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SUMÁRIO
1 Conceito: ...................................................................................................................................... 2
2 Propriedades ................................................................................................................................. 2
2.1 Densidade .............................................................................................................................. 2
2.2 Viscosidade ........................................................................................................................... 3
2.3 Tensão Superficial ................................................................................................................. 4
3 Pressão: ........................................................................................................................................ 5
3.1 Prensa Hidráulica .................................................................................................................. 6
3.2 Unidades de Pressão .............................................................................................................. 6
3.3 Pressão Atmosférica .............................................................................................................. 7
3.4 Pressão Hídrica da água sobre mergulhadores ...................................................................... 8
3.5 Medidores de Pressão ............................................................................................................ 8
3.6 Pressão Sanguínea ................................................................................................................. 8
3.7 Medidores de Pressão Sanguínea .......................................................................................... 9
3.7.1 Esfigmomanômetro de mercúrio. ................................................................................... 9
3.7.2 Esfigmomanômetro aneróide ....................................................................................... 10
3.7.3 Medidores do tipo eletrônicos/digitais. ........................................................................ 12
4 Fluxo .......................................................................................................................................... 14
4.1 Introdução ............................................................................................................................ 14
4.2 Teorema de Bernoulli .......................................................................................................... 15
4.3 Lei de Poiseulle ................................................................................................................... 16
4.4 Número de Reynolds ........................................................................................................... 17
4.4.1 Escoamento Laminar.................................................................................................... 17
4.4.2 Escoamento Turbilhonar .............................................................................................. 17
1
1 Conceito:
Defini-se Biohidrologia como a parte da biofísica que estuda os fluídos em condições estáticas (hidroestática) e em
movimento (hidrodinâmica). Para a saúde, de uma forma geral, tanto a hidroestática como hidrodinâmica são de
grande importância, pois o corpo humano estático na água serve como hidroterapia, uma vez que a força do empuxo
reduz a ação da gravidade, o que pode ser útil em terapias para pacientes com torções, processos inflamatórios em
articulações e atletas. Os próprios fluídos do corpo, mesmo não estando exatamente estático, pode ser estudado como
tal em certas condições, facilitando a compreensão de fenômenos biológicos. A hidrodinâmica está presente na função
respiratória, o estudo de fluxo sanguíneo e outros fluídos.
Para se entender melhor biohidro, é necessário saber alguns conceitos. Por exemplo, fluídos que são substâncias que
não possuem forma definida, eles adquirem o formato do recipiente onde se encontram. Esse termo abrange tanto
líquidos como gases. No corpo humano podemos citar como exemplos de fluídos: ar que respiramos, sangue, linfa,
líquor, líquido amniótico, líquido sinovial, etc.
2 Propriedades
Para entender melhor a física que age sobre os fluídos, é bom lembrar algumas propriedades destes.
2.1 Densidade
A densidade (também massa volumétrica) de um corpo define-se como o quociente entre a massa e o volume desse
corpo. Desta forma pode-se dizer que a densidade mede o grau de concentração de massa em determinado volume. O
símbolo para a densidade é ρ (a letra grega ró) e a unidade SI é quilograma por metro cúbico (kg/m³).
m kg
V m3
A B
2
2.2 Viscosidade
Resistência interna de um fluído. É a força que deve ser feita durante certo tempo para se deslocar uma área unitária de
um fluído (Heneine p. 7). É o atrito entre duas folhas imaginárias no líquido que se escoa.
F .t N.s kg
ΔA m 2 m.s
ou
Aplicações:
Circulação sanguínea – diabetes.
Lubrificação das articulações
Medicamentos.
a) Diabetes elevada
b) Desidratação
c) Aumento da temperatura corporal
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2.3 Tensão Superficial
Tensão superficial em
Líquido Temperatura em °C
dyn/cm
Mercúrio 15 487
Éter etílico 20 17
Etanol 20 22,27
Acetona 20 23,7
Ácido acético 20 27,6
Glicerina 20 63
Solução aquosa de cloreto de sódio 20 82,55
Sacarose + água 20 76,45
Água 0 75,64
Água 25 71,97
Água 50 67,91
Água 100 58,85
Ex. Por que a tensão superficial entre o ar que respiramos e o sangue nos pulmões é baixa? O que pode acontecer para
mudar esta condição?
