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Ano 10 - NO 20 - JULHO/AGOSTO DE 2009 nforme econômico 32

desenvolvimento - em especial o desenvolvimento levará a mais democracia e mais inclusão social,


humano -, das necessidades e aspirações das através do fortalecimento do Estado democrático,
pessoas, podendo também ajudar a gerir conflitos e da responsabilidade fiscal e de uma política
promover a estabilidade. macroeconômica mais ampla, tendências que
Os africanos estão reivindicando e construindo caminham juntas.
autonomia decisória e também buscando soluções
nacionais para os seus desafios na área social e
de cidadania. O controle do Estado e sua *De nacionalidade guineense (Guiné-Bissau),
orientação para o crescimento econômico, na linha graduou-se em Ciências Sociais na Universidade
Federal do Piauí e atualmente é mestrando em
do IDH, são a boa novidade para o continente, que Ciência Política pela mesma Instituição.

TEORIA DA FIRMA: uma abordagem tradicional


e emergente por Tomas Sparano Martins*, June Alisson Westarb Cruz**
e Roberto Ari Guindani***

Introdução a) A firma é uma “caixa-preta”, onde há fatores


de produção disponíveis no mercado combinados
Pode-se dizer que a teoria da firma se
para produzir produtos comercializáveis;
desenvolve a partir de quatro questões principais:
seus limites; sua organização interna; sua b) O mercado tende a estabelecer condições de
formação, seu crescimento e diversificação; e o concorrência e informações perfeitas;
papel do empresário. A partir destes aspectos, c) As alternativas tecnológicas são
representadas pela produção, que especifica a
diferentes escolas econômicas desenvolveram suas
combinação possível de fatores. As tecnologias
ideias sobre a firma: os economistas clássicos, os
estão disponíveis no mercado, através de bens de
neoclássicos, os institucionalistas, os da nova
capital e/ou no conhecimento incorporado pelos
economia institucional, os do desenvolvimento
trabalhadores;
econômico e os neo-schumpeterianos.
Apesar do papel da teoria econômica com d) Há racionalidade perfeita dos agentes, diante
relação à firma, à medida que as atividades e de objetivos da firma de maximização de lucros.
ambientes organizacionais se tornaram mais Nesta lógica, analisar a firma não é uma
complexos, devido principalmente aos avanços questão muito importante, pois, em situação de
tecnológicos, das técnicas de gestão e do concorrência perfeita e na ausência de progresso
surgimento das corporações modernas, seu estudo técnico, a firma tem poucas escolhas para fazer.
tornou-se foco de atenção específica da gestão Basicamente, ela se restringe a transformar
empresarial. Assim, para uma melhor compreensão insumos em produtos, e para isso basta escolher a
do objeto de análise, a firma, algumas abordagens técnica mais apropriada e adquirir os insumos
são discutidas. necessários no mercado, incluindo trabalho e
1 Teoria Neoclássica tecnologia. Teoricamente, estas escolhas simples
seriam bem-sucedidas, pois o ambiente
A teoria neoclássica tradicional, estabelecida a competitivo é simples e inerte, praticamente sem
partir dos modelos de equilíbrio geral e parcial, tem incertezas. Consequentemente, o empreendedor é
muito pouca relação com a realidade econômica apenas um coordenador da produção.
em que vivemos. O foco de interesse está Alfred Marshall (1982), ao perceber o irrealismo
vinculado à teoria dos preços e alocação de do contexto econômico, trata do caráter estático
recursos, em que a firma tem um papel deste modelo marginalista, através das teorias de
extremamente limitado e um conceito bastante equilíbrio parcial. Marshall não assumia todos os
simples. As suas premissas apresentadas a seguir pressupostos da concorrência perfeita e identificava
refletem seu irrealismo e fragilidade: os limites do crescimento da firma no ciclo de vida
dos empresários. Apesar destas importantes
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constatações, a teoria neoclássica tradicional, que faz com que os comportamentos rotinizados e
desenvolvida a partir do início do século XX, acabou decisões voláteis de outros agentes sejam sempre
dominada pela visão mais irreal e inocente. revistos. Estas ideias genéricas, ainda segundo o
Seu problema fundamental é tratar a firma como autor, torna Veblen um evolucionário,
agente individual sem reconhecer sua característica essencialmente porque procurava implicitamente
de entidade coletiva, dotada de objetivos e regras explorar a aplicação de ideias da biologia às
diferenciados. Isso implica emprestar à firma um ciências econômicas. Deste modo, o
princípio comportamental único, a maximização do institucionalismo surgiu como o instrumento de
lucro, que, na prática, é heterogêneo, segundo o estudo dos processos dinâmicos e da evolução
princípio de utilidade de cada um dos agentes cultural, negando-se a ser uma teoria econômica
econômicos. da eficiência estática e do equilíbrio de mercado.
