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CURRÍCULO DA CIDADE - EDUCAÇÃO INFANTIL – SME/SP


PROFESSOR: Vinícius Reccanello de Almeida

INTRODUÇÃO

• Currículo da cidade: resultados de movimentos de reorganização curricular.

• Este documento estruturou-se buscando estabelecer um diálogo entre os pressupostos


teóricos que o embasam e as práticas vivenciadas nas UEs da RME-SP (Cenas: materializam
os princípios e conceitos presentes no Currículo Integrador da Infância Paulistana).

• Base: Currículo Integrador da Infância Paulistana

• As orientações curriculares expressas por um documento só se efetivam nas práticas


cotidianas, na relação entre gestoras(es), professoras(es), funcionários,
familiares/responsáveis, bebês e crianças.

• Sacristán: “O valor de qualquer currículo, de toda proposta de mudança para a prática


educativa, se comprova na realidade na qual se realiza, na forma como se concretiza em
situações reais. O currículo na ação é a última expressão de seu valor, pois, enfim, é na
prática que todo projeto, toda ideia, toda intenção, se faz realidade de uma forma ou
outra; se manifesta, adquire significado e valor, independentemente de declarações e
propósitos de partida.”

A ESCOLA COMO ESPAÇO SOCIAL DA ESFERA PÚBLICA

• Educação:

• processo social;

• as pessoas se educam e são educadas cotidianamente;

• relações interpessoais (ações de convivência, trabalho, lazer, diálogos produzidos nos


espaços públicos e privados, interações com as informações a partir de diferentes
tecnologias);

• é um bem público e um valor comum a ser compartilhado por todos;

• possibilita constituir uma vida comum nos territórios;

• direito de todos (importante papel na constituição subjetiva de cada sujeito; possibilita a


participação nos grupos sociais);

• assegura coesão, equidade social, solidariedade ...


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Socialização, Aprendizagem e Desenvolvimento


Primeira instituição a oferecer um modo de viver e de realizar tarefas do
FAMÍLIA
cotidiano (ex. comer, brincar, vestir-se).
Instituição de VIVÊNCIAS de infâncias, de INTERAÇÕES sociais e culturais, de
APRENDIZAGENS e DESENVOLVIMENTO.
ESCOLA
Jornadas na Educação Infantil: ampliação e pluralização das suas experiências
humanas.
Situações de vida autênticas: bebês e as crianças aprendem especialmente ao
estabelecer interações e ao realizar brincadeiras. A aprendizagem está
presente na realização de todas as práticas da vida cotidiana.

Documentos curriculares: apontam apenas as possibilidades educativas, mas


os processos de educação e as aprendizagens são decididos no dia a dia pelos
sujeitos.

Ingresso na escola de Educação Infantil – significa:


CURRÍCULO
- aprender a conviver na esfera pública;
- reunir-se com outras crianças e adultos;
- participar de distintos universos materiais e simbólicos;
- compartilhar diversidades e
- constituir perspectivas comuns a partir de pontos de vista singulares.

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• DCNEI (Art. 7º) – A tripla função da Educação Infantil

Art. 7º Na observância destas Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de


Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua FUNÇÃO
SOCIOPOLÍTICA e PEDAGÓGICA:

I - oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis,
humanos e sociais;

II - assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado


das crianças com as famílias;

III - possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto a
ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;

IV - promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de


diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de
vivência da infância;

V - construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a


ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações
de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e
religiosa.

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A tripla função da EI

SOCIAL POLÍTICA PEDAGÓGICA

Acolhimento dos bebês e das Promover a igualdade de Escola como lugar


crianças no sentido de oportunidades educacionais privilegiado tanto para a
assumir a responsabilidade entre as crianças de ampliação e diversificação de
de cuidá-las e educá-las em diferentes classes sociais no repertórios, saberes e
sua integralidade no período que se refere ao acesso a conhecimentos de diferentes
em que estão na instituição, bens culturais e às ordens como para
complementando e possibilidades de vivências estabelecer o encontro e a
compartilhando a ação da das infâncias (contribuir para convivência entre bebês,
família/responsáveis que bebês e crianças crianças e adultos.
usufruam de seus direitos
civis, humanos e sociais, Finalidade: construir outras
exercendo o seu direito à formas de sensibilidade e
participação). sociabilidade que constituam
subjetividades
comprometidas com a
ludicidade, a educação
inclusiva, a democracia, a
sustentabilidade do planeta,
o rompimento de relações de
dominação etária,
socioeconômica, étnico-
racial, de gênero, regional,
linguística, religiosa.