4
3 Pressão:
Imagine dois corpos com formatos diferentes como na figura a seguir.
5 kg
Qual desses objetos pesa mais? O cone ou a esfera?
5 kg
Isso se deve graças à pressão. A mesma quantidade de matéria está distribuída na mão direita por uma área maior
do que na mão esquerda. Isso seria como você estar em pé, sentado ou deitado. A sua massa corporal é a mesma em
qualquer uma dessas condições. Entretanto quando se está em pé a superfície de contato entre você e o chão é apenas
parte da área da planta do pé. Já quando se encontra deitado, a superfície de contato são área como, parte da região
occipital do crânio, regiões escapulares, glúteos e calcanhares.
A B C
Para sólidos, a pressão pode ser definida como, a quantidade de força que é exercida em uma área e é dada pela
Equação 01.
F N
P
ΔA ouPa (01)
m2
O fluído contido em um recipiente exerce sobre uma secção perpendicular de área “A” uma força “F”. Pode-se
caracterizar essa força por meio de pressão hidrostática, definida como:
F
A P
A
h
5
Sendo um líquido de densidade “" dentro de um recipiente de área “A” e tendo altura “h”, podemos dizer que
a pressão hidrostática que esse líquido exerce na base do recipiente é dada pela equação P = F/A. Entretanto, sabemos
que; = m / V (variação da massa sobre variação do volume) e que F é m.g (produto da massa pela aceleração da
gravidade). Então podemos concluir que:
F m.g .A.h.g
P .g .h
A A A
Ex.1 – Sabendo-se que a densidade do mercúrio é de 13,6 g/cm3 e que ao nível do mar este líquido fica suspenso 76 cm.
Qual a pressão que este exerce sobre sua base em N/m2? Adote g = 9,8 m/s2.
A pressão aplicada a um fluido dentro de um recipiente fechado é transmitida, sem variação, a todas as partes do
fluido, bem como às paredes do recipiente.
h
F1 F
P1 P2 ou
2
A1 A 2
Ex 2 – Se o raio de A1 for de 4,0 cm e o raio de A2 for de 2,0 cm e a Força F1 for de 50 N, qual será a intensidade da
força F2 no pistão?
Essas unidades do Sistema Internacional (SI), no entanto, nem sempre são utilizadas. Por exemplo, a calibração
de pneus é expressa em lb/pol2 = psi, ou a pressão atmosférica é dada em atm (atmosfera). Existem ainda as unidades
dadas em função da altura de colunas de mercúrio ou água (mmHg e mmH 2O, respectivamente). Várias outras unidades
de pressão podem ser usadas, dependendo da região ou da intensidade deste fenômeno, mas uma unidade pode ser
Tabela I traz diversas unidades de pressão e como converter uma unidade em outra. A pressão pode ser classificada em:
estática, ou seja, que não sofre alterações ao longo do tempo, como por exemplo, um bloco de concreto agindo sobre
uma mesa, e dinâmica, que varia com o tempo, no caso, a pressão sanguínea, que varia de acordo com as contrações
produzidas pelo coração. Existem ainda, as pressões relativa e absoluta. A pressão absoluta (Pabs) significa a pressão de
um fluído sobre um valor referente de pressão no vácuo ou sobre o zero absoluto de pressão. A Pressão relativa (P rel)
representa o valor da pressão sobre o referente valor da pressão atmosférica, p. ex. (Figura 4). Ao nível do mar, o valor
da pressão atmosférica é de aproximadamente 760 mmHg, ou 14,7 lb/in2 (psi). Isso significa que, se a Pressão relativa
em um determinado recipiente é de 100 mmHg, e este se encontra próximo ao nível do mar, a pressão absoluta será de
860 mmHg.