2 Teoria Institucionalista 3 Teoria da Nova Economia Institucional
A Escola Institucionalista surgiu A Nova Economia Institucional, centrada nas
fundamentalmente da crítica ao tratamento figuras de Coase (1937), Williamson (1985) e North
inadequado destinado aos fenômenos econômicos (1990), surgiu na metade dos anos setenta,
pelas teorias clássicas e neoclássicas. Para os voltando a pôr em evidência o papel das
institucionalistas, essa deficiência resulta da instituições no debate da teoria econômica.
incompreensão e subestimação do papel das Williamson, principal pensador da nova corrente,
instituições que regulam o ambiente econômico. A resgatou o conceito de custos de transação
ideia central está nos conceitos de instituições, proposto por Ronald Coase, em seu artigo “The
hábitos, regras e sua evolução, tornando explícito Nature of the Firm”. A análise de Coase parte de
um forte vínculo com o historiscismo e com a um questionamento simples, porém
“abordagem evolucionária”. desconcertante para a teoria tradicional: por que
O principal objetivo, em termos econômicos, da uma empresa internaliza atividades que poderiam
teoria institucional consiste em evidenciar certos obter (ao menos teoricamente) a um custo inferior
aspectos que não têm um lugar central na teoria no mercado, supondo a existência de ganhos de
econômica: as instituições econômicas, tais como, eficiência provenientes da divisão do trabalho? A fim
as empresas, os mercados e as relações de responder a essa questão, o conceito de custos
contratuais. Este novo framework marca o de transação é introduzido, que segundo Pondé
nascimento do que se costuma denominar (1994),
economia institucional ou economia das
(...) nada mais são do que o dispêndio de recursos
organizações (CHANLAT, 1989).
econômicos para planejar, adaptar e monitorar as
Os institucionalistas - como Veblen,
interações entre os agentes, garantindo que o
Commons e Mitchel - centraram sua análise na
cumprimento dos termos contratuais se faça de
importância das instituições, reivindicando um tipo
maneira satisfatória para as partes envolvidas e
de economia evolucionária, através de uma linha
compatível com a sua funcionalidade econômica.
analítica mais descritiva, centrada em três pontos
principais (HODGSON, 1993): a) a inadequação da Como o total market clearing1 é impossível de
teoria neoclássica em tratar as inovações, ser atingido, em virtude das falhas de mercado
supondo-as “dadas”, e, portanto, desconsiderando geradas pela incerteza com respeito ao futuro,
as condições de implementação; b) a preocupação assimetria de informação, comportamento
não com o “equilíbrio estável”, mas em como se dá oportunista, contratos incompletos e toda uma
a mudança e o consequente crescimento; e c) a série de elementos que afastam o sistema
ênfase no processo de evolução econômica e econômico de seu funcionamento ideal, existem
transformação tecnológica. custos para a efetivação das trocas e, portanto,
Segundo Hodgson (1993), Veblen afirma que torna-se de extrema relevância para a análise
as instituições mudam e, mesmo através de econômica compreender o funcionamento do
mudanças graduais, podem ocasionar mudanças aparato institucional que provê sustentação às
no sistema por meio de explosões, conflitos e relações de mercado.
crises. Os sistemas sociais evidenciam uma A nova teoria institucional se propõe a oferecer
permanente tensão entre ruptura e regularidade, o uma nova concepção sobre a atuação das firmas,
TRABA

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enfatizando sua interação com o arranjo ou seja, quando um agente detém um
institucional que lhes dá suporte. Dois enfoques conhecimento a respeito de informações não
marcaram historicamente esse processo, disponíveis para os outros agentes participantes da
baseados, respectivamente, na identificação da transação, surge a possibilidade de que não
existência e importância dos custos de transação e existam incentivos suficientes para que a parte
das relações principal-agente e custos de agência. detentora da informação privilegiada se comporte
Essas ideias, que são na verdade convergentes, de modo eficiente. Essa ausência de incentivos dá
retiraram a firma e o mercado do mundo ideal da origem ao chamado risco moral, ou seja, situações
teoria neoclássica, introduzindo elementos em que um participante do mercado não pode
essenciais de realidade, mesmo que nem sempre observar as ações do outro, de modo que esse
tratáveis com o mesmo rigor matemático dos último pode tentar maximizar sua utilidade valendo-
neoclássicos. -se de falhas ou omissões contratuais. Nas
3.1 Teoria dos custos de transação situações sujeitas ao risco moral, portanto, uma
das partes da transação pode adotar atitudes que
A teoria dos custos de transação desenvolvida,
afetem a avaliação do valor do negócio por parte
principalmente, por Williamson (1985), a partir dos dos outros agentes envolvidos.
