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Trabalho de Conclusão de Curso em

Arquitetura e Urbanismo

Centro Cultural Bragantino


– Culb
de Carina Cibele Romanelo Pedroso
Orientação: Glacir Fricke

Universidade São Francisco


2010
CULB
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BRAGANTINO

Agradeço primeiramente a Deus por estar presente nos momentos difíceis em que a desistência estava
sempre presente em meus pensamentos. Aos meus pais e amigos pela paciência e força. E aos colegas de

Agradecimentos
curso ou melhor dizendo aos mais novos arquitetos por compartilhar risadas, ensinamentos técnicos e noites
de pré entrega durante estes cinco anos de curso. À todos desejo saúde, paz e sorte para o futuro.
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"Há quem passe pelo bosque e só veja a lenha para a fogueira."


Epígrafe

Tolstoi
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1. Introdução
2. Objetivos
2.1 Geral
2.2 Específico
3. Justificativa e Revisão Bibliográfica
3.1 A cidade e a sociedade
3.2 A proposta
3.3 Um conceito
4. Justificativa do local escolhido
4.1 Um pouco de história
4.2 O Taboão

Sumário
4.3 A cidade hoje
5. Leitura do local
5.1 O local
5.2 Mapa de localização
5.3 Zoneamento
5.4 Dimensionamento
5.5 Insolação
5.6 Imagens do local
5.7 Sistema viário
5.8 Topografia
6. Estudos de caso
6.1 Centro Cultural São Paulo
6.2 Centro Educacional Burle Marx
6.3 Universidade Feminina Ewha
6.4 Auditório do Ibirapuera
7. Projeto
8. Detalhamento do projeto
9. Bibliografia
10. Anexo s
CULB
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BRAG

1. Introdução

A partir de uma análise referente a história do município de Bragança Paulista, e que melhor a representasse, o projeto a
seguir procura através da cultura proporcionar a interação entre jovens, adultos e crianças através do Centro Cultural
Introdução

Bragantino (CULB). A localização do terreno foi definida visando facilitar o acesso tanto de pedestres como de veículos
permitindo assim que todos freqüentem o Centro Cultural. O projeto também será executado não apenas para a
permanência das pessoas quando ocorrer algum evento, mas sim durante um período maior já que o Centro oferecerá
diversas atividades destinadas ao lazer.
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2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral


Este trabalho tem como objetivo contribuir para o relacionamento da sociedade contemporânea e promover a cultura de
maneira que se adapte a nova rotina do mundo moderno. A cultura, em todos os seus aspectos, tem como objetivo fortalecer
a identidade pessoal e social do indivíduo, bem como de integrá-lo em sua família e em sua comunidade, fornecendo-lhe,
através do bem estar mental e social, condições de bem estar no mundo.

Objetivos
O indicíduo comprometido com a cultura é feliz, portanto, sua vida adquire um significado útil. Este é , ou deveria ser, o
objetivo da sociedade humana: o bem estar do grupo baseando-se na felicidade de cada um.

2.2 Objetivo específico


Visando a interação de jovens, adultos e crianças para promover a identidade cultural compartilhando os patrimônios comuns
e a defesa da preservação da cultura local, além da diversidade cultural e das expressões dessa diversidade que devem ser
buscadas e garantidas, o objetivo deste trabalho é possibilitar o desenvolvimento da cultura como identidade na Região
Bragantina e criar um local em que suas diversas manifestações possam ser realizadas. Principalmente possibilitar o
desenvolvimento desta cultura para que as futuras gerações conheçam suas origens e histórias proporcionando uma fusão
entre passado e futuro.
Para isso a implantação de um Centro Cultura na cidade de Bragança Paulista que possa proporcionar a difusão da cultura
local e o melhor convívio entre pessoas.
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Justificativa e Revisão Bibliográfica

3. Justificativa e Revisão Bibliográfica

3.1 A cidade e a sociedade


Para entender qualquer projeto que visa atingir o público em suas diversas camadas sociais, faixas etárias e modificar as
funções urbanas, precisamos compreender a cidade e as transformações ocorridas ao longo dos séculos. Iniciando pelo processo
de urbanização ocorrido na cidade grega de Atenas, a primeira a se preocupar com o desenvolvimento cultural e intelectual
de seu povo, em que a Ágora era o espaço público mais valorizado da cidade-estado grega. Na Ágora as pessoas de uma
mesma comunidade se relacionavam, elas saiam de dentro de seus lares (oikos) e iam se reunir nesse grande centro de
circulação de produtos, idéias e pessoas, ou seja, um ponto de reunião. Esta “praça” se caracterizava como um espaço
construído, permanente e fixo, que tinha também um sentido político, era o lugar onde se deliberavam assuntos importantes
para a vida dos cidadãos e da sociedade como um todo.
Mas a forma de organização urbana que surgiu com os princípios da antiga Atenas são poucos encontrados em nossa
sociedade. Ao longo da história as cidades têm vivenciado as transformações no seu desenho urbano, mas se mantiveram
como centros de cultura. Para Argan (1992), a cidade seria, justamente a expressão máxima da cultura humana, com seus
prédios, seus monumentos, sua arte, bem como nas suas universidades, seu comércio e na sua história. A tradicional praça, os
largos e as ruas vêm sendo trocados ou trazidos para dentro de novos ambientes. O caos urbano, a violência, a sujeira das ruas
são deixados de lado nestes novos lugares que passaram a serem locais de consumo de mercadorias, serviços, arte e cultura. A
cidade passa a se interiorizar. O que prevalece como diz Oskar Negt (PALLAMIN, 2002) é que quando se fala em cidade hoje,
muita coisa se baseia na abstração do mundo em sua totalidade sendo ao mesmo tempo individualizado e privatizado, e ele
ainda acredita que hoje “na sociedade a importância da vida urbana sempre esteve ligada a alguma forma de ambiente
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público transparente para seus participantes. Quando desaparece essa forma de ambiente, desaparece também a vida

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urbana”. Desaparecendo a vida urbana desaparece o sentido de comunidade, a cidade tem evoluído apenas para o
individualismo e isso faz com que o homem busque novos valores de vida, uma nova maneira de suprir a ausência de relações
com outros indivíduos para criar uma nova concepção de qualidade de vida. Segundo Castells (2003), é a era informacional
uma era em que não há falta ou busca de valores. Trata-se dos valores de um mundo tecnológico, informatizado, os valores
digitais que o próprio Castells (2003) chama de sociedade informacional. Uma sociedade que o que conta é o tipo de
informação a que se tem acesso e que chega a nós em segundos, graças a internet e as novas tecnologias de comunicação. Mas
essa perda de valores também fez com que o sentimento de público, o contato com as pessoas com o estranho, o que faz a
cidade ser cidade, praticamente sumisse nos dias de hoje, o que existe é uma intensa privatização dos espaços.
Mas porque perder os valores antigos? Eles podem ter se tornados obsoletos mas fazem parte da nossa história e servem para
mostrar o que funcionou ou não ao longo dos anos. E perder o caráter de convivência do ser humano, o sentimento que temos
pelo próximo nos tornariam indistinguível das máquinas. Perderíamos a nossa identidade. Aldo Rossi (2001) afirma que a
cidade é a própria memória coletiva das pessoas, e está memória está ligada a fatos e lugares, a cidade é o lócus da memória
coletiva. Esta relação a torna a imagem predominante dos fatos que fazem parte desta memória como a arquitetura e a
paisagem, fatos que crescem junto na cidade. E finaliza dizendo que esse valor da história, como memória coletiva com o lugar
e com a idéia permite compreender o significado da estrutura urbana, da sua individualidade, da arquitetura da cidade.
Esta nova cidade é marcada também pelo surgimento de novos lugares, voltados ao entretenimento. As ruas, as calçadas, as
praças e todos os espaços públicos tradicionais perdem seus significados e valores. Espaços públicos esses locais de troca de
informações e de convívio, um lugar de intercambio não apenas de bens mas de idéias. A desordem urbana, a vida agitada
das grandes e das pequenas cidades que já sentem os sintomas, aliados a falta de segurança das ruas, originou um novo
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ambiente urbano que pouco contribui para a vida comunitária nos lugares públicos. Esses novos lugares voltam mais para si
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do que para as cidades, é o caso dos