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FIGURA 4 – PRINCIPAIS TERMOS USADOS PARA CLASSIFICAR PRESSÃO.
P rel
P absoluta
P atm
Multiplique no
de lb/pol2 mmHg N/m2
Atm. Bar mmH2O
Por (psi) (Torr) (Pascal)
Para obter
Atm. 1 9,87 x 10-1 9,68 x 10-5 0,068 1,32 x 10-3 9,87 x 10-6
Bar 1,01 1 9,81 x 10-5 6,89 x 10-2 1,33 x 10-3 10-5
mmH2O 1,03 x 104 1,02 x 104 1 7,03 x 102 13,59 1,02 x 10-1
lb/pol2 (Psi) 14,70 14,50 1,42 x 10-3 1 1,93 x 10-2 1,45 x 10-4
mmHg (Torr) 760 750,06 7,36 x 10-2 51,72 1 7,50 x 10-3
N/m2 (Pa) 1,01 x 105 105 9,80 6,89 x 103 1,33 x 102 1
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3.4 Pressão Hídrica da água sobre mergulhadores
É a pressão que um líquido exerce em um corpo. Quando estamos imersos na água, esse líquido faz uma pressão
no nosso corpo por todos os lados. Quanto maior a profundidade maior será a pressão hídrica. Ela é dada por P = d. g . h
(onde d é a densidade do líquido, g é a intensidade da gravidade e h é a altura da coluna de líquido que está sobre a
superfície). A cada 10 metros de profundidade a pressão do liquido do sobre o corpo aumenta 1 atm, ou seja mais 760
mmHg.
Ex. Calcule em mmHg qual a pressão sobre o corpo de um mergulhador que está a 100 m de profundidade.
Adote g = 10 m/s2 e densidade da água de 1.0 x 103 kg/m3.
Para os profissionais da saúde, essa pressão sempre deverá ser levada em consideração, tanto em estudos de
hidroterapia como em estudos de edemas e outros.
Praticamente, existem dois tipos de configurações para medir pressões estáticas e dinâmicas (COBBOL, 1974):
Manômetros e Transdutores elásticos.
Manômetros são as mais simples configurações utilizadas para medir a pressão estática. Um tubo em forma de
“U” (Figura 2.2 A) contendo um líquido (água, mercúrio, etc.) pode ser usado como manômetro. A diferença da 9altura
entre os níveis dos dois braços “h” indica a diferença de
pressão (P1 - P2) e é dependente da densidade do líquido P2
“” e da aceleração da gravidade “g” (Equação 02). P1
P 2
P1 - P2 ρ.g.h (02)
Nível de referência
Existem ainda os manômetros em forma de poço
ou cisterna (Figura 2.2 B) que possuem apenas um braço Nível de
de aferição e o outro é substituído por um reservatório do referência
líquido com uma abertura para receber a pressão P 1. A h P1
pressão age no reservatório promovendo uma elevação do
líquido acima do nível de referência. Os manômetros de
mercúrio, utilizados para medir pressão sanguínea são um
exemplo deste tipo de manômetro.
A maioria dos manômetros usa como referência a pressão atmosférica e dá como medida a pressão
manométrica, que é a diferença entre a pressão existente em certo compartimento e a pressão atmosférica do local.
Assim, a pressão manométrica será positiva se a pressão existente for maior que a atmosférica, e negativa se ocorrer o
contrário. Para se determinar a pressão absoluta basta somar à pressão manométrica a pressão atmosférica local.
É a força variável que o sangue exerce nas paredes dos vasos sanguíneos. Fisiologicamente a pressão
sanguínea é maior nas proximidades do coração e à medida que afasta das artérias de grande para médio e pequeno
calibre ela reduz sua intensidade. Ao chegar nas arteríolas, capilares e vênulas a pressão cai a menos da metade.
