Você está na página 1de 10

PEDRO BANDEIRA

CARLOS EDGARD HERRERO

O PEQUENO FANTASMA

Leitor iniciante – 1 anos


os

do Ensino Fundamental
N uma pr
cifrar o
sinais gráficos
que são realiz
Fundamental t
Ingenuamen
tenha fluência
pois os sentido
PROJETO DE LEITURA Por essa con
o que as pala
Coordenação: Maria José Nóbrega estão a andor
Elaboração: Luísa Nóbrega quem não que
bastaria para a
te não. A com
o leitor já soub
Isso porque
derivam de co
rências. Lemo
entrelinhas, le
o texto aprese
trabalho do le

Enc o pequeno fantasma.indd 1


Se retornarm
associa pássaro
andorinha e o
voltam”, mas d
De Leitores e Asas Apesar de n
tre a andorinh
MARIA JOSÉ NÓBREGA momento. Ap
a oposição en
da “não quer
deduzidos pel
“Andorinha no coqueiro, ficaria mais ou
Sabiá na beira-mar,
Andorinha vai e volta, S

ERO Meu amor não quer voltar.”


O
mas não sei o

O assunto da
[[ lo pelo abando
MA mos a respeito
“vivida” atravé
alívio por estar
estarmos dista

N
mos mais no a
uma primeira dimensão, ler pode ser entendido como de- Quem produ
cifrar o escrito, isto é, compreender o que letras e outros como diz Leon
sinais gráficos representam. Sem dúvida, boa parte das atividades que veem seu
que são realizadas com as crianças nas séries iniciais do Ensino quem lê podem
Fundamental têm como finalidade desenvolver essa capacidade. um leitor e de
Ingenuamente, muitos pensam que, uma vez que a criança leituras produ
tenha fluência para decifrar os sinais da escrita, pode ler sozinha, revelam posiçõ
pois os sentidos estariam lá, no texto, bastando colhê-los. valores susten
Por essa concepção, qualquer um que soubesse ler e conhecesse Se refletirmo
o que as palavras significam estaria apto a dizer em que lugar voltar”, podem
estão a andorinha e o sabiá; qual dos dois pássaros vai e volta e rança de enco
quem não quer voltar. Mas será que a resposta a estas questões “quer” voltar?
bastaria para assegurar que a trova foi compreendida? Certamen- “não quer”, is
te não. A compreensão vai depender, também, e muito, do que que teria prov
o leitor já souber sobre pássaros e amores. por outra ou o
Isso porque muitos dos sentidos que depreendemos ao ler que o amor: os
derivam de complexas operações cognitivas para produzir infe- e gosta de con
rências. Lemos o que está nos intervalos entre as palavras, nas andorinha e d
entrelinhas, lemos, portanto, o que não está escrito. É como se ___________
* “Cada um lê com
o texto apresentasse lacunas que devessem ser preenchidas pelo a galinha: uma me
trabalho do leitor. Vozes, Petrópolis.
2
Se retornarmos à trova acima, descobriremos um “eu” que Quem é esse
associa pássaros à pessoa amada. Ele sabe o lugar em que está a lino, por exem
andorinha e o sabiá; observa que as andorinhas migram, “vão e mulher tem d
voltam”, mas diferentemente destas, seu amor foi e não voltou. senão voa; num
as Apesar de não estar explícita, percebemos a comparação en-
tre a andorinha e a pessoa amada: ambas partiram em um dado
lher fez muito
instalada a po
momento. Apesar de também não estar explícita, percebemos sociais...
a oposição entre elas: a andorinha retorna, mas a pessoa ama- Se levamos a
da “não quer voltar”. Se todos estes elementos que podem ser autonomia, le
deduzidos pelo trabalho do leitor estivessem explícitos, o texto gem que não
ficaria mais ou menos assim: sempre leitore

Sei que a andorinha está no coqueiro,


e que o sabiá está na beira-mar.
Observo que a andorinha vai e volta,
mas não sei onde está meu amor que partiu e não quer voltar. DES