• Qualidade SOCIAL da educação infantil

• Currículo Integrador da Infância Paulistana: comprometido com a qualidade social da


educação; papel de considerar a diversidade que compõe as infâncias que habitam a
cidade e se contrapor às desigualdades (étnicas, raciais, etárias, de gênero, econômicas,
geográficas, religiosas) que condicionam a vida de bebês e crianças.

• Busca por TRANSFORMAÇÃO

• Recriar a escola de Educação Infantil é superar compreensões assistenciais,


compensatórias e antecipatórias, que priorizam a guarda, a proteção e a moralização dos
bebês e das crianças.

• Objetivo principal da escola pública: oferecer às novas gerações oportunidades para


encontrar pessoas e conhecimentos que lhes possibilitem experiências, que provoquem e
gerem acontecimentos, intercâmbios, conseguindo constituir modos de ser e de
participar da vida social.
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• Identidade, autoria e protagonismo

• Escola: lugar onde se aprende a conduzir a existência, tendo em vista o interesse comum, e
não apenas os desejos e interesses individuais.

• Educação Infantil: os espaços possibilitam o exercício da ação coletiva e da autonomia dos


bebês e das crianças nas suas investigações.

• Estar nesse espaço educativo possibilita aos bebês e às crianças criar uma voz própria,
com autoria e protagonismo.
• É um tempo para identificar os seus sentimentos e desejos, construir um estilo pessoal
frente ao mundo, aprender a compreender as pessoas e a diversidade de seus modos de
ser e estar, fazer escolhas desenvolvendo significados pessoais e significações sociais.

OS TERRITÓRIOS COMO ELEMENTOS DA VIDA COMUM

• Sobre os territórios:

• os termos “território” e “cultura” estão muito imbricados;

• os territórios tornam-se cada vez mais globalizados, e as configurações sociais são


constantemente renovadas por fluxos que ultrapassam fronteiras e se tornam presentes na
vida cotidiana;

• todo território é um espaço social em que forças econômicas, políticas, culturais estão em
permanente tensão, disputando a hegemonia;

• Milton Santos: o território usado é um espaço geográfico e social que contém a vida humana
em suas peculiaridades, diversidades e similaridades;

• atenção: os bebês e as crianças devem ter direito aos territórios da sua cidade (a educação
como um processo social se efetiva a partir das relações estabelecidas em um território,
sejam elas educativas formais ou informais).

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CENA 1

Conseguimos junto às crianças e suas famílias/responsáveis TORNAR A VIELA ATRÁS DA


ESCOLA — uma passagem escura, com entulhos e, por isso, perigosa — um LUGAR REVITALIZADO.
É claro que nenhum trabalho de qualidade social se faz sem constantes acompanhamentos; não é
apenas uma ação que, depois de realizada, possa ser esquecida. É por isso que o PROJETO teve
continuidade com as brincadeiras que podem acontecer além da escola; nesse sentido, visitamos
com as crianças os espaços comerciais do bairro, suas casas e, por fim, uma praça pública, que é
um ótimo lugar para brincar.
As crianças vão até lá fazendo muitas observações que nós, enquanto adultos, por vezes não
percebemos nem paramos para notar. Elas comentam o quanto as pinturas das casas são
interessantes e revelam sobre as pessoas que ali moram, as próprias construções, a quantidade de
lixo nas ruas, etc. O passeio deixa de ser somente um momento de lazer e diversão com os colegas:
torna-se também um momento de estudo do meio, uma oportunidade de aprendizagem.
Percebemos que era preciso cuidar da praça — esse importante espaço de brincadeira — e
torná-la nossa. Iniciou-se então o processo de revitalização da praça. Preparamos com as crianças
um evento para limpeza, de forma que as famílias/responsáveis compreendessem que ali é um
ESPAÇO POSSÍVEL DE VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIAS DO BRINCAR. Tivemos, por fim, a reinauguração
da praça e seguimos todas as semanas indo até lá, levando materiais de largo alcance, como
papelão, e brinquedos tradicionais, como corda, pipa, bolinha de gude, etc. Lá as crianças e os
adultos resgatam e vivem as suas infâncias, aprendem uns com os outros e ressignificam o que é
viver na periferia, quais as possibilidades do território e o que podemos fazer ou a quem devemos
cobrar para que ele se torne nosso.