Durante o retorno venoso a pressão continua reduzindo, porém, seu valor é muito baixo quando comparado com a
pressão arterial de forma que sua medida é feita usando manômetros de água e não de mercúrio. Veja tabela a seguir.
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Tabela – Variação da pressão de acordo com o diâmetro e tipo de vaso.
Do ponto de vista da importância médica parece que a pressão arterial tem maior aplicação. Não que a pressão
venosa não seja aplicável. Valores extremos de pressão arterial podem levar o indivíduo ao enfarto, derrame cerebral e
até mesmo à morte. Em especial a hipertensão tem alcançado uma significativa atenção da saúde pública. Ligas
nacionais e internacionais juntaram esforços para classificar os níveis de hipertensos para traçar melhor futuros
tratamentos. Tabela 4.
Os Medidores de Pressão Sanguínea (MPS) que estão disponíveis no mercado podem ser divididos em dois
grupos: invasivos e não-invasivos (WEBSTER, 1978). Tanto um tipo quanto o outro apresenta vantagens e
desvantagens. Quanto aos medidores de pressão sanguínea não-invasivos, o mercado apresenta uma diversidade muito
grande de equipamentos. Os mais comuns no mercado podem ser classificados em três grupos: o esfigmomanômetro de
mercúrio, o esfigmomanômetro aneróide, e os do tipo eletrônico/digital. A seguir, é apresentada uma lista das principais
vantagens e desvantagens destes MPS e um pouco do seu funcionamento.
Não-Invasivos
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cm, além de sugerir que outros dois tamanhos especiais sejam colocados no mercado sendo um para envolver braços de
crianças e outro para obesos.
Apesar de muito antigo, o esfigmomanômetro de mercúrio possui grandes vantagens como aparelho para medir
a pressão sanguínea:
possui um longo aferidor de vidro e é fácil de ser lido;
não requer reajuste;
seu mecanismo simples tem consistência e aferição exatas;
os modelos domésticos são leves e podem vir com tubo inquebrável;
Apesar das considerações acima, o esfigmomanômetro aneróide tem apresentado grandes problemas e desvantagens:
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A medida da pressão sanguínea indireta geralmente é feita com o esfigmomanômetro, ligado à uma bolsa, que
pode ser inflada através de uma pequena bomba de borracha, como indica a Figura 2.4. A bolsa é enrolada em volta do
braço, à um nível aproximadamente igual ao do coração, a fim de assegurar que as pressões medidas sejam mais
próximas às da aorta. A pressão do ar contido na bolsa é aumentada até que o fluxo sanguíneo através das artérias do
braço seja bloqueado. A seguir, o ar é gradualmente eliminado da bolsa ao mesmo tempo que se usa um estetoscópio
para ouvir a volta das pulsações ao braço (sons Korotkoff). Os primeiros sons ocorrem quando a pressão do ar contido
na bolsa é levemente menor que a máxima pressão sanguínea (Pressão Sistólica). Neste instante, o sangue começa a
fluir e os sons ouvidos através do estetoscópio são produzidos pelo fluxo sanguíneo na artéria. Assim, a altura da coluna
de mercúrio lida corresponde à pressão manométrica sistólica. A medida que o ar é eliminado, a intensidade do som
ouvido através do estetoscópio aumenta e logo depois vai diminuindo vagarosamente. A pressão correspondente ao
último som audível é a Pressão Diastólica, isto é, a menor pressão sanguínea (OKUNO, 1986).
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3.7.3 Medidores do tipo eletrônicos/digitais.
Devido a enorme variedade destes produtos, não se pode dizer que todos apresentam uma certa característica
ou falha especifica, assim sendo, serão citadas as principais vantagens e desvantagens de forma bem generalizada.
Vantagens:
Desvantagens:
Os medidores de pressão sanguínea indiretos aqui chamados de “acústicos” utilizam um microfone bastante
sensível para captar os sons de Korotkoff primeira e quinta fase e fornecer as pressões sistólica e diastólica
respectivamente. A maioria deles não é recomendada para pacientes que apresentam hipertensão sistólica isolada ou
distúrbios na complacência dos vasos. Estudos indicam que há uma boa correlação, aceita pela American Association
for Advancement of Medical Instrumentation (AAMI), entre as leituras obtidas por profissionais treinados e estes
aparelhos (PALATINI et al. 1994).