O assunto da trova é o relacionamento amoroso, a dor-de-cotove- UM POUCO

]
lo pelo abandono e, dependendo da experiência prévia que tiver- Contextualiz
mos a respeito do assunto, quer seja esta vivida pessoalmente ou para crianças.
“vivida” através da ficção, diferentes emoções podem ser ativadas:
alívio por estarmos próximos de quem amamos, cumplicidade por
estarmos distantes de quem amamos, desilusão por não acreditar- RESENHA

]
mos mais no amor, esperança de encontrar alguém diferente... Apresentam
dido como de- Quem produz ou lê um texto o faz a partir de um certo lugar, fessor, antecip
letras e outros como diz Leonardo Boff*, a partir de onde estão seus pés e do possa consider
das atividades que veem seus olhos. Os horizontes de quem escreve e os de cessidades e p
iais do Ensino quem lê podem estar mais ou menos próximos. Os horizontes de
a capacidade. um leitor e de outro podem estar mais ou menos próximos. As
que a criança leituras produzem interpretações que produzem avaliações que COMENTÁR
de ler sozinha, revelam posições: pode-se ou não concordar com o quadro de ] Procuramos
olhê-los. valores sustentados ou sugeridos pelo texto. ma narrativa:
er e conhecesse Se refletirmos a respeito do último verso “meu amor não quer certos recurso
em que lugar voltar”, podemos indagar, legitimamente, sem nenhuma espe- professor pode
os vai e volta e rança de encontrar a resposta no texto: por que ele ou ela não do conhecimen
estas questões “quer” voltar? Repare que não é “não pode” que está escrito, é discutidos, que
da? Certamen- “não quer”, isto quer dizer que poderia, mas não quer voltar. O ampliar a com
muito, do que que teria provocado a separação? O amor acabou. Apaixonou-se
por outra ou outro? Outros projetos de vida foram mais fortes
ndemos ao ler que o amor: os estudos, a carreira, etc. O “eu” é muito possessivo PROPOSTAS
]

produzir infe- e gosta de controlar os passos dele ou dela, como controla os da a) antes da le
s palavras, nas andorinha e do sabiá? Ao ler, mobi
ito. É como se ___________ o texto e aprec
* “Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.” A águia e
eenchidas pelo a galinha: uma metáfora da condição humana (37a edição, 2001), Leonardo Boff, Editora Folheando o li
Vozes, Petrópolis. tecipar muito
3
um “eu” que Quem é esse que se diz “eu”? Se imaginarmos um “eu” mascu- As atividade
em que está a lino, por exemplo, poderíamos, num tom machista, sustentar que tos prévios nec
migram, “vão e mulher tem de ser mesmo conduzida com rédea curta, porque ü Explicitaçã
e não voltou. senão voa; num tom mais feminista, poderíamos dizer que a mu- os alunos
omparação en- lher fez muito bem em abandonar alguém tão controlador. Está ü Antecipaç
m em um dado instalada a polêmica das muitas vozes que circulam nas práticas de indica
a, percebemos sociais... subtítulos
a pessoa ama- Se levamos alguns anos para aprender a decifrar o escrito com calização,
que podem ser autonomia, ler na dimensão que descrevemos é uma aprendiza- ü Explicitaç
lícitos, o texto gem que não se esgota nunca, pois para alguns textos seremos levando e
sempre leitores iniciantes. a compar

o, [[ b) durante a
, São apresen
o quer voltar. focalizando as
DESCRIÇÃO DO PROJETO DE LEITURA do texto pelo
ü Leitura gl
dor-de-cotove- UM POUCO SOBRE O AUTOR
]

ü Caracteriz
révia que tiver- Contextualiza-se o autor e sua obra no panorama da literatura
ü Identifica
ssoalmente ou para crianças.
veis pela c
m ser ativadas:
mplicidade por
não acreditar- RESENHA
]

c) depois da
m diferente... Apresentamos uma síntese da obra para permitir que o pro-
Propõem-se
um certo lugar, fessor, antecipando a temática, o enredo e seu desenvolvimento,
seus pés e do possa considerar a pertinência da obra levando em conta as ne- lhor compreen
screve e os de cessidades e possibilidades de seus alunos. respeito de co
horizontes de debater temas
s próximos. As contemporâne
avaliações que COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA ü Compreen
]