Shoppings Centers, museus e hipermercados espaços de convívio que estão ligados diretamente ligados ao consumo, seja ele
cultural ou de produtos. Ao longo dos anos estes lugares ganharam qualidades ambientais superiores aos da própria cidade
que diferentemente destes recebe pouco investimentos para melhorar e criar seus espaços públicos.
As mais recentes intervenções urbanas ocorridas nas cidades, principalmente as européias vem transformando as cidades em
“cidades-espetáculos”, um exemplo disso é a cidade de Bilbao na Espanha que se inseriu no panorama cultural mundial
usando o que havia de mais novo e famoso na arquitetura contemporânea o Museu Guggenheim de Bilbao do arquiteto
Frank Gery, antes uma pequena cidade que dependia exclusivamente da zona portuária hoje um dos principais pontos
turísticos da Espanha.
No Brasil as cidades sofrem principalmente com a economia e com a política que fazem com que a população conviva com os
extremos da pobreza e da riqueza do país evidenciando sua desigualdade social. E a existência de espaços públicos é pequena
e o uso tímido, muitas vezes exclusivo da elite social. As políticas públicas existentes pouco valorizam a construção e criação de
espaços públicos, voltando seus esforços as questões da falta de infra-estrutura básica da sua população.
O desafio é buscar um modelo próprio desses lugares numa cidade onde a velocidade sempre crescente das mudanças é
continua, onde a paciência não é mais característica de uma sociedade que em muitos casos se contenta com espaços de
passagem que sejam fluídos suficientes para não serem obstáculos a sua pressa. Em nossas cidades caóticas, principalmente no
Brasil, o espaço público se torna vital, como um lugar de descontração, um respiro e precisa ser valorizado como tal, por ser um
lugar privilegiado na cidade, se tornando o palco de atuação do homem em comunidade e cabe a cada um de nós, preservar
e renovar constantemente o que resta da qualidade de vida urbana.
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3.2 A proposta

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Desde a segunda metade do século XX, os atrativos culturais urbanos tradicionais, como teatros, museus e outras demandas
culturais não são mais necessariamente ligadas ao espaço fixo, mas sim ao fluxo e ao movimento, como os evento culturais, a
revitalização de centros históricos e as intervenções urbanas, realizadas para re-inserir estes espaços na malha urbana, tornam-
se fator de qualificação aos centros urbanos, a tal ponto que estas intervenções tornam-se demandas das populações das
cidades.
Desta forma, associa-se as novas articulações que serão necessárias em termos de espaço e equipamentos urbanos para que
atendam as novas necessidades. A ocorrência de eventos nas áreas centrais ou em outros locais da cidade, quando não restrita
a equipamentos já existentes provocam intervenções urbanísticas importantes, destacando as mudanças e a circulação de uso
de certos espaços. Por outro lado, há maior concentração de pessoas nas cidades, e também deve-se agregar as populações
locais a presença de visitantes que são atraídos entre outros, pela qualificação da oferta de bens e serviços culturais no local.
Em função disso, o espaço urbano passa a ter como dificuldade questões especifica, tanto pela procura da população fixa,
como pela presença da população flutuante.
Em Bragança Paulista, objeto de estudo, a questão cultural urbana apareceu no início dos anos 20, naquela época a cidade
começou a apresentar significativas mudanças que a fez receber o título de “Cidade Poesia¹ “ com os investimentos em
urbanização vindo da iniciativa privada, principalmente dos fazendeiros de café. Em 1898 com pouco mais de 10 mil
habitantes, construiu seu primeiro teatro, o Carlos Gomes sendo considerado um dos mais belos teatros do interior paulista, sua
lotação estimada era de 1.200 pessoas, mas com o passar dos anos foi abandonado pelo poder público e hoje está fechado.
Bragança no seu auge econômico chegou a possuir dois teatros (Theatro Central e Theatro Bragantino) e mais dois cinemas

¹www.cidadepoesia.com.br/braganca.htm
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(Cine Central e Cine Bragança). Hoje a cidade já não possui nem um nem outro. Em relação a teatros há apenas uma casa de
espetáculos a Casa da Cultura que possuí 350 lugares, onde esporadicamente são apresentadas algumas peças teatrais e onde
a Sinfônica de Bragança se apresenta ainda regularmente. Os cinemas nos últimos anos perderam espaço para as grandes
redes e o ultimo remanescente da cidade o Cine Bragança localizado na Praça Central, fechou as suas portas em 2008. E a
única biblioteca pública da cidade que não esta vinculada a escolas encontra-se no mesmo edifício da Câmara Municipal
fazendo com que seja subutilizada.
Há ainda o Centro Comunitário da Universidade São Francisco onde ocorrem peças teatrais e atividades da universidade.
Aldo Rossi (2001) diz que “a união entre o passado e o futuro está na própria idéia da cidade, que a percorre tal como a
memória
percorre a vida de uma pessoa e que, para concretizar-se deve conformar a realidade mas também conformar-se nela. E essa
conformação permanece em seus fatos únicos em monumentos, na idéia que temos deles. Isso explica também por que, na
antiguidade, se colocava o mito fundamentado da cidade”.
A cidade também possui um calendário cultural que consta com o Maio Cultural, no qual ocorrem atividades artísticas e
culturais em toda a cidade e o Festival de Inverno que proporciona oficinas culturais, exposições de arte, cine-clube, teatro,
música, artes plásticas, fotografia, concertos eruditos e festivais gastronômicos em locais públicos e privados. Estas iniciativas
vêm do poder público, mas nenhuma administração recente fez investimentos significativos na área cultural.
A proposta deste projeto não é criar uma cidade espetáculo, ou seja fazer da cidade um espetáculo para atraírem visitantes e
ou turistas para apenas desenvolver economicamente o local, fazendo com que a cidade se reestruture a partir dele. A
intenção é criar um local onde a cultura prevaleça em suas diversas formas de manifestações oferecendo espetáculos de teatro,
dança e música, mostras de artes, projeções de cinema e vídeo, oficinas, debates e cursos. Onde ficará a cargo da arquitetura
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estabelecer uma ligação com a atuação do homem no meio ambiente, preocupando-se não somente com a técnica, que será

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um instrumento, mas com o homem que nela viverá. Fazendo ambientes onde as ações das pessoas sejam o principal objetivo
da arquitetura. E o senso
de espaço estará no próprio indivíduo, que permanece em transação com o meio ambiente. O homem pode ser visto como
tendo atividades que podem ser inibidas ou encorajadas a desenvolver-se com o apoio da arquitetura. Sendo primordial que
compreenda o ambiente em questão e dentro do ritmo humano diário passe a agregar as atividades culturais a sua rotina.
Este novo equipamento deve revelar ao seu usuário diversas potencialidades de interpretação das atividades e que atinja a
máxima capacidade de convivência, tudo deve estimular o individuo a usar a variedade de opções existentes. E neste espaço
deve também prevalecer o senso de continuidade com os ambientes e com a cidade, as barreiras existentes devem apenas
limitar as áreas públicas e privadas.
E principalmente este projeto deve levar em conta que será o único lugar em toda a região em que concentrará este tipo de
atividade.

