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INTRODUÇÃO

Atualmente as empresas têm se preocupado fortemente com as questões socioambientais,


isso se dá como resposta ao novo modelo de cliente (“consumidor verde”) que vem
surgindo. Porém, vale ressaltar, que para uma empresa é muito importante manter também
o bem estar de seus funcionários, dando sequência a uma responsabilidade social
relevante, assim o trabalho será mais produtivo e a chance de lucratividade será maior.
O ambiente empresarial desempenha um papel importante na garantia de preservação do
meio ambiente e na definição da qualidade de vida dos consumidores. as empresas
socialmente responsáveis, além de gerar valor para quem está próximo, conquistam
resultados melhores para si próprias (KRAEMER, 2004).
Para Davis e Newstrom (2001), a proposta de qualidade de vida no trabalho é desenvolver
um ambiente de trabalho que seja tão bom para as pessoas como para a saúde econômica
da organização. Para tanto, é necessário que haja um enriquecimento no trabalho, de forma
a deixá-lo mais desafiador.
Quando uma empresa que gera uma quantidade considerada de resíduos - como a de
laticínios - consegue implementar ações socioambientais que atende a minimização dos
possíveis danos causados, ela adquire pontos positivos, tanto para certificações como de
visibilidade comercial.
Os principais impactos ambientais das indústrias de laticínios estão relacionados ao
lançamento dos efluentes líquidos, uma vez que são gerados de 1 a 6 litros de despejos
para cada litro de leite processado; à geração de resíduos sólidos e emissões atmosféricas,
geralmente, sem nenhum tipo de controle ou tratamento (SILVA, 2013; MAGANHA, 2006).
O impacto ambiental gerado por essas indústrias pode ser controlado desde que seja feito
a otimização e o controle dos processos industriais; pelo consumo adequado de insumos
como água, combustível, detergentes e desinfetantes; e pela implantação de uma
tecnologia que vise utilizar de forma adequada o soro lácteo para fabricação de produtos
como ricota e bebidas lácteas, ou ainda para alimentação de animais ou fertilizante do solo
(SILVA,2013).
Visando a implementação de práticas que garantem um bem estar dos funcionários e que
reduzam os resíduos gerados, esse projeto tem com como objetivo promover o aumento do
lucro da empresa, garantindo uma situação socioambiental consolidada, permitindo assim,
seu crescimento contínuo.

1 Objetivo geral
1.1 Proporcionar aumento de lucratividade da empresa através do métodos sustentáveis e
humanizados de trabalho.

2. Objetivos específicos
2.1 Proporcionar melhores condições de trabalho para os funcionários
2.2 Destinar de forma sustentável os resíduos gerados ao final do processo de produção.
2.3 Empregar uma política socioambiental
2.4 Amortecer os custos de produção

3. Metas
3.1 Implantação de um projeto de uso de espaços não utilizados para manejo de hortas
com plantas medicinais, 2 meses de implantação.
3.2 Implementação de cooperativa para criação de suínos, como forma de reaproveitar os
resíduos gerados nas produções de laticínios. 6 meses de implementação.
3.3 Aquisições de certificações e isos referente a qualidade socioambiental 1 ano.
3.4 Redução dos custos com tratamento dos resíduos descartados na produção. 1 ano e 6
meses.
4. Ações
Espaço físico para a horta
Solo e adubação (Produzido a partir do resíduos restante do processo de obtenção
do gás natural)
Mudas e sementes (Priorizando as que possuem propagação vegetativa)
Ferramentas de jardinagem (Ancinhos, pás e regadores e ciscadores)

Métodos
A capacitação consistirá em 7 aulas teóricas e 7 aulas práticas intercaladas de
duração de 1 à 2 horas, ministradas por estudantes ou profissionais em biologia
com experiência na área durante um período de 2 meses para os funcionários. As
aula consistirão em:
Aula 1: O homem e a exploração do ambiente.
Promove uma breve história do cultivo de plantas e exploração dos recursos
naturais pelos seres humanos
Vantagens de possuir uma horta em casa ou no trabalho
Hortas : como fazer?
Prática 1: Conhecendo os materiais de manejo de horta.
Envolve os primeiro contato dos funcionários com a horta conhecendo o espaço e
os materiais e técnicas utilizadas no cuidado com a horta
Aula 2: Conhecendo as plantas – botânica básica
Conhecendo alguns pontos importantes da fisiologia das plantas que são
importantes na hora do manejo das plantas na horta dando uma noção de
integração com as plantas já que valoramos o que conhecemos.
Prática 2: Ao vivo e a cores – Vendo as plantas ideais
Vendo na prática as plantas saudáveis e com algum problema relativo a doenças ou
déficit de nutrientes visando um conhecimento prático do que foi explorado na aula
teórica
Aula 3: Solo e adubação
Conhecendo a fonte de vida das plantas, o solo, mostrando da formação do solo até
os seus diversos tipo e como cada planta é adaptada a solo específicos.
Prática 3: Plantas para cada tipo de solo
Prática relativa a permeabilidade que cada mistura de solo influencia no
desenvolvimento das plantas e como fazer o enriquecimento através do adubo
orgânico.
Aula 4: safras e períodos de cultivo de hortaliças
Estudar o período que cada planta se desenvolve de melhor forma
Prática 4: Plantio de hortaliças do período
Aula 5: hortas em pequenos espaços
Prática 5: reciclando para ter uma horta em pequenos espaços
Aula 6: Pragas que afetam as hortas
Prática 6: como prevenir pragas de forma natural..
Aula 7: Colheita, armazenamento e utilização
Prática 7: Técnicas de colheita e armazenamento