m o quadro de Procuramos evidenciar outros aspectos que vão além da tra- escrita do
ma narrativa: os temas e a perspectiva com que são abordados, pelo prof
amor não quer certos recursos expressivos usados pelo autor. A partir deles, o ü Apreciaçã
enhuma espe- professor poderá identificar que conteúdos das diferentes áreas ü Identifica
ele ou ela não do conhecimento poderão ser explorados, que temas poderão ser ü Explicitaçã
está escrito, é discutidos, que recursos linguísticos poderão ser explorados para ü Ampliaçã
quer voltar. O ampliar a competência leitora e escritora do aluno. compleme
Apaixonou-se produção
am mais fortes que conte
uito possessivo PROPOSTAS DE ATIVIDADES
]

controla os da a) antes da leitura


Ao ler, mobilizamos nossas experiências para compreendermos LEIA MAIS.
]

o texto e apreciarmos os recursos estilísticos utilizados pelo autor. ü do mesmo


és pisam.” A águia e
onardo Boff, Editora Folheando o livro, numa rápida leitura preliminar, podemos an- ü sobre o m
tecipar muito a respeito do desenvolvimento da história. ü sobre o m
4
Se retornarmos à trova acima, descobriremos um “eu” que Quem é esse que se diz “eu”? Se imaginarmos um “eu” mascu- As atividades propostas favorecem a ativação dos conhecimen-
associa pássaros à pessoa amada. Ele sabe o lugar em que está a lino, por exemplo, poderíamos, num tom machista, sustentar que tos prévios necessários à compreensão do texto.
andorinha e o sabiá; observa que as andorinhas migram, “vão e mulher tem de ser mesmo conduzida com rédea curta, porque ü Explicitação dos conhecimentos prévios necessários para que
voltam”, mas diferentemente destas, seu amor foi e não voltou. senão voa; num tom mais feminista, poderíamos dizer que a mu- os alunos compreendam o texto.
De Leitores e Asas Apesar de não estar explícita, percebemos a comparação en-
tre a andorinha e a pessoa amada: ambas partiram em um dado
lher fez muito bem em abandonar alguém tão controlador. Está
instalada a polêmica das muitas vozes que circulam nas práticas
ü Antecipação de conteúdos do texto a partir da observação
de indicadores como título (orientar a leitura de títulos e
MARIA JOSÉ NÓBREGA momento. Apesar de também não estar explícita, percebemos sociais... subtítulos), ilustração (folhear o livro para identificar a lo-
a oposição entre elas: a andorinha retorna, mas a pessoa ama- Se levamos alguns anos para aprender a decifrar o escrito com calização, os personagens, o conflito).
da “não quer voltar”. Se todos estes elementos que podem ser autonomia, ler na dimensão que descrevemos é uma aprendiza- ü Explicitação dos conteúdos que esperam encontrar na obra
deduzidos pelo trabalho do leitor estivessem explícitos, o texto gem que não se esgota nunca, pois para alguns textos seremos levando em conta os aspectos observados (estimular os alunos
“Andorinha no coqueiro, ficaria mais ou menos assim: sempre leitores iniciantes. a compartilharem o que forem observando).

PEDRO BANDEIRA Sabiá na beira-mar,


Andorinha vai e volta, Sei que a andorinha está no coqueiro, [[
e que o sabiá está na beira-mar. b) durante a leitura
CARLOS EDGARD HERRERO Meu amor não quer voltar.”
Observo que a andorinha vai e volta, São apresentados alguns objetivos orientadores para a leitura,
mas não sei onde está meu amor que partiu e não quer voltar. focalizando aspectos que auxiliem a construção dos significados
DESCRIÇÃO DO PROJETO DE LEITURA do texto pelo leitor.
ü Leitura global do texto.
O assunto da trova é o relacionamento amoroso, a dor-de-cotove- UM POUCO SOBRE O AUTOR
]

ü Caracterização da estrutura do texto.

