação bancária. No Rela-
tório de Estabilidade Financeira, de 2015, o Banco Central do Brasil
8. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- (BCB) estima o valor total dos ativos dessas entidades no país e ad-
CIAL/2021/”PROVA C” verte que elas podem “ser fonte de risco sistêmico, por envolver,
As startups têm transformado os negócios. sem a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários,
Um dos motivos para isso é que elas tais como alavancagem, transformações de maturidade e de liqui-
(A) são ágeis, sempre vendem os seus produtos mais barato e dez e transferência de risco de crédito”.
visam a tornar-se um unicórnio. As entidades financeiras descritas formam o sistema denomi-
(B) inovam, transformam processos e têm potencial de rápido nado
crescimento. (A) shadow banking
(C) sempre são compradas com valores mais baixos que o mer- (B) internet banking
cado. (C) open banking
(D) sempre possuem aplicativos para agilizar suas operações. (D) mobile banking
(E) são sempre empresas de internet. (E) blockchain

9. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO- 12. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-


LOGIA/2021 CIAL/2021/”PROVA A”
Fintechs são empresas que Uma investidora está querendo saber a relação entre a block-
(A) funcionam com o principal objetivo de compartilhar dados chain e o bitcoin.
cadastrais entre diferentes instituições financeiras autorizadas Em sua pesquisa, ela esclareceu sua dúvida, ao descobrir que
pelo Banco Central do Brasil (BCB). (A) blockchain é o meio utilizado para registrar e armazenar

153
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
transações de bitcoin. (A) zen e bitemoeda
(B) blockchain é a tecnologia de inteligência artificial aplicada (B) bitcoin e tokecardume
na bitcoin. (C) bitcoin e bitemoeda
(C) bitcoin é uma moeda digital e blockchain é uma moeda em (D) bitcoin e ethereum
blocos. (E) ethereum e tokecardume
(D) bitcoin é tecnologia usada para implementar a blockchain.
(E) bitcoin e blockchain são duas formas de implementar crip- 16. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE DE TECNO-
tomoedas. LOGIA/2021
Um dos objetivos almejados pelo Banco Central do Brasil, ao
13. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- criar o Pix, é
CIAL/2021/”PROVA B” (A) reduzir a velocidade de circulação da moeda.
A blockchain é um tipo específico de banco de dados distribuí- (B) inibir a concorrência bancária.
do, no qual há uma cadeia de blocos ordenados e interligados, com (C) aumentar os fluxos de pagamento com cartões eletrônicos.
garantia de ordem cronológica. Os dados registrados nos blocos po- (D) disseminar os fluxos de pagamento de forma eletrônica.
dem variar de transações financeiras a contratos inteligentes. (E) aumentar o número de intermediários financeiros envolvi-
Na blockchain da bitcoin, as entidades que registram novos blo- dos nos fluxos de pagamentos.
cos na cadeia são chamadas de
(A) registradores 17. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER-
(B) mineradores CIAL/2021/”PROVA A”
(C) trabalhadores Um token físico, no contexto de transações bancárias, é um dis-
(D) gerenciadores positivo eletrônico que possui um botão de ativação e um pequeno
(E) conectores visor. O token permite gerar senhas aleatórias, temporárias e nu-
méricas (por exemplo, de seis dígitos). Essa senha é utilizada para
14. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- dar mais segurança às transações bancárias realizadas via internet.
CIAL/2021/”PROVA B” No passado, os bancos comerciais disponibilizavam esses pequenos
Leia as considerações seguintes sobre o expressivo crescimento dispositivos aos seus clientes, de modo que pudessem ser afixados
das criptomoedas nas movimentações financeiras internacionais. a um chaveiro.
Criptomoeda, ou moeda criptografada, é um ativo digital de- Mais recentemente, nos últimos 10 anos, esses dispositivos fo-
nominado na própria unidade de conta que é emitido e transacio- ram sendo gradativamente substituídos para a grande maioria dos
nado de modo descentralizado, independentemente de registro clientes, por um
ou validação por parte de intermediários centrais, com validade e (A) dispositivo que continua com apenas essa funcionalidade,
integridade de dados assegurada por tecnologia criptográfica e de porém um pouco maior, mas que ainda assim cabe em um bol-
consenso em rede. Trata-se de instrumentos desenhados para via- so de camisa.
bilizar transferências de valores em rede de maneira segura e inde- (B) aplicativo de cada banco, instalado e configurado no celular
pendente de um sistema de intermediação financeira (...). Outro as- do correntista.
pecto econômico que merece destaque é o lado político-econômico (C) porta-moedas eletrônico, semelhante aos cartões que dão
da atribuição de valor a uma moeda. As moedas estatais de curso acesso a meios de transporte.
forçado contam não apenas com reservas legais, mas também com (D) cartão de crédito que permite autorizar operações por
uma infraestrutura estatal ou privada (fortemente regulada) e com aproximação.
as políticas monetária e cambial oficiais (...). Muitas criptomoedas, (E) sensor específico para captura de impressões digitais.
mesmo que funcionem como instrumentos descentralizados, têm
grande parte de sua base monetária em poder da organização que
a desenvolveu. GABARITO
O texto sugere que o mercado de criptomoedas é fonte de
enorme instabilidade e preocupação dos bancos centrais, porque
1 E
as empresas emissoras desses ativos monetários
(A) são reguladas pelos bancos centrais. 2 A
(B) têm enorme capacidade de manipulação da taxa de câmbio 3 C
entre a criptomoeda emitida e os demais ativos digitais.
(C) conseguiram transformá-los no principal meio de troca uti- 4 C
lizado nas transações financeiras internacionais. 5 C
(D) vinculam a unidade de conta da criptomoeda às principais
6 B
moedas conversíveis, como o dólar norte-americano e o euro.
(E) forçam o enquadramento das criptomoedas emitidas na 7 C
mesma categoria das demais moedas eletrônicas já existentes. 8 B
15. CESGRANRIO - ESCRITURÁRIO (BB)/AGENTE COMER- 9 E
CIAL/2021/”PROVA C” 10 C
A cliente de um banco está chateada com as taxas bancárias
sobre as suas transações e para manter a sua conta-corrente. Ela 11 A
está pensando em investir em criptomoedas para ter mais domínio 12 A
sobre o seu dinheiro e não pagar tantas taxas.
13 B
As criptomoedas válidas que ela tem para investir neste mo-
mento são 14 B

154
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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15 D
16 D ______________________________________________________
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ANOTAÇÕES
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ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
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156
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Exemplo:
CONCEITOS GERAIS - O CONCEITO DO VALOR DO (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que,
DINHEIRO NO TEMPO; CAPITAL, JUROS, TAXAS DE investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro-
JUROS; CAPITALIZAÇÃO, REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO; duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
FLUXOS DE CAIXA E DIAGRAMAS DE FLUXO DE (A) R$ 1.650,00
CAIXA; EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA. JUROS SIMPLES (B) R$ 2.225,00
- CÁLCULO DO MONTANTE, DOS JUROS, DA TAXA DE (C) R$ 3.250,00
JUROS, DO PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO (D) R$ 3.460,00
FINANCEIRA. JUROS COMPOSTOS - CÁLCULO DO (E) R$ 3.500,00
MONTANTE, DOS JUROS, DA TAXA DE JUROS, DO
PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA. Resolução:
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO - SISTEMA PRICE; Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j =
SISTEMA SAC
3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:
Juros simples (ou capitalização simples)
Os juros são determinados tomando como base de cálculo o
capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de ca-
pital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou
PV (valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela 390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C
letra t ou n.* – 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um ca- 120.C = 390000
pital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada C = 390000 / 120
para calcular juros. C = R$ 3250,00
*Varia de acordo com a bibliografia estudada. Resposta: C

