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E.E.E.F.

M REGINA COELI SOUZA SILVA


DIRETOR: José Ricardo VICE-DIRETORA: Francisca Helena Lima de Souza
Santos

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA


PROFESSOR(A): GILMARA GUEDES / FRANK MOTA
SÉRIE: 3º ANO TURMA:
ALUNO(A): DATA:

2ª ATIVIDADE DO 3º BIMESTRE
• Realismo fantástico(contos fantásticos)
Resumo
• Retorno à forma poética (valorização
Contexto Histórico da métrica e da rima);
O momento em que surge a terceira • Influência do Parnasianismo e
geração modernista no Brasil, é o período Simbolismo;
menos conturbado em relação às outras • Inovações linguísticas e
duas gerações. metalinguagem;
Ou seja, é a fase de redemocratização do • Regionalismo universal;
país, visto que em 1945 termina o Estado • Temática social e humana;
Novo (1937- 1945) que fora implementado
• Linguagem mais objetiva.
pela ditadura de Getúlio Vargas.
Prosa Modernista
Em nível mundial, o ano de 1945 é também
o fim da segunda guerra mundial e do Lembre-se que o Modernismo no Brasil
sistema totalitário do Nazismo. Entretanto, está dividido em três gerações, sendo a
tem início a Guerra Fria (Estados Unidos e prosa o tipo de texto mais explorado na
União Soviética) e a Corrida terceira fase.
Armamentista. De tal modo, os tipos de prosa do período
A terceira geração modernista, terceira são classificados segundo sua temática:
fase do modernismo ou fase pós- Prosa Urbana
modernista representa o último momento
A principal característica da prosa urbana é
do movimento modernista no Brasil.
sua ambientação nos espaços da cidade, em
Também chamada de "Geração de 45", a detrimento do campo e do espaço agrário.
última fase do modernismo começa em Nesse estilo destaca-se a escritora Lygia
1945 e se estende até 1980. Fagundes Telles.
Alguns estudiosos preferem apontar o fim Prosa Regionalista
do modernismo na década de 1960. Outros,
A prosa regionalista absorve, por outro
ainda, afirmam que o modernismo está
lado, aspectos do campo, da vida agrária,
presente até os dias atuais.
da fala coloquial e regionalista, por
Características exemplo, na obra de Guimarães Rosa.
As principais características da terceira Prosa Intimista
geração modernista são:
Por sua vez, a prosa intimista é
• Academicismo; determinada pela exploração de temas
• Passadismo e retorno ao passado; humanos e, portanto, é mais íntima,
psicológica e subjetiva. Esses aspectos
• Oposição à liberdade formal;
são observados nas obras de Clarice
• Experimentações artísticas (ficção Lispector e de Lygia Fagundes Telles.
experimental);
Autores e Obras que sensata resposta podia me assentar o
Jõe, broreiro peludo do Riachão do
Os principais autores e obras dessa fase
Jequitinhonha? Que podia? A gente, nós,
são:
assim jagunços, se estava em permissão de
• João Cabral de Melo Neto (1920-
fé para esperar de Deus perdão de
proteção? Perguntei, quente.
1999): conhecido como "poeta
engenheiro", João se destacou na prosa — “Uai? Nós vive... — foi o respondido
e na poesia pelo rigor estético que ele me deu.
apresentado em suas obras: "Pedra do ROSA, G. Grande sertão: veredas. Rio de
Sono" (1942), "O Engenheiro" (1945) e Janeiro: Nova Fronteira, 2001 (fragmento).
"Morte e Vida Severina" (1955). Guimarães Rosa destaca-se pela inovação
• Clarice Lispector (1920-1977): se da linguagem com marcas dos falares
populares e regionais. Constrói seu
destacou na prosa e na poesia com um
vocabulário a partir de arcaísmos e da
caráter lírico e intimista: "Perto do intervenção nos campos sintático-
Coração Selvagem" (1947), "A Cidade semânticos. Em Grande sertão: veredas,
Sitiada" (1949), "A Paixão Segundo seu livro mais marcante, faz o enredo girar
GH" (1964), "A Hora da Estrela" em torno de Riobaldo, que tece a história
(1977). de sua vida e sua interlocução com o
• João Guimarães Rosa (1908-1967): foi
mundo-sertão.
um dos maiores poetas do Brasil, sendo No fragmento em referência, o narrador faz
que a maioria de suas obras são uso da linguagem para revelar
ambientadas no sertão. Destacam-se a) inquietação por desconhecer se os
"Sagarana" (1946). jagunços podem ou não ser protegidos