trabalhos de Coase (1937), parte do princípio de
Outro problema associado à presença de
que a busca de maior eficiência produtiva reflete-se
assimetria de informações é o de oportunismo pré-
nos padrões de conduta dos agentes e na forma
-contratual, mais especificamente quando alguns
pela qual as atividades econômicas são
agentes econômicos detêm informação privada
organizadas e coordenadas. Essa abordagem
antes de se decidirem pela realização de um
estabelece que os formatos organizacionais (ou
contrato com um outro agente, sendo que tal
estruturas de governança) - firma, mercado ou
informação é do interesse desse agente. Trata-se
redes, por exemplo, são resultado da busca de
do problema conhecido por seleção adversa. Neste
minimização dos custos de transação por parte
contexto, a presença de oportunismo e de
dos agentes econômicos.
racionalidade limitada pode gerar custos de
A teoria dos custos de transação parte de dois
transação, posto que a ausência do primeiro
pressupostos básicos: a) a racionalidade limitada
determinaria que as condutas dos agentes fossem
dos agentes econômicos; e b) o oportunismo
consideradas confiáveis a partir da simples
presente nas ações dos agentes econômicos.
promessa, por parte dos agentes envolvidos, de
Estas duas premissas implicam no surgimento de
que a distribuição de ganhos prevista nos contratos
custos de transações.
seria mantida no futuro diante do eventual
Williamson (1985), baseado em Simon (1976),
postula que a racionalidade é limitada. Dada a surgimento de eventos inesperados, enquanto que
limitação da racionalidade, os agentes econômicos a existência do segundo implica a incapacidade de
são incapazes de antecipadamente prever e coletar e processar todas as informações
estabelecer medidas corretivas para qualquer necessárias à elaboração de contratos completos:
evento que possa ocorrer quando da futura se os agentes possuem perfeita capacidade de
realização da transação. antevisão dos eventos futuros, seria sempre
O oportunismo, segundo Williamson (1985), possível o desenvolvimento de contratos perfeitos.
pode ser definido como a busca do interesse Williamson (1985) apresenta dois tipos de
próprio com malícia; decorre da presença de custos de transação: a) os custos ex ante de
assimetrias de informação, dando origem a negociar e fixar as contrapartidas e salvaguardas
problemas de risco moral e seleção adversa. do contrato; e b) os custos ex post de
O potencial oportunismo ex-ante e ex-post, isto monitoramento, renegociação e adaptação dos
é, de ações que, através de uma manipulação ou termos contratuais às novas circunstâncias.
ocultamento de intenções e/ou informações, Os custos de transação ex ante estão
buscam auferir lucros que alterem a configuração presentes em situações em que é difícil
inicial do contrato, pode gerar conflitos no âmbito estabelecer as pré-condições para que a transação
das relações contratuais que regem as transações seja efetuada de acordo com parâmetros
entre os agentes econômicos nos mercados. planejados e esperados. Os custos de transação
Na presença de assimetria de informações, ex post se referem à adaptação das transações a
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novas circunstâncias. Segundo Williamson (1985), de preço, o restante. Por exemplo: joint-ventures,
estes custos apresentam quatro formas: a) custos alianças estratégicas, cooperativas, o franchising,
de “mal-adaptação”, derivados dos efeitos etc.; c) Hierárquica – a transação é gerenciada
originados do surgimento de eventos não integralmente no contexto da firma, justificando-se
planejados que afetam as relações entre as partes quando o preço do mercado é alto a ponto de
envolvidas; b) custos de realinhamento, incorridos inviabilizar sua utilização. Por exemplo: a
quando da realização de esforços para renegociar e integração vertical da firma.
corrigir o desempenho das transações cujas
3.2 Ambiente institucional
características foram alteradas ao longo da relação
entre os agentes econômicos; c) custos de montar Douglass North também foi influenciado por
e manter estruturas de gestão que gerenciem as Coase, no entanto, difere-se de Williamson por
disputas que eventualmente surjam no decorrer das focalizar o papel das instituições econômicas, o
transações; e d) custos requeridos para efetuar seu desenvolvimento e a sua relação com as
comprometimentos, criando garantias de que não organizações.