3.3 Um conceito
A noção de cultura corresponde ao modo de vida, constituindo e expressando o seu modo de sentir, pensar e agir.
O conceito de cultura como um modo de vida - o modo de sentir, pensar e agir de uma sociedade ou comunidade - aplica-se
a todas as práticas, materiais e simbologias, de grupo ou sociedade. Um exemplo disso são os hábitos e estilos, as concepções de
mundo, as artes, as crenças, as religiões. A cultura também é uma identidade nacional, o que permitiria se dizer cultura
brasileira, cultura alemã, cultura americana. Há também o termo de identidade regional como a cultura nordestina. A noção
de cultura como identidade nacional ou como identidade regional reconhece o conceito de diversidade cultural, que nos
permite perceber que as culturas nacionais não são um conjunto singular e único. Devendo ser respeitada e valorizada. Tanto
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que os direitos culturais fazem parte dos direitos humanos e a dimensão cultural é indispensável e estratégica para qualquer
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projeto de desenvolvimento humano.

A Declaração Universal da Diversidade Cultural da UNESCO², diz que os indivíduos e grupos devem ter garantido:

ƒ as condições de criar e difundir suas expressões culturais;

ƒ o direito à educação e à formação de qualidade que respeite sua identidade cultural;

a possibilidade de participar da vida cultural de sua preferência e exercer e fluir suas próprias práticas culturais, desde que
respeitados os limites dos direitos humanos.

² www.unesco.org
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4. Justificativa do local escolhido

4.1 Um pouco de história


No dia 15 de dezembro de 1763, os atibaienses Antonio Pires Pimentel e sua esposa D. Inácia da Silva, em cumprimento a um

Justificativa do local
voto feito a Nossa Senhora da Conceição, doaram um terreno para a construção da capela em que a Santa deveria ser
venerada. A localização de Bragança, próxima ao sul de Minas, colocou-a na rota do lucrativo e intenso comércio dos
tropeiros, assim como no centro de conflito entre São Paulo e Minas, acerca dos limites entre as duas províncias e da posse do
território pertencente a Bragança. Disputas que se sucederão por todo o século XIX. Da segunda metade do século XIX em
diante, além da cidade conviver com o comércio, ela convive com cafeicultura, com os imigrantes europeus assim como a
inserção do telégrafo, da ferrovia (ambos inaugurados em 1884) e do telefone (1896) em seu cotidiano. Neste mesmo período,
é possível identificar a elaboração e a realização de projetos de urbanização e de saneamento urbano, por parte do poder
público, respaldados em interesses de fazendeiros e comerciantes da cidade. Como não havia estradas e sem nenhuma ligação
com a história de Minas, construída principalmente em torno de Ouro Preto e Belo Horizonte os moradores do Sul de Minas
sempre estiveram ligados a Bragança, considerada a Capital do Sul de Minas e prosperou até o final dos anos 50, quando
houve a inauguração da Rodovia Fernão Dias. O primeiro reflexo da Fernão Dias foi negativo. A facilidade de comunicação
com São Paulo fez com que muitas cidades do sul de Minas não mais buscassem Bragança como entreposto comercial e
passaram a intercambiar diretamente com São Paulo.
A partir dos anos 60 Bragança a população passa a ser mais urbana que rural. E os anos 70 são chamados de Anos de
Industrialização, dos grandes conjuntos habitacionais populares e dos novos fluxos migratórios. É nesse período que Bragança
começa a ter um crescimento urbano desordenado. No final dos anos 80 o parcelamento do solo urbano tinha má qualidade
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na medida em que diversos loteamentos sem infra-estrutura haviam sido feitos, sendo constatado mais de 40 loteamentos
clandestinos ou irregulares, criando na cidade uma grande quantidade de vazios urbanos. Podemos resumir desta forma,
primeiramente a cidade fixou-se no alto do morro com a Igreja Matriz crescendo em direção a leste, Depois ocorreu a
expansão urbana a nordeste e norte onde estava o Matadouro. E apenas no final da década de 60 a ocupação ocorreu a
oeste, até hoje a área de menor expansão urbana ocupada. Na década de 70 houve início à ocupação da zona norte, as
Justificativa do local

margens da rodovia que liga à Socorro. A vila que começou na Praça Matriz desceu os morros, ultrapassou os Ribeirões, subiu
novas encostas, desceu e aproximou-se da Fernão Dias. Estudos feitos pelo Banco Mundial apontam para a possibilidade de
atingirmos 300.000 habitantes em um curto espaço de tempo. A velocidade para chegar neste número depende do que vier
pela Fernão Dias, em especial.
E o que virá depende da propaganda sobre a cidade. De acordo com estimativa feita pela Prefeitura Municipal há cerca de
17.900 lotes de terra sem ocupação na área urbana.
Outro aspecto fundamental para o desenvolvimento da cidade são as rodovias que unem as cidades. A estrada que liga a
Socorro, por exemplo, tem uma finalidade muito diferente do que a que liga a Itatiba, e por conseqüência a Campinas.
Enquanto a ligação Bragança/Socorro tem servido como um caminho de passagem, ligando aos bairros mais distantes na zona
norte, a ligação com Campinas promove intercâmbio educacional e cultural. Os caminhos para o Guaripocaba e de Tuiuti têm
outras finalidades. O mesmo ocorre com a via Penha/Fernão Dias. Nessas vias estão acontecendo ocupações irregulares que
precisam ser contidas.

4.2 O Taboão
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Com a instalação da estrada de ferro, em agosto de 1884 constituindo-se em um ramal da São Paulo Railway. Essa ferrovia
tinha início em Campo Limpo, e neste local se faziam baldeações para Jundiaí, São Paulo, Campinas. A última estação se
dava em Vargem, próximo a Bragança.
Devido a sua extensão, era necessário que houvesse duas estações na cidade, uma ao sul que era a Estação Taboão, e a outra
ao norte, que era a Estação de Bragança, pois a ferrovia se desenvolveu ao longo da cidade. A Estação de Bragança possuía

Justificativa do local
maior dinamismo. As pessoas que se utilizavam desta eram de famílias abastadas, havendo uma diferenciação de estradas
nas duas estações. O desenvolvimento econômico, nessa época, se deu ao norte da cidade, devido a movimentação da Estação
Bragança, sendo este pólo de atração para a implantação de casas de comércio atacadista que predominava o comércio de
secos e molhados. Existiam também lojas de fazendas que vendiam arroz, feijão, milho e café.
Estação Taboão havia apenas um depósito para locomotivas com oficinas em condições de realizar pequenos reparos e uma
grande serraria em que anexa funcionava uma fábrica de móveis, estava serraria chamava-se Carretero e ficou muitos anos
instalada ali.
Com a inauguração da Fernão Dias, o principal sistema viário da cidade começava com a Variante do Taboão e avançava a
cidade a dentro. Quem entrada pela cidade por este caminho iria notar que a área urbana começava no Taboão, porque
antes dele havia um grande brejo, cheio de toras e tabuas da serraria Carretero (local onde mais tarde seria feito o lago). O
lago do Taboão foi feito em 1960 com muito custo e com intensa exploração política. As zonas sul e oeste, entre as saídas para
Itatiba e a estrada de Socorro, se definiu como bairro de padrão médio-alto, onde não existia função comercial, somente
residencial. Cada vez o número de loteamento nesse lado cresce, onde se dá a entrada da cidade, vindo de São Paulo. Nesses
loteamentos é comum a existência de casas de veraneio, pois devido à sua proximidade com São Paulo, Bragança surgiu como
opção de lazer das pessoas que podem se exilar da vida metropolitana temporariamente.
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Em 1985, a Universidade São Francisco firma-se como ensino superior e


muitos alunos, professores e funcionários fixam suas moradias em Bragança,
próxima a ela. O intercâmbio com Itatiba e Campinas aumentou sua
intensidade por alguns motivos: a estrada, a cultura, o comércio. CENTRO
CUL 4.3 A cidade hoje
Justificativa do local