Criação da cooperativa de Criação de Suínos

Criação do plano diretor da cooperativa.


- Definição dos gestores, tesouraria e coordenação da cooperativa
Construção da infraestrutura da cooperativa:
Aquisição da área para acomodação da estrutura
- Equipamentos para criação e abate dos animais
Cadastramento dos cooperados para início das atividades.
- Serão cadastrados produtores locais de pequeno porte para início das atividades.
- Requisitos: ter menos de 10 matrizes; rentabilidade apenas local, vendendo apenas para
pequenos comércios ou produtores maiores.
Divisão dos lucros
- A empresa entrará inicialmente com os investimentos iniciais e ficará com parte dos
lucros para cobrir os gastos iniciais.
- Com a quitação do investimentos inicial o divisão do lucro será recalculada para o
crescimento da cooperativa e pagamento dos cooperados.

Com a implementação da cooperativa a empresa estará apta a receber a certificação SA


8000, garantindo e demonstrando a responsabilidade social adquirida. Através dos sistemas
de gestão ambiental a serem incorporados, como espaços utilizados para horta e práticas
para redução dos resíduos gerados, as certificações 14001 e 14004 poderão ser
adquiridas, com isso a empresa mostra sua conscientização e responsabilidade ambiental.

Implantação de biodigestor na cooperativa utilizando os dejetos dos suínos, implantação de


tubulações de biogás para o uso do metano gerado no biodigestor, aquecimento das
caldeiras da indústria utilizando o biogás produzido na cooperativa.

5. Resultados esperados
Melhor valoração dos funcionário com o meio ambiente, melhor interação de equipe, ganho
de saúde física e mental pelo uso das plantas medicinais.
Reaproveitar 100% do resíduo gerado na produção de laticínios.
Melhorar a visibilidade comercial e ambiental da empresa.
Minimizar 60% dos gastos da empresa.

6. Avaliação Geral Ou para cada etapa


7. Cronograma

Implementação Implementação Aquisição das Redução dos


da horta de cooperativa certificações custos

Mês 1 X X X X

Mês 2 X X X X

Mês 3 X X X

Mês 4 X X X

Mês 5 X X X

Mês 6 X X X

Mês 7 X X

Mês 8 X X

Mês 9 X X

Mês 10 X X

Mês 11 X X

Mês 12 X X

Mês 13 X

Mês 14 X

Mês 15 X

Mês 16 X

Mês 17 X

Mês 18 X

8. Anexos

referencias
KRAEMER, M. E. P. Responsabilidade Social – Uma alavanca para a
sustentabilidade. Itajaí, Santa Catarina. p.1-
15, 2004.
DAVIS, Keith e NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: uma
abordagem organizacional. São Paulo: Pioneira TL, 1992.

SILVA, Arthur R. B. Tratamento de Efluentes na Indústria de Laticínios. Trabalho de


Conclusão de Curso (Título de Engenheiro Químico). Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia MG, 26p, 2013.

MAGANHA, M. F. B. GuiaTécnico Ambiental da Indústria de Produtos Lácteos. São


Paulo: CETESB, 2006; p. 95. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br. Acesso
em: 06 nov. 2017.

SILVA, Arthur R. B. Tratamento de Efluentes na Indústria de Laticínios. Trabalho de


Conclusão de Curso (Título de Engenheiro Químico). Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia MG, 26p, 2013.

Caracterização do efluente de laticínios:

https://www2.cead.ufv.br/sgal/files/apoio/saibaMais/saibaMais2.pdf
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4899/1/
CM_COEAL_2015_1_06.pdf

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