existam intenções oportunistas. Para North (1990), as instituições são o
Neste contexto, as transações mediadas pelo conjunto de leis, normas, costumes, tradições e
mercado podem incorrer em custos cujas origens outros aspectos culturais que regulam a ação das
repousam na impossibilidade de elaboração de sociedades, organizações e indivíduos. Para o
contratos completos. O fundamental não é discutir autor, as instituições são redutoras dos custos de
a existência destes fatores, mas, sim, estabelecer transação para a sociedade, assim, as instituições
como e por que os custos de transação variam na sociedade servem para reduzir as incertezas,
conforme os diferentes modos de organização. estabelecendo uma estrutura estável para a
A racionalidade limitada e o oportunismo geram interação humana.
custos de transação que obrigam as firmas a se Williamson (1993) tem um foco mais
reorganizarem para enfrentá-los. Esta microeconômico, enquanto North focaliza a análise
reorganização ocorre sob três formas – mercado, macro, sendo a performance da economia afetada
hierarquias ou híbridas - que, interativamente, pelos custos de transação induzidos pela estrutura
definem diferentes “ambientes institucionais”. As das instituições. North parte da necessidade de
instituições de governança - representadas por códigos de conduta estruturados nas instituições,
contratos interfirmas, corporações, bureaus, que servem como facilitadores do funcionamento da
empresas não lucrativas, etc. - são sustentadas sociedade.
pelo meio ambiente institucional, onde se situam Ele não descarta a possibilidade de ineficiências
os indivíduos. nas instituições, que são consagradas por
Williamson (1985) propõe que as características problemas de agentes ou de falhas estruturais nos
e custos envolvidos nas transações, devido às sistemas legais. North afirma que as instituições
diferenças de comportamento entre as partes e a informais, grupos religiosos, costumes tribais,
variabilidade do ambiente, definem a melhor forma códigos de conduta aceitos pela sociedade, bem
de coordenação da relação. Consequentemente, como a sua estrutura legal, fazem parte do
vários mecanismos de governança são possíveis e ambiente institucional. O risco de quebras
podem ser ordenados num continuum, conforme contratuais será controlado na medida em que os
ilustrado a seguir: agentes perceberem a existência de punições para
tais atitudes. O autor explora os custos de
identificação das quebras contratuais, da
imputação da pena e da sua implementação como
custos associados ao sistema legal.
4 Teoria Schumpeteriana do Desenvolv imento
De forma geral, existem três tipos relevantes de
Econômico
governança: a) Mercado - as partes confiam, para
gerenciar a transação, a determinação de preços Schumpeter (1982) define desenvolvimento
através do mercado; b) Híbrida – a firma internaliza como a capacidade de realizar novas combinações,
parte dos recursos que irá utilizar na sua atividade, chamadas por ele de inovações, que, por si, vindas
deixando para o mercado, através do mecanismo em ondas ou blocos, são a chave para explicar os
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ciclos pelos quais a economia passa. Em outras iniciativa governamental nas empresas nacionais e
palavras, para o autor, a força motriz da evolução do estrangeiras) recorrerá em ineficiência.
capitalismo é a inovação, representada pela
5 Teoria Neo-Shumpeteriana
introdução de novos bens ou técnicas de produção,
pelo surgimento de novos mercados, fontes de O grande feito de Schumpeter foi argumentar
oferta de matérias-primas ou composições sobre o papel das inovações como elemento
industriais. fundamental para o entendimento da dinâmica
Para Schumpeter (1982), o conceito de capitalista. Vários argumentos posteriores sobre a
empreendimento resulta da realização de novas teoria schumpeteriana (de autores chamados neo-
combinações que visam o lucro; e empresários são -schumpeterianos) apareceram, possibilitando
os indivíduos que devem realizá-las. Além disso, é novas alternativas para o tratamento da inovação e
preciso levar em consideração que essas do progresso técnico. Dentre esses argumentos,
combinações são economicamente relevantes para destacam-se os de: Rosenberg; Freeman; Nelson
a sociedade. A introdução de uma inovação, desde e Winter; e Dosi.
que absorvida pelo mercado, implica um novo De maneira geral, Rosenberg (1976) trabalha
dinamismo para a economia. Dessa forma, o com a ideia de gargalos, que exigem soluções
desenvolvimento econômico é visto por Schumpeter capazes de contribuir para dinamizar a economia.
como dinâmico e em transformação, sobretudo pelo Segundo ele, atividade para inovação é uma busca,
caráter assimétrico das inovações. cujos resultados não são conhecidos a priori e cuja
Além disso, Schumpeter acredita que o taxa de adoção de uma tecnologia, ou mesmo sua
desenvolvimento econômico se dá em ciclos, que direção, estão ligados às expectativas quanto ao
possuem quatro fases: prosperidade, recessão, futuro do progresso tecnológico, sendo que o nível
depressão e recuperação. A prosperidade envolve de aprendizado influi no rumo da mudança
novas inovações e, consequentemente, a busca tecnológica.