Bragança Paulista está estrategicamente localizada na região mais


desenvolvida do país, próxima aos centros, ligada pelas Rodovias Fernão
Dias, Dom Pedro I e Dutra, às cidades do eixo Rio de Janeiro, São Paulo,
Minas Gerais e parte também do roteiro turístico do Circuito das Águas.
Com 124.888 mil habitantes, sendo 110.982 na zona urbana e 107.132 na
zona rural e a taxa de alfabetização ultrapassa os 90% de acordo com
IBGE/2000 Em 1984, Bragança Paulista foi reconhecida como sede da
Região do governo do Estado de São Paulo e fazem parte da Região
Bragantina 16 cidades: Águas de Lindóia, Amparo, Atibaia, Bom Jesus
dos Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Lindóia, Monte Alegre do
Sul, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Serra Negra,
Socorro, Vargem e Tuití. A maior parcela da economia é composta por
comércios, escolas e faculdades, indústrias (celulose, alimentícia e
eletrônica) e agricultura. O turismo também vem sendo explorado nos
últimos anos, desde 1964 é estância climática e o turismo rural vem
ganhando espaço na região. Fonte: www.guiadoensino.com.br/#Regiao Bragantina
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5. Leitura do local
5.1 O local
O lago do Taboão é um dos cartões postais da cidade, onde há grande aglomeração de pessoas em qualquer dia e horário.
Nas manhãs as pessoas dirigem-se ali para realizar atividades físicas principalmente a caminhada. A noite os diversos bares
existentes que contornam o lago passam a ser os atrativos da região. O Centro Cultural será instalado em frente a Av. Dom

Leitura do local
Pedro I, no Bairro do Taboão, com área de 50.014,86m². Está área é classificada no Código de Urbanismo do Município como
Zona Z11C4, da Lei Complementar
556 de 20 de julho de 2007, sendo
permitido a construção e
funcionamento de qualquer tipo de
atividade comercial bem como
residencial, não sendo permitida
apenas a instalação de indústrias. E
de acordo com esse mesmo Código
para áreas acima de 5.000m², o
gabarito máximo é de 8 pavimentos
e o coeficiente de aproveitamento é
igual a 1.

Fonte: Google
CULB 5.2 Mapa de
CENTRO CULTURAL localização
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CENTRO CULTURAL
Leitura do local

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As áreas adjacentes em relação ao local do projeto, de acordo


com o zoneamento do Plano Diretor Municipal, é classificada
em sua maioria de uso misto, tendo também áreas residenciais
e de serviços, além de zonas especiais como a de proteção do
aeroporto. Um dos fatores que chamam a atenção para a
região é a concentração de vazios urbanos existentes como se
pode observar na imagem ao lado. O mapa a seguir indica a
real situação dos usos e ocupações da região próxima ao
terreno, com predomínio de residências e de prestação de
serviços, havendo também grandes áreas verdes na região. Os
gabaritos de altura também se mantêm padronizado nas áreas
residenciais, onde se encontra um grande número de residências
de dois pavimentos.
5.3 Zoneamento CULB
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Leitura do local
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CENTRO CULTURAL 5.4 Dimensionamento
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5.5 Insolação
Leitura do local
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Foto 01- Vista para o


terreno, a partir da margem
oposta do lago; Fonte: Carina

Foto 02- Vista da frente do


terreno com as vias de acesso;
Fonte: Carina

Leitura do local
Foto 03- Vista da área
interna; Fonte: Carina

Foto 04 – Casas do
condomínio vizinha a área;
Fonte: Carina

Foto 05- Vista para a mata


existente; Fonte: Carina

Foto 06- Vista para o centro


da cidade; Fonte: Carina

Foto 07- Vista do terreno


para o lago;

Foto 08- Vista do terreno


para o lago. Fonte: Carina
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5.7 Sistema viário


As principais vias de acesso ao local, serão na maioria as vias arteriais e estruturais da cidade sendo a Av. D. Pedro I, Av. dos
Imigrantes, Av. Jose Gomes da Rocha Leal e Av. Antonio Pires Pimentel. A via de acesso imediato à área e que terá a maior
influência na acessibilidade do local é Av. Dom Pedro I. Esta avenida possui largura total da caixa de rolamento (composta
Leitura do local

por faixas de fluxo que servem para organizar a passagem dos veículos em fila) de 14,00 metros, sendo duas faixas de 3,50
metros cada, tanto no sentido Centro como no sentido Fernão Dias, apresentando pontos de alargamento com 03 e 04 faixas
de rolamento. O local também conta com fácil acesso a transporte coletivo, principalmente pela proximidade com a
Universidade. O que tornaria o impacto causado pelo trânsito na região mais ameno com diversas possibilidades para se
chegar ao Centro Cultural.
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Vias do entorno
5.8 Hipsometria

Leitura do local
*Todas as ruas
deste mapa, são
vias de mão
dupla.
CULB
CENTRO CULTURAL 5.9 Topografia - Cortes
BRAGANTINO
5.9 Corte
Leitura do local
6. Estudos de Casos
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Paulo
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SãoPaulo
Estudo de Caso 1 – Centro Cultural São
Ficha Técnica

Autores: Luiz Benedito Telles e


Eurico Prado Lopes

Início do projeto: 1978

Conclusão da obra: 1982

Reformado em: 2007

Área do terreno: 300.000 m²,

Área construída: 46.500 m²

Localização: R. Vergueiro, 1000 Paraíso


São Paulo - SP
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Estudo de Caso 1 – Centro Cultural São Paulo

Inaugurado em 1982,o CCSP oferece espetáculos de teatro, dança e música, mostras de artes, projeções de cinema e vídeo,
oficinas, debates e cursos. A construção completa do edifício, conforme prevista em seu projeto original, nunca chegou a ser
concluída. A despeito disso, o CCSP firmou-se como um pólo de apoio às produções experimentais, um ponto de encontro de
artistas, um lugar de convivência que assumiu a feição de extensão da casa das pessoas. Localizado em um ponto estratégico
da cidade, junto de duas estações de metrô, a instituição tem um número expressivo de freqüentadores. Em 2003, recebeu
650 mil usuários, uma visitação comparável à dos maiores museus e centros culturais do mundo. Com quatro pavimentos e
uma área de 46.500 m², seu projeto arquitetônico se destaca pela maneira como se integra ao espaço urbano. O projeto dos
arquitetos Luiz Benedito Telles e Eurico Prado Lopes dissolve a construção na topografia do terreno. Sem Barreira.. Para
quebrar a rigidez do concreto e do aço, amplamente utilizados na construção, o projeto arquitetônico previu imensos espaços
vazados e envidraçados, que permitem a entrada de luz natural, e ainda manteve, no centro da construção, um jardim de
700m², onde a vegetação original foi preservada.
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Estudo de Caso 1 – Centro Cultural São Paulo