✓ Atenção: ODS - Meta 11.4 Fortalecer esforços para proteger o patrimônio cultural e natural do
mundo.

• Território e pertencimento cultural

• UEs: fazem parte de um território material e simbólico, de uma cultura ou de múltiplas


culturas;

• papel da escola:

• propiciar práticas pedagógicas que deem sentido ao território como espaço de


pertencimento para relações com a cultura local, com o modo de vida das pessoas, com
as suas manifestações culturais, artísticas e nacionalidades diversas;

• analisar o território para que os PPPs também tenham a identidade dos territórios;

• então: as UEs não apenas precisam conhecer temas relativos às infâncias, mas perceber
cada grupo de bebês e crianças em seus contextos e na sua singularidade, para
compreender os seus modos de viver, aprender, conviver, brincar, divertir-se;

• UEs fazem parte de um território material e simbólico, de uma cultura ou de múltiplas.


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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
• Enfoque da equidade: centrar a atenção nas populações mais vulneráveis ;
reduzir as brechas que impedem direitos fundamentais para conseguir um
desenvolvimento integral.
Educação • Estratégia para atingir a igualdade, a partir do reconhecimento da
para diversidade.
Equidade • Sistema equitativo de educação: os resultados são independentes das
condições socioeconômicas e de outros fatores que levam a desvantagens
educativas.
• UE: possui certa autonomia e pode contribuir para reduzir as
discriminações e os preconceitos relacionados às diferenças
biopsicossociais, culturais, etárias, econômicas, étnico-raciais, de gênero,
linguísticas, religiosas, entre outros.
Educação
• Primeiro passo: reconhecer que existem grupos e populações que foram (e
Inclusiva
ainda são) desconsiderados como sujeitos de direitos.
• Escola inclusiva: reconstrução de conceitos e práticas e no reconhecimento
da diferença como uma riqueza humana.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Compromisso com as práticas integradas de formação e o desenvolvimento
humano global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética,
moral e simbólica.

Compromisso com algumas variáveis:

✓ Integralidade e inteireza dos sujeitos: valorização da complexidade dos


sujeitos (ex. multidimensionalidade humana (sentimentos, pensamentos,
palavras, ações ...).
✓ Articulação de diferentes saberes, linguagens e conhecimentos: vivências
Educação das diferentes práticas sociais, como conversar, brincar, cantar, desenhar,
Integral investigar, pesquisar e outras que configuram o que é ser humano.
✓ Práticas pedagógicas integradoras: envolve escuta, observação, conversa,
numa atitude de respeito, dignidade e acolhimento.
✓ Currículo Integrador: compreensão da vida das crianças, das suas condições
de existência, dos territórios que habitam e dos desafios para oferecer uma
infância plena na escola. Integração dos espaços coletivos na EI e no EF com a
vida social e o conhecimento humano (além dos muros escolares).
✓ Oferta educativa em tempo integral: premissa que o tempo a mais na escola
só tem significado se propiciar experiências significativas, contribuindo para
as aprendizagens das crianças.