crescente por lucros. A depressão, por outro lado, Freeman (1994) concentrou esforços na
está relacionada com o término do processo de questão da tecnologia e de seu papel para as
difusão das inovações, quando ocorrem falências e empresas. Com relação às estratégias
deflação geral. As fases de recessão e tecnológicas verificadas nas empresas, o autor
recuperação, intermediárias à alta e baixa apresentou uma classificação que, adaptada para
(prosperidade-depressão) e baixa e alta (depressão- alguns setores da economia, permite analisar o
-prosperidade), respectivamente, estão ligadas às desempenho e a conduta das empresas no que se
tendências de queda e retomada dos refere à forma de adoção de uma determinada
investimentos. Na fase da depressão ocorrem tecnologia.
quebras de diversas empresas, geralmente Nelson e Winter (1982) enfatizam o
resultado do desuso de produtos e processos comportamento da firma explicado por meio das
decorrentes de uma nova inovação, processo este ideias de rotina, busca e seleção. Nesse caso, as
chamado de destruição criadora, por Schumpeter. firmas apresentam padrões de crescimento que
Conforme Schumpeter (1982), a destruição são assimilados à rotina, sendo comparados ao
criadora é essencial ao capitalismo, porquanto biológico, a rotina à carga genética; para o
possibilita a ocorrência de movimentos que alteram processo de busca, tem-se a mutação e, para o
o estado de equilíbrio. Períodos de expansão e mecanismo de seleção, tem-se o meio ambiente.
contração da economia não são infinitos, segundo Para os autores, o mercado funciona como uma
o autor; muito pelo contrário, sua predição remete- espécie de fornecedor de feedbacks ao processo
-se à decadência do capitalismo. Há duas de geração de inovação, autorizando ou proibindo
situações que motivam esta concepção: o desenvolvimentos prováveis.
empresário inovador estaria despersonalizado à A maior contribuição de Dosi refere-se ao
grande empresa burocratizada e os arranjos desenvolvimento de dois conceitos importantes
institucionais da sociedade não estariam se para o estudo da mudança tecnológica: trajetória e
adequando às instabilidades do sistema capitalista. paradigmas tecnológicos. A partir da
Nesse ponto, o capitalismo de Estado (definido operacionalização desses dois conceitos, é
pelo autor como a propriedade governamental e o possível analisar a atuação do Estado (no que
controle de alguns setores da economia, além da respeita à mudança tecnológica) em um referido
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setor, visto que o paradigma e a trajetória Nesse sentido, Williamson (1993) propõe um
tecnológicos dependem tanto de interesses esquema de análise de triplo nível em que o objeto
econômicos dos inovadores como da capacitação de análise, a governança, está circunscrito por
tecnológica acumulada e de variáveis institucionais. características macro e micro, o ambiente
Em suma, as ideias schumpeterianas e neo- institucional e o indivíduo, respectivamente, onde
-schumpeterianas enfocadas mostraram-se naquele se desenvolvem os processos de mudança
adequadas para avançar, teórica e empiricamente, – alterações nos custos comparativos de
na discussão sobre os determinantes do processo governança – e neste se originam as
dinâmico de desenvolvimento, da mudança pressuposições comportamentais. Assim, este
tecnológica e da inovação. modelo de causalidade tripla determinaria, em um
fluxo de retroalimentação, as alterações
Considerações finais
estratégicas ou instrumentais na governança, bem
A natureza interdisciplinar e os distintos níveis como delimitaria as preferências individuais
de análise envolvidos nos estudos concernentes à endógenas por meio do condicionamento social.
Teoria Organizacional conduzem a uma riqueza de Dessa forma, distancia-se da Economia Neo-
conceitos, à pulverização de teorias e a diferentes -Clássica, em que a unidade de análise é a
perspectivas de compreender e ocupar-se com os produção de bens e serviços, vislumbrada como
processos que constituem esse tema. uma função de produção que ajusta seus níveis de
O posicionamento de Oliver E. Williamson, fabricação em função de um único indicador: o nível
acerca da indagação clássica de Ronald H.Coase, do preço. Assim, o objetivo da Economia Neo-
sobre a existência dos empreendimentos -Clássica é a maximização do nível de produção
empresariais: se o mecanismo de preço é o mais em função do nível de preço; bem ilustrada pelos
eficiente mecanismo para alocação de recursos em conflitos entre os equilíbrios de Cournot e de
uma economia de mercado, por que existem Bertrand, como exposto por Besanko et. al. (2006).