BIBLIOTECAS
O conjunto de bibliotecas ocupa uma área superior a 9 mil m² e está divida entre
quatro bibliotecas.
ALFREDO VOLPI
Acervo: catálogos de exposições de artes indexados pelo nome do artista, livros sobre
artes plásticas, arquitetura, fotografia, moda, recreação e artes performáticas, além
de periódicos e CDs-Rom.
LOUIS BRAILLE
Desenvolvida para atender os usuários com deficiência visual, reúne 6.159 títulos,
entre livros em braille e audiolivros, além de computadores com programas
específicos para a acessibilidade dos usuários. O acervo inclui obras didáticas e
paradidáticas, obras de ficção, com clássicos da literatura brasileira e portuguesa e
periódicos falados.
GIBITECA HENFIL
Coleção com mais de 10 mil títulos entre álbuns de quadrinhos, gibis, periódicos e
livros sobre HQ. Sua programação diversificada, envolvendo oficinas, palestras,
exposições, exibição de filmes e jogos, atrai fãs e profissionais da área.
SÉRGIO MILLET
Premiada pela revista Época como a melhor biblioteca de São Paulo em 2008 , é a
segunda maior biblioteca pública da cidade. Inaugurada em março de 1983, a
bibloteca tem como objetivo principal reunir, organizar e difundir um acervo
multidisciplinar atualizado, com cerca de 100 mil exemplares.
CULB
Estudo de Caso 2 – Centro Educativo Burle Marx
CENTRO CULTURAL
BRAGANTINO

Centro Educativo Burle Marx


Inhotim – Brumadinho –
Ficha Técnica

Autores: Arquitetos Alexandre Brasil


Garcia e Paula Zasnicoff Cardoso

Equipe: Arquiteto Edmar Ferreira Junior


e estudantes Ivie Zappellini e Rosana Piló

Contratante: Instituto Inhotim

Local: Brumadinho – Minas Gerais

Data do Projeto: Agosto 2006

Conclusão da obra: Julho 2009

Área construída: 1.700m²


CULB

Estudo de Caso 2 – Centro Educativo Burle Marx


CENTRO CULTURAL
BRAGANTINO

O edifício do Centro Educativo foi implantado como um elemento de organização e acesso aos grupos educativos
diferenciados ao museu. Sua localização, no limite da área do museu, junto à alameda de acesso principal e próximo à
recepção, potencializa esta relação. O Centro Educativo funciona como local de chegada e partida, e estabelece, através do
edifício, o percurso de acesso ao museu. Um edifício ponte sobre o lago. A praça de acesso do Centro Educativo conduz o
público à área de acolhimento, onde ocorrerá a organização e direcionamento conforme as atividades dos grupos. Partindo do
acolhimento pode-se acessar diretamente a biblioteca, os ateliês e também o auditório. O acesso ao museu será através da
cobertura. Nela está a praça elevada, inserida sobre um grande espelho d’água no qual serão exploradas espécies botânicas
ainda inexistentes em Inhotim, propiciando uma grande integração entre a arquitetura e o paisagismo.
O desenho do chão tem maior liberdade. A diferença de nível entre a praça de acesso (726,80) e acolhimento (723,00)
propiciou a implantação de um anfiteatro ao ar livre, voltado para o edifício. O pequeno desnível entre o acolhimento
(723,00) e o foyer do auditório (724,20) além de potencializar o uso deste espaço como local de eventos, promove certa
independência de uso num espaço único. As lajes de piso sob a biblioteca e sob as salas de aula realizam a extensão do
território, flutuando sobre o lago, em nível com o acolhimento (723,00). Estas lajes de piso também são nervuradas, seguindo o
mesmo módulo da
cobertura.
CULB
Estudo de Caso 2 – Centro Educativo Burle Marx
CENTRO CULTURAL
BRAGANTINO

Neste edifício a experimentação da arquitetura se funde ao exuberante paisagismo local. Tanto no percurso sobre o espelho
d’água quanto nos percursos entre os diferentes programas do edifício. A circulação é feita por varandas, espaços de convívio e
contemplação.
A cobertura é constituída por três lajes nervuradas em concreto aparente, moduladas em 80 cm, o que proporciona
organização e racionalização dos materiais utilizados. A própria organização do programa solucionou a necessidade técnica
das juntas de dilatação entre as lajes, tornando independentes as lajes da biblioteca, a dos ateliês e a do
acolhimento/auditório. O único volume que se eleva sobre a cota da praça elevada é o urdimento do auditório, também
construído em laje nervurada.

Parecer da Comissão Julgadora


“Distingue-se pela relação que seus espaços estabelecem com o meio e paisagem circundantes, como continuidade de uma
ampla área verde, inserindo-se no contexto do circuito de galerias de arte existente.”
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Universidade Feminina Ewha

Estudo de Caso 3 – Universidade Ewha


Seul – Coréia do Sul

Ficha Técnica

Autor: Arquiteto Dominique Perrault

Parceria: Baum Architects

Concurso: Fevereiro de 2004

Construção: 2005 a 2008

Local: Seul – Coréia do Sul

Área construída: 70.000m²

Volume construído: 350.000m³

Área de paisagismo: 31.000m²


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BRAGANTINO
Estudo de Caso 3 – Universidade Ewha

O Complexo Ewha é um campus aberto ao público. O próprio arquiteto descreve o vale que atravessa o campus como uma
nova Champs Elysées, que serve de acesso aos quatros andares do edifício e se torna uma encruzilhada de trajetórias, espaço
para troca de idéias, teatro ao ar livre, praça e área de exposições. Aumentar a área construída não poderia significar a perda
dos gramados, flores e árvores que dão o histórico caráter pastoral do campus. A solução foi construir em uma área de 19 mil
m² um volume subterrâneo.
Programa
As salas de aula e a biblioteca da universidade estão instaladas em seus três primeiros andares, de cima para baixo, os mais
iluminados. Quando possível, paredes dos dois lados das salas são fechadas em vidro, para que a luz atravesse o prédio. A
circulação vertical pode ser feita não só pela rampa externa, como também por meio de um sistema de escadas e corredores
internos, adjacente às cortinas de vidro. Ao descer até o nível mais baixo da rampa, o usuário encontra um programa
comercial completo. O objetivo é que as atividades urbanas invadam o campus. Ao norte, sob as escadarias do vale, encontra
um teatro e uma área de exibições; ao sul, uma academia, duas salas de cinema e um teatro estudantil.
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Estudo de Caso 4 – Auditório do Ibirapuera


Auditório do Ibirapuera
São Paulo – SP

Ficha Técnica

Autor: Oscar Niemeyer

Colaboradores: Hélio Pasta e Hélio


Penteado

Local: Parque do Ibirapuera,


São Paulo - SP

Data do Projeto: 2002


Conclusão da obra: 2005

Área construída: 7.000 m²


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Estudo de Caso 4 – Auditório do Ibirapuera

