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Sara Carolyne Gomes Ramos

Fichamento número 3

RONDONÓPOLIS MT
2023
O autor começa o capítulo falando como se dá o processo de pesquisa,
ressaltando a causa de um problema na vida do pesquisador. De início essa
percepção desse problema em muitos momentos é vaga e mais intuitiva do que
sensata, e então ele inicia o processo de transformá-la em uma problemática mais
clara. Ele aborda que o primeiro passo envolve identificar conscientemente esse
problema que a princípio parece alastrado. Então esse pesquisador tem que trabalhar
para melhor compreender o porquê desse problema, qual a causa e construir outro
mais racional de forma mais organizada.
Depois de identificar esse problema, como já vimos desde a disciplina de
Teoria e Método da Geografia I e II, e Trabalho Orientado I e conforme também
estamos vendo na parte II dessa disciplina tão importante para a construção do
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a monografia, é importante formular uma
pergunta que tenha um significado pois é a partir daí que a pesquisa começa a tomar
direção e essa pergunta torna o problema mais preciso, servindo assim como um
caminho para desenvolver a pesquisa. Depois, o terceiro passo é a elaboração da
hipótese em que seria uma suposição sobre a possível resposta a pergunta que foi
formulada anteriormente, ela orienta como a pesquisa vai se desenvolver. É
destacado de início a importância da leitura, tal como o Prof. PhD. Jeather Santos nos
destaca desde o primeiro dia de aula da disciplina, pois sem leitura não há como fazer
pesquisa pois através dela é que podemos analisar o que os outros pesquisadores já
descobriram sobre o assunto do qual vamos fazer a pesquisa.
É falado que quando um pesquisador se depara com um problema amplo,
como por exemplo é citado a taxa de evasão escolar no brasil, o que se tem que fazer
é decidir por onde começar a pesquisa, a investigação. Para um pesquisador em fase
inicial, abordar o problema por todos os ângulos não é algo bom a se fazer, pois o
mesmo, pelo que pude compreender, não possui experiência e preparo suficiente,
digo um pesquisador em início de profissão. Então que caminho tomar diante disso?
É citado no capítulo do livro a evasão escolar, por exemplo, por diferentes ângulos:
pelo ângulo econômico, podemos abordar a questão se a falta de recursos financeiros
faz esses estudantes abandonarem o âmbito escolar; se os pais têm recursos
financeiros suficientes para oferecê-los enquanto eles estudam. Do ângulo social
podemos abordar a questão dos alunos que vivem em ambientes que não valorizam
a educação; por uma visão pedagógica se os conteúdos assim como os métodos de
ensino são suficientes para atender esses alunos e qual seria o motivo de se
entediarem e como preferem aprender esse conteúdo, e várias outras visões que
vendo por várias lentes representa uma abordagem mais específica para se
compreender esse problema e com isso torna a investigação além de profunda,
interessante.
Ao realizar a leitura, pude compreender que as perguntas do pesquisador são
como sua identidade pois as mesmas são moldadas por suas perspectivas e
ideologias como teorias. As teorias e ideologias além do exemplo citado
anteriormente da evasão escolar, (que um pesquisador pode escolher vários ângulos
como os exemplificados no livro, esses ângulos representam uma lente que
proporciona um aprofundamento da investigação) ambas orientam as perguntas.
Temos por exemplo um pesquisador com uma perspectiva na sociologia baseada na
teoria da reprodução ele pode questionar essa evasão citada anteriormente focada
na origem social dos evadidos, pois as ideologias com visões humanistas e liberais
modelam como o problema pode a vir ser interpretado, então durante essa frase
podemos ver que é importante formular pesquisas interessantes que possam vir a ser
claras e significativas pois ela deve orientar a pesquisa em direção a novos
conhecimentos e também intervenções. Mas, nem todo problema verdadeiro pode
resultar em uma boa pergunta, por exemplo, uma pergunta que tem como base só a
opinião dos custos sociais e individuais da evasão escolar pode não ser suficiente