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na Juros compostos (capitalização composta)
mesma unidade para efetuarmos os cálculos. A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula:
Usamos a seguinte fórmula:

Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo; O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade. ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal. do período (t), tem de ser necessariamente iguais.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

157
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano,
compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de
, pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada
no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado
temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

O crescimento do principal (capital) em:


– juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
– juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
tem um crescimento muito mais “rápido”; (agora para calcular t temos que usar lo-
Observe no gráfico que: garitmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade
– O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de , o expoente m passa multiplicando)
juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros compostos.

Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com t.0,04 = 3
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

Resolução:
Resposta: E

Taxas de juros
Índices fundamentais no estudo da matemática financeira,
sendo incorporadas sempre ao capital. São elas:

Taxa efetiva: são aquelas onde a taxa da unidade de tempo


coincide com a unidade de tempo do período de capitalização(valo-
rização). Exemplo: Uma taxa de 13% ao trimestre com capitalização
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos: trimestral.
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10% ATENÇÃO: Quando no enunciado não estiver citando o período
Resposta: D de capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em
outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!
Juros Compostos utilizando Logaritmos
Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de Taxa nominal: são aquelas cujas unidade de tempo NÂO coin-
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisa- cide com as unidades de tempo do período de capitalização.
mos achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os
valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da Exemplo:
tabela. (TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de
juros nominal de 21% ao trimestre, com juros capitalizados men-
salmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de, apro-
ximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.

158
MATEMÁTICA FINANCEIRA
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

Resolução:
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it = 0,225043 x 100  it= 22,5043%
Resposta: B

ATENÇÃO: Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobri a taxa efetiva (multiplicando ou dividin-
do a taxa)

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas proporcionais (regime de juros simples): são taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao
mesmo período de tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplo:
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

Resolução:
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos avaliar item a item
para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)
Resposta: C

Taxas equivalentes (regime de juros compostos): as taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém
não de forma proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplo:

Taxa Real, Aparente e Inflação


– Taxa real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
– Taxa aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
– Taxa de inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

159
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Escrevendo todas as taxas em função uma das outras, temos:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)

Onde: , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Descontos
É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).

D=N–A

Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

ATENÇÃO: Comparando com o regime de juros, observamos que:


– o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;
– o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
– e o Desconto nos dá ideia de Juros.
Os descontos podem ser:

Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do
título. Associando com os juros simples teremos:

Também podemos escrever a seguinte fórmula:

Exemplo:
(ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu
vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação.
N = 4 000
t = 3 meses
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=?
Vd = ?

Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90

160
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois, todas as taxas
são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem ganhar.

• Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas
de despesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Fazemos uso da seguinte
formula:

Dc = N. (i.t + h)

Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Exemplo:
Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m.. O banco cobra,
simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao
descontar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:

Resolução:
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

Resposta: 200 000

– Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)

Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:

161
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide 2. construa, a partir do enunciado do problema, um diagrama
sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo de fluxo de caixa esquemático, colocando na parte de cima o plano
A e vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo). original de pagamento e na parte de baixo o plano alternativo pro-
posto, indicando todos os valores envolvidos, as datas respectivas
e as incógnitas a serem descobertas – esse diagrama é importante
porque permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e esta-
belecer facilmente a equação de valor para resolução do problema;
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e compro-
missos estão na mesma unidade de medida de tempo periodicida-
de da taxa; se não estiverem, faça as transformações necessárias
(ou você expressa a taxa na unidade de tempo do prazo ou expressa
o prazo na unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que
torne os cálculos mais simples);
Exemplo: 4. leve todos os valores para a data escolhida para a negociação
(PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP - AUDITOR FISCAL MUNICI- (data focal), lembrando sempre que capitais exigíveis antes da data
PAL – CETRO) Com adiantamento de dois meses do vencimento, um focal deverão ser capitalizados através da fórmula do montante M =
título de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa C (1 + in), dependendo da modalidade de desconto utilizada;
composta de 10% a.m.. A diferença entre o desconto racional com- 5. tendo transportado todos os capitais para a data focal e com
posto e o desconto comercial composto será de: base no diagrama de fluxo de caixa que você esquematizou, monte
(A) R$246,59. a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que a soma dos valores dos títulos
(B) R$366,89. (transportados para a data focal) da parte de cima do diagrama de
(C) R$493,39. fluxo de caixa seja igual à soma dos valores dos títulos (transpor-
(D) R$576,29. tados para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de
(E) R$606,49. caixa;
6. resolva a equação de valor;
Resolução: 7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que
N = 30000 você encontrou corresponde ao que o problema está pedindo (às
t = 2 meses vezes, devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra
i = 10% am = 0,10 um resultado intermediário e assinala a alternativa que o contém,
Vamos utilizar a formula do Drc: colocada ali para induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda
N = A(1 + i)t  30.000= A (1+ 0,1)2  30000 = A (1,1)2  30000 uma passo a mais para chegar ao resultado final correto).
= A.1,21
A = 30000 / 1,21 = 24793,39 Exemplo:
Como D = N – A A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, con-
D = 30000 – 24793,39 tratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa aplicação, existe
Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61 outra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses.
Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa re- Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto
caí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e vice e racional e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:
versa e mudamos o sinal), temos:
A = N.(1 - i)t Resolução:
A = 30000 . (1 - 0,1)2 Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira
A = 30000 . 0,81 aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:
A = 24300 N = C (1 + in)
Como D = N – A N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial com- Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para se-
posto rem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser capi-
A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que talizado de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser
o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc| descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., consi-
|5.206,61 - 5.700 | = 493,39 derando-se capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015
a.m. Desta forma, podemos escrever que:
Resposta: C 2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
Equivalência de capitais 2.528,9 + 6.422,02 = x
Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes, x = 8.950,92
são chamados de equivalentes quando, levados para uma mesma
data, nas mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa Anuidades
data. Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou
Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas ou não
• Equação de Valor periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um deter-
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + … minado período de tempo. Os depósitos ou prestações podem ser
uniformes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores
• Resolução de Problemas de Equivalência são diferentes.
1. leia o problema todo;

162
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumular capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização e quan-
do as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar uma dívida temos uma Amortização.

Elementos das séries financeiras


– Valor presente (VP) = Numa série de pagamentos, definimos VALOR ATUAL como sendo a parcela única que equivale (ou que subs-
titui) a todos os termos (devidamente descapitalizados) até o início do fluxo. É a soma dos valores atuais de todos os termos que compõe
a série.
– Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou substitui) a
todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo. É a soma dos montantes de todos os termos que compõe a série.
– Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Prestações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada período de
capitalização de uma Série Pagamentos.
– Número de prestações (n) = número de Parcelas, Depósitos ou Pagamentos.
– Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade das Prestações.