por Deus.
Ariano Suassuna (1927-2014): b) uma insatisfação profunda com relação
Defensor da cultura popular brasileira, à sua condição de jagunço e homem
Suassuna escreveu romances, peças de pecador.
teatro e poesias dos quais se destacam: c) confiança na resposta de seu amigo Jõe,
"Os homens de barro" (1949), "Auto de que parecia ser homem estudado e
João da Cruz" (1950), "O Rico entendido.
Avarento" (1954) e "O Auto da d) muitas dúvidas sobre a vida após a
Compadecida" (1955). morte, a vida espiritual e sobre a fé que
pode ter o jagunço.
• Lygia Fagundes Telles (1923-): e) arrependimento pelos pecados
escreveu romances, contos e poesias cometidos na vida errante de jagunço e
sendo uma de suas marcas a exploração medo da perdição eterna.
psicológica das personagens em sua 02 - O correr da vida embrulha tudo. A vida
obra: "Ciranda de Pedra" (1954), é assim: esquenta e esfria, aperta e daí
"Verão no Aquário" (1964), "Antes do afrouxa, sossega e depois desinquieta. O
Baile Verde" (1970), "As Meninas" que ela quer da gente é coragem.
(1973) ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio
LISTA DE EXERCÍCIOS de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Modernismo Terceira Fase No romance Grande sertão: veredas, o
01 - Pecados, vagância de pecados. Mas, a protagonista Riobaldo narra sua trajetória
gente estava com Deus? Jagunço podia? de jagunço. A leitura do trecho permite
Jagunço – criatura paga para crimes, identificar que o desabafo de Riobaldo se
impondo o sofrer no quieto arruado dos aproxima de um(a):
outros, matando e roupilhando. Que podia?
Esmo disso, disso, queri, por pura toleima;
a) diário, por trazer lembranças pessoais. d) mostra como a condição material da
b) fábula, por apresentar uma lição de vida do sertanejo é dificultada pela sua
moral. dupla condição de homem livre e, ao
c) notícia, por informar sobre um mesmo tempo, dependente.
acontecimento. e) mantém o distanciamento narrativo
d) aforismo, por expor uma máxima em condizente com sua posição social, de
poucas palavras. proprietário de terras.
e) crônica, por tratar de fatos do cotidiano.
04 - Declaração de amor
03 - Quem é pobre, pouco se apega, é um
giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os Esta é uma confissão de amor: amo a língua
pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o portuguesa Ela não é fácil. Não é maleável.
Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, [...] A língua portuguesa é um verdadeiro
risonho e habilidoso. Pergunto: – Zé-Zim, desafio para quem escreve. Sobretudo para
por que é que você não cria galinhas- quem escreve tirando das coisas e das
d’angola, como todo o mundo faz? – Quero pessoas a primeira capa de superficialismo.
criar nada não... – me deu resposta: -Eu Às vezes ela reage diante de um
gosto muito de mudar. […] Belo um dia, pensamento mais complicado. Às vezes se
ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, assusta com o imprevisível de uma frase.
mesmo digo. Eu dou proteção. […] Essa Eu gosto de manejá-la – como gostava de
não faltou também à minha mãe, quando eu estar montada num cavalo e guiá-lo pelas
era menino, no sertãozinho de minha terra. rédeas, às vezes a galope. Eu queria que a
[…] Gente melhor do lugar eram todos língua portuguesa chegasse ao máximo em
dessa família Guedes, Jidião Guedes; minhas mãos. E este desejo todos os que
quando saíram de lá, nos trouxeram junto, escrevem têm. Um Camões e outros iguais
minha mãe e eu. Ficamos existindo em não bastaram para nos dar para sempre uma
território baixio da Sirga, da outra banda, herança de língua já feita. Todos nós que
ali onde o de – Janeiro vai no São escrevemos estamos fazendo do túmulo do
Francisco, o senhor sabe. pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio Essas dificuldades, nós as temos. Mas não
de Janeiro: José Olympio (fragmento). falei do encantamento de lidar com uma
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma língua que não foi aprofundada. O que
situação decorrente de uma desigualdade recebi de herança não me chega. Se eu
social típica das áreas rurais brasileiras fosse muda e também não pudesse
marcadas pela concentração de terras e escrever, e me perguntassem a que língua
pela relação de dependência entre eu queria pertencer, eu diria:
agregados e fazendeiros. No texto, destaca-
se essa relação porque o personagem- inglês, que é preciso e belo. Mas, como não
narrador nasci muda e pude escrever, tornou-se
a) relata a seu interlocutor a história de absolutamente claro para mim que eu
Zé-Zim, demonstrando sua pouca queria mesmo era escrever em português.
disposição em ajudar seus agregados, Eu até queria não ter aprendido outras
uma vez que superou essa condição línguas: só para que a minha abordagem do
graças à sua força de trabalho. português fosse virgem e límpida.
b) descreve o processo de transformação LISPECTOR. C. A descoberta do mundo.