O PEQUENO FANTASMA [[ lo pelo abandono e, dependendo da experiência prévia que tiver-


mos a respeito do assunto, quer seja esta vivida pessoalmente ou
“vivida” através da ficção, diferentes emoções podem ser ativadas:
Contextualiza-se o autor e sua obra no panorama da literatura
para crianças.
ü Identificação das articulações temporais e lógicas responsá-
veis pela coesão textual.
alívio por estarmos próximos de quem amamos, cumplicidade por
estarmos distantes de quem amamos, desilusão por não acreditar- RESENHA
]

c) depois da leitura

N
mos mais no amor, esperança de encontrar alguém diferente... Apresentamos uma síntese da obra para permitir que o pro-
uma primeira dimensão, ler pode ser entendido como de- Propõem-se uma série de atividades para permitir uma me-
Quem produz ou lê um texto o faz a partir de um certo lugar, fessor, antecipando a temática, o enredo e seu desenvolvimento,
cifrar o escrito, isto é, compreender o que letras e outros como diz Leonardo Boff*, a partir de onde estão seus pés e do possa considerar a pertinência da obra levando em conta as ne- lhor compreensão da obra, aprofundar o estudo e a reflexão a
Leitor iniciante – 1os anos respeito de conteúdos das diversas áreas curriculares, bem como
sinais gráficos representam. Sem dúvida, boa parte das atividades que veem seus olhos. Os horizontes de quem escreve e os de cessidades e possibilidades de seus alunos.
do Ensino Fundamental debater temas que permitam a inserção do aluno nas questões
que são realizadas com as crianças nas séries iniciais do Ensino quem lê podem estar mais ou menos próximos. Os horizontes de
Fundamental têm como finalidade desenvolver essa capacidade. um leitor e de outro podem estar mais ou menos próximos. As contemporâneas.
Ingenuamente, muitos pensam que, uma vez que a criança leituras produzem interpretações que produzem avaliações que COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA ü Compreensão global do texto a partir da reprodução oral ou
]

tenha fluência para decifrar os sinais da escrita, pode ler sozinha, revelam posições: pode-se ou não concordar com o quadro de Procuramos evidenciar outros aspectos que vão além da tra- escrita do texto lido ou de respostas a questões formuladas
pois os sentidos estariam lá, no texto, bastando colhê-los. valores sustentados ou sugeridos pelo texto. ma narrativa: os temas e a perspectiva com que são abordados, pelo professor em situação de leitura compartilhada.
PROJETO DE LEITURA Por essa concepção, qualquer um que soubesse ler e conhecesse Se refletirmos a respeito do último verso “meu amor não quer certos recursos expressivos usados pelo autor. A partir deles, o ü Apreciação dos recursos expressivos mobilizados na obra.
o que as palavras significam estaria apto a dizer em que lugar voltar”, podemos indagar, legitimamente, sem nenhuma espe- professor poderá identificar que conteúdos das diferentes áreas ü Identificação dos pontos de vista sustentados pelo autor.
Coordenação: Maria José Nóbrega estão a andorinha e o sabiá; qual dos dois pássaros vai e volta e rança de encontrar a resposta no texto: por que ele ou ela não do conhecimento poderão ser explorados, que temas poderão ser ü Explicitação das opiniões pessoais frente a questões polêmicas.
Elaboração: Luísa Nóbrega quem não quer voltar. Mas será que a resposta a estas questões “quer” voltar? Repare que não é “não pode” que está escrito, é discutidos, que recursos linguísticos poderão ser explorados para ü Ampliação do trabalho para a pesquisa de informações
bastaria para assegurar que a trova foi compreendida? Certamen- “não quer”, isto quer dizer que poderia, mas não quer voltar. O ampliar a competência leitora e escritora do aluno. complementares numa dimensão interdisciplinar ou para a
te não. A compreensão vai depender, também, e muito, do que que teria provocado a separação? O amor acabou. Apaixonou-se produção de outros textos ou, ainda, para produções criativas
o leitor já souber sobre pássaros e amores. por outra ou outro? Outros projetos de vida foram mais fortes que contemplem outras linguagens artísticas.
Isso porque muitos dos sentidos que depreendemos ao ler que o amor: os estudos, a carreira, etc. O “eu” é muito possessivo PROPOSTAS DE ATIVIDADES
]

derivam de complexas operações cognitivas para produzir infe- e gosta de controlar os passos dele ou dela, como controla os da a) antes da leitura
rências. Lemos o que está nos intervalos entre as palavras, nas andorinha e do sabiá? Ao ler, mobilizamos nossas experiências para compreendermos LEIA MAIS...
]