Séries financeiras postecipadas


São aquelas em que as prestações, pagamentos ou depósitos são efetuados no final de cada período.

Valor Futuro Postecipado (VFp)


O Valor Futuro (VF) produzido por uma série de n prestações P postecipadas, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na
forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos capitalizados para uma mesma data focal,
coincidindo com o último depósito.

Fazemos uso da seguinte fórmula:

O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma resulta na
seguinte expressão:

Fator de Capitalização Postecipado

163
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Valor Presente postecipado (VPp)
O Valor Presente (VP) produzido por uma série de n prestações P, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na forma unitária,
no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos descapitalizados para uma mesma data focal 0.

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja
soma resulta na seguinte expressão:

Fator de Descapitalização Postecipado

Séries financeiras antecipadas


São aquelas em que o depósito ou pagamento é efetuado no início de cada período e o valor futuro é obtido em um período de tempo
após o último depósito ou pagamento da última prestação.

Valor Futuro antecipado (VFa)

O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos, realizando-se a
soma destes valores no final, conforme a seguir:

O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma
resulta na seguinte expressão:

164
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Fator de Capitalização Antecipado

O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.

Valor Presente antecipado (VPa)

O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações, somando-se
no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma resulta na
seguinte expressão:

O Fator de Descapitalização Antecipado

165
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Séries financeiras diferidas ou com carência
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO INICIAL quando ANTES do início do primeiro pagamento, é dado um prazo de dois ou
mais períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO FINAL quando APÓS o último pagamento, é dado um prazo de dois ou mais períodos,
nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.

Valor Presente com diferimento inicial


Podemos calcular o Valor Presente de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Presente postecipado com diferimento inicial (VPpdi)


Numa série de pagamentos com diferimento inicial, vamos primeiro calcular o valor presente da série financeira postecipada, em
seguida, vamos efetuar a descapitalização deste valor a juros compostos até o início do prazo da contratação (data focal 0).

CÁLCULO DO VP DA SÉRIE CÁLCULO DA DESCAPITALIZAÇÃO CÁLCULO DIRETO DO VPA COM


ANTECIPADA: DO PERÍODO DE DIFERIMENTO: D DIFERIMENTO INICIAL:

Valor futuro com diferimento final


Podemos calcular o Valor Futuro de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Futuro postecipado com diferimento final (VFpdf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira postecipada, onde esse
valor futuro é obtido logo após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFP COM


PAGAMENTOS POSTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Cálculo do Valor Futuro antecipado com diferimento final (VFadf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira antecipada, onde esse
valor futuro é obtido um período após o último pagamento.

166
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFA COM


PAGAMENTOS ANTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Exemplo:
Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento só irá ocorrer após
três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.

Resolução:
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses

Pd = $23.449,30

Sistema de amortização
Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.

Principais conceitos
Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo devedor
e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.
– Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal 0, que é
diminuído da parcela de amortização a cada período.
– Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
– Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.
– Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO

Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:
– Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):
– Sistema de Amortização Constante (SAC):
– Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).

167
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Sistema de Amortização Francês (SAF)
Este sistema utiliza a chamada TABELA PRICE que consiste no cálculo do fator de descapitalização postecipado representado por
fdp(i%,n) e é normalmente usada para financiamento em geral de bens de consumo, tipo: carros, eletrodomésticos, empréstimos bancá-
rios de curto prazo, etc.
O SAF caracteriza-se por PRESTAÇÕES CONSTANTES E IGUAIS, normalmente mensais e decrescentes, com isso, as parcelas de amorti-
zações são crescentes. Isto é, o valor amortizado é crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que decrescem proporcionalmente
ao saldo devedor.
Logo, as principais características do SAF são:
a) A prestação é constante durante todo o período de financiamento;
b) A parcela de amortização aumenta a cada período;
c) Os juros diminuem a cada período;
d) O percentual de prestações pagas não é igual ao percentual de quitação da dívida, pois no início das prestações os juros são maiores
que as amortizações, sendo que do meio para o final das prestações esta situação é invertida.
e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

Utilizamos as seguintes fórmulas:

Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que :

Sistema de Amortização Constante (SAC)


O SAC foi bastante usado pelo Sistema Financeiro de Habitação no início dos anos 70 e, atualmente, é amplamente utilizado para
financiamentos bancários de longo prazo de imóveis.
O tomador do empréstimo pagará uma prestação decrescente em cada período, a qual é composta por duas parcelas: a amortização
e os juros.
As principais características do SAC são:
a) A parcela de amortização é constante em todo período de financiamento;
b) A prestação é decrescente durante todo o período;
c) Os juros diminuem uniformemente a cada período;
d) O percentual de prestações pagas é igual ao percentual de quitação da dívida.
e) Nos Juros e nas Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

UTILIZANDO O CAPITAL UTILIZANDO O MONTANTE

CASO O EXPOENTE SEJA NEGATIVO, UTILIZA-SE:

Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por .

168
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM)
No Sistema de Amortização Crescente ou Sistema de Amortização Misto, cada prestação é a média aritmética das prestações nos
sistemas Francês (Tabela Price) e Sistema de Amortização Constante (SAC), quando a proporção for de 50% para o Sistema de Amortização
Frances (SAF) e 50% para o Sistema de Amortização Constante (SAC), com isto as primeiras prestações são maiores que no SAF e menores
que no SAC, sendo que a partir da metade do período do financiamento a situação é invertida. As parcelas de juros, das amortizações e
dos saldos devedores de cada período também são obtidas pela média aritmética dos dois sistemas.

Exemplos:
(UFGD – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ECONOMIA – AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização de uma dívida em pres-
tações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão aritmética, denomina-se:
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.

Resolução:
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização Constante
(SAC).
Resposta: C

(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS – FEPESE) Uma pessoa financiou 100% de um imóvel no
valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização
constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.

Resolução:
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?

Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:

PERÍODO SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO


0 216.000 - - -
1 216.000 – 2.000 = 214.000 2.000
2 214.000 – 2.000 = 212.000 2.000
3 212.000 – 2.000 = 210.000 2.000
...

Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para o período 3:
P = A + J  2 848 = 2 000 + J  J = 2 848 – 2 000 = 848. Os juros incidem sobre o capital do período anterior que neste caso é o 2.O
tempo é 1
J = C.i.t  848 = 212 000.i.1  i = 848 / 212 000  i = 0,004 x 100%  i = 0,4%
Resposta: B

169
MATEMÁTICA FINANCEIRA
FLUXO DE CAIXA Limitados - o prazo total do fluxo de caixa é conhecido a prio-
ri, sendo finito o número de termos (pagamentos e recebimentos).
Um fluxo de caixa1 representa uma série de pagamentos ou de Por exemplo, um financiamento por 2 anos envolve desembolsos
recebimentos que se estima ocorrer em determinado intervalo de neste intervalo fixo de tempo sendo, consequentemente, limitado o
tempo. É bastante comum, na prática, defrontar-se com operações número de termos do fluxo (prestações do financiamento).
financeiras que se representam por um fluxo de caixa. Por exem-
plo, empréstimos e financiamentos de diferentes tipos costumam Constantes - indica que os valores dos termos que compõem o
envolver uma sequência de desembolsos periódicos de caixa. De fluxo de caixa são iguais entre si.
maneira idêntica, têm-se os fluxos de pagamentos/recebimentos
de aluguéis, de prestações oriundas de compras a prazo, de investi- Periódicos - é quando os intervalos entre os termos do fluxo
mentos empresariais, de dividendos etc. são idênticos entre si. Ou seja, o tempo entre um fluxo e outro é
Os fluxos de caixa podem ser verificados das mais variadas for- constante.
mas e tipos em termos de períodos de ocorrência (postecipados,
antecipados ou diferidos), de periodicidade (períodos iguais entre Graficamente, o fluxo de caixa uniforme (padrão) é representa-
si ou diferentes), de duração (limitados ou indeferidos) e de valores do da forma seguinte:
(constantes ou variáveis). Os termos dos fluxos de caixa são gene-
ricamente simbolizados por PMT, sendo para as demais variáveis
empregada a mesma simbologia adotada em capítulos anteriores
(PV, FV n, i).

Modelo Padrão

Os fluxos de caixa podem ser representados sob diferentes for- Observe que a estrutura desse fluxo obedece à classificação-
mas e tipos, exigindo cada um deles um tratamento específico em -padrão apresentada anteriormente:
termos de formulações. Esquematicamente, os fluxos de caixa são - o PMT inicial ocorre em n = 1: postecipado;
identificados com base na seguinte classificação: - a diferença entre a data de um termo e outro é constante:
periódico;
- o prazo do fluxo é preestabelecido (fixo), apresentando n pe-
ríodos: limitado ou finito;
- os valores PMT são uniformes (iguais): constantes.

Valor presente e fator de valor presente

O valor presente de um fluxo de caixa uniforme, conforme


discutido no item precedente, para uma taxa periódica de juros, é
determinado pelo somatório dos valores presentes de cada um de
seus valores. Reportando-se à representação gráfica do fluxo-pa-
drão apresentado, tem-se:

O modelo-padrão de um fluxo de caixa, conforme grifado no


esquema acima, é verificado quando os termos de uma sucessão Logo:
de pagamentos ou recebimentos apresentam, ao mesmo tempo, as
seguintes classificações: Colocando-se em evidência:

Postecipados - indica que os fluxos de pagamentos ou recebi- FPV


mentos começam a ocorrer ao final do primeiro intervalo de tempo. A expressão entre colchetes é denominada de Fator de Valor
Por exemplo, não havendo carência, a prestação inicial de um finan- Presente, sendo representada pela Matemática Financeira da forma
ciamento é paga ao final do primeiro período do prazo contratado, seguinte:
vencendo as demais em intervalos sequenciais.
FPV (i, n)

Com isso, a formulação genérica do valor presente assume a


expressão:
1FARIA, Rogério Gomes de. Matemática Comercial e Financeira. 5 ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.
PV = PMT x FPV (i,n)
FRANCISCO, Walter De. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 1998.

170
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Observe que FPV, conforme é apresentado na formulação an- PV = PMT x FPV (i,n)
terior entre colchetes, equipara-se à soma de uma progressão geo-
métrica (PG) DE n termos, sendo o primeiro termo (a1) e a razão (q) Exemplo
igual a (1 + i)-1, e o n-ésimo termo (an) igual a (1 + i)-n. Determinar o valor presente de um fluxo de 12 pagamentos
trimestrais, iguais e sucessivos de $ 700,00 sendo a taxa de juros
A fórmula de cálculo da soma de uma PG é dada por: igual a 1,7% a.m.

Substituindo-se os valores da expressão na soma dos termos Resposta


de uma PG, tem-se:
PMT = $ 700,00
n = 12 pagamentos trimestrais
i = 1,7% a.m. ou: - 1 = 5,19% a.t.
PV = PMT x FPV (i, n)
PV = $ 700,00 x FPV (5,19%, 12)
PV = $ 700,00 x 8,769034
PV = $ 6.138,30
Seguindo-se a sequência de dedução adotada por Mathias e
Gomes2 multiplica-se o numerador e o denominador por (1 + i), ob- Valor futuro e fator de valor futuro
tendo-se:
O valor futuro, para determinada taxa de juros por período, é a
soma dos momentos de cada um dos termos da série de pagamen-
tos/recebimentos. Graficamente, tem-se a seguinte representação:

O valor futuro pelo padrão ocorre junto com o último termo


do fluxo de caixa. Capitalizando-se cada um dos valores da série,
apura-se a seguinte expressão:

Essa expressão é muitas vezes representada da maneira se- Colocando-se PMT em evidência:
guinte:

Identicamente, a expressão entre colchetes é definida por Fa-


tor de Valor Futuro e representada por:

FFV (i,n)

A formulação genérica do valor futuro de um fluxo de caixa uni-


forme é expressa da forma seguinte:

FV = PMT x FFV (i, n)


Mediante o FPV, a fórmula do valor presente de um fluxo de
caixa uniforme é apresentada da maneira seguinte: Da mesma maneira em relação ao desenvolvimento da fórmula
do valor presente, observe que a expressão do FFV representa a
PV = PMT x soma dos termos de uma progressão geométrica, onde = 1; q = (1
+ i) e = . Pela mesma equação de cálculo da soma dos valores de
ou uma PG, tem-se:
2 MATHIAS, N. Franco; GOMES, J. Maria. Matemática financeira. 2ed.. São
= FFV x (i,n) =
Paulo: Atlas, 1998. p. 242.

171
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Promovendo os mesmos ajustes e simplificações desenvolvidos na identidade do valor presente, chega-se a:

FFV (i, n) =

Assim, a partir do FFV pode-se elaborar a expressão de cálculo do valor futuro (montante) de um fluxo de caixa uniforme, ou seja:

FV = PMT x

Ou

FV = PMT x FFV (i,n)

Exemplo
Calcular o montante acumulado ao final do 7º mês de uma sequência de 7 depósitos mensais e sucessivos, no valor de $ 800,00 cada,
numa conta de poupança que remunera a uma taxa de juros de 2,1% a.m.

Resposta

O valor futuro pode ser calculado pela soma do montante de cada depósito, isto é:

FV = 800,00 + 800,00 (1,021) + 800,00


+ 800,00 + ... + 800,00
FV = $ 5.965,41

Aplicando-se a fórmula-padrão de apuração do valor futuro, tem-se, de forma abreviada, o mesmo resultado:

FV = PMT x FFV (i,n)

FV = PMT x

FV = 800,00 x

FV = 800,00 x 7,456763 = $ 5.965,41

Equivalência financeira e fluxos de caixa

Deve ser ressaltado também no estudo do fluxo de caixa o conceito de equivalência financeira. Esse raciocínio é de fundamental im-
portância para a Matemática Financeira, permitindo o correto entendimento e uso de seus resultados. A equivalência financeira encontra
extensas aplicações práticas, estando presente na tomada de decisões financeiras, na seleção de planos de empréstimos e financiamentos
mais atraentes, em propostas de refinanciamento e reescalonamento de dívidas etc.
De acordo com o que foi desenvolvido anteriormente, diz-se que dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são equivalentes quando pro-
duzem idênticos valores presentes num mesmo momento, convencionando-se determinada taxa de juros.
Por exemplo, os 4 fluxos de caixa ilustrados a seguir são equivalentes para uma taxa de juros de 5% ao mês, pois geram, para uma
mesma taxa e juros, valores iguais em qualquer data focal escolhida.