de um meeiro – espécie de agregado – Rio de Janeiro Rocco, 1999 (adaptado).
em proprietário de terra.
O trecho em que Clarice Lispector declara
c) denuncia a falta de compromisso e a
seu amor pela língua portuguesa,
desocupação dos moradores, que pouco
acentuando seu caráter patrimonial e sua
se envolvem no trabalho da terra.
capacidade de renovação, é:
a) “A língua portuguesa é um verdadeiro usamos tem pouca tinta. E se somos
desafio para quem escreve.”
b) “Um Camões e outros iguais não Severinos iguais em tudo na vida,
bastaram para nos dar para sempre uma morremos de morte igual, mesma morte
herança de língua já feita.”
c) “Todos nós que escrevemos estamos Severina: que é a morte de que se morre
fazendo do túmulo do pensamento
alguma coisa que lhe dê vida.” de velhice antes dos trinta de emboscada
d) “Mas não falei do encantamento de antes dos vinte, de fome um pouco por
lidar com uma língua que não foi
aprofundada.” dia.
e) “Eu até queria não ter aprendido outras
línguas: só para que a minha MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio
abordagem do português fosse virgem Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento).
e límpida.” Nesse fragmento, parte de um auto de
05 – Natal, o poeta retrata uma situação
marcada pela
a) presença da morte, que universaliza os
sofrimentos dos nordestinos.
b) figura do homem agreste, que encara
ternamente sua condição de pobreza.
c) descrição sentimentalista de Severino,
que divaga sobre questões existenciais.
d) miséria, à qual muitos nordestinos
estão expostos, simbolizada na figura
de Severino.
e) opressão socioeconômica a que todo
A tela de Portinari - A criança morta - ser humano se encontra submetido.
tematiza aspecto marcante da vida no 07 –
sertão nordestino, frequentemente
TEXTO I O meu nome é Severino, não
castigado pelas secas, pela miséria e pela
fome. Os escritores que se dedicaram tenho outro de pia. Como há muitos
também a esse tema foram
Severinos, que é santo de romaria, deram
a) Graciliano Ramos e José de Alencar.
b) Hilda Hilst e Jorge Amado. então de me chamar Severino de Maria;
c) Rachel de Queiroz e João Cabral de
Melo Neto. como há muitos Severinos com mães
d) José Lins do Rego e Carlos Drummond chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria
de Andrade.
e) Guimarães Rosa e Cecília Meireles. do finado Zacarias, Mas isso ainda diz
06 - Morte e vida Severina pouco: há muitos na freguesia, por causa
Somos muitos Severinos iguais em tudo
de um coronel que se chamou Zacarias e
na vida: na mesma cabeça grande que a
que foi o mais antigo senhor desta
custo é que se equilibra, no mesmo ventre
sesmaria. Como então dizer quem falo
crescido sobre as mesmas pernas finas, e
ora a Vossas Senhorias?
iguais também porque o sangue que
MELO NETO, J. C. Obra Completa. Rio própria literatura. Esta afirmação aplica-se
de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento). a:
TEXTO II a) "Memórias de um sargento de milícias".
João Cabral, que já emprestara sua voz ao b) "Memórias póstumas de Brás Cubas".
rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, c) "Morte e vida severina".
que, como o Capibaribe, também segue no
caminho do Recife. A autoapresentação do d) "O primo Basílio".
personagem, na fala inicial do texto, nos e) "A hora da estrela".
mostra um Severino que, quanto mais se 09 - Vestindo água, só saído o cimo do
define, menos se individualiza, pois seus pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar
traços biográficos são sempre partilhados para o alto, a salvar também de fora o
por outros homens. focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas.
SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do Chu-áa! Chu-áa... - ruge o rio, como chuva
menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra
(fragmento). remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o
Com base no trecho de Morte e Vida pátio, com os cochos, muito milho, na
Severina (Texto I) e na análise crítica Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim
(Texto II), observa-se que a relação entre o e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por
texto poético e o contexto social a que ele ora, este poço doido, que barulha como um
faz referência aponta para um problema fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim
social expresso literariamente pela e uma só coisa, no caminho: como os
pergunta “Como então dizer quem fala / homens e os seus modos, costumeira
ora a Vossas Senhorias?”. confusão. É só fechar os olhos. Como
sempre. Outra passada, na massa fria. E ir
A resposta à pergunta expressa no poema é sem afã, à voga surda, amigo da água, bem
dada por meio da com o escuro, filho do fundo, poupando
forças para o fim. Nada mais, nada de
a) descrição minuciosa dos traços graça; nem um arranco, fora de hora.
biográficos do personagem-narrador. Assim.