empresas? No entender de Ronald H.Coase, a Por outro lado, a Economia Neo-Institucional
resposta repousaria nos custos de transação aproxima-se da Teoria Organizacional,
suportados pelos agentes econômicos ao especialmente na abordagem apresentada por
utilizarem o mecanismo de preço, em que quanto Williamson (1993), que assevera que a perenidade
maior o número e a complexidade das transações, organizacional deve-se à sua superior habilidade
tanto maior os custos nelas envolvidos em atenuar o oportunismo humano por meio do
(KNOEDLER, 1995). emprego de controles hierárquicos não acessíveis
Expandindo este raciocínio, Williamson (1993) ao mercado.
aduz que a incerteza, as idiossincrasias, a Nesse sentido, Williamson (1993) destaca a
complexidade, a assimetria de informações e o saudável tensão criativa entre as duas abordagens
oportunismo, entre outros, são comportamentos teóricas, ressaltando que ambas são
inerentes e dispendiosos das transações, o que imprescindíveis nos esforços dos pesquisadores e
dificulta, sobremaneira, a coordenação de catedráticos para a compreensão dos complexos
processos produtivos interdependentes por meio de fenômenos econômicos e, principalmente, para o
mecanismos de mercado, o que ocasiona a busca desenvolvimento de uma Ciência Organizacional.
incessante da concentração de atividades dentro Não obstante, os comentários efetuados por
de uma única estrutura de governança. Sumantra Ghoshal e Peter Moran (1996), em sua
Para que este objetivo seja atendido, a crítica à Teoria dos Custos de Transação,
Economia dos Custos de Transação faz uso de sinalizarem o contrário, especialmente no que
uma abordagem multidisciplinar, empregando tange aos seus aspectos normativos e à sua
conceitos de Economia, Administração e Direito, aplicabilidade.
que se constitui o cerce da Economia Neo- Posto isso, em conclusão, as perspectivas
-Institucional, que procura destacar a relevância de relativas à Economia dos Custos de Transação, em
se observar as transações entre os agentes especial a Economia Neo-Institucional e suas
econômicos, e não apenas sua produção, por interrelações com a Teoria Organizacional, lançam
intermédio da observação de uma tríade de nova luz sobre assuntos de outrora e
instituições econômicas: o mercado, o contrato e a contemporâneos e abrem novos caminhos para o
hierarquia (WILLIAMSON, 1993). estudo de tópicos adicionais, permitindo uma
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revisão e integração de um complexo conjunto de capacidade de relacionamento entre firmas. Para
construtos sobre a temática, não só para esses autores, a economia é composta por atores
demonstrar sua relevância nos estudos de que buscam satisfazer racionalmente seus
Estratégia e Economia, mas, igualmente, para interesses através da interação com outros agentes
esclarecer como as diferentes correntes e posições (indivíduos, empresas, instituições governamentais,
acerca deste assunto podem iluminar o sindicatos patronais e de trabalhadores, escolas
entendimento a respeito de quais são as bases técnicas, câmaras de comércio, entidades
econômicas da Estratégia. certificadoras, entre outros). Hall e Soskice (2001)
A abordagem neo-schumpeteriana, mais lidam com elementos tratados pelos modelos
evolucionista, introduziu um certo dinamismo para convencionais, mas reforçam a construção de uma
debatermos a firma. Neste aspecto, é importante ponte entre estudos de gestão e de
ressaltar que algumas capacidades da firma, como microeconomia, que frequentemente não são vistos
a aprendizagem e o relacionamento com outras como complementares para explicar o
empresas, têm um papel fundamental para o comportamento das firmas.