Assim como os demais edifícios do Parque Ibirapuera, a cor branca e a estrutura de concreto armado predominam no prédio.
Seu formato é trapezoidal e ocupa uma área de 4.870 m² sobre um terreno de 7 mil metros quadrados. O teto em formato
de rampa foi a solução encontrada pelo arquiteto para resolver o problema das construções tradicionais das salas de ópera,
onde o desenho do prédio é todo desproporcional, devido aos diferentes ambientes que elas possuem. Numa mesma obra,
acontece uma divisão em três blocos de concretos e com desníveis bem aparentes, quando visto pelo lado de fora. Essas
câmaras são o foyer (sala de espera) com tamanho menor, a platéia (tamanho médio) e a grande caixa do palco. Cobrir tudo
com uma laje inclinada foi o modo que Niemeyer encontrou para esconder esse desequilíbrio arquitetônico. No espaço da
entrada, encontra-se a rampa de acesso ao mezanino, situada no lado esquerdo do salão e em formato circular. Mas, o que
atrai os olhos dos visitantes é a enorme escultura vermelha da artista Tomie Ohtake, que ocupa parte das paredes e do forro
no foyer. No subsolo, fica a área administrativa, cozinha, sala de reunião, Escola Auditório, bar e camarins. No hall central da
Escola Auditório, também utilizado como área de convivência. A platéia foi desenvolvida em formato oval, sendo mais largo
nas laterais e com pouca profundidade. Ela possui 800 lugares e são de 16 metros a distância entre a primeira e a última
fileira.
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o projeto
Relação dos estudos de caso com o projeto

Os estudos de caso selecionados têm em comum principalmente a interação com o seu entorno. E isso só foi conquistado
através de uma boa leitura e interpretação do local de implantação.

o projeto
A começar pelo Centro Cultural São Paulo, localizado na região central da cidade de São Paulo onde predominam edifícios
verticalizados o Centro contrapõe o entorno com seu volume horizontal, compondo a paisagem urbana de maneira sutil sem

Caso e com
querer se impor a ela, mesmo com mais de 40 mil metros quadrados de área construída. A maneira que ele interage no seu
interior e como foi pensada a circulação principalmente o jogo de rampas que formam um desenho são itens muito
interessantes. Além de sua planta livre que permite alterações em sua planta sem grandes reformas.

estudos
O Centro Educacional Burle Marx fica evidente a preocupação com o entorno repleto de áreas verdes procurando fazer com
que as edificações tenham grandes aberturas para a contemplação da paisagem, de forma que o edifício se mantém na
horizontal para que não se crie uma barreira na paisagem, trazendo o que está fora para dentro do projeto e principalmente

s de
sua circulação ocorre na área externa do edifício o que beneficia a contemplação da paisagem..
Estes projetos são alguns exemplos de um equipamento público com exceção do Centro Educacional que procura dar a

dos
população local um lugar acessível a arte e a cultura tanto pela facilidade de acesso quanto pela sua política.

Estudo
A Universidade de Ewha tinha por objetivo principal do projeto não causar danos ao seu entorno com essa preocupação o

Relação
autor do projeto propôs um edifício subterrâneo com cobertura verde, o que será utilizado no projeto do Centro Cultural
Bragantino para incorporar a paisagem existente.
E por fim o Auditório do Ibirapuera que diferente dos demais se contrapõe ao seu entorno sem deixá-lo com que ele não faça
parte do projeto com as duas aberturas do palco, uma para dentro do teatro e outra para o parque.
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7. O projeto
7.1 Programa
Área Pública um acervo de 40 Espera- 50m² Sala de reuniões- 15m²
Bilheteria – 30m² mil livros = área Total = 500,00m² Arquivo- 20m²
Sanitários – 80m² 300.00m² Total = 180,00m²
Sala de projeção – Recepção – 10m² Salas de oficinas
8m²
Projeto

Sanitários – 80m² Sanitários- 80m²


Sala de manutenção – Total = 390,00m² Salas- 260m² Estacionamentos –
15m² Depósito- 15m² Aproximadamente
Depósitos- 60m² Sala dos professores- 3.200,00m²
Restaurante
Café – 25m² 20m²
Foyer – 250m² Sanitários - 80m²
Fabrico - 20m² Total = 375,00m² Área técnica –
Sala de imprensa –
Cozinha industrial – Aproximadamente
50m²
30m² Área 30m²
Sala de iluminação –
6m² Copa suja- 10m² administrativa Sala de geradores –
Sala de som - 6m² Copa- 15m² Recepção- 20m² 10m²
Camarins – 85m² Depósito refrigerado – Sanitários- 10m² Setor de iluminação –
Copa – 10m² 10m² Sala de 10m²
Exposições- 100m² Despensa – 15m² monitoramento- Armazenamento de
Ante câmera- 40m² Vestiários – 30m² 10m² lixo – 5m²
Auditório- 500m² Depósito de limpeza – Almoxarifado- 8m² Caixas d`água – 5m²
Total = 1.265,00m² 5m² Secretaria- 35m²
Salão-200m² Administração- 15m² Total construído =
Biblioteca –
Bar- 30m² Diretoria- 30m² 5.940,00m²
estimada para ter Recepção- 5m²
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7.2 Fluxograma

Projeto
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Projeto
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Projeto
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Projeto
CULB
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Projeto
CULB
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9. Detalhamento do projeto

Área externa

Detalhamento
Como uma das premissas de projeto, a área verde do Centro Cultural será preservada e em alguns pontos adensadas, toda a
região que constar uma topografia acidentada a vegetação estará presente para proteger as encostas. Por esse motivo boa
parte do terreno contará com essa preservação com isso haverá a criação de microclimas no local devido a massa arbórea e os
espelhos d`água implantados. Para aproximar os visitantes do Centro e criar neles uma consciência ecológica será criado
diversos ponto de contemplação dessa natureza em toda sua extensão, também haverá a preocupação da sustentabilidade e
diversas diretrizes no projeto foram escolhidas de forma que a racionalização da construção fosse adotada. Os materiais foram
escolhido de forma que atendessem critérios como durabilidade, melhor manutenção e menor impacto na vizinhança. A
implantação dos volumes também procurou aproveitar a iluminação natural e a ventilação cruzada além de se ter uma
flexibilidade espacial da estrutura possibilitando futuras modificações sem grandes perdas.
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Por toda a extensão do terreno haverá um caminho


elevado do piso onde está concentrada as atividades do
Centro, neste caminho poderão ser realizadas caminhadas
e contemplação já que existirá pontos para a
Detalhamento

permanência com bancos em todo o seu trajeto.

Área de
preservação

Perspectiva do
Mirante
Para se chegar ao deck elevado o acesso é através
de escadas que aproveitam a topografia para se CULB
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formar, para não agredir a vegetação esta escada
BRAGANTINO
é formada por elementos naturais, como o tronco
de eucalipto.

Desenho da escada de
eucalipto em planta

Detalhamento
A estrutura do deck será em
mão francesa apoiada no
talude de forma que o mínimo
de árvores seja retirada do
Corte do deck
local
CULB A maior parte da circulação no Centro Cultural é
de pedestres dando preferências as pessoas para
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BRAGANTINO que elas possam caminhar por todos o locais,
mesmo assim o Centro conta com três
estacionamentos com aproximadamente 115 vagas
Circulação respeitando a legislação de vagas para deficientes
e idosos. O terceiro e mais afastado dos
estacionamentos é coberto se camuflando ao
Detalhamento

vegetação.

Planta do estacionamento coberto


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Pisos

As áreas próximas ao

Detalhamento
estacionamento coberto o piso
será de placas drenantes
com junta de grama

As áreas onde se concentram os blocos do Centro


Cultural receberão pisos de placas de concreto
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Além de fazer uma ligação com o Lago já


existente na região os espelhos d água e o Lago
criado no Centro serve como reservatório das água
pluviais que percorriam o terreno e escoavam no
Lago. Agora o Lago construído armazenará está
Detalhamento

água que escoará para o Lago quando exceder a


sua capacidade.
Nas áreas que necessitarem de reflorestamento, além das árvores nativas da região serão CULB
plantadas árvores frutíferas principalmente para atrair pássaros e animais para o local. CENTRO CULTURAL
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Ao lado alguns exemplos de árvores que serão plantadas.

