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Revisão informativa da síndrome de Chediak-Higashi, suas consequências e

principais tratamentos.

Irena Maria Lenzi Jahnke


Victoria Wendler Meirelles
Heitor Dambiski

Faculdade de Medicina Pinhais


Revisão informativa da síndrome de Chediak-Higashi, suas consequências e
principais tratamentos.

O objetivo deste artigo informativo é realizar uma divulgação científica a respeito da


síndrome rara Chediak-Higashi focando em seus tratamentos e possíveis curas.

Palavras chaves:
Chediak-Higashi e tratamentos,Chediak-Higashi e sintomas, Chediak-Higashi e
leucemia e Chediak-Higashi e albinismo.

Título em inglês:

Medical Revision of Chediak- Higashi, their consequences e main treatments

Abstract:

Objectives:

The objective of this informative medical review was to disclose about the rare
Chediak-Higashy syndrome focusing on their treatments and possible cures.

Methods:

Results:

Conclusion:

Key words:
Chediak-Higashi and treatment, Chediak-Higashi and symptoms, Chediak-Higashi
and leukemia and Chediak-Higashi and albinism.
A síndrome Chediak-Higashi (SCH) é um distúrbio autossômico recessivo que
acomete a alteração do gene de transporte lisossomal (LYST). A função desse gene
não é conhecida ao certo, entretanto, já existem pesquisas sobre sua ação no
tamanho das organelas, no funcionamento de fusão e na divisão das membranas
celulares. Essa doença de rara incidência, com cerca de 500 casos no mundo,
sendo o primeiro deles notificado somente em 1943. A união consanguínea segue
sendo um dos fatores relevantes no diagnóstico da síndrome (Fantinato e Cestari et
al,2011).
A síndrome é caracterizada pela sua alteração funcional de melanócitos,
plaquetas e neutrófilos. Os principais sintomas incluem albinismo parcial e graus de
albinismo oculocutâneo, fotossensibilidade, infecções, recorrentes, principalmente
bacterianas,linfocitose hemofagocítica, sangramentos e manifestações
neurológicas. Esses sintomas neurológicos incluem: níveis variáveis de redução
cognitiva, dificuldade comportamental, confusão mental, espasticidade, neuropatia e
possível Parkinson.Quando a síndrome se manifesta tardiamente, há um aumento
da perda de sensibilidade, fraqueza muscular e déficit cognitivo. (Bezerra e Veloso e
Antunes et al,2019).
A taxa de morbidade, em 80% dos casos, ocorre durante a primeira década
de vida. Aqueles que sobrevivem desenvolvem a fase aguda da doença ou fase
acelerada, como sequelas neurológicas progressivas.Os sinais laboratoriais da
doença são a presença anormal de grânulos gigantes nos neutrófilos, linfócitos,
monócitos e plaquetas (Mendes e Cartaxo et al.,2018).
O tratamento da SCH abrange diversas estratégias terapêuticas, envolvendo
medidas de suporte, como antitérmicos, higiene oral e cuidados dentários, e
orientação nutricional, além da possibilidade de transfusões de sangue, incluindo
glóbulos vermelhos e plaquetas. Antibióticos são empregados para controlar
infecções, juntamente com antifúngicos e antivirais, como o Aciclovir em casos
virais. A vitamina C é utilizada, embora sua eficácia seja questionável. Fármacos
como colchicina, prednisona, vincristina e ciclofosfamida atuam nos microtúbulos,
enquanto a gamaglobulina endovenosa e a interleucina demonstraram algum
benefício. A esplenectomia é uma opção em casos não responsivos, potencialmente
melhorando a situação clínica. No entanto, o tratamento de escolha, especialmente
na fase inicial da doença, é o transplante de medula óssea (TMO), embora a
obtenção de doadores compatíveis seja desafiadora e que o TMO possa acarretar
em riscos e complicações. (Colla e Carvalho et al.,2014). O objetivo deste artigo
informativo é realizar uma divulgação científica a respeito da síndrome rara
Chediak-Higashi focando em seus tratamentos e possíveis curas.

Referências da introdução:

MENDES, A.; BRAGA CARTAXO, C. Síndrome de Chediak-Higashi em fase


acelerada: um relato de caso, 2018. Disponível em:
<file:///C:/Users/Irena%20Jahnke/Downloads/v2n2a13%20(1).pdf>. Acesso em: 6
nov. 2023.

BEZERRA, L. S. SANTOS-VELOSO, M. A. O.; ANTUNES, A. A. Fase acelerada da


síndrome de Chediak-Higashi. Revista de Medicina, v. 98, n. 3, p. 222–225, 22 jul.
2019. Disponível em doi:
<http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i3p222-225>. Acesso em 6 de nov
2023.

COLLA, V.; CARVALHO, B. Síndrome de Chediak-Higashi: Relato de Caso e


Revisão de Literatura, 2014. Disponível em:
<http://aaai-asbai.org.br/imageBank/pdf/v21n3a04.pdf>. Acesso em: 6 nov. 2023.

FANTINATO, G. T. et al. Você conhece esta síndrome? Anais Brasileiros de


Dermatologia, v. 86, p. 1029–1029, 1 out. 2011. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/abd/a/FMkY6QjYrg7hbBkmdHqJLKD/>. Acesso em 6 de
nov.2023
Metodologia:

O presente escrito consiste em uma revisão informativa a respeito da


síndrome de Chédiak-Higashi. O trabalho foi desenvolvido por meio da revisão
bibliográfica do tipo exploratória descritiva. A base do artigo foi realizada nos
seguintes bancos de dados: PubMed, SciElo (Scientific Electronic Library onLine) e
Google Académico. Os descritores utilizados foram encontrados nas plataformas
MeSH e DeCS e são as seguintes: Chediak-Higashi e tratamentos,
Chediak-Higashi e sintomas, Chediak-Higashi e leucemia e Chediak-Higashi e
albinismo. Os artigos foram avaliados no idioma portugês e inglês. Os estudos
incluídos foram publicados nos últimos dezesseis anos. Foram excluídos os artigos
que focavam em síndrome de Chediak-Higashi adjunto a outras síndromes raras. O
compartilhamento e análise dos artigos entre os colegas foram feitos através do site
Rayyan.As referências foram geradas automaticamente pelo site My Bib e
distribuídas ao longo do corpo do texto.