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Diferente dos MPS convencionais, os medidores eletrônicos/digital fotopletismográficos medem a pressão na
artéria digital, por isso apresenta certas vantagens como a bainha sendo menor é mais fácil de ser inflada e menos
desconfortável. Utilizando um detector óptico, o aparelho é capaz de captar as variações do volume sanguíneo que
ocorrem durante a deflação da bainha. Isso faz com que o pulsar sanguíneo na falange
distal altere a absorção dos raios infravermelhos (IV) no sensor óptico (SANTIC et al.,
1995) (Figura 2.7). Um exemplo de medidor de pressão fotopletismográfico
eletrônico/digital pode ser visto na Figura 2.8.
Invasivos
Quanto aos MPS invasivos, é muito difícil classificá-los do mesmo modo que os não-invasivos, pois os
aparelhos que fazem a medida da pressão sanguínea de forma invasiva fazem também a de diversos outros parâmetros
como pH, pressão de CO2 (PCO2), pressão de O2 (PO2), temperatura, etc. Tal fato parece bastante coerente quando se leva
em conta os riscos que o paciente corre quando se faz medidas invasivas apenas para se obter poucas informações.
Como é de se esperar, estes aparelhos são precisos em sua maioria, porém, utilizam um líquido de interface
(geralmente soro fisiológico heparinizado) entre o sangue e o elemento sensor. Este líquido apresenta certa
complacência além de sofrer ação do atrito ao percorrer o cateter, reduzindo o verdadeiro valor da pressão. Além disso,
a presença de microbolhas de ar no líquido funciona como filtro passa-baixas (SYKES et al., 1991). Isso seria evitado
se o sensor estivesse em contato físico direto com o sangue, no entanto, existem certos obstáculos, como riscos de
infecção, rejeição, tamanho do sensor e choque elétricos.
Existem basicamente três tipos de sensores para medir pressão sanguínea direta por efeitos elétricos: resistivos,
capacitivos e indutivos (GUYTON, 1993). Na Figura 2.10 A uma placa metálica é colocada a alguns milésimos de
centímetros acima de uma membrana. Quando a membrana se move para fora, a capacitância aumenta entre a placa e a
membrana e vice-versa. Essa alteração pode ser registrada por meios eletrônicos. Na Figura 2.10 B, uma pequena peça
de ferro repousa sobre a membrana, que pode ser deslocada para cima no interior de uma bobina. O movimento da peça
metálica altera a indutância da bobina, o que também é registrado eletronicamente. Finalmente, na Figura 2.10 C, uma
resistência muito delgada é conectada à membrana. Quando esse filamento é esticado ainda mais, ocorre um aumento na
resistência, e quando comprimido, diminui. Essa alteração pode ser medida mais uma vez, eletronicamente.
transdutor
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Como vantagem dos MPS direta sobre os medidores de forma indireta pode citar:
Como desvantagens:
4 Fluxo
4.1 Introdução
Comumente as pessoas têm dificuldades em entender a diferença entre velocidade e fluxo (vazão). Antes de fazer
essa diferenciação, é preciso rever alguns conceitos:
Escoamento permanente: se a velocidade do fluído for constante em relação ao tempo, ou seja, se todos os
elementos infinitesimais de V do fluído que passarem por um determinado ponto O 1 tiver sempre a mesma
velocidade (ver figura 01).
Líquido incompressível: se sua densidade não varia ao longo do fluxo, caso contrário ele é compressível.
Fluído ideal: se o fluído for incompressível e não apresentar resistência ao movimento.
v2
O2
R R A
O1 v1
x1 x2
A
t1 x t2
x
v m/s
t
2º. Fluxo (vazão) variação de volume sobre variação de tempo.