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UM CURRÍCULO PARA A CIDADE DE SÃO PAULO: MATRIZ DOS SABERES

Fundamentos da Matriz de Saberes


Princípios éticos, estéticos e políticos (orientados para o exercício
Diretrizes Curriculares
da cidadania responsável, que levem à construção de uma
Nacionais
sociedade mais igualitária, justa, democrática e solidária).
que fazem sentido para a vida dos bebês, crianças, adolescentes,
Saberes historicamente
jovens e adultos no século XXI e ajudam a lidar com as rápidas
acumulados
mudanças e incertezas em relação ao futuro da sociedade.
que priorizam as vozes de bebês, crianças, adolescentes, jovens e
adultos, reconhecem e valorizam suas ideias, opiniões e
experiências de vida, além de garantir que façam escolhas e
Abordagens pedagógicas
participem ativamente das decisões tomadas na escola e na sala de
aula.
baseados em “solidariedade, singularidade, coletividade, igualdade
e liberdade”, os quais buscam eliminar todas as formas de
preconceito e discriminação, como orientação sexual, gênero, raça,
Valores fundamentais
etnia, deficiência e todas as formas de opressão que coíbem o
da contemporaneidade
acesso de bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos à
participação política e comunitária e a bens materiais e simbólicos.
voltadas a promover o desenvolvimento humano integral e a
equidade, de forma a garantir a igualdade de oportunidades para
Concepções de que os sujeitos de direitos sejam considerados a partir de suas
Educação Integral e diversidades, possam vivenciar a Unidade Educacional de forma
Educação Inclusiva plena e expandir suas capacidades intelectuais, físicas, sociais,
emocionais e culturais.
Então:

A Matriz de Saberes tem como propósito formar cidadãos éticos, responsáveis e solidários que
fortaleçam uma sociedade mais inclusiva, democrática, próspera e sustentável, e indica o que
bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos devem aprender e desenvolver ao longo do seu
processo de escolarização.

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Descrição dos princípios explicitados na Matriz de Saberes

Saber: Acessar, selecionar e organizar o conhecimento com curiosidade,


Pensamento ludicidade, pensamento científico, crítico e criativo;
científico, Para: Explorar, descobrir, experienciar, observar, brincar, questionar,
crítico e investigar causas, elaborar e testar hipóteses, refletir, interpretar e analisar
criativo ideias e fatos em profundidade, produzir e utilizar evidências.
Saber: Descobrir possibilidades diferentes, brincar, avaliar e gerenciar
experiências vividas, ter ideias originais e criar soluções, problemas e
perguntas, sendo sujeitos de sua aprendizagem e de seu desenvolvimento;
Resolução de
interagindo com adultos/pares/meio;
problemas
Para: Inventar, reinventar-se, resolver problemas individuais e coletivos e agir
de forma propositiva em relação aos desafios contemporâneos.
Saber: Utilizar as múltiplas linguagens, como verbal, verbo-visual, corporal,
multimodal, brincadeira, artística, matemática, científica, Libras, tecnológica e
digital para expressar-se, partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo;
Comunicação Para: Exercitar-se como sujeito dialógico, criativo, sensível e imaginativo,
aprender corporalmente, compartilhar saberes, reorganizando o que já sabe e
criando novos significados, e compreender o mundo, situando-se e
vivenciando práticas em diferentes contextos socioculturais.
Saber: Conhecer e cuidar de seu corpo, sua mente, suas emoções, suas
aspirações, seu bem-estar e ter autocrítica;
Para: Reconhecer limites, potências e interesses pessoais, apreciar suas
Autoconheci próprias qualidades, a fim de estabelecer objetivos de vida, evitar situações
mento e de risco, adotar hábitos saudáveis, gerir suas emoções e comportamentos,
autocuidado dosar impulsos e saber lidar com a influência de grupos, desenvolvendo sua
autonomia no cuidado de si, nas brincadeiras, nas interações/relações com os
outros, com os espaços e com os materiais.

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Descrição dos princípios explicitados na Matriz de Saberes