entrelinhas, lemos, portanto, o que não está escrito. É como se ___________ o texto e apreciarmos os recursos estilísticos utilizados pelo autor. ü do mesmo autor
* “Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.” A águia e
o texto apresentasse lacunas que devessem ser preenchidas pelo a galinha: uma metáfora da condição humana (37a edição, 2001), Leonardo Boff, Editora Folheando o livro, numa rápida leitura preliminar, podemos an- ü sobre o mesmo assunto
trabalho do leitor. Vozes, Petrópolis. tecipar muito a respeito do desenvolvimento da história. ü sobre o mesmo gênero
2 3 4 5

Enc o pequeno fantasma.indd 1 8/7/09 5:13:31 PM


PEDRO BANDEIRA Nascido em Sã
e artes plástic
ilustração par
CARLOS EDGARD HERRERO para Walt Dis
de publicidad
e fazendo o q
uma filha jorn

O PEQUENO FANTASMA RESENHA

Essa é a históri
os outros, nasc
narrador, os fa
sos descartado
Psiu adormece
já tinham voa
mal-assombra
diversão. O po
sem saber para
por uma bicic
Rasgado, man
por uma moça
rasgos e lavou
rado no varal,
Leitor em processo – 1os anos do
agasalhando u
Ensino Fundamental
COMENTÁRIO

UM POUCO SOBRE OS AUTORES Pedro Bandeir


medinhos com
Nascido em Santos, São Paulo, em 1942, Pedro Bandeira tórias há muit
mudou-se para a cidade de São Paulo em 1961. Trabalhou em Os fantasmas,
teatro profissional como ator, diretor e cenógrafo. Foi reda- recem nessa co
tor, editor e ator de comerciais de televisão. A partir de 1983 cuja tentativa
tornou-se exclusivamente escritor. Sua obra, direcionada a em sua maior
crianças, jovens e jovens adultos, reúne contos, poemas e nar- no universo d
rativas de diversos gêneros. Entre elas, estão: Malasaventuras para uma nar
— safadezas do Malasartes, O fantástico mistério de Feiurinha, terminam, qu
O mistério da fábrica de livros, Pântano de sangue, A droga do
das crianças hu
amor, Agora estou sozinha..., A droga da obediência, Droga de
americana! e A marca de uma lágrima. Recebeu vários prêmios,
como Jabuti, APCA, Adolfo Aizen e Altamente Recomendável, Áreas envo
da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Temas tran
A partir de 2009, toda a sua produção literária integra com ex- Público-alv
clusividade a Biblioteca Pedro Bandeira da Editora Moderna.
6