b) construção da figura do retirante João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês,


nordestino como um homem resignado Sagarana.
com a sua situação. Como exemplos da expressividade sonora
c) representação, na figura do personagem- presente nesse excerto, podemos citar a
narrador, de outros Severinos que onomatopeia, em "Chu-áa! Chu-áa...", e a
compartilham sua condição. fusão de onomatopeia com aliteração, em:

d) apresentação do personagem- a) "vestindo água".


narrador como uma projeção do próprio b) "ruge o rio".
poeta, em sua crise existencial c) "poço doido".
e) descrição de Severino, que, d) "filho do fundo".
apesar de humilde, orgulha-se de ser
descendente do coronel Zacarias. e) "fora de hora".
08 - A narração hesitante e digressiva, em 10 - Havia em Recife inúmeras ruas, as ruas
constante auto-exame, não se limita apenas dos ricos, ladeadas por palacetes que
a registrar o sentimento de culpa do ficavam no centro de grandes jardins. Eu e
narrador, mas traduz, também, uma uma amiguinha brincávamos muito de
autocrítica radical, em que ele questiona decidir a quem pertenciam os palacetes.
sua própria posição de classe e, com ela, a “Aquele branco é meu.” “Não, eu já disse
que os brancos são meus.” “Mas esse não é
totalmente branco, tem janelas verdes.” lirismo lusitano”, bem como o surgimento
Parávamos às vezes longo tempo, a cara de novas tendências experimentalistas,
imprensada nas grades, olhando. observáveis na linguagem renovadora de
[...] Numa das brincadeiras de “essa casa é Ferreira Gullar e na radicalização dos
minha”, paramos diante de uma que poetas do Concretismo. As linhas
parecia um pequeno castelo. No fundo via- geométricas da arquitetura de Brasília e o
se o imenso pomar. E, à frente, em apego ao construtivismo que marca a
canteiros bem ajardinados, estavam criação poética parecem, de fato,
plantadas as flores. tendências próximas e interligadas.