Saber: Criar, escolher e recriar estratégias, organizar-se, brincar, definir


metas e perseverar para alcançar seus objetivos;
Autonomia e Para: Agir com autonomia e responsabilidade, fazer escolhas, vencer
determinação obstáculos e ter confiança para planejar e realizar projetos pessoais,
profissionais e de interesse coletivo.
Saber: Abrir-se ao novo, respeitar e valorizar diferenças e acolher a
diversidade;
Para: Agir com flexibilidade e sem preconceito de qualquer natureza,
Abertura à conviver harmonicamente com os diferentes, apreciar, fruir e produzir bens
diversidade culturais diversos, valorizar as identidades e culturas locais, maximizando
ações promotoras da igualdade de gênero, de etnia e de cultura, brincar e
interagir/relacionar-se com a diversidade.
Saber: Reconhecer e exercer direitos e deveres, tomar decisões éticas e
responsáveis para consigo, o outro e o planeta, desenvolvendo o
protagonismo, a brincadeira e o direito de fazer escolhas, expressando seus
Responsabilida
interesses, hipóteses, preferências, etc.;
de e
Para: Agir de forma solidária, engajada e sustentável, respeitar e promover
participação
os direitos humanos e ambientais, participar da vida cidadã e perceber-se
como agente de transformação.
Saber: Considerar a perspectiva e os sentimentos do outro, colaborar com os
demais e tomar decisões coletivas; valorizando e respeitando as diferenças
que constituem os sujeitos, brincar e interagir/relacionar-se com o outro;
Empatia e
Para: Agir com empatia, trabalhar em grupo, criar, pactuar e respeitar
colaboração
princípios de convivência, solucionar conflitos, desenvolver a tolerância à
frustração e promover a cultura da paz.
Saber: Desenvolver repertório cultural e senso estético para reconhecer,
valorizar e fruir as diversas identidades e manifestações artísticas e culturais,
brincar e participar de práticas diversificadas de produção sociocultural;
Para: Ampliar e diversificar suas possibilidades de acesso a produções
Repertório
culturais e suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
Cultural
cognitivas, sociais e relacionais, a partir de práticas culturais locais e
regionais, desenvolvendo seus conhecimentos, sua imaginação, criatividade,
percepção, intuição e emoção.

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COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO PARA A EQUIDADE, A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E


A EDUCAÇÃO INTEGRAL

• Exige que a SME indique políticas curriculares específicas para as populações que têm tido os
seus direitos historicamente não atendidos.

• Educação para as Relações Étnico-Raciais

• É parte integrante das Políticas Públicas de Currículo e de Formação Continuada (por meio
do seu Núcleo de Educação Étnico-Racial).

• Áreas de trabalho: a) História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; b) História e Cultura


Indígena e Educação Escolar Indígena; e c) Educação para Imigrantes e Educação Escolar para
Populações em Situação de Itinerância.

• Objetivo das áreas: desenvolvimento e a aplicação contínua e permanente das Leis Federais
nº 10.639/03 e nº 11.645/08, da Lei Municipal nº 16.478/16 e do Estatuto da Igualdade
Racial.

• Marcos legais referenciados: resultam da trajetória histórica de lutas e mobilizações sociais


que, ao longo de décadas, buscou a representação de identidades sócio-raciais,
historicamente marginalizadas.

• Garantia aos cidadãos de acesso à Educação Básica, devidamente assistidos por profissionais
qualificados e capacitados para identificar e superar as manifestações do racismo como o
preconceito racial e a discriminação racial.

• Cena 3: Será que tem bailarina negra? E bailarinos negros? Por que não vemos muitos negros
dançando balé? A partir desses questionamentos, o grupo se propôs a pesquisar sobre o
assunto. (...). (...) e realizamos com as crianças um conjunto de vivências: “Do balé à capoeira:
espaços de todos”.

• Educação antirracista:

• reconhecimento positivo das culturas negras;

• possibilidade da escuta respeitosa de todos para vivenciar a interculturalidade;

• visibilização de histórias de vida de pessoas negras (propiciar para as crianças, sejam elas
negras ou não, o resgate da riquíssima história e cultura dos povos africanos e afro-
brasileiros, repletas de inovações científico-tecnológicas, sociais, políticas, intelectuais, e a
ajuda na reconstrução da imagem da participação digna e ativa dos negros em todas as
dimensões da experiência humana);
• ofertar às crianças representações gráficas, literárias, científicas e artísticas que contemplem
essa diversidade.
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• Povos indígenas:

• Oferta de educação: defesa de que a educação escolar das populações indígenas brasileiras
precisa ser feita a partir dos territórios onde está situada a aldeia, sua história, sua cultura,
suas formas de organização social, de alimentação e religião.

• Trabalho curricular: construir vivências sobre as culturas indígenas (literatura, histórias,


mitos, brincadeiras, ciência ...).

• Conhecimento dos povos indígenas e de suas culturas: tem efeito na construção de uma
relação respeitosa por esses modos de vida e na participação na luta contra a discriminação
social dos povos originários do território brasileiro.

• Educação para as novas migrações

• Migrações hoje: caracterizadas por novos percursos, que cruzam o planeta em todas as
direções. A diáspora, os refugiados, os novos migrantes percorrem terras e mares em busca
de territórios onde possam encontrar melhores condições de vida para si e para as suas
famílias/responsáveis.