Definindo-se (momento presente como data focal):

172
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Registre-se, uma vez mais, que a equivalência financeira no regime de juros compostos, para dada taxa de juros, pode ser verificada
em qualquer momento tomado como referência (data focal). Por exemplo, se a data for definida em , tem-se:

414,00 = 267,00 = 220,00


= 190,00

e assim por diante.

A equivalência de dois ou mais capitais, para determinada taxa de juros, ocorre em qualquer data tomada como referência. Alteran-
do-se a taxa, a equivalência evidentemente deixa de existir, dado que o conceito depende da taxa de juros. Algumas ilustrações práticas
evidenciando o uso do conceito de equivalência financeira são desenvolvidas a seguir.

Exemplo
Admita que uma empresa esteja avaliando quatro planos de pagamentos de um financiamento de $ 300.000,00 conforme apresenta-
dos a seguir. A taxa de juros considerada nas propostas é de 7% a.m. Qual a opção de pagamento economicamente mais atraente?

Resposta
Os planos de pagamento formulados apresentam o mesmo valor presente (data zero) quando descontados à taxa de juros de 7% a.m.
O resultado atualizado continua igual, mesmo se definida outra data focal. Logo, conclui-se que os fluxos de pagamento do financiamento
são equivalentes, apresentando o mesmo custo.
Assim, em termos estritamente econômicos de atratividade, torna-se indiferente (equivalente) a escolha de uma ou outra forma de
pagamento. Mesmo que a soma das prestações seja diferente em cada proposta, o fundamental na avaliação econômica é a comparação
entre valores expressos em uma mesma unidade de tempo.
A decisão, dessa forma, deve ser tomada levando em conta o aspecto financeiro do desembolso, pois os fluxos de caixa são diferentes
em cada plano em termos de valores e data de ocorrência. A forma de pagamento escolhida deve, evidentemente, adequar-se à capacida-
de financeira do tomador de recursos e ao comportamento das taxas de juros de mercado.

Fluxos de caixa não convencionais

Os fluxos definidos no denominado modelo-padrão foram amplamente estudados no início do capítulo. Esta parte dedica-se, mais
especificamente, aos demais tipos de caixa, não considerados no modelo-padrão. A seguir são desenvolvidos as várias classificações não
convencionais dos fluxos de caixa.

Período de ocorrência

Com relação ao período em que a ocorrer, o fluxo de caixa pode ser identificado como postecipado, antecipado e diferido.

- Postecipado

173
MATEMÁTICA FINANCEIRA
No tipo postecipado, a série de pagamentos/recebimentos começa a acorrer exatamente ao final do primeiro período, de acordo com
a ilustração gráfica acima. Esse fluxo enquadra-se no modelo-padrão detalhado inicialmente, não havendo nada mais a acrescentar.

- Antecipado

O fluxo de caixa antecipado indica que a série de valores começa a ocorrer antes do final do primeiro período, conforme é represen-
tado graficamente acima. Por exemplo, um aluguel pago no início do período de competência (geralmente no início do mês) enquadra-se
como um fluxo de caixa antecipado por um período (mês). Se dois aluguéis forem adiantados ao locador, a antecipação é de dois períodos,
e assim por diante.
A determinação do valor presente e montante de um fluxo de caixa antecipado não apresenta maiores novidades. Além de ter-se
sempre a opção de atualizar ou corrigir os seus termos individualmente, pode-se também utilizar a fórmula do modelo-padrão para a parte
convencional do fluxo, e adicionar os termos antecipados (corrigidos) a esse resultado.
Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa com antecipação de dois períodos:

Para uma taxa de juros de 4% por período, tem-se:


PV = [70,00 FPV (4%, 8)] + 70,00 + 70,00 (1,04)
PV = (70,00 6,732745) + 70,00 + 72,80
PV = 471,29 + 70,00 + 72,80 = $614,09
FV = [70,00 FPV (4%, 8) + 70,00] + 70,00
FV = (70,00 9,214226) + 95,80 + 99,63
FV = 645,00 + 95,80 + 99,63 = $ 840,43

- Diferido (Carência)

O diferimento indica que os termos da série começam a ocorrer após o final do primeiro período, conforme ilustrado no gráfico an-
terior.
Nessa ilustração, a série inicia-se no período imediatamente após o final do primeiro intervalo de tempo, indicando consequentemen-
te uma carência de um período. Se a série começar a ocorrer no momento 3 do gráfico, a carência atinge dois períodos: no momento 4
tem-se uma carência de 3 períodos; e assim por diante.
Em suma, a base de comparação para se definir uma carência é o final do primeiro período. Para a matemática financeira, a carência
existe quando o primeiro fluxo de caixa se verificar após o final do primeiro período, ou seja, após ter decorrido c períodos de tempo.
A determinação do montante de um fluxo de caixa com carência segue a formulação desenvolvida do modelo-padrão. Deve ser res-
saltado, uma vez mais, que nesse caso n representa o número de termos da série, e não o seu prazo total.
A formulação do valor presente, no entanto, requer um pequeno ajuste, de forma a ser expresso na data zero, ou seja:

PV = PMT x FPV (i, n) x FAC (i, c)

174
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Onde:
c = número de períodos de carência.
FAC = Fator de Atualização de Capital (valor presente).
FAC = 1/ (1 + i)n

Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa diferido por 2 períodos:

- Diferido (Carência)

Observe que o fluxo de caixa apresenta um prazo total de 9 períodos, sendo o número determos igual a 7 (n = 7), e a carência de 2
períodos (c = 2).
Para uma taxa de juros de 2,2% por período, têm-se os seguintes resultados:
PV = 100,00 x FPV (2,2%, 7) x FAC (2,2%, 2)
PV = 100,00 x 6,422524 x 0,957410 = $ 614,90
FV = 100,00 x FFV (2,2%, 7)
FV = 100,00 x 7,479318 = $747,93

Periodicidade

A periodicidade reflete os intervalos de tempo em que os fluxos de caixa ocorrem. Se esses intervalos forem sempre iguais, diz-se
que os fluxos são periódicos, enquadrando-se no modelo-padrão apresentado. Se, por outro lado, os termos se verificarem em intervalos
irregulares (diferentes entre si), tem-se o que se denomina de fluxos de caixa não periódicos. O gráfico a seguir ilustra um fluxo de caixa
não periódico, onde os valores não se verificam uniformemente em termos de sua periodicidade.