V 3
Q m /s ou l /s
t
Uma vez feita essas observações, veja a figura a seguir.
Observe a partícula na posição x1 no instante t1. Note que após t ela se encontra na posição x2 no instante t2
percorrendo x. Portanto a velocidade da partícula será:
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v = x /t
Isso é diferente de fluxo porque diz respeito unicamente à partícula desenhada. Agora imagine que o tubo
esteja cheio dessas partículas e que todas o percorrem com velocidades constantes. Haverá então um fluxo (vazão)
Q que é dado por:
Q = V / t
Note que V quer dizer volume e não velocidade e que pode ser dado pelo produto da área da base A pela
altura x (coloque o tubo na vertical para ver isso).
V = A. x
então
V A.x
Q
t t
Como x/t é igual a velocidade v temos que: Q = A.v , ou seja, a área vezes a velocidade da partícula. Note
que nesse caso consideramos todas as partículas caminhando uniformemente a uma mesma velocidade.
A1 P1
v1
x1
A2
v2 P2
x2
h1
h2
Se o fluído for ideal e o escoamento permanente, o fluxo será constante ao longo do tubo, pois não haverá
perda de fluído. Então temos Q1 = Q2, ou seja, A1.v1 = A2.v2. Sendo A2 menor que A1, quanto mais estreito for o tubo
mais rápido o fluído escorrerá. Uma vez que as partículas estão em movimento, apresentam uma energia cinética. Ec =
½ m.v2, entretanto, não é de interesse medir essa energia de uma massa como um todo, mas sim, de uma relação
massa/volume, ou seja, densidade.
mv 2 Ec mv 2 Ec v 2
Ec
2 V V2 V 2
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Como os tubos encontram-se desnivelados, existe também, uma energia potencial gravitacional. Ep g = m.g.h
que também é de interesse na relação massa/volume.
Ep g m.g.h Ep g
Ep g m.g.h .g.h
V V V
Também, existe o trabalho realizado sobre o líquido (força x deslocamento) que pode ser medido na relação
massa/volume da seguinte maneira.
T F .x T F .x F
T F .x P
V V V A.x A
Então, temos 3 formas diferentes de energia agindo sobre o fluído que podem promover o escoamento. A
energia cinética, a energia potencial e a pressão. Pela teoria da conservação da energia, nada se perde dentro do tubo,
apenas há transformação de uma energia em outra. Então temos.
1 2 1
v1 .g .h1 P1 v 22 .g.h2 P2
2 2
Quando os Fisiologistas colocam que a velocidade do sangue é diretamente proporcional à quarta potência do
raio ele está se referindo à lei de Poiseulle que diz: V(r) = C.(R2 – r2). Para entender essa lei, temos que nos livrar da
condição estabelecida anteriormente que acredita que o escoamento é perfeito e que não existe resistência da parede dos
vasos sobre o líquido. Isso ocorre sim e no vaso sanguíneo não é diferente.
1 P 2
v(r )
4. x
R r2
Observe o esquema da figura a seguir. Existem 3 partículas P1, P2 e P3. Todas estão no mesmo instante t1 no
mesmo plano porem, distantes rn do eixo central do vaso. Mesmo que o fluxo seja constante, essas partículas, em
condições reais, vão apresentar velocidades diferentes. Quanto mais se aproximam das paredes, menor será a velocidade
que eles apresentam, pois existe maior resistência enquanto que a medida que se afastam das paredes a resistência é
menor. Logo encontrar sua maior velocidade no centro. Acompanhe isso na lei acima.
Quando é necessário fazer um estudo levando-se em conta todo o sangue sem pensar nas partículas ou
hemácias, faz-se uma média das velocidades e trabalha-se como se todas as partículas andassem a essa velocidade. Mas
quando se quer estudar o movimento das partículas do sangue em um único vaso, levamos em consideração a Leis de
Poiseulle.
r3 P3
R P2
r2
r1
P1
A
16
4.4 Número de Reynolds
17