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Metodologia Científica
RESUMO: ECO, Umberto. Como se faz uma Tese. São Paulo: Perspectiva, 2012.
24 ed. (Coleção Estudos; 85). Capítulos 1 – 4.
A obra de Umberto Eco ‘Como se faz uma tese’, de 1977, tem como objetivo
guiar jovens iniciantes na tarefa da pesquisa pelas diversas etapas que a formulação
e confecção de uma tese exigem. Ao longo dos capítulos, o autor vai exemplificando
cada etapa da jornada para tornar mais fácil a compreensão do leitor. O próprio
autor deixa claro que seu livro é para àqueles que pretendem se dedicar ao estudo
para desenvolver um trabalho que gere satisfação e que tenha alguma função após
a formatura.
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precisamente o tema, depois recolher a documentação necessário acerca desse
tema definido e organizá-la; seguindo, deve-se reexaminar o tema junto com a
documentação já adquirida e observar e organizar todas as reflexões que já existem
sobre. Por último, deve-se ter o empenho de fazer com que o leitor do trabalho
entenda o que ele quis dizer e possa usá-lo caso deseje abordar o mesmo tema.
Para finalizar o primeiro capítulo, o autor define quatro regras para ajudar o
estudante a escolher o seu tema: primeiramente, o tema deve estar de acordo com
os interesses do mesmo. Além disso, deve ter fontes facilmente acessíveis, que
sejam de fácil compreensão e que o quadro metodológico seja coerente com o que a
pessoa já viu e compreendeu ao longo dos seus estudos.
Depois, ele abordará as diferenças entre fazer uma tese teórica e uma tese
histórica, afirmando que a primeira é relativa ao tratamento de problemas abstratos,
que podem ou não ter sido objetos de reflexões precedentes. Já a histórica
geralmente é característica de algumas áreas, como a própria história. Já em
relação a escolha por temas antigos ou contemporâneos, o autor determina que, em
sua opinião, estudar um tema contemporâneo, que vai envolver dados e autores
contemporâneos, é mais difícil, pois há uma bibliografia reduzida e de mais difícil
acesso. Temas antigos, apesar de envolverem autores com uma leitura mais
cansativa, possuem bibliografia mais completa e pouco dispersa.
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estrangeira. Isso porquê o autor usado na tese deve ser lido no original. Além disso,
não se deve fazer uma tese usando apenas a bibliografia da sua língua de origem, a
não ser que o tema abordado seja ‘pátrio’. Por isso, é necessário avaliar a
dificuldade linguística da bibliografia existente.
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não se configuram como “fontes de primeira mão”, assim como antologias e
resenhas de outros autores.
No quarto capítulo, o último que será abordado nesse resumo, o autor trata do
‘plano de trabalho’. O primeiro ponto apresentado pelo capítulo é a importância de
escrever o título, o índice e a introdução para começar a desenvolver o trabalho.
Apesar de que, ao longo do trabalho, o índice será reestruturado, esse índice
provisório que será confeccionado servirá como um ‘plano de trabalho’, colaborando
para que o projeto seja compreensível e para avaliação da clareza das ideias do
aluno.
Além disso, a boa introdução seria aquela que faça com que o leitor não sinta
a necessidade de ler o restante da obra para saber do que ela se trata. Ela também
serve para determinar o ‘núcleo’ e a ‘periferia’ da tese, sendo o primeiro mais
importante em termos de conhecimento e valor para o pesquisador. Assim,
“enquanto não for capaz de redigir um índice e uma introdução não poderá afirmar
que aquela é a sua tese.” (p.83). Finalizando o capítulo, Eco mostra a necessidade
de ler e fichar todos as opiniões que já foram expressas sobre o tema que está
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sendo pesquisado, pois nem sempre as melhores contribuições ao seu trabalho
serão feitas pelos autores mais renomados.