Tanto o cálculo do valor presente, como o do valor futuro, devem ser processados, respectivamente, pelo somatório da atualização
e capitalização de cada um dos termos.
Genericamente, têm-se as seguintes expressões:

Ilustrativamente, admita o seguinte fluxo de caixa não periódico:

Para uma taxa de juros de 1,9% a.m., tem-se:

PV = 100,00 + + + +

PV= 100,00 + 94,51 + 92,75 + 86,02 + 75,40

175
MATEMÁTICA FINANCEIRA
PV = $ 448,68

FV = 100,00 + 100,00 (1,019)7 + 100,00 (1,019)11 + 100,00


(1,019)12 + 100,00 (1,019)15
Em outras palavras, o valor presente desse fluxo é determinado
FV = 100,00 + 114,08 + 123,00 + 125,34 + 132,62 pela relação entre o pagamento/recebimento periódico, igual e su-
FV = $ 595,04 ou FV = 448,68 x (1,019)15 = $ 595,04. cessivo, e a taxa de juros considerada. As séries indeterminadas en-
contram aplicações práticas principalmente em avaliações de imó-
Duração veis efetuadas com base nos rendimentos de aluguéis, na apuração
do preço de mercado de uma ação a partir do fluxo previsto de di-
A duração de um fluxo de caixa pode ser finita, característica videndos etc. Com o intuito de proceder a uma aplicação prática do
do modelo-padrão, ou indeterminada (indefinida), quando o prazo cálculo do valor presente de um fluxo indeterminado, admita que
não é conhecido previamente. No caso de uma série infinita, deter- um imóvel esteja rendendo $ 2.000,00 de aluguel mensalmente.
mina-se unicamente o seu valor presente. Para algumas situações Sendo de 2% a.m.o custo de oportunidade de mercado (ganho da
específicas podem ser atribuídas probabilidades para se definir a melhor alternativa de aplicação disponível), pode-se avaliar preli-
duração de um fluxo, como é o caso da atividade de seguros. No minarmente que o valor deste imóvel atinge $ 100.000,00, isto é:
entanto, este tipo de situação não será tratada aqui, ficando mais
restrito estudo da Matemática Atuarial.
A representação gráfica de uma série indefinida pode ser ilus-
trada da forma seguinte:

O valor de referência do imóvel, válido para uma avaliação ini-


cial, é o valor presente do fluxo de rendimentos mensais (aluguéis)
previsto por um prazo indeterminado, descontado a um custo de
oportunidade.

O cálculo do valor presente é efetuado pelo somatório do valor Valores


atualizado de cada um de seus termos, isto é:
No que se refere aos valores, os termos de caixa podem ser
constantes, se os fluxos de caixa apresentarem-se sempre iguais, ou
variáveis, se os fluxos não forem sempre iguais entre si. Se os va-
lores de caixa forem constantes, o fluxo identifica-se com o mode-
lo-padrão estudado. No entanto, se os valores de caixa apresenta-
Genericamente: rem-se desiguais (variáveis), o valor presente é calculado pela soma
dos valores atualizados de cada um de seus termos. O valor futuro,
por seu lado, é determinado pelo somatório dos montantes de cada
um dois termos ou, ainda, capitalizando-se o valor presente para a
data futura. Identicamente aos fluxos de caixa não periódicos, têm-
-se as seguintes generalizações:

Detalhando a formulação:

Ou

Por exemplo, admita um fluxo de caixa com os seguintes valo-


res, ocorrendo respectivamente ao final de cada um dos próximos
5 anos: $ 80,00, $ 126,00, $ 194,00, $ 340,00 e $ 570,00. Para uma
Os valores entre colchetes representam a soma dos termos de taxa de juros de 4% a.a., têm-se os seguintes resultados:
uma progressão geométrica indefinida, cuja razão é menor que 1.
Aplicando-se o teorema de limite na fórmula da soma dos termos,
tem-se:

Processando-se as deduções e simplificações pertinentes a par-


tir dessa expressão, chega-se ao valor presente de um fluxo de caixa
igual, constante, periódico e indeterminado, ou seja:

176
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Questões

01. Uma mercadoria é vendida a prazo em 5 pagamentos mensais de $ 700,00. Sendo de 3,5% a.m. a taxa de juros, determinar o seu
preço à vista admitindo que o primeiro pagamento é efetuado no ato da compra:
(A) R$ 3.500,00
(B) R$ 3.377,50
(C) R$ 3.271,16
(D) R$ 3.200,85
(E) R$ 3.429,29

02. Uma pessoa irá necessitar de $ 7.000,00 daqui a 10 meses. Quanto deverá ela depositar mensalmente num fundo de poupança
que rende 1,7% a.m. de juros?
(A) 625,15
(B) 586,10
(C) 648,10
(D) 500,18
(E) 700,00

03. Um veículo, cujo preço à vista é de $ 30.000,00, está sendo vendido nas seguintes condições:
a) entrada = 30%
b) saldo em 6 prestações mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira daqui a dois meses.

Determinar o valor de cada prestação, admitindo uma taxa de juros de 2% a.m.


(A) $ 4.541,50
(B) $ 4.000,00
(C) $ 3.010,02
(D) $ 2.100,02
(E) $ 3.824,02

04. Determinado produto está sendo vendido por $ 1.800,00 a vista, ou em 3 pagamento mensais e iguais de $ 650,00. Estando atual-
mente em 3,3% a.m. as taxas de juros de mercado, a melhor alternativa de compra é a compra à vista.
( )Certo
( )Errado

05. Determinada mercadoria é vendida por $ 2.500,00 a vista ou por 20% de entrada mais prestações mensais de $ 309,00. Sendo de
2% a.m. a taxa corrente de juros, determinar o número de prestações mensais.
(Dado: log 1,2 = e log 0,870550 = )
(A) 6 prestações
(B) 7 prestações
(C) 8 prestações
(D) 9 prestações
(E) 10 prestações

06. Determinado bem é vendido em 7 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $ 4.000,00. Para uma taxa de juros de 2,6% a.m.,
até que preço compensa adquirir o aparelho à vista?
(A) $ 25.000,00
(B) $ 26.001,18
(C) $ 23.300,18
(D) $ 25.301,18
(E) $ 21.201,00

177
MATEMÁTICA FINANCEIRA
07. Um veículo novo está sendo vendido por $ 4.000,00 de entrada mais 6 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $ 3.000,00.
Sabendo-se que a taxa de juros de mercado é de 5,5% a.m., determinar até que preço interessa comprar o veículo a vista.
(A) 18.986,59
(B) 20.586,59
(C) 17.746,50
(D) 16.500,50
(E) 19.999,59

Respostas

01. Resposta: C.

PV = 700,00 + [700,00 x FPV (3,5%, 4)]


PV = 700,00 + (700,00 x 3,673079)
PV = R$ 3.271,16

02. Resposta: C.

03. Resposta: E.

Valor a financiar = 30.000,00 - 9.000,00 = $ 21.000,00


PV = PMT x FPV (2%, 6) x FAC (2%, 1)

21.000,00 = PMT x x (1,02)-1

21.000,00 = PMT x 5,601431 x 0,980392


21.000,00 = pmt X 5.491598

178
MATEMÁTICA FINANCEIRA
PMT = = $ 3.824,02

04. Resposta: Certo.


A indicação da alternativa de compra mais interessante pode
ser obtida pelo valor presente das duas propostas (escolhe-se evi-
dentemente aquela de menor PV), ou pela determinação do custo Resolvendo-se a expressão chega-se, evidentemente, ao mes-
mensal da venda a prazo (o percentual apurado é comparado com mo resultado: PV = $ 25.301,18.
a taxa de mercado).
PV (a vista) = $ 1.800,00 07. Resposta: A.
PV = (a prazo) = 650,00 x FPV (3,3%, 3)
650,000 x 2,812375
= $ 1.828,04