estabelecimento e manutenção da vantagem A abordagem de Hall e Soskice (2001) difere do
competitiva sustentável (TEECE; PISANO; SHUEN, modelo de hierarquias e mercados de Williamson
1997). (1985). Embora ela considere também que as
As capacidades da firma e suas habilidades características da estrutura corporativa (ou
dinâmicas em recriar competências para responder hierarquia) podem variar em diferentes tipos de
às mudanças do ambiente implicam que a economia e que há problemas de coordenação
experiência e a aprendizagem podem ser fontes de dentro das estruturas hierárquicas. Para Hall e
vantagens competitivas. Quando Teece, Pisano e Soskice (2001), mercados e hierarquias não são as
Shuen (1997) falam em capacidades dinâmicas, únicas formas que as firmas utilizam para enfrentar
querem dizer o seguinte: “capacidade”, porque está seus desafios. Firmas, em economias coordenadas
centrada no ato de adaptar, integrar e reconfigurar de mercado, podem desenvolver relacionamentos
habilidades, recursos e competências diante das cooperativos através de dispositivos institucionais
novas exigências do mercado; “dinâmica”, porque é que apoiam compromissos de confiança entre os
uma renovação contínua das competências parceiros. Os seguintes elementos da abordagem
organizacionais, à medida que mudam as de Hall e Soskice (2001) interessam a este
características do ambiente de negócios. argumento final:
Baseados nos conceitos anteriores,
a) uma visão relacional da firma: a qualidade
estrategistas hoje em dia percebem que a
relacional da firma depende da sua habilidade de
vantagem competitiva requer a exploração dinâmica
coordenar efetivamente os relacionamentos que
e simultânea de capacidades internas e de
estabelecem tanto internamente, com os
recursos externos complementares. Estruturas
empregados, quanto externamente, com atores,
organizacionais em redes são um exemplo desta
tais como, fornecedores, clientes, colaboradores,
característica fundamental do comportamento
acionistas, sindicatos, associações comerciais e
organizacional recente: o de mobilizar capacidades
governos;
e recursos para operar em um ambiente
concorrencial. As empresas, com a finalidade de b) os tipos de economias de mercado: as
assegurarem a sua própria sobrevivência ou economias políticas podem ser classificadas em
incrementar a sua competitividade, buscam ativar e dois tipos ideais, economias liberais e economias
manter canais de relacionamento mais eficazes coordenadas de mercado. Em economias liberais
com outras empresas do seu campo organizacional de mercado, as firmas coordenam suas atividades
(DIMAGGIO; POWELL, 1988) . Nas estruturas em por meio de hierarquias e arranjos competitivos de
rede, além da redução dos custos de produção e mercado. Em economias coordenadas de mercado,
de transação, há economia relativa à gestão da as firmas dependem mais fortemente de
informação e seu consequente uso para a relacionamentos de não mercado para coordenar
aprendizagem. esforços com outros atores na construção de
Hall e Soskice (2001) estudam como as competências centrais. Modos de coordenação de
instituições afetam os novos formatos de não mercado requerem relacionamento mais
organização, principalmente no que se refere à extensivo ou de contratação incompleta,
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monitoração da rede por intermédio de trocas de assim, uma estrutura organizacional


informações privadas, maior confiança na contemporânea que lida com vários aspectos
colaboração em oposição à competição e (econômicos, sociais, políticos e organizacionais)
relacionamentos mais efetivos para construir as deste ambiente institucional é a estrutura
competências centrais; organizacional em redes.
c) o papel das instituições e das organizações: Este argumento é sustentado principalmente
Hall e Soskice (2001) definem instituições como sob dois aspectos: a estrutura em redes pode
um conjunto de regras, formais e informais, proporcionar a minimização dos custos de
seguidas pelos atores, seja por razões normativas, transação, devido à coordenação das atividades
cognitivas ou materiais. As instituições, juntamente econômicas como um processo de alocação de
com o padrão de limitações da teoria econômica, recursos; e o impulso dos processos de
determinam as oportunidades em uma sociedade. aprendizagem e de inovação entre as empresas.
As organizações são criadas para tirar vantagem O argumento de Hall e Soskice (2001) permite
dessas oportunidades e, como as organizações validar a compreensão de que as decisões de curto
evoluem, elas alteram as instituições. Mercados e e longo prazos das empresas em relação às novas
hierarquias são as instituições por excelência que arquiteturas e formas de governança estão
as firmas utilizam para coordenar seus esforços em diretamente associadas à infraestrutura
economias liberais de mercado. Em economias institucional, que contorna e suporta as dinâmicas
coordenadas de mercado, além de mercados e de relacionamento entre os agentes econômicos
hierarquias, as firmas utilizam um conjunto em um mesmo campo inter-organizacional, aos
adicional de organizações e instituições como aspectos históricos e culturais de uma região ou
apoio na coordenação de seus esforços. população de organizações, bem como à
Geralmente, essas instituições são aquelas capacidade relacional da firma ao longo do tempo.
capazes de reduzir as incertezas relativas ao
comportamento e ao comprometimento dos atores
em relacionamento. Essas instituições incluem Nota
associações comerciais ou patronais poderosas, 1
Em economia de mercado, marketing clearing se baseia na
sindicatos fortes, redes extensivas e cruzadas de ideia simplista de que os mercados vão para onde a
quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, ou
acionistas, sistemas legais ou regulatórios para chegam nesta situação pelo processo de ajustamento dos
facilitar o compartilhamento de informações e preços.