LISPECTOR, Clarice. Cem anos de (MOUTINHO, Felipe, inédito)


perdão. Felicidade clandestina. Rio de O anseio pela renovação da linguagem
Janeiro: Rocco, 1998. p. 60. poética ao longo da década de 50,
A narrativa de ficção joga com sentidos presente tanto na poesia de Ferreira
duplos e figurados e explora as variadas Gullar como na dos poetas concretos,
possibilidades da linguagem. Na obra de manifestou-se sobretudo como um
Clarice Lispector, para atingir uma maior empenho em
expressividade na construção do texto, a) reforçar o aspecto discursivo do verso,
destaca-se ainda a epifania. por meio da valorização dos nexos
Considerando-se o conceito de epifania na sintáticos.
obra dessa autora, pode-se ler o conto b) espacializar as palavras, reconhecendo
“Cem anos de perdão” como em cada uma a autonomia de um signo.
a) antítese do prazer da criança que
c) dotar os versos da musicalidade
desvela, por meio do ato de roubar, as
expressiva dos modernos simbolistas
possibilidades da transgressão das rígidas
europeus.
normas impostas pela sociedade, mas que
sofre de forma antecipada devido à d) engajar as palavras num discurso de
possibilidade da punição. denúncia e de combate político.
b) metáfora da passagem da infância para a e) experimentar novas formas fixas de
adolescência, uma vez que a descoberta poema, combatendo assim a livre
dos grandes jardins com suas rosas e discursividade.
pitangas acena, figurativamente, para a 12 - A questão a seguir refere-se às obras
descoberta do erotismo e da sexualidade. "A hora e vez de Augusto Matraga", de
c) alegoria da dor da criança pobre que, ao Guimarães Rosa (1946), e "A hora da
andar pelas ruas ricas do espaço urbano, estrela", de Clarice Lispector (1977). Pode-
percebe a desigualdade social de Recife, o se afirmar que o final das duas narrativas
que autoriza e legitima o ato de roubar. revela o que é sugerido em seus títulos.
Nesse sentido, a morte das personagens
d) metonímia do mal que se manifesta, de
aparece como
forma inofensiva, nas crianças, por meio
do roubo de rosas e de pitangas, mas que a) o acontecimento que resolve, pela ação
na vida adulta se manifestará em atos e de um indivíduo, o problema de uma
atitudes que prejudicarão a sociedade. coletividade em apuros.
11 - A década de 1950 foi marcada pelo b) o instante único no qual Augusto
anseio de modernização do país, cujos Matraga e Macabéa, cada um a seu modo,
reflexos se fazem sentir também no plano reconhecem-se como fracassados.
da cultura. É de se notar o amadurecimento c) o instante único no qual Augusto
da poesia de João Cabral, poeta que se Matraga e Macabéa, cada um a seu modo,
rebelou contra o que considerava nosso vislumbram a felicidade.
sentimentalismo, nosso “tradicional
d) o acontecimento que resolve o destino
individual, sem maiores implicações na
coletividade.
13 - Leia o trecho abaixo, de "Morte e vida
severina", de João Cabral de Melo Neto.
"- Severino retirante,
deixa agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
(...)
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:

vê-Ia desfiar seu fio,


que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,

teimosamente, se fabrica"
Quanto ao gênero literário, é correto
afirmar que o fragmento lido é
a) narrativo, que conta em prosa histórias
do sertão nordestino.
b) uma peça teatral, desprovido de lirismo
e com linguagem rústica.
c) bastante poético e marcado por rimas.
sem metrificação.
d) uma epopeia, que traduz o desencanto
pela vida dura do sertão.
e) dramático, que encena conflitos
internos do ser humano.

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