A venda a prazo, por apresentar um PV maior que o valor a


vista, indica um custo maior que a taxa de mercado (3,3% a.m.).
Interessa a compra à vista.
O custo mensal da compra a prazo é calculado:
O preço à vista é formado pela entrada de $ 4.000,00 mais a
PV = PMT x FPV (i, n) soma dos valores atuais das prestações de $ 3.000,00 cada, ou seja:
PV = Entrada + [PMT x FPV (i,n)]
1.800,00 = 650,00 x PV = 4.000,00 + 3.000,00 x FPV (5,5%, 6)
i = 4,11% a.m. PV = 4.000,00 + 3.000,00 x 4,995530
Confirma-se um custo embutido na venda a prazo de 4,11% PV = 18.986,59
a.m. maior que os juros de mercado (3,3% a.m.).
QUESTÕES
05. Resposta: B.
Valor a financiar: 2.500,00 - 20% = $ 2.000,00
PV = PMT + FPV (i, n) 1. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
2.000,00 = 309,00 x FPV (2,0%, n) cial/2021/”Prova A”
x 0,02 = 1 - (1,02)-n Devido às oscilações de receita em seu negócio durante a pan-
demia, um cliente vai precisar pagar um boleto, cujo principal (até
0,129450 = 1 - (1,02)-n a data de vencimento) é de R$ 25.000,00, com 12 dias de atraso.
(1,02)-n = 0,870550 Nesse caso, são cobrados adicionalmente, sobre o valor do princi-
pal, dois encargos: 2% de multa, mais juros simples de 0,2% ao dia.
Aplicando-se a propriedade de logaritmo: Por causa dos juros altos, o cliente procurou seu gerente, que não
- n x log 1,02 = log 0,870550 conseguiu uma solução menos custosa.
Com isso, nas condições dadas, o cliente deverá pagar nessa
n=- operação um valor total de
(A) R$ 25.600,00
n = - = 7 meses (prestações mensais) (B) R$ 25.800,00
(C) R$ 26.100,00
06. Resposta: D. (D) R$ 26.300,00
PMT = $ 4.000,00 PV= ? (E) R$ 26.500,00

2. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-


cial/2021/”Prova B”
No boleto bancário da sua prestação, uma pessoa leu que é
cobrada uma multa de 1,2% por dia de atraso sobre o valor da pres-
tação, condicionada a atrasos não maiores que 30 dias. Em certo
mês, essa pessoa pagou uma prestação com atraso, tendo de de-
sembolsar R$ 233,20 em vez dos R$ 220,00 normalmente pagos nos
meses em que não houve atraso no pagamento.
Ou Por quantos dias ela atrasou a prestação nesse mês?
(A) 5
(B) 10
(C) 15
(D) 20
(E) 25

3. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-


cial/2021/”Prova B”
Um banco fez um empréstimo de R$10.000,00 a um cliente,
O valor presente pode também ser calculado pela atualização pelo prazo de um mês, cobrando o valor de R$ 100,00 a título de
de cada uma dos termos do fluxo, ou seja: juros.

179
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Qual foi a taxa de juros que o banco cobrou do cliente? 8. CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Vendas/Júnior/2018/
(A) 0,01 ao mês Edital 02
(B) 10% ao ano Um funcionário da Liquigás pretende fazer uma pequena re-
(C) 1% ao ano forma em sua casa daqui a 1 ano e gostaria de ter, em sua conta
(D) 0,1 ao mês investimento, R$ 3.000,00 no momento de iniciar a reforma.
(E) 0,05 ao mês Considerando que suas economias rendem juros de 20% a.a.,
quanto ele deveria ter hoje, em sua conta investimento, para ter
4. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- exatamente a quantia desejada daqui a 1 ano, sem que seja feito
cial/2021/”Prova C” nenhum depósito?
Uma pessoa está planejando comprar uma geladeira no valor (A) R$ 2.800,00
de R$1.300,00, no futuro. (B) R$ 2.600,00
Sabendo-se que ela pretende gastar exatamente esse valor e (C) R$ 2.500,00
que dispõe de um capital de R$1.000,00, que será aplicado no dia (D) R$ 2.400,00
de hoje a uma taxa de juros simples de 1,5% ao mês, qual será o (E) R$ 2.333,33
prazo dessa aplicação, em meses, para que ela consiga comprar a
geladeira à vista, o mais rápido possível? 9 CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Economia/Jú-
(A) 2 nior/2018/Edital 02
(B) 16 Uma empresa toma um empréstimo de R$ 350.000,00 por 25
(C) 20 dias, a uma taxa de juro simples de 4,8% ao mês, em um mês com
(D) 50 30 dias. Considere que, ao final desse período, a empresa quita a
(E) 200 dívida pagando, além dos juros, uma taxa de utilização de crédito
igual a 0,5% do valor tomado emprestado.
5. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- Assim, o valor mais próximo do custo total do empréstimo no
cial/2021/”Prova C” momento da quitação, em reais, é igual a
Qual é a taxa de juros simples utilizada por uma aplicação (A) 13.500,00
para tornar um capital inicial de R$1.000,00 em um montante de (B) 14.250,00
R$1.240,00, em um período de um ano? (C) 15.750,00
(A) 0,02 ao mês (D) 16.800,00
(B) 0,02% ao mês (E) 18.550,00
(C) 0,02 ao ano
(D) 0,02% ao ano 10. CESGRANRIO - Técnico Bancário (BASA)/2022
(E) 0,24% ao ano Um banco oferece um financiamento utilizando uma taxa de
juros simples de 6% a.a.
6. CESGRANRIO - Assistente (LIQUIGÁS)/Administrativo I/2018/ Qual a taxa trimestral equivalente à taxa oferecida pelo banco?
Edital 02 (A) 0,0147 a.t.
Uma empresa toma um empréstimo de R$ 200.000,00, por 20 (B) 0,15 a.t.
dias, a uma determinada taxa de juro, no regime de simples. Consi- (C) 0,50% a.t.
dere que, ao final desse período, os juros pagos são de R$ 8.800,00. (D) 1,47% a.t.
Assim, a taxa mensal de juro simples cobrada nesse emprésti- (E) 1,50% a.t.
mo, considerando o mês com 30 dias, foi igual a
(A) 4,0% 11. CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE-
(B) 4,4% TROBRAS)/Auditoria/2018
(C) 6,0% Um cliente de uma loja de eletrodomésticos deseja antecipar
(D) 6,6% duas parcelas iguais de R$ 1.000,00 de seu financiamento, com ven-
(E) 8,8% cimento para, respectivamente, 30 e 60 dias a partir de hoje.
Considerando-se uma taxa de desconto de 2% a.m., desconto
7. CESGRANRIO - Assistente (LIQUIGÁS)/Administrativo I/2018/ comercial simples e calendário comercial, quanto será exigido do
Edital 02 cliente para quitar as duas parcelas?
Um comprador tem duas opções de pagamento: pagar à vista, (A) R$ 1.940,00
com desconto de 20% sobre o preço de tabela ou a prazo, um mês (B) R$ 1.940,40
após a data da compra, com um acréscimo de 10% sobre o preço (C) R$ 1.941,93
de tabela. (D) R$ 1.960,00
O valor mais próximo da taxa de juro mensal cobrada nessa (E) R$ 2.000,00
operação, comparando-se o valor a ser pago, por um mesmo produ-
to, em cada uma das opções apresentadas, é igual a 12. CESGRANRIO - Analista Júnior (TRANSPETRO)/Financei-
(A) 10% ro/2018
(B) 22% Um título, cujo valor de resgate é de R$ 260.000,00, está sendo
(C) 30% negociado exatamente dois meses antes do seu vencimento por R$
(D) 33% 244.361,00. Nessas condições, o valor mais próximo da taxa de des-
(E) 38% conto bancário cobrada nessa operação é igual a
(A) 2,0%
(B) 2,4%
(C) 3,0%