Enc o pequeno fantasma.indd 2


Nascido em São Paulo, Carlos Edgard Herrero cursou Belas Artes PROPOSTAS D
e artes plásticas. Especializou-se em histórias em quadrinhos e
ilustração para as mais diversas faixas etárias e fez quadrinhos Antes da leit
O para Walt Disney durante 16 anos. Tem um pequeno estúdio
de publicidade e design e continua escrevendo, desenhando 1. Revele para
e fazendo o que mais gosta na área editorial. É viúvo e tem livro que estão
uma filha jornalista. nas coisas de q
medos da class
RESENHA 2. Em seguida
classificar seus
Essa é a história de Psiu, um pequeno fantasma que, como todos sobrenaturais,
os outros, nasceu numa fábrica de lençóis — afinal, nos revela o medo de doen
narrador, os fantasmas nada mais são do que lençóis defeituo- cos). Organize
3. Mostre para
sos descartados pelos fabricantes. Em meio a uma pilha deles,
da história. Os
Psiu adormeceu, e só acordou quando todos os outros lençóis
ças? Na sua opi
já tinham voado para longe, indo assombrar castelos, mansões as principais ca
mal-assombradas ou mesmo os trens-fantasma dos parques de atravessar as p
diversão. O pobre Psiu, vendo-se sozinho, caminhou para a cidade Deixe que as c
sem saber para onde ir, apenas para ser prontamente atropelado 4. Peça às crian
por uma bicicleta e arrastado pelo para-choque de caminhão. nhos, filmes, li
Rasgado, manchado, sujo de graxa, acabou sendo encontrado apareçam um
por uma moça com um bebê no colo, que costurou todos os seus semelhanças e
rasgos e lavou-o com água e sabão. Depois de adormecer pendu- fantasmas são
rado no varal, eis que Psiu, feliz e aliviado, acordou num berço, inofensivos?
os do 5. Deixe que a
agasalhando um pequeno bebê.
ções, e estimul
da narrativa.
COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA
6. Ao final do l
de estímulo p
Pedro Bandeira e Carlos Edgard Herrero criaram a série Meus “como nascem
medinhos com o desejo de desmistificar os monstros cujas his- e organize um
dro Bandeira tórias há muito tempo causam medo e curiosidade nas crianças.
Trabalhou em Os fantasmas, monstros, dragões, lobisomens e bruxas que apa- Durante a lei
afo. Foi reda- recem nessa coleção são seres medrosos, cômicos, frágeis, doces,
partir de 1983 cuja tentativa de fazer maldades acaba saindo às avessas. São, 1. Como se tra
direcionada a em sua maioria, monstros cuja meiguice os torna desajustados alfabetização,
poemas e nar- no universo do terror e os obriga a resvalar para a comédia e do as crianças
alasaventuras para uma narrativa amena e pacífica, que ao final da história lido. Procure
de Feiurinha, terminam, quase sempre, tornando-se amigos e companheiros ritmo à narrati
ue, A droga do texto. Alguma
das crianças humanas.
ncia, Droga de o texto em voz
ários prêmios, 2. Peça aos alu
ecomendável, Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Arte surpreendente
l. Temas transversais: Pluralidade Cultural, Ética respeito do na
tegra com ex- Público-alvo: Anos iniciais do Ensino Fundamental 3. Estimule os a
ora Moderna. a respeito do d
7
ou Belas Artes PROPOSTAS DE ATIVIDADES 4. Proponha q
quadrinhos e e diferenças e
ez quadrinhos Antes da leitura: nhecem.
queno estúdio 5. Estimule-os
, desenhando 1. Revele para as crianças que o título da coleção a que pertence o rando percebe
É viúvo e tem livro que estão prestes a ler é Meus medinhos. Estimule-as a pensar
nas coisas de que têm medo e elabore uma lista relacionando os Depois da lei
medos da classe. Quais serão os mais comuns?
2. Em seguida, proponha que as crianças criem categorias para 1. Psiu, o prot
classificar seus medos (por exemplo: medo de monstros e seres gens clássicos
e, como todos sobrenaturais, medo de bichos, medo da violência nas cidades, o fantasminha
al, nos revela o medo de doenças, medo de tratamentos médicos ou odontológi- gos, mas acab
nçóis defeituo- cos). Organize uma tabela para sintetizar a classificação. seus alunos a
3. Mostre para os alunos a capa do livro e estimule-os a ler o título que as criança
ma pilha deles,
da história. Os fantasmas apareceram na lista de medos das crian- entre os dois
outros lençóis
ças? Na sua opinião, fantasmas existem ou não existem? Quais são DVD Gasparzi