para orientar a pesquisa de forma que logre a ser eficaz. Uma pesquisa deve ser clara
para os pesquisadores e para os demais. Essa clareza evita ambiguidades e garante
que todos possam entender o escopo e o propósito da investigação. Como vimos que
o pensamento do professor da disciplina está alinhado com o livro pois o mesmo falou
que o pesquisador deve garantir que possui os meios necessários, tais como
instrumentos, tempos e recursos financeiros, para essa coleta e processar as
informações. A Discente Lucinha até citou por exemplo, que precisamos de recursos
financeiros pois para se dirigirmos a um local precisamos de combustível e com isso
é necessário dinheiro, o livro nos mostra que além de tudo isso a disponibilidade de
dados e a consideração de questões éticas são fatores muito importantes.
Há uma metáfora em seguida que compara o pesquisador a um detetive, e que
nos mostra que ler é como procurar pistas e são mencionados fatores como os
interesses pessoais do pesquisador e que se faz necessário gerenciar o tempo
adequadamente e a importância de considerar o problema de pesquisa como um todo
quando se revisa a literatura. É discutido sobre as bibliografias como gerais, por
disciplinas assim como temáticas, dicionários e enciclopédias especializadas que
destaca a variedade de fontes disponíveis para os pesquisadores. É destacado que
a língua inglesa como a língua franca da pesquisa é importante; e a importância do
acesso aos materiais em inglês. em seguida, é mencionado os instrumentos
específicos, como indexadores e inventários, que vão ajudar os pesquisadores a
localizarem artigos de revistas, teses e outros materiais de relevância.
Logo em seguida é destacado a importância de muitas fontes para os
pesquisadores, como teses, jornais (o livro foi escrito em 1999) e banco de dados
informatizados. É enfatizado o uso de palavras-chave e operadores lógicos em
pesquisas, como por exemplo é citado, o ERIC. É mencionado a relevância de
revistas científicas, balanços de pesquisas e anuários. Vemos também a necessidade
de critério ao usar os sistemas de localização da informação e a importância de
inventários de organismos, como o "Directorio de centres de investigacion cientifica y
tecnologia en America Latina y el Caribe, Espana y Portugal". É destacado a
importância da habilidade do pesquisador em associar palavras-chave pois é
essencial para uma pesquisa eficaz.
Logo em seguida, é abordada a fase inicial de um itinerário de pesquisa,
descrevendo o caminho que o pesquisador segue desde a identificação inicial de um
problema, até formular uma hipótese. Mostra que o pesquisador deve fazer perguntas
iniciais, realizar como sempre uma revisão da literatura e objetiva do problema,
atingindo na exposição da problemática racional e na formulação de uma hipótese.
Ela guia a busca por informações adicionar que verifiquem assim, a sua validade. É
destacado a importância da mesma como um elo central nesse procedimento
hipotético-dedutivo nas ciências humanas. O exemplo da evasão em que citamos
desde o início desse fichamento anteriormente, mostra como perguntas feitas de
vários ângulos de pesquisa levam a hipóteses que se diferenciam uma da outra, e o
pesquisador dá ênfase a necessidade de clarificar os conceitos para instrumentalizar,
operacionalizar a hipótese.
Ele segue tratando da escolha do problema e a formulação da hipótese,
destacando assim a importância de transformar o problema em algo claro, revisar a
literatura para embasar a pesquisa e anunciar a hipótese a ser verifcada. Após a
revisão da literatura, o pesquisador deve escrever os resultados que devem incluir a
origem do problema, qual a sua relevância, a abordagem escolhida e a hipótese a ser
testada. E, quanto ao relatório de pesquisa, mesmo que seja preferível esperar até o
final da pesquisa, é importante dedicar horas para avaliar a etapa concluída e tirar as
conclusões, e com isso utilizar um plano detalhado assim como fichas para organizar
as ideias.
(LAVILLE, 1999; DIONE, 1999).
REFERÊNCIAS

LAVILLE, C; DIONNE, J. A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa


em ciências humanas. 1° Edição. Porto Alegre: Penso, 01 de janeiro de 1999.

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