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André Gustavo
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PRINCÍPIOS PENAIS

1) Princípio da Legalidade e Princípio da Anterioridade

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Art. 5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal; (dois princípios penais: RESERVA LEGAL e
ANTERIORIDADE).
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PRINCÍPIOS PENAIS

2) Princípio da Irretroatividade/Retroatividade Benéfica

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984). Abolitio criminis

Art. 5º XL - a lei penal não retroagirá, SALVO PARA BENEFICIAR O RÉU;


(PRINCÍPIO DA IRRETROATIVADADE DA LEI PENAL)
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PRINCÍPIOS PENAIS
3) Princípio da Inafastabilidade do Controle Judicial

Art. 5º - XXXV - a lei não excluirá da APRECIAÇÃO DO PODER


JUDICIÁRIO lesão ou ameaça a direito

4) Princípio da Pessoalidade ou da Intranscendência


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Art. 5º - XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, ATÉ O
LIMITE DO VALOR DO PATRIMÔNIO TRANSFERIDO;
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PRINCÍPIOS PENAIS

5) Princípio do Juiz Natural

Art. 5º - LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela


autoridade competente;

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6) Princípio do Devido Processo Legal

Art. 5º - LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
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PRINCÍPIOS PENAIS

7) Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa

Art. 5º - LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes
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8) PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Art. 5º - LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado


de sentença penal condenatória;
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PRINCÍPIOS PENAIS

9) Princípio da Fragmentariedade

O Direito Penal não deve tutelar todo os bens jurídicos.

10) Princípio da Subsidiariedade

O Direito Penal deve atuar somente quando insuficiente as outras formas de


controle social.

11) Princípio da Ofensividade


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PRINCÍPIOS PENAIS
12) Princípio da Insignificância (MARI)

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13) Princípio da humanidade

Art. 5º - XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra


declarada, nos termos do art. 84, XIX;b) de caráter perpétuo;c) de trabalhos
forçados;d) de banimento;e) cruéis;

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14) Princípio da Culpabilidade

A – Pressuposto de aplicação de pena (Teoria do crime)

B – Medição de pena ( artigo 59 do CP.)

C – Responsabilidade Subjetiva
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15) Princípio da Adequação Social

Súmula 502/STJ - 28/10/2013 - Recurso especial repetitivo. Tóxicos. Recurso


especial representativo da controvérsia. Pena. Fixação da pena. Hermenêutica.
Princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica. Combinação de leis.
Precedentes do STF e STJ. CF/88, art. 5º, XIII e XL. CPC/1973, art. 543-C.
Lei 6.368/1976, art.@claudio.dpf
12, caput. CP, art. 2º, parágrafo único, CP, art. 59, CP, art.
65 e CP, art. 68. Lei 11.343/2006, art. 33, § 4º e Lei 11.343/2006, art.
75.«Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime
previsto no CP, art. 184, § 2º, a conduta de expor à venda CDs e DVDs
piratas.»
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17) Princípio da Proporcionalidade

Vedação da proteção ao deficiente e proibição do excesso.

Subprincípios:

➢ Adequação @claudio.dpf
➢ Necessidade
➢ Proporcionalidade em sentido estrito;
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18) Princípio da Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
1984)

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as


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embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves


ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
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19) Princípio da Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;


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b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;


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II - os crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

b) praticados por brasileiro;


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c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
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§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das
seguintes condições:

a) entrar o agente no território nacional;


b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c)estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
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extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
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PRINCÍPIOS PENAIS

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra


brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo
anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
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b) houve requisição do Ministro da Justiça.
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QUESTÕES

1) O princípio da insignificância é compatível com o furto praticado


Alternativas

A - por escalada.

B - por arrombamento.
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C - durante o repouso noturno.

D - em concurso de pessoas.

E - por clandestinidade.
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1) O princípio da insignificância é compatível com o furto praticado


Alternativas

A - por escalada.

B - por arrombamento.
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C - durante o repouso noturno.

D - em concurso de pessoas.

E - por clandestinidade.
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QUESTÕES

2) O princípio da insignificância é admitido na doutrina e na jurisprudência em


relação ao delito de Alternativas

A - descaminho.

B - uso de documento falso.


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C - supressão de documento.

D - roubo simples.

E - contrabando.
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2) O princípio da insignificância é admitido na doutrina e na jurisprudência em


relação ao delito de Alternativas

A - descaminho.

B - uso de documento falso.


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C - supressão de documento.

D - roubo simples.

E - contrabando.
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QUESTÕES
3) Sandro foi preso em flagrante ao subtrair um pacote de macarrão, cujo valor era
R$9,00, de um hipermercado do bairro onde morava. O Ministério Público ofereceu
denúncia em face de Sandro, mas o magistrado rejeitou a peça acusatória, reconhecendo
a incidência do princípio da bagatela ou insignificância. O referido princípio exclui a
Alternativas

A - ilicitude.
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B - tipicidade formal.

C - culpabilidade.

D - tipicidade material.

E - punibilidade.
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3) Sandro foi preso em flagrante ao subtrair um pacote de macarrão, cujo valor era
R$9,00, de um hipermercado do bairro onde morava. O Ministério Público ofereceu
denúncia em face de Sandro, mas o magistrado rejeitou a peça acusatória, reconhecendo
a incidência do princípio da bagatela ou insignificância. O referido princípio exclui a
Alternativas

A - ilicitude.
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B - tipicidade formal.

C - culpabilidade.

D - tipicidade material.