telos, mansões as principais características de um fantasma (é translúcido, pode pela Universal
os parques de atravessar as paredes, é a alma de alguém que já morreu etc.)? alguns ótimos
u para a cidade Deixe que as crianças discorram sobre o que sabem do assunto. ou não assust
nte atropelado 4. Peça às crianças que tentem se lembrar de histórias em quadri- watch?v=T9Qs
de caminhão. nhos, filmes, livros e desenhos animados que conhecem em que lhadas do fant
do encontrado apareçam um ou mais fantasmas. Quais são as diferenças e as 2. Mauricio de
u todos os seus semelhanças entre os personagens-fantasma dessas histórias? Os mosos do quad
rmecer pendu- fantasmas são sempre malvados ou existem também fantasmas inspirado no a
ou num berço, inofensivos? provavelmente
5. Deixe que as crianças folheiem o livro, observando as ilustra- ças façam uma
ções, e estimule-as a levantar hipóteses a respeito do desenrolar reúnam histór
da narrativa. classe. Veja se p
6. Ao final do livro, os autores revelam que aquilo que lhes serviu e simpático, nã
de estímulo para criar essa história foi uma pergunta curiosa: que ocasionalm
m a série Meus “como nascem os fantasmas?”. Faça essa pergunta a seus alunos 3. Uma das peç
stros cujas his- e organize um levantamento das respostas possíveis. a mais importa
e nas crianças. fantasminha c
ruxas que apa- Durante a leitura: que tem medo
frágeis, doces, menina Marib
s avessas. São, 1. Como se trata de um livro escrito para leitores em processo de verse com os p
a desajustados alfabetização, seria interessante ler o livro em voz alta, estimulan- que preparem
a a comédia e do as crianças a acompanharem no livro o texto que está sendo para apresent
nal da história lido. Procure tornar essa leitura prazerosa e dinâmica, dando Sugira que seja
companheiros ritmo à narrativa e ressaltando os efeitos de humor e surpresa do sonoplastia, e q
texto. Algumas vezes, escolha alunos para tentar ler, eles mesmos, caprichem na c
o texto em voz alta, ajudando-os nessa tarefa. interessante pa
2. Peça aos alunos que prestem atenção na maneira engraçada e que tanto os a
surpreendente pela qual o autor do livro responde a pergunta a aproximar, cad
ca respeito do nascimento dos fantasmas. 4. Enquanto al
ntal 3. Estimule os alunos a verificar se as hipóteses que haviam criado porque não go
a respeito do desenrolar da narrativa se confirmam ou não. há humanos q
8
4. Proponha que as crianças procurem perceber as semelhanças tagem... Leia p
e diferenças entre Psiu e os fantasmas das histórias que eles co- compadres, di
nhecem. revista/dezemb
5. Estimule-os a observar as ilustrações de Openthedoor, procu- de fantasma p
que pertence o rando perceber a relação que existe entre o texto e as imagens. dando um bai
ule-as a pensar 5. Será que ad
elacionando os Depois da leitura: ponha que seu
saber do que c
ategorias para 1. Psiu, o protagonista do livro, lembra muito um dos persona- cuidado. Depo
onstros e seres gens clássicos dos desenhos animados americanos, Gasparzinho, as respostas, is
a nas cidades, o fantasminha camarada, que o tempo todo procura fazer ami- sempre que m
ou odontológi- gos, mas acaba, sem querer, assustando as pessoas. Assista com tabulação, est
ficação. seus alunos a alguns episódios do desenho e, em seguida, peça pelo grupo do
os a ler o título que as crianças façam uma lista das semelhanças e diferenças descobrir difer
edos das crian- entre os dois personagens. Existe disponível nas locadoras o 6. Proponha a
tem? Quais são DVD Gasparzinho, desenho animado vol. I, II e III, distribuído prio personag
nslúcido, pode pela Universal Home Vídeo, e no YouTube é possível encontrar assustador; um
morreu etc.)? alguns ótimos episódios da série, como “Gasparzinho: assustar fantasma med
m do assunto. ou não assustar” (disponível no link http://www.youtube.com/ um fantasma
ias em quadri- watch?v=T9QsS_QSb3o&feature=related), que trata das trapa- fantasma... Pe
hecem em que lhadas do fantasminha em meio a uma festa de Halloween. personagem e
diferenças e as 2. Mauricio de Souza, criador de alguns dos personagens mais fa-
as histórias? Os mosos do quadrinho infantil brasileiro, inventou um personagem LEIA MAIS...
bém fantasmas inspirado no americano Gasparzinho: o Penadinho, que muito