colaboração, incluindo, ainda, instituições
deliberativas para encorajar os agentes relevantes
na realização de discussões coletivas para o
alcance de acordo recíproco; Bibliografia
d) o papel da cultura, das regras informais e da CHANLAT, J. F. L’analyse sociologique des organisations: un
história: a presença de instituições formais Regard sur la Production Anglo-saxonne Contemporaine (1970-
1988), Sociologie du Travail, 3, 1989.
raramente é suficiente para garantir equilíbrio entre
BESANKO, D; DRANOVE, D; SHANLEY, M.; SCHAEFFER, S. A
os atores. Em muitos casos, o que garante esse economia da estratégia. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
equilíbrio é um conjunto de entendimentos COASE, R. H. The nature of the firm. Economica, 4(16), 386-
405, 1937.
partilhados quanto ao que cada um faz no
DIMAGGIO, P.; POW ELL, W. W. “The Iron Cage Revisited:
relacionamento, os quais frequentemente estão Institutional Isomorphism and Collective Reality in Organizational
Fields”, American Sociological Review, 48: 147-160, 1993.
arraigados em um sentido do que é apropriado
FREEMAN, C. The economics of technical change: critical
fazer em determinadas circunstâncias. Portanto, survey. Cambridge Journal of Economics, n. 18, p. 463-
regras informais e entendimentos partilhados são 514,1994.
considerados elementos importantes do GHOSHAL, S.; MORAN, P. Bad for practice: a critique of the
transac tion cost theory. The Academy of Management
conhecimento comum que levam os participantes Review, v. 21, n.1, p. 13-47, 1996.
em interação a coordenar esforços para alcançar HALL, P. A; SOSKICE, D. An introduction to varieties of capitalism.
In: HALL, P. A.; SOSKICE, D. Varieties of capitalism: the
certos resultados, algo que em circunstâncias institutional foundations of comparative advantage. New York:
puramente formais não seria possível atingir (HALL; Oxford University Press, p. 1-68, 2001.
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*Professor da UNINTER/PR, doutorando em TROPEN/PRODEMA/UFPI
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e Meio Ambiente
**Professor da PUC/PR, doutorando em
Administração de Empresas/PUCPR Editora: Gráfica UFPI, 2007
***Professor da UNINTER/PR, doutorando em
Administração de Empresas/PUCPR
Artigos de Jaíra Mª Alcobaça Gomes, Francisco
Expediente Prancacio A. de Carvalho, Mª do Socorro Lira
INFORME ECONÔMICO Monteiro, Francisco de Assis Veloso Filho, José
Ano 10 - NO 20 - Julho-agosto/2009 Luís Lopes Araújo, Aracy Alves de Araújo, entre
Reitor UFPI: Prof. Dr. Luiz de Sousa Santos Junior outros autores/as - sobre as transformações
Diretor CCHL: Prof. Dr. Pedro Vilarinho
Chefe DECON: Prof. Ms. Samuel Costa Filho ocorridas no cerrado do Piauí.
Coord.Curso Economia: Profa. Ms. Janaina Vasconcelos ”Extensos plantios de grãos estão substituindo a
Coord. do Projeto Informe Econômico: vegetação nativa da região, sendo essa
Prof. Dr. Solimar Oliveira Lima(s.olima@bol.com.br) transformada em carvão ou simplesmente
Conselho Editorial: Professores Samuel Costa Filho, descartada. Juntamente com a cobertura vegetal
Solimar Oliveira Lima, Luis Carlos Rodrigues Cruz Puscas
Coord. Publicação e Diagramação: nativa, vão-se os conhecimentos e importantes
Economista Enoisa Veras (enoisa@hotmail.com) informações sobre nossa biodiversidade.”
Revisão: Economista Zilneide O. Ferreira (Prefácio de Ricardo Bomfim Machado/Membro do Instituto Conservation
(zilneide@terra.com.br) International do Brasil, é Diretor do Programa do Cerrado)
Projeto Gráfico: MHeN
Jornalista Responsável:
Prof. Paulo Vilhena - DRT-PI/653
Endereço para Correspondência:
Universidade Federal do Piauí - CCHL
NOTAS
Departamento de Ciências Econômicas Agradecemos a caricatura (p.1) de Josenildo Gomes
Campus Ininga - Teresina-PI - CEP.:64.049-550 da Silva, aluno do Curso de Educação Artística/UFPI.
Fone: 86 215-5788/5789/5790 - Fax.: 86 215-5697
Tiragem: 1.500 exemplares Em face da entrada em vigor das novas regras
Impressão: Gráfica UFPI ortográficas, os artigos foram revisados, respeitando-
-se o estilo individual da linguagem literária dos
autores (seja culto ou coloquial), conforme a 5ª.
edição do Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (VOLP, 2009), aprovado pela Academia
Brasileira de Letras.

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