Detalhamento
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Definições estruturais

Para a construção do Centro Cultural Bragantino definiu-se o uso do concreto armado como estrutura principal pela adaptação aos
vãos do projeto e em relação a durabilidade e conservação de seu material. Outras vantagens do concreto são o baixo custo dos
materiais (água e agregados), baixo custo de mão de obra, em geral, a produção de concreto convencional não exige profissionais com
Detalhamento

elevado nível de qualificação. O processo construtivo é conhecido e bem difundidos em quase todo o país. O concreto é durável e
protege as armaduras de ferro contra corrosão. Os gastos de manutenção são reduzidos, desde que a estrutura seja bem construída.
Outra escolha para o projeto foi a de trabalhar com elementos lineares ( vigas e pilares) de diferentes formatos e tamanhos
combinados para formar o esqueleto da estrutura. Este sistema é apropriados para construções que precisam de alta flexibilidade na
arquitetura. Isto ocorre pela possibilidade do uso de grandes vãos e para alcançar espaços abertos sem a interferência de paredes. Há
também o fato de que nas estruturas em esqueleto o sistema portante é normalmente independente dos subsistemas complementares
da edificação, como os sistemas de fechamento, sistemas hidráulicos e elétricos.

Esquema estrutural
Bloco 3
Esquema estrutural
Bloco 2

Esquema
estrutural Bloco 1 Esquema
estrutural Bloco 2
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Revestimentos das áreas secas BRAGANTINO

O elemento de vedação que será


usado é o Tijolo de Solo-cimento
que é feito de uma mistura de terra
e cimento prensados. Também
conhecido como tijolo ecológico, seu
processo de fabricação não exige
queima em forno à lenha e, por isso, não polui o ar e

Detalhamento
ainda evita desmatamentos. Para o assentamento, em
vez de argamassa comum, é usada uma cola especial
vendida pelos fabricantes do tijolo. Outro diferencial é
que seus dois furos internos permitem embutir a rede
hidráulica e elétrica, dispensando o recorte das paredes.
Além disso, o sistema é modular e produz uma alvenaria uniforme, dispensando o uso excessivo de material para o reboco.
Em todo o conjunto as paredes das áreas secas receberão revestimento com pintura na cor branca. E nas áreas molhadas revestimento
com impermeabilização e cerâmica.

Revestimentos das áreas molhadas


(exceto cozinha do restaurante
que receberá outro revestimento)
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Blocos individuais

A seguir serão detalhados alguns espaços internos de cada um dos três blocos do projeto, desde a construção, escolha dos
Detalhamento

acabamentos e distribuição de layout. Em primeiro plano o Bloco 1 que contém o setor administrativo, as salas de oficina e o
restaurante.
SALAS DE OFICINAS
Acesso a área Todas as salas de oficinas terão
externa
Ventilação ventilação cruzada com o uso de
cruzada
A cobogós e dos acessos tanto interno
quanto externos.

D B

Detalhe do piso de todo o Bloco 1

C Acesso a área O layout das salas


Interna
não será fixo, conforme a atividade
realizada no local a disposição dos
móveis poderá ser modificada.
Quadro branco
Cobogós em concreto
Vista em planta da escada e elevadores
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Detalhamento
Perspectiva da
escada

Detalhe do corrimão
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Detalhamento

Vista em planta do
elevador com capacidade
para seis pessoas

Vista em planta da casa


de máquinas
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RESTAURANTE

O restaurante de Centro Cultural poderá receber aproximadamente


100 pessoas em uma área de 200m² de salão. Situado no 2º
Pavimento do Bloco 1 tem uma vista sem barreiras para o Lago do
Taboão além de se poder observar parte do conjunto de edifícios do

Detalhamento
Centro nele.
1 – Copa – Preparo dos prato e sua distribuição
2 – Cozinha – Confecção e preparação das refeições
3- Fabrico – Preparação e embalagem de congelados
4- Lavagem de alimentos
5 – Copa suja – Destinada a lavagem de louças e utensílios
6 – Material de limpeza
7 – Despensa
8- Sanitário funcionários
9- Vestiário
10- Câmara refrigerada
11- Lixo
Recomendações da ANVISA para as áreas de restauração “zonas de
fabrico, cozinha e copa devem dispor de arejamento e iluminação
natural. As cozinhas devem ser instaladas de modo a permitir a
Planta da cozinha comunicação rápida com as salas de refeições, com trajetos livres. Quando
existia copa, a cozinha deve ser continua a esta”.
CULB Planta - Cozinha
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1 – Piso cerâmico
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2 – Fogão
Detalhe do revestimento 3 – Projeção da coifa
da cozinha
4 – Bancada de
preparação
5 – Bancada de lavagem
Detalhamento

6 - Geladeiras

Todas as bancadas e
utensílios serão em
aço inox para melhor

Balcão da cozinha

Perspectiva área de
fabrico e cozinha
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Câmaras refrigeradas em planta

Câmara refrigerada
Para a refrigeração dos alimentos será
usado duas câmaras refrigeradas
modular que se adapta melhor ao

Detalhamento
restaurante do Centro Cultural por
permitir em seu interior zonas
diferenciadas para diferentes produtos. Sua montagem é rápida e simples a partir
de seu interior com a fixação de seus painéis isolantes tipo sanduíche

Salão
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Fachada Principal
A principal fachada do Bloco 1 é a principal fachada do conjunto, porque é a única que está voltada sem nenhuma barreira
para a via de acesso ao local. Alguns de seus elementos serão detalhados a seguir como o brise metálico posicionado na
vertical das fachadas leste e oeste para amenizar a insolação da manhã e da tarde no local.
Detalhamento
CULB
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Corte esquemático da captação de água,BRAGANTINO
está
água será utilizada para a irrigação do jardim e
abastecimentos dos banheiros (descarga dos vasos
sanitário). A captação da água da chuva ocorrerá
tanto no Bloco1 quanto no Bloco 3.

Detalhamento
Detalhe da platibanda com a calha para
captação da água

Corte do telhado verde, está cobertura estará


presente tanto no Bloco 1 como no Bloco 3.
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Drenagem

Devido a proximidade do Bloco 1 com as


áreas de talude do terreno, está previsto a
drenagem de toda a lateral esquerda do
Detalhamento

edifício. Toda a água captada irá para o


lago, localizado no próprio local.

Bloco 2

O bloco 2 é composto pela Biblioteca do Centro Cultural, seu volume


é circular e concentra toda a ligação com os outros blocos.
Nela poderão ser realizadas atividades de leitura, empréstimos de
livros e audiolivros, escutar músicas, ver filmes e acessar a internet no
acervo digital. Como necessidade de uma biblioteca a tranqüilidade
no Centro Cultural será adquirida com um volume fechado com
poucas aberturas. Questão da luminosidade ficou divida em duas
categorias natural e artificial que melhor atenda a necessidade do
programa. A luz em bibliotecas é utilizada de duas maneiras, como
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iluminação ambiental e como iluminação de serviço. A iluminação ambiental define a expectativa geral do visitante,
transmitindo uma atmosfera psicológica no espaço interno. A iluminação de serviço é aquela utilizada por funcionários e
usuários da biblioteca nos espaços de estudo e serviço fixo. A luz também causa deterioração de todos os documentos orgânicos
de uma biblioteca. Comparando os quatro tipos básicos de iluminação através da radiação Ultra Violeta UV constatou-se a
grande diferença entre as luzes artificiais e a luz

Detalhamento
natural. A quantidade máxima de radiação UV
Detalhe dos pendentes que serão usados
recomendada tanto para acervos quanto para a vista
das pessoas é de 75 UV (m w/lumém)(Fonte:ANEEL), a
luz natural solar direta deve ser sempre evitada.