• Lei de Migração (13.445/2017): objetivo de acolher e sustentar esses novos grupos que
passam a fazer parte da sociedade brasileira e das instituições educacionais do país.

• Responsabilidades das UEs que recebem crianças migrantes:

• traçar planos de acolhimento para elas e as suas famílias/responsáveis;


• não há um modo único de lidar com essa situação;
• aprender a conviver com as diversidades culturais dos bebês, das crianças e suas famílias;
• cuidar da homogeneização pela língua (a língua materna é acolhedora; bilinguismo como
capacidade de aprender a viver em duas línguas);
• propiciar espaço para a escuta dos gestos, olhares e das palavras de cada bebê, criança e
família/responsáveis, procurando superar as barreiras da comunicação;
• promover momentos coletivos de convivência e tempos individualizados com os
familiares, para conversar sobre a adaptação ao país e as dúvidas ou para ler histórias
sobre crianças migrantes ou sobre os países de origem.

• Educação para as Relações de Gênero

• O conhecimento do próprio corpo, as diferenças entre corpos de meninos e meninas


deixaram de ser tabus, e os questionamentos das crianças sobre a sua origem começaram a
ser tratados com maior naturalidade.

• Livros, filmes, brinquedos foram produzidos para apoiar a construção de perguntas, a


compreensão e as respostas sobre esses temas.

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• Direitos defendidos na EI: a igualdade social entre as pessoas de diferentes gêneros e a


liberdade de expressão sobre os sentimentos e pensamentos.

• Rompendo com preconceitos: romper o silêncio sobre a normatividade daquilo que podem
ou não podem fazer meninos e meninas (ex. as meninas preferem brincar paradas e meninos
gostam de correr).

• Educar as crianças numa perspectiva compreensiva sobre sexualidade e gênero é construir


questionamentos sobre situações do dia a dia e tomar decisões apoiadas em informações,
discussões e posicionamentos.

• Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

• SME: reconhece a existência de múltiplas infâncias e das várias formas de ser criança.

• Sistema educacional inclusivo: todos podem ter experiências de aprendizagem de acordo


com as suas possibilidades, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades,
assegurando a todos os bebês e as crianças o pleno exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais.

• Papel da UE: por meio de um “desenho universal para a aprendizagem”, abrir as portas para
que esses bebês e crianças possam aprender como os outros, mesmo que por caminhos
diferentes.

• Como:

• métodos, materiais, recursos, tecnologias e suporte pedagógico diferenciados;


• ações que respondam às necessidades e ampliem as capacidades de todos e de cada
um
• desenho universal para a aprendizagem: capaz de criar coletivamente oportunidades
equitativas de aprendizagem e ambientes educacionais interativos, os quais, sendo
diferentes, igualam as oportunidades.

• Educação para o Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030/ONU

• ODS:

• 17 objetivos com metas e ações específicas adotadas por 193 países-membros das
Nações Unidas;

• abrangem ações voltadas a cinco grandes áreas: Pessoas, Planeta, Paz, Prosperidade e
Parcerias (visão holística do ser humano e dos desafios globais);

• finalidade: “garantir uma vida sustentável, pacífica, próspera e equitativa na Terra, para
todos, agora e no futuro” (UNESCO).
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• Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS): instrumento fundamental para atingir


os ODS. Deve ser entendida como parte integrante da educação de qualidade desde a EI, em
espaços formais e não formais da educação.

• Na prática: infância – as crianças estão construindo seus hábitos de ação, de linguagem, de


estrutura de pensamentos. Eles se constroem pela repetição cotidiana de pequenas ações
que observam, por exemplo, apaga-se ou não a luz ao sair da sala? Conserta-se um
brinquedo que quebra ou joga-se fora?

A DEMOCRACIA NA VIDA E NOS PROCESSOS EDUCATIVOS

• John Dewey:

• a democracia, considerada como sistema de vida moral e humana, deveria servir de guia à
educação;

• alia a discussão de sociedade e de educação democrática ao conceito de liberdade de pensar


e agir numa condição comunitária.

• a educação confunde-se com o processo de vida em sociedade e, portanto, “é um método


fundamental de progresso e reformas sociais”;

• a instituição educacional como instituição social: deve representar a vida presente — uma
vida tão real e vital para a criança como aquela que vive em casa, na vizinhança ou no
parque.

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