provavelmente seus alunos conhecem. Proponha que as crian- 1. DOS MESM
ndo as ilustra- ças façam uma pesquisa entre as revistas da Turma da Mônica e
do desenrolar reúnam histórias em que o personagem apareça para ler com a • O pequeno
classe. Veja se percebem que o personagem, embora companheiro • A pequena
que lhes serviu e simpático, não é tão bonzinho quanto Gasparzinho ou Psiu, já • O pequeno
gunta curiosa: que ocasionalmente gosta de assustar as pessoas. • O pequeno
a a seus alunos 3. Uma das peças mais conhecidas de Maria Clara Machado, talvez • O pequeno
eis. a mais importante autora de teatro infantil no Brasil, é Pluft, o
fantasminha camarada, que narra a história de um fantasminha 2. SOBRE O M
que tem medo de gente e só supera o trauma ao salvar a bela
menina Maribel de um grupo de fantasmas inescrupulosos. Con- • Todo mun
m processo de verse com os professores do quarto ou do quinto ano e sugira Formato
lta, estimulan- que preparem com seus alunos uma leitura dramática da peça • Diogo e o
que está sendo para apresentar para os alunos dos primeiros e segundos anos.
• Quem tem
nâmica, dando Sugira que seja uma leitura caprichada, com figurinos, cenário e
• Quem tem
r e surpresa do sonoplastia, e que os alunos responsáveis por interpretar os papéis
Global
r, eles mesmos, caprichem na caracterização dos mesmos. Pode ser uma atividade
interessante para promover uma integração entre as classes e para
ra engraçada e que tanto os alunos mais velhos quanto os mais novos possam se
e a pergunta a aproximar, cada qual à sua maneira, da linguagem teatral.
4. Enquanto alguns fantasmas, como Gasparzinho e Psiu, sofrem
haviam criado porque não gostam de assustar as pessoas e se sentem sozinhos,
m ou não. há humanos que se fazem passar por fantasmas para levar van-
9
s semelhanças tagem... Leia para seus alunos o conto popular O ciclo dos dois
as que eles co- compadres, disponível no link http://www.jangadabrasil.com.br/
revista/dezembro61/especial06.asp, em que uma mulher se veste
hedoor, procu- de fantasma para ajudar o marido a roubar uma leitoa e acaba
e as imagens. dando um baita susto em dois compadres desavisados...
5. Será que adultos e crianças têm medo das mesmas coisas? Pro-
ponha que seus alunos entrevistem 5 crianças e 5 adultos para
saber do que cada um tem mais medo, anotando as respostas com
m dos persona- cuidado. Depois de concluídas as entrevistas, ajude-os a tabular
, Gasparzinho, as respostas, isto é, listar as respostas diferentes e marcar ao lado
ura fazer ami- sempre que mais alguém responder a mesma coisa. Terminada a
as. Assista com tabulação, estimule-os a conferir as dez respostas mais votadas
seguida, peça pelo grupo dos adultos e pelo grupo das crianças e comparar para
s e diferenças descobrir diferenças e semelhanças.
as locadoras o 6. Proponha agora que cada um dos seus alunos crie o seu pró-
III, distribuído prio personagem-fantasma. Pode ser um fantasma realmente
sível encontrar assustador; um fantasma que tenta assustar, mas só faz rir; um
zinho: assustar fantasma medroso e bonzinho; alguém que finge ser fantasma;
.youtube.com/ um fantasma que pensa que é gente, um lençol que queria ser
ata das trapa- fantasma... Peça que façam um desenho bem caprichado do seu
alloween. personagem e criem um nome para ele.
agens mais fa-
m personagem LEIA MAIS...
ho, que muito
que as crian- 1. DOS MESMOS AUTORES
a da Mônica e
para ler com a • O pequeno lobisomem — São Paulo: Moderna
a companheiro • A pequena bruxa — São Paulo: Moderna
nho ou Psiu, já • O pequeno monstro — São Paulo: Moderna
• O pequeno dragão — São Paulo: Moderna
achado, talvez • O pequeno bicho-papão — São Paulo: Moderna
rasil, é Pluft, o
m fantasminha 2. SOBRE O MESMO ASSUNTO
o salvar a bela
upulosos. Con- • Todo mundo tem medo, de Ana Cláudia Ramos — São Paulo:
o ano e sugira Formato
mática da peça • Diogo e o monstro, de Cristina Von — São Paulo: Callis
egundos anos.
• Quem tem medo de quê?, de Ruth Rocha — São Paulo: Global
inos, cenário e
• Quem tem medo de monstro?, de Ruth Rocha — São Paulo:
retar os papéis
Global
uma atividade
s classes e para
ovos possam se
m teatral.
e Psiu, sofrem
ntem sozinhos,
para levar van-

8/7/09 5:13:32 PM

Você também pode gostar