Diretrizes do projeto de iluminação


Foi elaborado um projeto lumino-técnico par a todos
os ambientes internos da Biblioteca, incluindo as áreas
administrativas, o acervo, as áreas de leitura e
pesquisa, os ambientes destinados aos diversos serviços e sanitários. A proposta de intervenção objetivou a economia de
energia aliada às seguintes premissas:
● eficácia do sistema de iluminação artificial a partir da instalação de lâmpadas e luminárias eficientes;
● conforto visual dos usuários a partir de uma iluminação uniforme e que atingisse os níveis à realização das atividades
desenvolvida s nos diversos ambientes;
● valorização do edifício, eliminando áreas de penumbra e destacando os elementos construtivos.
Hall de Entrada e Saguão Principal
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No hall de entrada está localizada uma pequena a área de exposições, a recepção e o guarda volumes. Este é um dos
principais espaços destinados a eventos e exposições na
biblioteca, nela a iluminação será indireta com o uso de
sancas e alguns pendentes.
Acervo
Detalhamento

Na área do acervo, serão utilizadas luminárias aletadas


com lâmpadas de 32W cada, uma vez que neste local não
há a permanência prolongada de funcionários, nem
equipamentos como computadores.
Circulação
Na área da circulação vertical está situada a abertura
zenital, que iluminará as rampas de acesso ao pavimento
de leitura. Será o único local que receberá a incidência de
luz natural direta na biblioteca.
Sala de Leitura
A sala de leitura tem capacidade para 140 lugares e necessitando atingir um nível de uniformidade da iluminação, bem como
níveis de iluminância adequados às atividades de leitura e pesquisa. Optou-se por rebaixar as luminárias, devido ao elevado
pé-direito, e usar pendentes metálicos aletados com lâmpadas de 32W cada.
Estudo da iluminação zenital e da ventilação CULB
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Detalhamento
Detalhe do guarda corpo
da passarela e rampas

VISTA CORTE

Corrimão em aço inoxidável 50mm


e cabos de aço como guarda corpo
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Bloco 3
O auditório do Centro Cultural terá uma capacidade para receber
380 espectadores com lugares acessíveis a deficientes físicos e obesos.
Detalhamento

Em sua entrada principal estão localizados a bilheteria, o foyer e um


espaço dedicado a exposições temporárias. Sobre o foyer haverá um
mezanino com um pequeno bar, área de espera aos freqüentadores,
a passarela de ligação externa dos edifícios terá acesso por ali. As
áreas técnicas e camarins estarão paralelas ao palco mantendo o
fundo deste livre para a abertura da área externa possibilitando que
uma parte da platéia fique ao ar livre. A topografia do terreno foi
aproveitada para proporcionar a declividade do auditório.

Acomodações
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Elementos da acústica
Há três elementos básicos que definem a acústica de uma edificação: dimensões,
formas e materiais. Os materiais definem a absorção, reflexão ou difusão do som.

Detalhamento
Materiais de absorção são a madeira, o carpete e materiais porosos e fibrosos em geral.
Outro fator muito importante de absorção é o público da sala. De reflexão são as superfícies lisas e duras, como placas rígidas
de madeira densa que não vibram, reboco simples. Já a difusão é um “espelhamento do som” em várias direções, causada por
uma superfície com irregularidades. As dimensões influenciam o tempo de reverberação e a forma define como o som será
distribuído para os ouvintes e retornado para o executante. Na parte interna do teatro, o é palco italiano com
aproximadamente 125m² e um salão com um pé-direito de grandes proporções. A cor predominante será o bordô em
diferentes tonalidades que irá compor a pintura do teto, de alguns elementos das paredes, do carpete e do estofamento das
poltronas, formando uma combinação com os detalhes em
madeira. A caixa cênica conta com um espaço de boca de
cena de aproximadamente 16m de largura por 5m de
altura máxima e urdimento de aproximadamente 8m de
altura.

As paredes laterais são revestida com peças


irregulares de madeira. Nas paredes do fundo,
réguas verticais de madeira, de tamanhos variados,
formam um sistema de absorção e difusão acústica.
Também serão usadas paredes duplas, lajes de
Revestimento de madeira na
paredes laterais concreto, portas especiais e acessos por antecâmaras
acústicas.
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Detalhamento

Pensando também na comodidade dos artistas, o Teatro poderá atender até 20 artistas em seis camarins, sendo dois deles
coletivos e quatro individuais. Todos estão separados acusticamente e equipados com placas radiantes instaladas nas paredes,
que climatizam o ambiente conforme o gosto do artista. O Teatro também contará com um lounge exclusivo para convidados
especiais e patrocinadores, com ligação direta e exclusiva ao palco e aos camarotes.
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Parede 2 com aberturas
Parede 1
2 O Teatro contará com duas fachadas uma que será um grande pórtico com paredes
1 evidenciando o volume do edifício a segunda fachada estará depois desta com as aberturas
para receber a iluminação e ventilação natural que virá dos rasgos encontrados na fachada 1.

Detalhamento
As fachadas norte e sul receberão jardins
verticais (detalhe ao lado) que farão
conjunto com o telhado verde do Bloco 3
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BRAGANTINO

9. BIBLIOGRAFIA

ARAUJO, Francisco César de. Estrada de Ferro Bragantina, uma trajetória do tempo (1872-1967). Prefeitura Municipal de
Bragança Paulista, Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, 1998.

ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
Bibliografia

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Cadernos do Centro de Memória Regional, Universidade São Francisco. V.1, n°2 (1993), Bragança Paulista. Edição Especial:
Memória fotografia de Bragança Paulista.

CALDEIRA, João Netto. As nossas riquezas – Município de Bragança. v.III Edição da Empresa Comercial e de Propaganda
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CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura: o fim do Milênio. Lisboa: Fundação Calouste
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CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana. Lisboa: Edições 70, 1983

GODOY, Jorge Pires de. Almanach Paulista para 1918 – São Paulo, Amparo, Brasil. Adolpho Lombardi e Cia. 1918.

MARTINS, Nelson Silveira e LAURITO, Domingos. Bragança do passado (1763-1942), coleção “São Paulo através da história
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CULB
CENTRO CULTURAL
BRAGANTINO

MARX, Roberto Burle, 1909-1994, Arte & paisagem: (conferências escolhidas)/ Roberto Burle Marx; José Tabacow; organização
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MATHIAS, Luiz Gonzaga Pires. Em busca dos marcos perdidos – Bragança Paulista: Editora da Universidade São Francisco –
EDUSF, 1999 .

MOLINA, Cecília Martins. O patrimônio de Bragança Paulista – Bragança Paulista. Instituto Franciscano de Antropologia.

Bibliografia
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BRAGANTINO

10. Anexos
Dados complementares sobre o município de Bragança Paulista
Área territorial: 514km²
Densidade Demográfica: 279,6 hab./km²
Temperatura Média: 22º
Precipitação anual: 1.600 mm

Anexos
Altitude: da cidade 817 m, média 850 m, máxima 1.700 m (Pico do Lopo)
Frota de veículos: 40.000 (quarenta mil)
População do município (censo de 2000)
Total: 125.031
Urbana: 111.091
Rural: 13.940
Homens: 61.902
Mulheres: 63.129
Expectativa de vida: 73,08 anos
Mortalidade Infantil (até 1 ano): 12,57 por mil
Taxa de Alfabetização: 92,21%
Região metropolitana: Campinas
Região administrativa: Região Bragantina

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