E - punibilidade.
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QUESTÕES

4) O policial penal que se apropria de dois rádios transmissores do estabelecimento


prisional, que estavam em sua posse em razão do cargo, avaliados juntos em R$ 150,00
reais, responde pelo crime de peculato. Nesse caso, ainda, é correto afirmar que,
segundo entendimento do STJ, é inaplicável o princípio da insignificância.
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CERTO
ERRADO
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QUESTÕES

4) O policial penal que se apropria de dois rádios transmissores do estabelecimento


prisional, que estavam em sua posse em razão do cargo, avaliados juntos em R$ 150,00
reais, responde pelo crime de peculato. Nesse caso, ainda, é correto afirmar que,
segundo entendimento do STJ, é inaplicável o princípio da insignificância.

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CERTO
ERRADO
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QUESTÕES
5) Assinale a alternativa que apresenta o significado do princípio da ofensividade.

A - Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes; o Direito
Penal deve ser concebido como a última opção, para ser usado somente quando estritamente
necessário

B - O Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade, sem
levar em consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos
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C - Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo Direito Penal

D - Condutas historicamente aceitas e consideradas adequadas pela sociedade em tese não


merecem intervenção penal punitiva, não sendo abrangidas pelos tipos penais

E - Decorrente do princípio da dignidade da pessoa humana, impõe impedir que a pena venha a ser
empregada como instrumento de violência, com tratamento desumano ou cruel
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5) Assinale a alternativa que apresenta o significado do princípio da ofensividade.

A - Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes; o Direito
Penal deve ser concebido como a última opção, para ser usado somente quando estritamente
necessário

B - O Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade, sem
levar em consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos
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C - Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo Direito
Penal

D - Condutas historicamente aceitas e consideradas adequadas pela sociedade em tese não


merecem intervenção penal punitiva, não sendo abrangidas pelos tipos penais

E - Decorrente do princípio da dignidade da pessoa humana, impõe impedir que a pena venha a ser
empregada como instrumento de violência, com tratamento desumano ou cruel
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QUESTÕES
6) Rafael, primário, foi preso em flagrante delito após tentar subtrair poucos bens de uma rede de
Supermercados. Avaliados, os bens totalizaram R$ 38,00 (trinta e oito reais) e foram integralmente
restituídos à vítima. Nesse caso, o Defensor Público fundamentará seu pedido de absolvição por
insignificância com base no princípio da

A - aceitação social.

B - intervenção mínima.
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C - reserva legal.

D - isonomia.

E - ampla defesa.
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6) Rafael, primário, foi preso em flagrante delito após tentar subtrair poucos bens de uma rede de
Supermercados. Avaliados, os bens totalizaram R$ 38,00 (trinta e oito reais) e foram integralmente
restituídos à vítima. Nesse caso, o Defensor Público fundamentará seu pedido de absolvição por
insignificância com base no princípio da

A - aceitação social.

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C - reserva legal.

D - isonomia.

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QUESTÕES
7) Os princípios constituem o alicerce, inspiram a criação e a manutenção de um sistema jurídico. O Direito
Penal se assenta em princípios próprios do Estado de Direito democrático. Examine e assinale a opção correta
quanto aos princípios fundamentais do Direito Penal:

A - O princípio da humanidade decorre da dignidade da pessoa humana e contempla a constitucionalidade da


criação de tipos penais ou a cominação de penas que violam a incolumidade física ou moral de alguém.

B - O postulado da intranscendência permite que sanções e restrições de ordem jurídica superem a dimensão
estritamente pessoal do infrator.
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C - O princípio da reserva legal estabelece que o Direito Penal só deve atuar na defesa dos bens jurídicos
imprescindíveis à coexistência pacífica dos homens e que não podem ser eficazmente protegidos de forma menos
gravosa.

D - O princípio da proporcionalidade, em sentido estrito, exige um liame axiológico e, portanto, graduável, entre
o fato praticado e a cominação legal/consequência jurídica, deixando evidente a proibição de qualquer excesso,
devendo existir sempre uma medida de justo equilíbrio – abstrata (legislador) e concreta (juiz) – entre a
gravidade do fato ilícito praticado e a pena cominada ou imposta.

E - O princípio da insignificância ou da criminalidade de bagatela surgiu no Direito Tributário, derivado do


brocardo de minimus non curat praetor, de modo que o reduzido valor patrimonial do objeto material autoriza,
por si só, o reconhecimento da criminalidade de bagatela, dispensando os requisitos subjetivos.
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7) Os princípios constituem o alicerce, inspiram a criação e a manutenção de um sistema jurídico. O Direito
Penal se assenta em princípios próprios do Estado de Direito democrático. Examine e assinale a opção correta
quanto aos princípios fundamentais do Direito Penal:

A - O princípio da humanidade decorre da dignidade da pessoa humana e contempla a constitucionalidade da


criação de tipos penais ou a cominação de penas que violam a incolumidade física ou moral de alguém.

B - O postulado da intranscendência permite que sanções e restrições de ordem jurídica superem a dimensão
estritamente pessoal do infrator.
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C - O princípio da reserva legal estabelece que o Direito Penal só deve atuar na defesa dos bens jurídicos
imprescindíveis à coexistência pacífica dos homens e que não podem ser eficazmente protegidos de forma menos
gravosa.

D - O princípio da proporcionalidade, em sentido estrito, exige um liame axiológico e, portanto, graduável,


entre o fato praticado e a cominação legal/consequência jurídica, deixando evidente a proibição de
qualquer excesso, devendo existir sempre uma medida de justo equilíbrio – abstrata (legislador) e concreta
(juiz) – entre a gravidade do fato ilícito praticado e a pena cominada ou imposta.

E - O princípio da insignificância ou da criminalidade de bagatela surgiu no Direito Tributário, derivado do


brocardo de minimus non curat praetor, de modo que o reduzido valor patrimonial do objeto material autoriza,
por si só, o reconhecimento da criminalidade de bagatela, dispensando os requisitos subjetivos.

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