DISCUSSÃO

A síndrome Chediak-Higashi (SCH) tem como principais sintomas e consequências as


alterações no depósito lisossômico, evoluindo em cerca de 85% dos casos para a
forma acelerada, marcada pela presença de linfo-histiocitose hemofagocítica (LHL),
condição que desencadeia um estado hiper inflamatório no indivíduo e que tende a evoluir
rapidamente para óbito se não tratada. Durante a evolução da doença, a SCH pode
apresentar duas fases bem definidas: uma fase estável e a fase rápida ou acelerada. A fase
acelerada é caracterizada como a apresentação mais agressiva dessa síndrome.
Geralmente acomete o paciente logo após o nascimento ou poucos anos depois, tendo
altíssima letalidade. De acordo com o caso avaliado por Wu et al. um paciente do
sexo masculino, de 9 meses de idade, apresentou clínica com febre alta há 15 dias,
além de ao exame físico serem notados hipopigmentação cutânea, cabelo cinza,
presença de rash em tronco, linfadenopatia submandibular e hepatoesplenomegalia.
caracterizada por albinismo oculocutâneo, imunodeficiência, alterações neurológicas
progressivas, tendência a sangramentos e síndrome linfoproliferativa.
O defeito primário da SCH é desconhecido, sendo os sintomas clínicos atribuídos a um
defeito no tráfego vesicular secundário ao alargamento de grânulos nos lisossomas,
melanossomas e grânulos densos plaquetários.A hipopigmentação cutânea é variável e, em
alguns indivíduos, só é perceptível quando eles são comparados ao restante da família. Os
cabelos são prateados ou apresentam brilho metálico. No exame microscópico da pele,
observam-se melanossomas gigantes. O encontro de grandes grânulos de pigmentos
agrupados na haste dos pelos tem sido usado para fazer diagnóstico pré-natal de SCH. Nos
olhos também há diminuição do pigmento, podendo ocorrer fotofobia e diminuição da
acuidade visual. A íris pode ser acinzentada, azulada ou acastanhada.Os pacientes
evoluem com infecções recorrentes, principalmente na pele e nas vias aéreas.O diagnóstico
da SCH é confirmado pelo encontro de grânulos citoplasmáticos gigantes,
peroxidase-positivos, em polimorfonucleares e outras células, como leucócitos, plaquetas,
melanócitos, hepatócitos, células tubulares renais, tecido neural e tireoidiano; ou por análise
gênica, com mutação no gene LYST ou CHS1 no cromossomo . O óbito em geral ocorre na
primeira década de vida por infecção ou sangramento, ou mais tardiamente, quando há
evolução para a fase acelerada.

http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i3p222-225
https://doi.org/10.1590/S0365-05962011000500032

O tratamento da síndrome de Chediak Higashi consiste na indicação de


medicamentos que amenizem os principais sintomas característicos da doença,
além de um possível transplante de medula óssea é um tratamento com células
tronco.

Para os principais sintomas: o uso de certos antibióticos profilaticos é recomendado


para a prevenção de possíveis infecções agudas. A correção de neutropenias
ocorre através de medicamentos que estimulem as colônias de granulócitos
(G-CSF). Os Glicocorticóides são recomendados para regular os processos
fisiológicos, e é uma conhecida terapia anti-inflamatória. Além disso, a
esplenectomia (retirada cirúrgica do baço) alivia certos sintomas temporariamente.

O transplante de medula óssea de um doador compatível com o paciente pode levar


à cura da síndrome, uma vez que pode corrigir o sistema imune e os defeitos
hematológicos. A quimioterapia é realizada anteriormente ao transplante para
diminuir uma possível rejeição. Infelizmente, o transplante de medula não regenera
possíveis comprometimentos neurológicos, que já comprometeram o sistema
nervoso do doente. No ano de 2010 iniciaram-se certas terapias genéticas mais
modernas que incluem células tronco e apresentam um bom índice de melhora nos
pacientes.

Carneiro IM; Rodrigues A; Pinho L; de Jesus Nunes-Santos C; de Barros


Dorna M; Moschione Castro APB; Pastorino AC;

DOI:10.1016/j.aller.2019.04.010

Sharma P; Nicoli ER; Serra-Vinardell J; Morimoto M; Toro C; Malicdan MCV;


Introne WJ

DOI:10.1016/j.ddmod.2019.10.008

Colla, V.; Carvalho, B. At al.


DOI:http://aaai-asbai.org.br/imageBank/pdf/v21n3a04.pdfZhang YH; Han X;

RESULTADOS

Entre os principais resultados estão os fatos que, uma vez identificada a


doença, as chances de cura são praticamente nulas, evoluindo para quadros
irreversíveis e que, em caso de sobrevivência, inúmeros problemas de saúde
são previstos. A possibilidade de um transplante de medula óssea é uma
hipotese de cura, porém difícil de realizar, dada a complexidade de encontrar
doadores compatíveis. Outros resultados estão na tabela, mostrando
principais objetivos e conclusões dos artigos então selecionados para a
elaboração desta revisão informativa.

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