180
MATEMÁTICA FINANCEIRA
(D) 3,8% A melhor aproximação para o valor da taxa de juros trimestral
(E) 4,5% desse novo modelo de financiamento é:
(A) 2,48%
13. CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Economia/Jú- (B) 6,00%
nior/2018/Edital 02 (C) 6,12%
Suponha uma operação simples de desconto realizada em um (D) 7,28%
banco, 4 meses antes do vencimento de um título, com valor no- (E) 8,00%
minal de resgate e taxa de juros definidos. Essa operação é livre
de despesas bancárias ou quaisquer outros encargos, além dos já 17. CESGRANRIO - Analista Júnior (TRANSPETRO)/Comercializa-
definidos. ção e Logística Júnior/Comércio e Suprimento/2018
Nessa operação, utilizando-se os métodos de descontos “por Considere que uma empresa vai realizar uma aplicação de 10
dentro” (racional) ou “por fora” (comercial ou bancário) verifica-se milhões de reais, com prazo de resgate para 1 ano, a partir de hoje,
que o valor e precisa decidir entre as cinco opções apresentadas a seguir.
(A) líquido liberado para o tomador será maior se o método de Opção I – taxa de 24% ao ano, com capitalização mensal
desconto praticado for o desconto “por fora”. Opção II – taxa efetiva de 24% ao ano
(B) líquido liberado para o tomador será o mesmo para ambos Opção III – taxa de 24% ao ano, com capitalização quadrimes-
os métodos. tral
(C) de resgate será menor para o desconto “por dentro”. Opção IV – taxa de 2,2% ao mês, no regime de juros simples
(D) de resgate será o mesmo, seja qual for o método de des- Opção V – taxa de 24% ao ano, com capitalização semestral
conto utilizado. Considerando-se 1,27 como aproximação para 1,02 12, a op-
(E) de resgate será maior para o desconto “por fora”. ção que apresenta a maior taxa anual de retorno, dentre as cinco
apresentadas, é a
14. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (A) I
cial/2021/”Prova A” (B) II
Um cliente fez um investimento de R$ 100.000,00 em janei- (C) III
ro de 2019, comprando cotas de um fundo imobiliário, o que lhe (D) IV
proporcionou uma taxa de retorno de 21%, ao final de 12 meses (E) V
de aplicação. Em janeiro de 2020, buscando maior rentabilidade,
procurou um especialista financeiro indicado pelo seu gerente, que 18. CESGRANRIO - Técnico Júnior (TRANSPETRO)/Administra-
lhe recomendou aplicar todo o montante da operação anterior em ção e Controle Júnior/2018
renda variável. O cliente fez conforme recomendado, o que lhe pro- Uma empresa avalia antecipar o pagamento das duas últimas
porcionou um retorno de 96% em 12 meses, resgatando o novo parcelas de um financiamento, realizado a uma taxa de juro de 5%
montante em janeiro de 2021. ao mês, para abril de 2018. As parcelas, no valor de R$ 8.820,00
Considerando-se um sistema de juros compostos, a taxa de re- cada uma, têm data de vencimento para maio de 2018 e junho de
torno equivalente, obtida em cada período de 12 meses pelo clien- 2018.
te, de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, foi igual a Considerando-se o desconto racional composto, o valor de qui-
(A) 54% tação total das duas parcelas, se o pagamento das duas for realiza-
(B) 56% do em abril de 2018, é igual a
(C) 58% (A) R$ 15.876,00
(D) 60% (B) R$ 16.000,00
(E) 62% (C) R$ 16.400,00
(D) R$ 16.800,00
15. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (E) R$ 17.640,00
cial/2021/”Prova B”
Um cliente deseja fazer uma aplicação em uma instituição fi- 19. CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE-
nanceira, que paga uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, TROBRAS)/Auditoria/2018
por um período de 3 anos, já que, ao final da aplicação, planeja Uma construtora anuncia a venda de um imóvel à taxa nominal
comprar uma TV no valor de R$ 3.500,00 à vista. de juros de 12% a.a. com correção mensal do saldo e das presta-
Qual o valor aproximado a ser investido para esse objetivo ser ções.
alcançado? Qual é a taxa real anual, aproximada, do financiamento, consi-
(A) R$ 2.629,60 derando-se uma inflação anual de 10%?
(B) R$ 2.450,00 (A) 2,44%
(C) R$ 2.692,31 (B) 2,00%
(D) R$ 2.341,50 (C) 1,98%
(E) R$ 2.525,00 (D) 1,82%
(E)- 2,38%
16. CESGRANRIO - Técnico Bancário Novo (CEF)/”Sem
Área”/2021/PcD 20. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
Um banco possui, atualmente, um modelo de financiamento cial/2021/”Prova B”
em regime de juros compostos, em que as parcelas são pagas, men- Um banco ofereceu a um cliente um financiamento de R$
salmente, a uma taxa de juros de 2% ao mês. Para um certo perfil 120.000,00, pelo sistema SAC, a uma taxa de juros de 10% a.m.,
de clientes, o banco pretende possibilitar o pagamento da dívida a para ser pago em 4 prestações mensais ao final de cada mês, sendo
cada três meses, a uma taxa de juros trimestral equivalente à prati- a primeira prestação no valor de R$ 42.000,00. A Tabela abaixo po-
cada no modelo atual. derá ser usada para seus cálculos.

181
MATEMÁTICA FINANCEIRA
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Quais os valores aproximados que serão pagos, pelo cliente,
a título de juros e prestação, respectivamente, ao final do terceiro ______________________________________________________
mês?
(A) R$ 12.000,00; R$ 42.000,00 ______________________________________________________
(B) R$ 3.000,00; R$ 39.000,00
(C) R$ 12.000,00; R$ 30.000,00 ______________________________________________________
(D) R$ 6.000,00; R$ 36.000,00
(E) R$ 9.000,00; R$ 33.000,00 ______________________________________________________

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GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C
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2 A
______________________________________________________
3 A
4 C ______________________________________________________
5 A ______________________________________________________
6 D
______________________________________________________
7 E
8 C ______________________________________________________
9 C ______________________________________________________
10 E
______________________________________________________
11 A
______________________________________________________
12 C
13 D ______________________________________________________
14 A ______________________________________________________
15 A
______________________________________________________
16 C
17 A ______________________________________________________

18 C ______________________________________________________
19 A
______________________________________________________
20 D
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
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